Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cine Especial: Neorrealismo Italiano: Parte 7


Nos dias 24 e 25 de novembro, estarei participando do curso Neorrealismo Italiano, criado pelo Cena Um e ministrado  pelo jornalista Franthiesco Ballerini. Enquanto os dois dias não chegam, estarei por aqui escrevendo sobre os principais filmes, desse movimento que é considerado um dos mais importantes da historia do cinema mundial.
  
Paisà

Sinopse: Paisà traz seis episódios que mostram a luta das tropas aliadas para libertar diferentes regiões da Itália do domínio nazista, entre 1943 e 1944.

São histórias de amor, amizade e lealdade, que focalizam o relacionamento do povo italiano com os soldados estrangeiros. Paisà integra a célebre "trilogia da guerra" de Rossellini, iniciada por Roma, Cidade Aberta e finalizada com Alemanha, Ano Zero. Federico Fellini participa no argumento enquanto Giulietta Masina (Noites de Cabíria) faz sua estréia no cinema europeu.
Em 1943, Rossellini ingressou na Resistência, passando a viver na clandestinidade. Dois meses depois da liberação da Itália, em 1945, deu início às filmagens de Roma, Cidade Aberta, obra que, incompreendida e recusada pela crítica italiana, foi, um ano depois, aclamada pela crítica francesa e se tornou um dos marcos fundamentais do neo-realismo italiano. Contudo, Roma, Cidade Aberta e Paisà (1946) extrapolaram o contexto do cinema italiano, influenciando decisivamente o moderno cinema do pós-guerra.
As filmagens de "Paisà" seguiram o mesmo estilo do seu filme anterior, usando luz natural e atores amadores. Em "Paisà", cada episódio é separado por uma narração 'off screen', acompanhada do mapa da Itália, onde é mostrado o local onde o próximo episódio terá lugar.
Tal como "Roma, Cidade Aberta", este também foi nomeado para o Óscar de melhor argumento. Foi escrito por 5 argumentistas, entre os quais, o próprio realizador e os dois autores do argumento do filmes anterior: Federico Fellini e Sergio Amidei.


 Me Sigam no Facebook e Twitter:

Cine Especial: Martin Scorsese 70 anos


Em plena atividade, um dos maiores cineastas americanos ainda vivo, completou 70 anos de vida no ultimo dia 17 deste mês. Tive o prazer neste ano de participar do curso Martin Scorsese: Cinema, fé e Violência, que foi criado pelo Cena Um e se tornou um dos mais frutíferos desses últimos meses. Digo isso, porque além de me adentrar mais ao universo pessoal do cineasta, o ministrante da época, Eduardo Fonseca, fez questão de contar as origens do cinema americano mais autoral, que surgiu mais precisamente no final dos anos 60, cujo nascimento teve influencia justamente pelo cinema Neorrealista Italiano e o cinema Francês Nouvelle Vague. Embora de países diferentes, os filmes de ambos serviram para chacoalhar o cinema mundial, que não só serviu para nascer “a Nova Hollywood”(do qual Scorsese fez parte), como também se fez criar uma nova tendência do nosso cinema brasileiro nos anos 60, que muitos chamam hoje de “Cinema Novo” e que no qual nasceram perolas como Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Em meio a isso tudo, Scorsese foi criando seu universo particular dentro do cinema, lançado obras primas que melhor souberam sintetizar a época em que o filme foi realizado. Bom exemplo disso é Taxi Drive, filme que melhor tirou do armário o lado feio de uma Nova York tomada pela marginalidade e pela descrença do americano perante a política dos seus lideres. Tudo isso muito bem representado por Robert De Niro, num desempenho que marcou época e garantiu a pareceria com o cineasta em diversos filmes posteriormente.     
Com a minha participação no próximo curso em que será focado o Neorrealismo Italiano, o Cena Um fecha um circulo neste ano, sobre o cinema de diversas épocas e que serviu de base para a criação de outros. Martin Scorsese é o melhor fruto disso tudo, pois o seu cinema serviu de base na formação de outros cineastas posteriormente, como Tarantino, Rodriguez e tantos outros, que nos fazem ir ao cinema e fazendo a gente desejar assistir uma incrível historia.          




 Me Sigam no Facebook e Twitter:

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cine Especial: Neorrealismo Italiano: Parte 6



Nos dias 24 e 25 de novembro, estarei participando do curso Neorrealismo Italiano, criado pelo Cena Um e ministrado  pelo jornalista Franthiesco Ballerini. Enquanto os dois dias não chegam, estarei por aqui escrevendo sobre os principais filmes, desse movimento que é considerado um dos mais importantes da historia do cinema mundial.
  
A Estrada da Vida

Sinopse: Gelsomina é vendida por sua mãe para Zampanò. Ambos não têm nada em comum: o jeito ingênuo e humilde da jovem é o oposto da rudeza de Zampanò, um artista mambembe. A chegada de um equilibrista que admira especialmente Gelsomina trará acontecimentos inesperados.
  
Pode não ser a obra prima máxima de Fellini, mas é um dos meus filmes preferidos do cineasta. Embora não tenha uma beleza deslumbrante como outras atrizes da época, a atuação de Giulietta Masina (que era casada com o diretor na vida real) que interpreta Gelsomina, uma jovem que é vendida por sua mãe para trabalhar junto a Zampano (Anthony Quinn, brilhante), homem forte e insensível, em um circo itinerante, é realmente espetacular e rende momentos tocantes.
Quinn por sua vez cria um desempenho digno de nota e que se destaca até mesmo ao lado de seus outros personagens memoráveis como Zorba: O Grego. Quando o seu personagem Zampano encontra um velho rival, o artista Louco (Richard Basehart), sua fúria chega ao ponto máximo.
Embora "A estrada da vida", ainda ecoe o cinema neorrealista, Fellini deixa um pouco para trás essas indicações familiares, para uma fábula singela sobre o amor e a crueldade que vem de dentro de todos nos, criando assim desempenhos inesquecíveis. Com esse filme, o diretor conquistou o coração do público e dos críticos em todo o mundo. Foi vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1956.


 Me Sigam no Facebook e Twitter:

Cine Dica: Em Cartaz: Marcados Para Morrer



Sinopse: O filme é centrado na amizade de longo prazo e na parceria entre dois policiais. Na trama Gyllenhaal e Michael Peña (Roubo nas Alturas) são jovens oficiais que patrulham as áreas mais ameaçadoras da região centro-sul da cidade dos anjos. Ao se depararem com uma terrível descoberta envolvendo o cartel de drogas que comanda a região colocam suas vidas e de suas famílias em perigo.

Os falsos documentários (ou filme em primeira pessoa) começaram mais no gênero de terror, vide a Bruxa de Blair e a franquia Atividade Paranormal, mas de uns tempos para cá começou a se alastrar em outros gêneros, como a comedia adolescente Projeto X e o filme de super heróis com teor adulto Poder Sem Limites. Esse tipo de filme para se contar uma historia, chega finalmente no gênero policial, nas mãos do cineasta David Ayer (Reis da Rua), que viveu a sua juventude nos bairros barra pesada de Los Angeles, sendo que tudo que vemos na tela, talvez seja um pouco o que o diretor  viveu na vida.
O grande charme do filme, fica para a dupla central de policias, interpretados com competência por Jake Gyllenhaal e Michael Peña, que demonstram  química desde o primeiro momento, onde ambos enfrentam o dia a dia de uma cidade violenta, mas que não deixam de lado um bom bate papo ao longo do percurso, desde assuntos como mulheres, sexo e relacionamentos. Infelizmente certos pontos da trama acabam se perdendo, como o fato dos protagonistas adentrarem em certos casos (como a venda de imigrantes ilegais), mas que acabam sendo esquecidos ao longo do percurso da trama. Essa falha somente é contornada, graças a momentos de pura tensão, onde graças ao fato de estar com a câmera mão, o filme vira uma espécie de jogo de tiro, onde a qualquer momento surge um perigo iminente na frente deles.  
É interessante, que embora o filme venda uma proposta ousada em sua narrativa, acaba por então se entregar a um final um tanto que forçado demais. Isso acontece, justamente quando parecia que a trama terminaria de uma forma trágica, mas justa, pois o que estamos vendo é um filme que se agarra a realidade crua, mas que pelo visto, os produtores não foram corajosos o suficiente  até o ultimo minuto do segundo tempo.    

  
Me Sigam no Facebook e Twitter:

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cine Especial: Neorrealismo Italiano: Parte 5


Nos dias 24 e 25 de novembro, estarei participando do curso Neorrealismo Italiano, criado pelo Cena Um E ministrado  pelo jornalista Franthiesco Ballerini. Enquanto os dois dias não chegam, estarei por aqui escrevendo sobre os principais filmes, desse movimento que é considerado um dos mais importantes da historia do cinema mundial.

Rocco e seus Irmãos

Sinopse: Rosaria se muda para Milão com seus quatro filhos, entre eles Rocco. O quinto filho, Vincenzo, já vive na cidade. O filme mostra como, aos poucos, todos vão se acertando em suas novas vidas na nova cidade. Considerada a obra-prima máxima de Luchino Visconti.

Cinqüenta anos depois, obra prima Italiana continua mais atual do que nunca. O filme pertence à chamada estética neo-realista, que o próprio Visconti trabalhou em filmes como Belíssima (1951), La terra trema (1950) e Ossessione (1943). Magistral pelo poder envolvente das imagens, pelo brilho das interpretações fortes, pela extrema competência da direção e pela inteligência da historia e dos diálogos fortes e envolventes. Um dos mais belos poemas do cinema sobre sonhos perdidos que não voltam mais devido a escolhas erradas
Difícil dizer qual a melhor cena, mas com certeza talvez seja o embate entre irmãos, duro de assistir e inesquecível, que fica na mente da pessoa após assistir, pois se trata de uma seqüência nua, crua e realista.

Curiosidade: Vencedor do Prêmio Especial do Júri de Veneza.



Me Sigam no Facebook e Twitter:

Cine Dica: Mostra A CONSCIÊNCIA NEGRA NO CINEMA



Mostra A CONSCIÊNCIA NEGRA NO CINEMA


De 20 a 25 de novembro de 2012
ENTRADA FRANCA

Celebrado em 20 de novembro no Brasil (dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695), o Dia da Consciência Negra é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasi leira . Trata-se de uma oportunidade para lembrar a resistência do negro à escravidão, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro, em 1594. Celebrada a partir da década de 1960, somente nos últimos anos ganhou destaque. Isso em função das políticas afirmativas, que reforçam o debate sobre a inserção no mercado de trabalho, a identificação de etnias, moda e beleza negra, formas de evidenciar a importância do legado negro na nossa cultura. 
 Para integrar essas atividades e dar sua contribuição à causa, o CineBancários preparou um programa especial através da mostra A Consciência Negra no Cinema, reunindo seis importantes títulos que colocam a questão em pauta, tanto em produções brasileiras como norte-americanas (dois países que ainda convivem com uma incômoda herança escravocrata). Toda a programação tem entrada franca.

Mais informações e horarios das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui,  


Me Sigam no Facebook e Twitter:

domingo, 18 de novembro de 2012

Cine Especial: Neorrealismo Italiano: Parte 4


Nos dias 24 e 25 de novembro, estarei participando do curso Neorrealismo Italiano, criado pelo Cena Um E ministrado  pelo jornalista Franthiesco Ballerini. Enquanto os dois dias não chegam, estarei por aqui escrevendo sobre os principais filmes, desse movimento que é considerado um dos mais importantes da historia do cinema mundial. 

 Alemanha. Ano Zero

Sinopse: Em Berlim, após o final da 2ª Guerra Mundial, Edmund (Edmund Moeschke), um garoto de uma família muito pobre, trabalha para sustentar o pai doente, sua pequena irmã e o irmão, que não tem documentos. Um dia, ao conversar com um antigo mestre (Erich Gühne), fala do seu pai enfermo e entende ter recebido um conselho para matar seu pai, um peso morto. Ele começa a pensar na idéia.
  
Alemanha, Ano Zero é uma das obras máximas do mestre Roberto Rossellini e do cinema italiano. Um drama impactante com um dos finais mais célebres da história do cinema. Apesar de se passar na Alemanha do pós-guerra, o filme está inserido no contexto do cinema italiano dos anos 40 que foi o neo-realismo. No filme, Rossellini não deixa de passar uma critica pesada ao nazismo, que foi responsável, não só pela ruína de países em que eles assolaram como também contra a si próprios.      
O jovem personagem Edmund é uma representação de um grito de socorro, perante o horror e a falta de esperança que se encontra junto com a sua família, numa Berlim caindo em ruínas e tentando se reerguer. Suas escolhas, a partir de conselhos  de um professor nazista (e pedófilo), o leva para um ato final impactante e que dificilmente se apaga em nossas mentes após presenciar tal cena, que para o bem e para o mal, entrou para a historia do cinema.  


 Me Sigam no Facebook e Twitter: