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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cine Dica: O Melhor do Nosso Cinema: NINA

 UMA PEQUENA OBRA PRIMA DO RECENTE CINEMA BRASILEIRO 

Sinopse: Nina (Guta Stresser) é uma jovem de sensibilidade agudíssima e mente fragilizada, que procura meios de sobrevivência numa metrópole desumana. A proprietária do apartamento onde mora, Dona Eulália (Myriam Muniz), uma velha mesquinha e exploradora, parece ter prazer em esmagar a vontade da sua inquilina exaurida. Em meio aos desenhos que faz em toda a parte e vivendo a agitada cena eletrônica de São Paulo, Nina mergulha nos fantasmas de seu inconsciente até acabar envolvida em um crime.

Filme de estréia do diretor Heitor Dhalia, que logo em seguida faria outra obra prima, Cheiro do Ralo. Aqui, ele readapta a clássica historia de Crime e Castigo, para a cidade Paulistana e não faz feio. O filme é um verdadeiro delírio visual gótico, em meio aos personagens perdidos em suas vidas, liderados pela personagem Nina (Guta Stresser, ótima) que sofre todos os tipos de maus tratos psicológicos nas mãos de Dona Eulália (Myriam Muniz, espetacular).
O cinéfilo mais atento, irá lembrar rapidamente de outros filmes como Repulsa dos Sexos e O Inquilino (ambos de Roman Polanski), mas o filme fala por si. Além de acrescentar momentos fortes em que são retratados de forma original, em animação manga. Destaque para as participações especiais de Selton Mello, Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele, Renata Sorrah e Vagner Moura.

Curiosidades: Todo o material usado na construção dos cenários foi adquirido em demolições. Com isso obteve-se a sensação de gastura, de passagem do tempo, de um clima decadente próprio da velha usurária Eulália. O escritor e autor de quadrinhos Lourenço Mutarelli é o responsável pelos desenhos feitos por Nina no filme.


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Cine Dica: LAS ACACIAS segue em cartaz no CineBancários até 6 de outubro


Até dia 6 de outubro, o CineBancários exibe o filme argentino Las Acacias, de Pablo Giorgelli, premiado com o Caméra D'Or (melhor direção estreante) no Festival de Cannes de 2011 e merecedor de elogiosas críticas na Europa, na Argentina e no Brasil.
 Um road-movie sutil, intimista e minimalista, Las Acacias tem causado muito impacto mundo afora. No filme, Rubén é um motorista de caminhão solitário que percorre há anos a estrada entre Assunção, no Paraguai, e Buenos Aires. Mas naquela viagem será diferente, pois em uma parada perto de Assunção, Jacinta aparece uma hora depois para começar uma viagem que também a levará a Buenos Aires. Rubén descobre que a pequena Anahí, de 8 meses, viajará com eles.
 Festivais: 29º Festival de Havana (Melhor Roteiro), 50ª Semana da Crítica de Cannes (PrêmiosSoutien ACID/CCAS de la asociación de directores independientes de Francia, el premio OFAJ de la Crítica Joven y el Grand Rail d ́or), Festival de Cannes 2011 (Prêmio Camera D’Or), Festival de Sarajevo 2011, Festival de Lima 2011 (Melhor Primeira Obra), 36º Festival de Toronto, 59º Festival de San Sebastian.

FICHA TECNICA: Argentina, Espanha | 2010 | colorido| 85 minutos | Ficção
 Diretor Pablo Giorgelli
Roteiro Pablo Giorgelli, Salvador Roselli

 .:: Ingressos:
Inteiras: R$ 6,00 (público geral)
Meias: R$ 3,00 (para idosos, estudantes, bancários e jornalistas sindicalizados, e clientes do Banrisul.


CineBancários
(51) 34331204 / 34331205
Rua General Câmara, 424, Centro - POA
blog: cinebancarios.blogspot.com
site: cinebancarios.sindbancarios.org.br
facebook.com/cinebancarios

Twitter: @cine_bancarios

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cine Dica: O melhor do Nosso Cinema: A Festa Da Menina Morta

Matheus Nachtergaele surpreende na direção com esse forte, polemico e arrebatador  filme  

Sinopse: Há 20 anos uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho, que após o suicídio da mãe recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida. A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor do irmão da menina morta, Tadeu. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.
  
Se ocorrer tudo certo, Matheus Nachtergaele pode muito bem ter uma longa e boa carreira como diretor de cinema. O ator sempre me surpreendeu na interpretação, vide filmes em que ele atua como em Cidade de Deus e O Alto da Compadecida, mas aqui em sua estréia como diretor ele surpreende com uma direção firme e corajosa ao retratar um povo que vive a cada ano a espera de revelações da falecida menina, através de Santinho (magistralmente interpretado por Daniel de Oliveira). O filme toca em assuntos delicados, como até que ponto  se separa a fé e a insanidade.
Não faltam momentos fortes e polêmicos, como a morte do porco e o caso de insesto homossexual. São momentos explícitos, mas não gratuitos, mesmo assim não faltou gente taxando mal devido a essas partes, mas a meu ver são momentos que podem muito bem acontecer em diversos interiores desse país. O que ele fez foi escancarar uma realidade nua e crua, pois afinal de contas cinema não se vive apenas de fantasia.  

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Cine Dica: SENEL PAZ _OFICINA DE ROTEIRO E CONSULTORIA

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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Cine Dica: Curtas: “A Hora Do Cinema”: Inscrições abertas

I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”

REGULAMENTO

Curtas: “A Hora Do Cinema”

I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”

1-OBJETIVO

O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, que tem curadoria de Antonio Francisco da Silva Junior, e produção da Oie - Marketing Sensorial e Propaganda, tem por objetivo incentivar e promover novos talentos na área cinematográfica e estimular o desenvolvimento e a produção audiovisual de cunho educativo e cultural, aberto a todos os Cineastas amadores, e possibilitando a criação, reflexão e difusão do cinema brasileiro “amador” com a participação da comunidade, roteiristas, cineastas e pesquisadores do audiovisual e da Educação.

2-LOCAL E DATA

O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” será realizado no período de 10 a 12 de dezembro de 2013, das 13h e 30m às 16h e 30m, na Sala Multiuso (85 lugares, ar-condicionado, acesso para deficientes físicos). Rua Sete de Setembro, n° 1028 - Praça da Alfândega, Setor Oeste - Santander Cultural – Centro, Porto Alegre/RS. 

3-PROPOSTA

O desafio do Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” é a produção de um Curta-Metragem brasileiro com no mínimo 10 (dez) minutos e no máximo 15 (quinze) minutos, incluindo os créditos.

4-COORDENAÇÃO DO FESTIVAL

O Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” é coordenado pelo Setor de Comunicação do Site A Hora Do Cinema, através de Antonio Francisco da Silva Junior, Marcos Henrique da Silva e com o acréscimo de Daiane Pinheiro Janner, Marcelo Castro Moraes e Marcelo Rodrigues.

5-TEMA

O tema do Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” será livre, porém o realizador terá que observar os seguintes critérios: Qualquer Gênero Ficcional (podendo ser animação) ou Documental com Classificação-etária de livre à no máximo 12 anos, não serão aceitos produções que não se enquadrarem nestes critérios.

6-CATEGORIA

Categoria amadora, ou seja, o Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” será destinado para os Cineastas brasileiros iniciantes, caso ocorra alguma inscrição indevida (Exemplo: Inscrição realizada por um Cineasta profissional) e com a devida comprovação do fato, o infrator sofrerá as devidas sanções, que se dará através da exclusão automática de tal inscrição. 

7-FORMATO

O Curta-Metragem deverá ser apresentado em DVD, no formato AVI ou WMV. É de livre escolha dos seus produtores, a técnica do vídeo apresentado.

8-SESSÕES EXPOSITIVAS

Entende-se como Sessão Expositiva a exibição dos 18 Curtas-Metragens selecionados após o período de inscrições, tais Curtas-Metragens serão selecionados, através da escolha dos integrantes do Setor de Comunicação do Site A Hora Do Cinema (Antonio Francisco da Silva Junior e Marcos Henrique da Silva), a estudante Universitária (Daiane Pinheiro Janner), o Diretor do Blog Cinema Cem Anos Luz (Marcelo Castro Moraes) e o Diretor do Blog Mais do Mesmo (Marcelo Rodrigues).
Estarão aptos os Curtas-Metragens brasileiros produzidos em, no mínimo 10 (dez) minutos e no máximo 15 (quinze) minutos, incluindo os créditos, qualquer Gênero Ficcional (podendo ser animação) ou Documental com Classificação-etária de livre à no máximo 12 anos. 
As Sessões Expositivas ocorrerão nos dias 10, 11 e 12 de dezembro de 2013, das 13h e 30m às 16h e 30m. A exibição dos 18 filmes selecionados será em conformidade com a grade da Programação do Festival a ser divulgada no dia 10 de novembro de 2013 (data sujeita a prorrogação de 05 dias, conforme exigir a demanda), em nosso Site: www.ahoradocinema.com, em nosso Blog: ahoradocinema1.blogspot.com.br, no Blog: Mais do Mesmo, no Blog:  Cinema Cem Anos Luz e no programa Trilhando da Rádio web Universitária - IPA.

9-EXIGÊNCIAS

Serão aceitos curtas-metragens brasileiros captados em qualquer formato (celular, dv, mini-dv, película, câmera digital, Hi8, computação gráfica, etc.);
Os filmes/vídeos deverão ser inéditos e produzidos entre 2012 a 2013;
Os filmes/vídeos inscritos não poderão ter a coprodução de emissoras de TV. Também não serão permitidas cópias (parciais ou integrais) de vídeos da internet; 
Será aceito a inscrição de até 02 curtas por produtor/grupo, porém para a fase expositiva somente um curta do mesmo produtor/grupo irá participar. No caso da inscrição de 02 curtas do mesmo produtor/grupo, favor enviar apenas 01 filme/vídeo por DVD;
Não serão aceitos filmes promocionais, de cunho político-partidário, de caráter ofensivo, preconceituoso, racista ou com conteúdo sexual explícito.

10-INSCRIÇÕES

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no período de 15 de setembro a 25 de outubro de 2013. 
Para a realização da inscrição você deverá pedir o envio da documentação necessária, através dos E-mails: contato@ahoradocinema.com ou ahoradocinema@live.com. Porém, ATENTE-SE! Para garantir sua vaga no Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” é necessário o envio (pelo Correio, até às 17h do dia 25 de outubro de 2013 “data de postagem”), dos seguintes materiais: 

Curta-Metragem em 02 DVDs (por garantia necessitamos que o Curta-Metragem, seja enviado com uma cópia) contendo o nome do filme na capa e na mídia; 
Cópia impressa, preenchida e assinada da Ficha de Inscrição;
Ficha técnica do Curta-Metragem (enviar por E-mail, porém deverá constar no DVD do Curta-Metragem que será enviado pelo correio);
*02 fotos em alta resolução, do Curta-Metragem (enviar somente por E-mail);
*Currículo resumido do Cineasta (enviar somente por E-mail);
Termo de cessão e autorização dos direitos autorais da obra, devidamente preenchido com letra de forma e assinado;
Cópia da Carteira de Identidade.

O candidato deverá enviar o filme (em DVD) acompanhado da documentação acima solicitado, para o seguinte Endereço:

A Hora Do Cinema, Rua Padre João Batista Réus, n° 50 – Vila Conceição, CEP: 91920-000 - Porto Alegre RS.
A/C de Antonio Francisco da Silva Junior.

11-SELEÇÃO

Todos os filmes inscritos para o Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” serão submetidos a uma seleção, pois ocorrerá somente a exibição de 18 Curtas-Metragens, entre 10 a 12 de dezembro de 2013. Tal escolha terá como critérios (além das exigências que já foram dispostas no decorrer deste regulamento), a qualidade artística da obra, para tanto com análise dos coordenadores do Festival. 
A divulgação dos selecionados e a programação do Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” será feita no dia 10 de novembro de 2013 (data sujeita a prorrogação de 05 dias, conforme exigir a demanda), em nosso Site: www.ahoradocinema.com, em nosso Blog: ahoradocinema1.blogspot.com.br, no Blog: Mais do Mesmo, no Blog:  Cinema Cem Anos Luz e no programa Trilhando da Rádio web Universitária - IPA.

12-CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO

Os critérios de seleção, através da qualidade artística da obra serão:

a) Originalidade;
b) Criatividade;
c) Roteiro;
d) Qualidade e robustez da proposta;
e) Análise crítica por parte da equipe de avaliadores do Evento.

13-PREMIAÇÃO

A premiação consistirá na exibição dos 18 filmes selecionados, pelo período de 10 a 12 de dezembro de 2013, das 13h e 30m às 16h e 30m, na Sala Multiuso (85 lugares, ar-condicionado, acesso para deficientes físicos). Rua Sete de Setembro, n° 1028 - Praça da Alfândega, Setor Oeste - Santander Cultural – Centro, Porto Alegre/RS.
A exibição dos 18 filmes selecionados será em conformidade com a grade da Programação do Festival a ser divulgada no dia 10 de novembro de 2013 (data sujeita a prorrogação de 05 dias, conforme exigir a demanda), em nosso Site: www.ahoradocinema.com, em nosso Blog: ahoradocinema1.blogspot.com.br, no Blog: Mais do Mesmo, no Blog:  Cinema Cem Anos Luz e no programa Trilhando da Rádio web Universitária - IPA.

14-ACERVO

Os realizadores que inscreverem seus vídeos/filmes no Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” estarão automaticamente cedendo e autorizando os direitos dos mesmos para incorporação e disposição do acervo do Festival, além da exibição e veiculação sem fins comerciais, na íntegra ou parcialmente, bem como o material de divulgação, sem que para isso seja efetuado qualquer pagamento, inclusive de direitos autorais.

15-DISPOSIÇÕES GERAIS

Nenhum material submetido ao Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” será devolvido ao candidato, sob hipótese alguma;
A Comissão do Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” fica autorizada a utilizar os trabalhos selecionados, de forma gratuita e por prazo indeterminado, podendo realizar a distribuição e a exibição da Obra em apreço no Brasil e no exterior, para fins institucionais e educacionais, sem fins lucrativos, inclusive nas próximas edições, a contar da data do recebimento da primeira cópia, de acordo com o contrato de cessão de direitos de distribuição institucional, parte integrante do termo de autorização;
É de inteira responsabilidade do(s) autor(es) o conteúdo do(s) vídeo(s). O participante deverá declarar expressamente possuir todas as necessárias licenças, autorizações e direitos para utilizar toda e qualquer propriedade intelectual de terceiros, estando o Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, bem como a Coordenação do Festival isenta de qualquer responsabilidade;
Os trabalhos inscritos para este Festival poderão ser difundidos por emissoras de TV, caso ocorra acordo entre a organização do Festival, o dono da obra e alguma emissora; 
Os casos não previstos neste regulamento serão analisados pela Coordenação do Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, cujas decisões são soberanas;
A inscrição de 01 a 02 curtas neste Festival implica na aceitação de todo o regulamento, sem restrições. 

Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”

Produção e Realização: A Hora do Cinema 
Apoio: Editora Sextante, Fraiha Produções e Editora Ltda, Distribuidora Vitrine Filmes, Blog Mais do Mesmo, Blog Cinema Cem Anos Luz e programa Trilhando da Rádio web Universitária - IPA
Curadoria: Antonio Francisco da Silva Junior 
Produção: Oie - Marketing Sensorial e Propaganda
www.ahoradocinema.com

Porto Alegre: 
10, 11 e 12 de dezembro de 2013, das 13h e 30m às 16h e 30m (terça-feira, quarta-feira e quinta-feira) 
Sala Multiuso (85 lugares, ar-condicionado, acesso para deficientes físicos). Rua Sete de Setembro, n° 1028 - Praça da Alfândega, Setor Oeste - Santander Cultural – Centro, Porto Alegre/RS. Telefone: (51) 3287.5718 - Contato: gvieira@prservicos.com.br
www.santandercultural.com.br
Administração Casa de Cinema de Porto Alegre Ltda. www.casacinepoa.com.br

Ingressos
Entrada franca

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:

Antonio Francisco da Silva Junior - (51) 96316707
                                          ahoradocinema@live.com / contato@ahoradocinema.com


Assessoria de Imprensa 
                        Marcos Henrique da Silva – +55  (51) 9424.7575 / +55 (51) 9302.0511   | skype: mhs.gs  marcos@ahoradocinema.com

Observação: Curtas: “A Hora Do Cinema” – I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema” é parte integrante dos eventos comemorativos, ao aniversário de 03 anos do “A Hora Do Cinema”.

Realização
A Hora Do Cinema e Santander Cultura

Apoio
Editora Sextante, Fraiha Produções e Editora Ltda, Distribuidora Vitrine Filmes, Blog Mais do Mesmo, Blog Cinema Cem Anos Luz e programa Trilhando da Rádio web Universitária - IPA
Produção
Oie - Marketing Sensorial e Propaganda

FICHA DE INSCRIÇÃO COM TERMO DE CIÊNCIA:
(Nota: clique na imagem, para imprimir e preencher os seus dados).  

DECLARAÇÃO DE CESSÃO  DE DIREITOS AUTORAIS
(Nota: Clique na imagem, para imprimir e preencher os seus dados).

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Grande Gatsby

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cine Dica: O melhor do nosso cinema: CHEIRO DO RALO

 LOURENÇO:  FAZ QUE NEM A MERDA VOLTE DEPOIS. 

Sinopse: Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar.
  
De uma vez por todas o cinema brasileiro provou que não deve nada a produções americanas e que às vezes o próprio cinema americano nos deve um filme com uma historia de qualidade, mesmo gastando todos os rios de dinheiro que obtém. Mas eis que um pequeno filme feito na raça surpreende muita gente, inclusive eu que me pego uma vez ou outra vendo e revendo essa pequena obra, que para mim é um grande clássico moderno. O Cheiro do Ralo é um fascinante estudo sobre as relações de poder entre quem tem e quem não tem: sedução, taras, fantasias, desejos, amor, dependência, cinismo e insegurança.
Tudo isso embalado, com um dos roteiros mais inteligentes dos últimos anos, levado às telas pelo diretor Heitor Dhalia (diretor de “Nina”) e por uma interpretação magistral de Selton Mello. Ele é o filme, apesar de interpretar um sujeito que está longe de ser um ser humano exemplar (muito pelo contrário), sua entrega ao personagem é tão completa que conseguimos entende-lo e, até mesmo em alguns momentos assustadores, nos identificarmos com ele. Selton é Lourenço, um cara solitário e cínico que dirige uma decadente loja de penhores, como se fosse um executivo de uma grande empresa.
Ele tem uma secretária, que faz a triagem dos clientes, um segurança (interpretado por Lourenço Mutarelli, autor do livro em que o filme foi baseado) e Lourenço, que se senta atrás de uma mesa para receber vendedores o dia inteiro. Os clientes trazem toda espécie de lixo para tentar vender para Lourenço, cujos critérios para a compra variam: ele paga apenas 30 reais por um faqueiro de prata e oferece no máximo 100 reais por um violino Stradivarius, mas gasta 400 reais em um olho de vidro sem valor.
Lourenço tinha uma noiva (Fabiana Guglielmetti) com quem rompe faltando pouco para o casamento.

Lourenço: “eu não tenho nada pra te oferecer, e você não tem nada pra me oferecer”.

A mulher, inconformada, passa a fazer ameaças e a persegui-lo. 

Lourenço: “toda mulher é igual”, pois se você “se você bobear, os convites vão para a gráfica”.

Falando em mulher, há  garçonete do bar onde Lourenço vai comer quase todos os dias. Ela tem um nome impronunciável.

 “Lourenço: uma mistura do nome do pai, da mãe e de alguma celebridade”.

 E ele está apaixonado por ela. Melhor dizendo, Lourenço está mesmo apaixonado é pela “bunda” dela. Ele fica no balcão fingindo ler algum romance policial enquanto espera ansioso, que a moça se vire e mostre o corpo para ele.

“Lourenço: se a comida daqui fosse boa, seria então o paraíso”. 

A garçonete (interpretada por Paula Braun) começa a gostar da atenção e entra no jogo de sedução de Lourenço até que um dia, inevitavelmente, ele acaba falando mais do que devia e o “clima” termina. Por fim, há o bendito cheiro do ralo. 
Pacientemente, Lourenço explica para cada cliente que entra na loja, que o cheiro não vem dele, mas sim do ralo do banheiro, que está com algum problema. Até que um dia, um cliente, comenta que, já que Lourenço é o único a usar o banheiro, o cheiro só pode vir dele. Ele culpa o cheiro pelo seu mau humor, por seu cinismo, por sua vida. Ao invés de consertar o banheiro, ele tenta primeiro simplesmente cimentar o ralo, mas o encanamento parece estar conspirando contra ele.

 “Lourenço: esses canos não são o que parecem, sendo que é por ai que eles nos observam”.

Não é um filme fácil: o personagem é asqueroso e o roteiro é tão direto e cínico quanto ele. A sucessão de personagens bizarros (que funcionam como se o filme fosse composto por uma série de curtas metragens) trás de tudo, mas no fundo o que se vê é uma relação de poder. Os vendedores estão lá porque precisam de dinheiro e alguns (como uma drogada que sustenta o vício vendendo coisas roubadas) fazem qualquer coisa por um pouco de dinheiro.
Lourenço tem que tocar o negócio, mas, antes de tudo, precisa ter uma relação de dominação com todos à sua volta. Por vezes o cliente é mais forte e ele se deixa dominar. Ele fala de um “pai” que nunca conheceu e que ele tenta montar através de pedaços como o olho de vidro e uma perna mecânica.
Ele é estranhamente sedutor em um momento, para no seguinte se revelar um completo crápula. Suas falas são diretas, cínicas e, por isso mesmo, engraçada por sua franqueza. A  garçonete é muito mais do que um traseiro bonito. Ela sabe do poder de sedução que tem, mas qual é o limite entre o charme e a vulgaridade? Ela diz a Lourenço que estaria disposta a se mostrar para ele de graça, mas que ele estragou tudo quando disse que queria pagar pra ver. Por outro lado, quando precisa de dinheiro, ela vai procurá-lo. O que Lourenço parece (ou não quer) entender, é que tudo é válido desde que seja consensual, mas isso atrapalharia o jogo de poder dele. Ou seja, tudo tem seu preço.
Feito em um esquema de trocas e parcerias, o filme foi produzido por pouco mais de 300 mil reais, mas parece muito mais caro. A direção de arte é muito boa e ele tem um ar atemporal que lembra os filmes dos irmãos Cohen (Barton Fink, A Roda da Fortuna). A edição dá um show à parte, com cortes muito interessantes nas cenas de transição, quando vemos Selton Mello andando pelas ruas da Mooca, onde foi rodado o filme.
O elenco é composto por uma série de atores pouco conhecidos, mas muito bons e algumas participações especiais, como Alice Braga na lanchonete, Tiazinha na TV e Paulo César Peréio como uma voz ao telefone. O esquema de filmagem de “guerrilha” foi necessário porque os temas “pouco atraentes” do roteiro não conseguiram trazer investidores.
Um filme que mistura de tudo um pouco, desde o drama a maior comédia de humor negro.

Indispensável.

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