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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cine Dicas: Em DVD e Blu-Ray (21/09/12)


Tucker e Dale Contra o Mal

Sinopse:Tucker & Dale estão de férias em sua cabana em ruínas na montanha quando são atacados por um grupo de estudantes que os confundem com assassinos seriais. Agora as férias desses 2 que deveria ser apenas com cerveja, pescaria e bons momentos se transforma numa perseguição sangrenta.

A trama de um grupo de jovens sem noção, que são atacados um por um por um assassino psicopata, já foi usado tantas, mas tantas vezes que virou piada no gênero. Filmes como a cine série Sexta Feira 13, é exemplo de como a formula se tornou saturada, mas nunca é tarde para, não só fazer piada desse gênero, como também homenageá-lo e criar uma boa trama inusitada.
No seu primeira longa metragem, Eli Craig pega todas essas formulas conhecidas e as inverte, como o fato dos supostos assassinos (Alan Tudyk e Tyler Labine) serem na verdade pessoas bacanas, mas devido as suas aparências rústicas, acabam sendo tachados de forma errada, por um grupo de jovens sem noção, paranóicos e liderados por um jovem (Jesse Moss) com um passado nebuloso. A trama em si, é uma mera desculpa, para acontecer momentos inusitados, onde cada jovem sofre acidentalmente uma morte absurda, para somente aumentar mais a paranóia do restante do grupo com relação a dupla central de pescadores.
Não faltam momentos em que o filme homenageia Sexta feira 13, O Massacre da Serra Elétrica, A Morte do demônio e até mesmo com relação aos filmes de terror atualmente, em que usam o artifício de falso documentário, como a cine serie Atividade Paranormal. Uma pequena jóia do gênero “terrir” que merece uma conferida.   

A Delicadeza do Amor

Sinopse:Nathalie (Audrey Tautou) é jovem, bonita, tem um casamento perfeito e leva uma vida tranquila, com tudo no lugar. Contudo, quando seu marido vem a falecer após uma acidente, seu mundo vira de cabeça para baixo. Para superar os momentos tristes, ela decide focar no trabalho e deixa de lado seus sentimentos. Até o dia em que ela, sem mais nem menos, tasca um beijo em Markus (François Damiens), seu colega de trabalho e os dois acabam embarcando numa jornada emocional não programada, revelando uma série de questões até então despercebida por ambos, o que os leva a fugir para redescobrir o prazer de viver e entender melhor esse amor récem-descoberto.

Ainda hoje, todo mundo se lembra de Audrey Tautou pelo seu desempenho em Amélie Poulan, e com isso, é interessante reparar como ela se encaixa em personagens inusitados, em situações inusitadas, mas que beira ao realismo. Em suas estréias na direção, os irmãos David e Stéphane Foenkinos, usam e abusa da forma de se fazer cinema, para contar uma trama pé no chão, mas com ingredientes para tornar a trama mágica, apartir do encontro inusitado do casal central.
Tudo é construído de uma forma delicada, que beira do pastelão, para o lírico, mas de uma forma que façamos crer que poderíamos participar também de uma situação parecida. Embora simples em alguns momentos, o filme nos brinda com uma trama romântica, que jamais deixa decair no lugar comum. Muito diferente das comedias românticas descartáveis americanas hoje em dia.     

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Cine Curiosidade: Ministério da Cultura tenta se redimir


A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura já cometeu inúmeros erros nos anos anteriores, escolhendo filmes errados para tentar ser um dos finalistas para Oscar de melhor filme estrangeiro (Lula: O Filho do Brasil foi uma delas), mas quando acerta se torna uma escolha pelo menos coerente. O Palhaço não é nenhuma maravilha do mundo, mas é cinema, o nosso cinema com qualidade, comandado de cabo a rabo e com estilo pelo nosso Selton Mello.
Se for indicado entre os cinco, e ganhar, isso é outros quinhentos, mas que isso se torne o inicio, para escolhas mais pensadas vindo de um Ministério, que tem muito que aprender sobre o que é o nosso cinema brasileiro.       

O PALHAÇO 

Sinopse: Benjamim (Selton Mello) trabalha no Circo Esperança junto com seu pai Valdemar (Paulo José). Juntos, eles formam a dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue e fazem a alegria da plateia. Mas a vida anda sem graça para Benjamin, que passa por uma crise existencial e assim, volta e meia, pensa em abandonar Lola (Giselle Mota), a mulher que cospe fogo, os irmãos Lorotta (Álamo Facó e Hossen Minussi), Dona Zaira (Teuda Bara) e o resto dos amigos da trupe. Seu pai e amigos lamentam o que está acontecendo com o companheiro, mas entendem que ele precisa encontrar seu caminho por conta própria.

Feliz Natal foi a primeira experiência de Selton Mello como diretor, mas é nesse, O Palhaço, que ele prova que nasceu, não só para ser um dos melhores interpretes do cinema brasileiro atual, como também prova ter talento atrás das câmeras. Além de dirigir o filme, ele também atua na historia o que já é um grande desafio que não é para muitos cineastas que existem por ai, portanto merece todo o credito. O seu personagem Benjamin pode tranquilamente figurar entre os melhores personagens que ele atuou na telona (ao lado do protagonista de Cheiro do Ralo) onde ele consegue passar para o espectador toda sua insegurança sobre que realmente quer da vida, e com isso, solta a triste e certeira frase: “eu faço as pessoas rirem, mas quem me faz rir?”.
Apesar da crise existencial do protagonista, o filme não cai no drama facilmente e oscila tranqüilamente com momentos de humor, por vezes pastelão, por vezes num estilo de humor inteligente visto nos filmes antigos como do Mazzaropi, que convenhamos, faz falta no cinema brasileiro atual. Um dos pontos, particularmente meus favoritos da trama, são as aparições hilárias de personagens excêntricos, que por mais estranhos que sejam, divertem pelas suas palavras incrivelmente engraçadas, como no caso do delegado que surge em certo ponto da historia. São participações pequenas, mas jamais vazias, pois elas estão ali por um significado, mas nunca para somente encher a linguiça. Vale destacar a fantástica fotografia em cor pastel, dando a entender que a trama se passa em um tempo passado distante, onde tudo era mais colorido, apesar das dificuldades do dia a dia do circo.
Por fim, O Palhaço é uma obra obrigatória, na qual nos diverti e nos faz pensar sobre do porque estamos aqui nesta vida. Uma dose reflexão, mas muito divertida e colorida.


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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 18

O COMEÇO DO FIM

Muitos consideram o cinema americano dos anos 70 (ou nova Hollywood se preferirem), como o melhor período do cinema americano de todos os tempos. Isso graças a uma nova leva de jovens cineastas que surgiram, e que decidirão injetar uma nova forma de se fazer cinema, onde na maioria dos seus filmes, apresentavam uma realidade mais crua e bem diferente que o cinema convencional apresentava durante os anos 60. Mas nem tudo foram flores, porque ao mesmo tempo em que surgiam filmes originais e desafiadores, já se fazia um bom tempo que não havia um filme que arrastasse milhões de pessoas de todas as idades, sendo que isso acontecia normalmente, com filmes de ação e aventura que atraia um grande publico.
Coube então, uma dupla de jovens diretores cheios de imaginação (mais um jovem Richard Donner vindo do sucesso A Profecia), para esse quadro mudar para sempre. Com seus filmes, se criou o termo “blockbuster”, mais precisamente os arrasa quarteirões, que fizeram multidões lotarem os cinemas e que isso se sente até hoje. Alguns (para não dizer muitos) críticos acusam esses jovens diretores de ter matado um cinema intelectual, para dar lugar a  um cinema de entretenimento de altos e baixos, mas que a meu ver, para o bem ou para o mal, foi uma forma do cinema continuar vivo até hoje para o publico em geral que busca se entreter durante duas horas numa sala escura de cinema.
Segue abaixo, os três filmes essenciais que mudaram esse quadro do cinema norte americano naquele período.      
     
TUBARÃO

Sinopse: Um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se alimentar dos turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local (Roy Scheider) pede ajuda a um ictiologista (Richard Dreyfuss) e a um pescador veterano (Robert Shaw) para caçar o animal. Mas a missão vai ser mais complicada do que eles imaginavam.

Depois desse filme, o cinema jamais foi o mesmo. Primeiro grande sucesso de Spielberg no cinema, que inaugurou o termo “blockbuster” e primeiro filme da historia a chegar à cifra de R$ 100 milhões somente nos EUA. Teve três seqüências e inúmeras imitações, mas nenhuma claro capaz de repetir o êxito do original. Baseado em romance de Peter Benchley, é uma aula de suspense moderno, com ótima trilha sonora de John Willians (que o próprio Spielberg satirizou em 1941). É bem da verdade, que muito do sucesso do filme, se deve a trilha sonora composta pelo mestre, já que além de criar um clima de suspense, se torna também um sinal de alerta para quando o tubarão está por perto. Se o famigerado TAM, TAM, TAM, TAM começa a tocar, é porque o bicho vai atacar. Assistindo o filme atualmente, com suas qualidades e tudo mais, é de se espantar o quanto foi complicado para a trama ser filmada. Um dos principais problemas foi o próprio tubarão mecânico que simplesmente não funcionava na hora que deveria funcionar. Com isso, as filmagens ficaram atrasadas, os ânimos diminuíram cada vez mais, isso fora o fato o atrito dos atores Robert Shaw, Richard Dreyfuss. Mas os produtores David Brown e Richard D. Zanuck tinham fé naquele jovem diretor, mesmo tendo apenas um filme no currículo (Encurralado), e com isso, as gravações prosseguiam, os problemas foram diminuindo e o filme por fim foi finalizado, estreando e entrando para historia do cinema. Difícil dizer qual é a minha cena preferida, mas me arrisco a dizer que não foi com nenhuma cena com o tubarão em si, mas uma seqüência fantástica, onde Quint (Robert Shaw) conta uma sombria historia, dos seus dias como naufrago do navio USS Indianápolis, onde teve que passar horrores em auto mar perante inúmeros tubarões famintos. É uma cena simples, mas eficaz, onde realmente vemos as imagens, dentro de nossas mentes, que o personagem de Robert Shaw conta. Anos mais tarde, Steven Spielberg diz que essa foi uma de suas melhores cenas que ele filmou para o filme, e não é para menos.

Curiosidade: Na cena do início do filme em que foi atacada por um tubarão, Susan Backlinie estava presa a correntes e mergulhadores a puxavam para baixo para dar a exata impressão de que um tubarão estava atacando.

  STAR WARS: EPISÓDIO IV:
 UMA NOVA ESPERANÇA

Sinopse:HÁ MUITO TEMPO, NUMA GALÁXIA MUITO, MUITO DISTANTE...Os Cavaleiros Jedi foram exterminados e o Império comanda a galáxia com punho de ferro. Um pequeno grupo de Rebeldes ousou desafiar a potência roubando os planos secretos da mais poderosa arma do Império, a Estrela da Morte. O servo de maior confiança do Imperador, Darth Vader, precisa encontrar os planos e localizar o esconderijo dos Rebeldes. Aprisionada, a líder dos Rebeldes, Princesa Leia, envia um pedido de socorro que é interceptado por um simples fazendeiro, Luke Skywalker. Seguindo seu destino, Luke aceita o desafio de resgatar a princesa e ajudar a Rebelião a enfrentar o Império, contando com alguns aliados inesquecíveis como o sábio Obi-Wan Kenobi, o presunçoso Han Solo, o fiel Chewbacca e os dróides R2-D2 e C-3PO.

E lá se vão 35 anos desde que no dia 25 de maio de 1977 que Star Wars (ou guerra nas estrelas para os mais íntimos) estreou nas nossas terras, depois disso o mundo do entretenimento jamais foi o mesmo. E pensar que infelizmente não tive o privilegio de ver esses filmes no cinema pois eu era muito pequeno e o ultimo da trilogia original que estreou no cinema foi em 83 (Retorno De jedi), tinha apenas três anos. Fui assistir somente na telinha, e cada vez que o filme era exibido era sempre com enorme empolgação de assistir.
Usando a idéia simples, das antigas aventuras matines de ficção cientifica, George Lucas criou um universo tão rico de personagens e detalhes que não coube somente em seis filmes que formam as duas trilogias. A saga da família Skywalker e companhia viraram séries, desenhos, livros, gibis, jogos e por ai foi e por conseqüência acabou por influenciar os outros estúdios a  fazer outros filmes de ficção como foi no caso do retorno de Star Trek nos cinemas em 79.
Mesmo que a nova trilogia terminada em 2005 não chegue a perfeição da original, Star Wars jamais perdeu o brilho e tão cedo jamais deixara de ser lembrada como o pai das super produções atuais que sempre chegam no verão americano.

SUPERMAN: O FILME

sinopse:Jor-El (Marlon Brando), um renomado cientista, prevê a destruição do seu planeta e alerta o governo, que não lhe dá credito. Assim, decide salvar seu filho, mandando-o para a Terra, onde terá superpoderes. Na Terra, ele usa o nome de Clark Kent (Christopher Reeve) e já adulto e trabalhando como repórter em um jornal, não demonstra ter superpoderes. Mas quando uma situação inesperada põe em risco a vida de Lois Lane (Margot Kidder), uma colega de trabalho, ele obrigado a se revelar para o público, ficando conhecido popularmente como Superman. Descontente com o surgimento de um super-herói na cidade, Lex Luthor (Gene Hackman), um gênio do mal, o obriga a se desdobrar para evitar a morte de milhões de pessoas.

Filme que arrastou multidões em todo o mundo na época. e não é pra menos. Foi na verdade a primeira superprodução baseada numa HQ a ser levada a sério do começo ao fim, isso graças a Richard Donner (A Profecia) que sempre via no projeto algo para ser feito no modo verossimilhança. É difícil dizer qual a melhor parte, o inicio em Kripton onde Marlon Brando da seu show de interpretação, a chegada do seu filho a terra, a descoberta da fortaleza da solidão, o passeio de vôo do casal e o ato final que termina num clímax angustiante e fantástico. Tanto Christopher Reeve (Superman) como Margot Kidder (Lois Lane) ficaram marcados para sempre com seus respectivos personagens e até hoje Christopher se tornou o melhor interprete do ícone dos quadrinhos. Atenção para O ótimo desempenho de Gene Hackman (no auge da carreira) interpretando o vilão Lex Luthor, da magistral  trilha sonora de John Willians que da vida a cada cena do filme e dos impressionantes efeitos visuais, que mesmo de 1978, convencem  até hoje e provou que um homem poderia voar.

Curiosidades: Para conseguir uma musculatura convincente para ser nas telas Superman, o ator Christopher Reeve fez um trabalho especial supervisionado por David Prowse, o ator que interpretou Darth Vader em Guerra nas Estrelas;- Para aparecer por apenas 10 minutos em Superman - O Filme, o ator Marlon Brando recebeu um cachê de US$ 4 milhões;- O cabelo de Clark Kent e de Superman são repartidos para lados diferentes.



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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray; Piratas Pirados



Sinopse: O Capitão Pirata (Hugh Grant) é um dos mais trapalhões piratas dos sete mares e sua maré de azar anda incomodando. O pior é que ele é louco para derrotar seus rivais Black Bellamy (Jeremy Piven) e Cutlass Liz (Salma Hayek) na premiação Piratas do Ano, mas sua tripulação pra lá de doida atrapalha mais do que ajuda. Para completar, o capitão vai ter que encarar uma enfezada Rainha Victoria (Imelda Staunton) na companhia do famoso pesquisador Charles Darwin (David Tennant).

É uma delicia assistir essa nova animação dos estúdios Aardman, que mesmo num mundo atual cheio de animações digitais, sempre consegue lançar um longa de coração. Os produtores dos já clássicos a Fuga das Galinhas e Wallace e Gromit, criam a boa e velha formula de filmes de aventura com piratas, mas tudo de uma forma bem pastelão e caricata. Com um humor redondinho, a comedia só aumenta graças ao seu protagonista, um verdadeiro pirata trapalhão, que busca ser o melhor dos melhores, nos mares comandados pela mão de ferro Rainha Vitoria.
Embora não pertencente exatamente a mesma época, a participação especial do evolucionista Charles Darwin, também nos proporciona momentos hilários, isso graças a sua caracterização ingênua e cartunesca. Embora não seja superior aos antecessores, Piratas Pirados é aquele tipo de animação que agrada em cheio, tanto as crianças como os adultos, que alias esses últimos irão se divertir mais ainda com o filme, se optar em assistir a versão legendada, pois Hugh Grant surpreende do começo ao fim, ao dublar a voz do protagonista.   

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Cine Dica: Em Cartaz: Mostra Imprensa – O Quarto Poder


Estréia hoje no cine Bancários, a mostra Imprensa – O Quarto Poder. Mais informações sobre as sessões vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. Abaixo, segue minhas opiniões de alguns filmes que já assisti e que se encontram na mostra.     

 O Informante

Sinopse: Em 1994, ex-executivo da indústria do tabaco concedeu entrevista bombástica ao programa jornalístico 60 Minutos, da rede americana CBS. Dizia que os manda-chuvas da empresa em que trabalhou não apenas sabiam da capacidade viciadora da nicotina como também aplicavam aditivos químicos ao cigarro, para acentuar esta característica. Na hora H, porém, a CBS recuou e não transmitiu a entrevista, alegando que as consequências jurídicas poderiam ser fatais. Baseando-se nesta história real, O Informante narra a trajetória do ex-vice-presidente da Brown & Williamson Jeffrey Wigand (Russell Crowe) e do produtor Lowell Bergman (Al Pacino), que o convenceu a falar em público.


A dois conflitos fortes nesta produção finalista em sete categorias do Oscar, mas derrotada em todas. Um é o que atormenta o executivo Jeffrey (Crowe) em função do seu antigo emprego. O outro aparece nas ameaças da emissora que emprega o produtor Lowell (Pacino). Nesta parte, o filme ganha vigor, apesar dos clichês de suspense, algumas vezes desnecessários e que parecem trapaça narrativa. Há um grande desempenho de Christopher Plummer como o apresentador Mike.  

   A Montanha dos Sete Abutres


Sinopse: Repórter inescrupuloso (Kirk Douglas) explora o drama de um homem preso em uma mina (Richard Benedict). Ao perceber que esta reportagem pode ser a chance profissional de sua vida, transforma a operação de resgate em um assunto nacional, atraindo milhares de curiosos, cinegrafistas de noticiários e comentaristas de rádio, fazendo uso dos piores expedientes éticos.

Denuncia atroz da chamada imprensa imprensa marrom, aquela que vive do sensacionalismo. E não para nisso: a historia, co-escrita e produzida pelo próprio Billy Wider, acaba afirmando que esta situação dá ao publico o que ele quer. Se a venalidade é suavizada por certos personagens e comportamentos dramáticos, a narrativa sufoca o espectador do começo ao fim. Controlado pelo diretor, Douglas tem uma excelente interpretação até o ultimo segundo de projeção.  

Rede de Intrigas

Sinopse: Apresentador de noticiário (Peter Finch) recebe a notícia de que está demitido em razão dos seus baixos índices de audiência. Um dia, com o programa no ar, comunica a sua saída da emissora e avisa que se matará na próxima semana, quando o programa estiver no ar. É imediatamente afastado, mas o público pede a sua volta e como a rede estava com problemas de audiência resolve lançá-lo. A partir de então ele passa a encarnar o profeta louco, mas mesmo tendo um comportamento insano a recepção do público é altamente positiva. No entanto, as pessoas responsáveis pela sua ascensão agora querem detê-lo.

Apesar de alguns clichês na trama e nos personagens, o filme é uma sarcástica e absorvente crônica sobre os bastidores da TV. Oscar de melhor ator para Peter Finch (que acabou morrendo dias antes da cerimônia), atriz e atriz coadjuvantes para as atrizes Faye Dunaway e Beatrice Straight e melhor roteiro para Paddy Chayefsky.      

Frost/Nixon

Sinopse: Richard Nixon (Frank Langella) permaneceu em silêncio por três anos após renunciar à presidência dos Estados Unidos. Em 1977 ele concordou em dar uma entrevista, visando esclarecer pontos obscuros do período em que esteve no governo e usá-la para uma possível volta à política. O entrevistador do programa foi o jovem David Frost (Michael Sheen), o que fazia com que Nixon acreditasse que seria fácil dobrá-lo. Entretanto o que ocorreu foi uma grande batalha entre os dois, que resultou em um confronto assistido por 45 milhões de pessoas ao longo de quatro noites.

Filme faz um excelente retrato de um dos maiores furos jornalísticos da historia. Depois do deslize da adaptação de o Código Da Vinci, Ron Howard faz uma espécie de filme semi-documentário, em que retrata a entrevista que o entrevistador David Frost fez com Nixon, onde o ex presidente acabou falando coisas que não devia, como entre outras coisas o famoso caso Watergate. O primeiro busca sucesso para melhorar a vida, já o segundo busca redenção, sendo que em comum, ambos são ambiciosos. Michael Sheen (A Rainha) se sai bem como o ambicioso entrevistador, mas é Frank Angella (Superman: O retorno) que da um show de interpretação, fazendo da cena da entrevista um duelo de combate de arena entre dois homens.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cine Dica: Documentário Referendo e a mostra Imprensa – O Quarto Poder, são os destaques do cinema alternativo da capital nesta semana.

Jornalismo e ética é tema de mostra no CineBancários, com entrada franca

O CineBancários realiza, entre os dias 18 e 23 de setembro, em parceria com o jornal Sul 21 e o Sindicato dos Jornalistas do RS, a mostra Imprensa – O Quarto Poder, reunindo oito títulos entre produções clássicas e mais recentes, que colocam em discussão o poder e os limites éticos dos meios de comunicação na sociedade contemporânea. Todas as sessões têm entrada franca.
A atuação da imprensa e seus mecanismos, sua importância para garantir a livre informação nas sociedades democráticas ou seu comprometimento econômico com os poderosos, são objeto dessa programação que retrata as diferentes formas de atuação dos profissionais da comunicação.
Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

DOCUMENTÁRIO REFERENDO, DE JAIME LERNER,
EM PRÉ-ESTREIA NA SALA P. F. GASTAL

A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) realiza na terça-feira, 18 de setembro, às 19:30, o coquetel de lançamento – seguido de sessão de pré-estreia às 20:30 – do documentário de longa-metragem gaúcho Referendo, de Jaime Lerner. Produzido pela Manga Rosa, Referendo teve sua primeira exibição pública durante o último Festival de Gramado, naMostra Especial Cinema Gaúcho, onde foi muito bem recebido.  
Referendo é um documentário sobre a questão do desarmamento em nosso país, um tema polêmico por tocar em questões muito delicadas. No dia 23 de outubro de 2005 o Brasil votou em uma eleição incomum. Não se tratava de eleger partidos ou representantes para cargos legislativos ou executivos. A questão era responder SIM ou NÃO a uma única pergunta: “O comércio de armas e munição deve ser proibido no Brasil?” A discussão, que teve início na época, perdura até hoje, pois diz respeito a cada um de nós.
Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.


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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cine Especial: SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN: FINAL



Quem acompanhou meu blog nestes últimos dias, curtiu o especial sobre os filmes de Sergio Leone, que antecede minha participação no curso sobre o cineasta que acontecera neste sábado e domingo. Infelizmente, não pude assistir  Trinity e Seus Companheiros, que embora seja uma obra menor do diretor, era essencial para eu assistir, mas quem sabe nos próximos dias eu consiga e diga para vocês o que eu achei.
Abaixo, confiram todos os posts que eu escrevi sobre cada filme desse grande cineasta e quem puder me acompanhar amanhã será ótimo, pois o curso elaborado pelo CENA UM é imperdível.       

SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN: Partes: 1,2,3,4 e 5.


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