Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
A primeira vez que eu
vi, foi na superprodução Armageddon, e mesmo sendo coadjuvante, ele se destacou
não só pelo tamanho e força, mas por passar uma doçura incomum. Esses dotes foram
suficientes, para conseguir o papel que o consagraria em A Espera de um Milagre(veja
a baixo), mas que infelizmente não foi o suficiente para que ele ganhasse mais
papeis que explorassem outras facetas como ator. Duncan se foi, mas sempre nos
lembraremos com carinho, daquele grandão milagroso que passava esperança para
todos.
À Espera de um
Milagre
Sinopse: 1935, no corredor
da morte de uma prisão sulista. Paul Edgecomb (Tom Hanks) é o chefe de guarda
da prisão, que tem John Coffey (Michael Clarke Duncan) como um de seus
prisioneiros. Aos poucos, desenvolve-se entre eles uma relação incomum, baseada
na descoberta de que o prisioneiro possui um dom mágico que é, ao mesmo tempo,
misterioso e milagroso.
Frank Darabont pegou gosto em fazer filmes baseados nas obras
de Stephen King, pois além desse, ele
produziu e dirigiu Um Sonho de Liberdade e o impressionante Nevoeiro. Aqui, o gênero
fantástico do escritor, se mistura com uma historia de prisão incomum, onde se
explora o caráter dos personagens e até onde se pode saber a verdadeira
natureza de cada um deles. Paul Edgecomb (Tom Hanks, ótimo como sempre) se
depara com um terrível dilema, que é cumprir o seu dever, e levar um dia ao corredor
da morte, John Coffey (Michael Clarke Duncan), que surpreendentemente, passa uma bondade incomum (mesmo com um
tamanho e força que intimide) e por possuir dons de cura.
Sendo um filme de prisão,
encontramos os típicos elementos básicos, como um carcereiro que não vale nada
e elementos que fazem agente se simpatizar com cada um dos prisioneiros. O que rouba cena (fora a interpretação
estupenda de Duncan) é a presença de um simpático ratinho, que irá acabar se
tornando peça chave indispensável da trama. Na época de lançamento, o filme
acabou não ganhando o merecido reconhecimento (mesmo sendo indicado a 4 Oscar),
mas acabou ganhando prestigio, conforme os anos foram passando. Atualmente,
está na lista das melhores adaptações das obras de Stephen King para o cinema.
Aproveite pessoal,
pois é hoje, às 19h30 no CineBancários de Porto Alegre, há sessão especial
(com entrada franca) do o filme Uma Noite Alucinante 2, comentada por André
Kleinert, diretor de Programação do Clube de Cinema da capital e autor do blog
Antidicas de Cinema, e Cristian Verardi, crítico de cinema e autor do blog
Cinema Ex-machina. Lembrando, que a trilogia completa do cineasta Sam Raimi,
será exibida na sala de hoje á 09 de setembro.
Mas enquanto a noite não
chega, relembremos um pouco, cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu
o termo “terrir”dentro do gênero de terror.
Darkman - Vingança Sem Rosto
Sinopse: O cientista Peyton
Westlake descobriu a fórmula para criar pele sintética, o problema é que ela
dura apenas 100 minutos sob exposição da luz. Quando criminosos atacam seu
laboratório, ele é dado como morto, mas na realidade ele se transforma em
Darkman, e passa a buscar vingança. O problema é que seus disfarces duram
somente 100 minutos cada.
Após a trilogia de Uma Noite
Alucinante, Raimi voltou com carga total neste filme impressionante, de
produção mais empenhada e cara, do qual também é o autor da historia e co-roteirista.
O filme em si, lembra as antigas HQ, com um ritmo veloz e a cara (como sempre)
quase frenética.
Rápida e Mortal
Sinopse: Uma mulher
misteriosa cavalga até a cidade de Redemption. Carrega na cintura seu revólver
e uma sede de vingança que incendeia seu coração. Ela vem para matar o poderoso
da cidade, o homem que tornou a sua desolada como o deserto que agora ela
atravessa. Mas os demônios que a levaram para este mortal conflito são os
mesmos que a colocaram numa situação limite; e o estranho é que pode ser a
única a cair morta ao final do acerto de contas.
Homenagem ao western spaghetti
eternizado por Sergio Leone, o filme cita seus enquadramentos e a trilha sonora
de Ennio Morricone. É também o ultimo trabalho de Woody Strode, a quem é
dedicado. O filme tem vários atrativos, como Gene Hackman, em sua boa fase após
ter ganho um Oscar pelo Os Imperdoáveis e Leonardo DiCaprio mostrando que iria
longe na carreira. Porém, o filme tem alguns problemas, como fato de já termos
uma idéia do seu final, e de Sharon Stone não convencer como protagonista neste
tipo de filme.
O Dom da Premonição
Sinopse: Annie Wilson é uma
vidente, viúva e mãe de 3 filhos que herdou da família um poder sobrenatural:
um dom que lhe permite ver o que irá acontecer no futuro. Só que, em uma visita
ao colégio por causa de mais uma briga de seu filho Mike, ela se encontra com o
bondoso professor e sua noiva Jessica, e tem uma de suas clarividências ao ser
questionada sobre o futuro do relacionamento. Guardando para si a imagem ruim
que viu. Quando Jéssica é encontrada morta, a única chance da polícia pegar o
culpado é utilizando da capacidade de Annie, mesmo que muitos duvidem dela.
Este drama de suspense
sobrenatural prova mais uma vez que Raimi é um ótimo diretor de imagens e
climas. Ele contou aqui com ajuda da impressionante
interpretação de Kate Blanchett (Elizabeth), perfeita em postura e sotaque como
uma vitima de seu próprio dom, procurada por uns, discriminada por muitos.
Apesar da tensão ser bem construída, é inevitável notar a previsibilidade da
historia, co-autoria de Billy Bob Thornton (na época, conhecido por ter ganhado
o Oscar de roteiro por Na Corda Banda). Fosse mais bem escrito, o filme seria
um fascinante exercício de mistério. Do jeito como ficou, apenas diverti e sem
maiores exigências.
Nos
dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso SERGIO LEONE - ERA UMA
VEZ O SPAGHETTI WESTERN, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor Rodrigo
Carreiro. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um
pouco sobre o que eu sei desse cineasta,
que deu novo status para o gênero do Western e que se sente isso até hoje.
SERGIO LEONE E SUA ÓPERA
NO OESTE:
CINEASTA FOI UM DOS QUE RESGATOU A GRANDEZA DOS WESTERNS CLÁSSICOS COM HISTÓRIA
DE VINGANÇA INFLUENCIADA PELA ÓPERA.
Se tiver um filme que represente
a filmografia de Leone como um todo, esse filme é Era uma vez no Oeste. É curioso que um dos principais artífices do
mais americano dos gêneros seja um italiano que nunca fez muita questão de aprender
uma palavra sequer em inglês, pois em sua opinião não era necessário, pois já
compreendia o gênero pela sua essência como um todo. Apaixonado por westerns
desde a juventude, Sergio Leone decidiu inovar esse gênero (nos anos 60 já meio
desgastado), injetando uma espécie de humor negro, um lado mais cru e com personagens ambíguos, em que os status de bem
e mal não eram suficientes para defini-los.
A trilogia dos dólares trouxe
reconhecimento e respeito ao cineasta até então desconhecido aos olhos do mundo.
Composta por Um Punhado de Dólares (refilmagem não autorizada de O Guarda
Costas de Akira Kurosawa), Por uns Dólares a Mais (meu preferido dos três) e
Três Homens e um conflito, todos estrelados pelo até então cara novo Clint Eastwood
e rodados na Itália. Sobretudo nos dois primeiros, a ação é ininterrupta e há
pouco espaço para os diálogos, mas para muitos, Três Homens e um Conflito é o
melhor dos três, mesmo possuindo inúmeros momentos de pausa, sem dialogo, mas
tudo em volta de um duelo psicológico entre os protagonistas, que acabou
rendendo inúmeros elogios e que serviria de base para o que viria depois na
filmografia de Leone.
Todos fizeram bastante sucesso nos Estados
Unidos, levantando a moral do gênero daquela época e o que levou a Paramount a
oferecer ao diretor um orçamento bem generoso para rodar um filme no qual mal
sabiam que se tornaria uma obra prima. Leone por sua vez, não estava nem um
pouco interessado em fazer mais um western ou ficar rotulado como um cineasta
de um único gênero. Naquele tempo, ele planejava trabalhar na adaptação de um
livro que, anos depois, resultaria em Era uma Vez na America (1984), mas
aceitou mais um desafio, somente por existir uma possibilidade de criar uma
trilogia sobre a America (completada por Quando Explode a Vingança).
Para a alegria de todos, trabalharam
no roteiro de Era uma vez no Oeste, dois importantes nomes do cinema Italiano, Bernardo
Bertolucci e Dario Argentino (famoso por filmes de terror). Na trama, Três
pistoleiros, entre eles o temido Frank (Henry Fonda, em seu primeiro papel de
vilão e um dos melhores de sua carreira), são enviados para convencer um
fazendeiro a ceder suas terras para a construção de uma enorme ferrovia que cruzará
o oeste. Acabam matando o homem e seus filhos, numa seqüência magistral, onde
gradualmente é mostrado quem são os assassinos, sendo que na época, os americanos
ficaram chocados quando deram de cara com Henry Fonda sendo o vilão e matando a
sangue frio a criança da família com um tiro. A viúva Jill,(Claudia Cardinale
no auge da beleza), recém chegada do leste e em busca de riquezas, decide ficar
nas terras e se une a um pistoleiro misterioso (Charles Bronson, como mocinho)
para ajudá-la na vingança. Também recebe ajuda do ambíguo Cheyenne (Jason
Robarts).
Falando assim, parece até muito
simples, mas quem espera encontrar aqui
o ritmo veloz da trilogia dos Dólares, vai se assustar. Era uma vez no Oeste é
um filme que se eleva a níveis de uma opera (embalado pela trilha inesquecível de Ennio
Morricone, fiel colaborador de Leone), grandioso, lento (a abertura, em que os três
homens esperam um trem dura 14 minutos, sem diálogos) e marcado por closes no
rosto dos atores na cena de tiroteio. As filmagens tiveram lugar na Espanha e
no Monument Valley, nos Estados Unidos, cenário dos grandes clássicos de John
Ford como no Tempo das Diligencias e Rastros do Ódio. Logicamente, uma espécie de
homenagem de um mestre ao outro.
Embora sua longa duração, é um
filme que passa rapidamente, graças a um roteiro bem construído, direção
magistral de Leone e momentos chaves nos quais entraram para historia do
cinema. Curiosamente, o filme não foi muito bem recebido na época de sua estréia
em território americano, mas gradualmente foi conquistando cinéfilos, que foram
entendendo a proposta que o diretor queria passar, que nada mais era do que uma
declaração de amor ao gênero, de suas varias fases de sua historia e culminando com um
fim melancólico, mas justo. Se por um lado os americanos demoraram um pouco a
compreendê-lo, em Paris, o filme ficou em cartaz mais de 40 semanas em uma sala na época,
pois as pessoas não paravam de ir vê-lo duas ou três vezes.
Assim como Stanley Kubrick,
Sergio Leone dirigiu pouco (nove filmes), mas falou muito em cada uma de suas
obras, e por isso mesmo, merece ser redescoberto pela nova geração de cinéfilos
que preza a gostar de diversos filmes não importando qual a sua época distinta.
Sem mais delongas, pois estou com
muita pressa, confiram as estréias para esse final de semana, um bom final de semana
para todos e um bom inicio de mês.
Os Mercenários 2
Sinopse: 'Os Mercenários 2'
acompanha os heróis em uma batalha pessoal! Depois de Tool (Mickey Rourke), o
coração e a alma dos Mercenários, ser brutalmente assassinado durante uma
missão, seus companheiros prometem vingança. Mas eles não são os únicos que
querem sangue. A bela e selvagem filha de Tool, Fiona, inícia sua própria
missão de vingança, mas a situação se complica quando é capturada por um cruel
ditador que planeja destruir o movimento de resistência. Agora, Barney
(Sylvester Stallone) e os Mercenários precisam arriscar tudo para salvar Fiona
e a humanidade.
FAUSTO
Sinopse: Na trama inspirada na obra do escritor alemãoGoethe, o doutor Johannes
Georg Faust (Johannes Zeiler) é um cientista brilhante mas desiludido, que
aceita fazer um pacto com um comerciante diabólico (Anton Adasinskyi) em troca
de prestígio e do amor de sua adorada Gretchen (Isolda Dychauk).
INTOCAVEIS
Sinopse: A trama aborda a construção de uma amizade entre um
milionário tetraplégico e um imigrante africano.
Procura-se um Amigo para o Fim do
Mundo
Sinopse: Dodge (Carell) foi abandonado
pela esposa após descobrir que um meteoro se chocará com a Terra em um curto
espaço de tempo. Seus planos de viver alguns dias de amor enquanto o fim se
aproxima começam a se realizar, quando ele se aproxima de sua vizinha (Keira
Knightley), que se convida a participar da - antes solitária - jornada,
carregando nada além de seus discos favoritos.
BEM AMADAS
Sinopse: De Paris na década de 1960 à
Londres nos 2000. Retrata a história de vida de Madeleine (Catherine Deneuve e
Ludivine Sagnier) e sua filha Vera (Chiara Mastroianni), abordado o
relacionamento delas com os homens de suas vidas. Busca responder: como
resistir à passagem do tempo e resolver os nossos mais profundos sentimentos?
O Gato do Rabino
Sinopse: Argélia, 1920. O
rabino Sfar vive com sua filha Zlabya, um papagaio barulhento e um gato
brincalhão que começa a falar depois de engolir o papagaio. Apaixonado pela
dona, Zlabya, o felino faz de tudo para ficar por perto e até aceita as
condições impostas pelo rabino: aprender mais sobre o judaísmo e fazer o Bar
Mitzvah. Para isso, ele embarca em uma grande aventura.
Headhunters
SINOPSE: Roger, o melhor
headhunter da Noruega, financia seu luxuoso estilo de vida roubando obras de
arte de seus próprios clientes. Mas Roger vive muito além de seus meios. Quando
sua esposa lhe apresenta Clas Greve, ele parece o candidato perfeito para um
trabalho de Roger, e ainda é dono de uma pintura muito valiosa. Roger vê isso
como uma oportunidade única, mas as coisas não saem de acordo com o esperado.
Aproveite pessoal,
pois no dia 4 de setembro, às 19h30, o CineBancários de Porto Alegre, terá
sessão especial (com entrada franca) do o filme Uma Noite Alucinante 2,
comentada por André Kleinert, diretor de Programação do Clube de Cinema da
capital e autor do blog Antidicas de Cinema, e Cristian Verardi, crítico de
cinema e autor do blog Cinema Ex-machina. Lembrando, que a trilogia completa do
cineasta Sam Raimi, será exibida na sala nos dias 04 á 09 de setembro.
Mas enquanto o dia 04 não
chega, relembremos um pouco, cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu
o termo “terrir”dentro do gênero de terror.
UMA
NOITE ALUCINANTE 3
SINOPSE: Ash é
acidentalmente enviado para o século XIII, quando foi profetizado que alguém
viria para encontrar o Necronomicon, o Livro dos Mortos. Essa pessoa lideraria
a batalha dos humanos contra os Deadites, seres da Escuridão que também estão
atrás do livro. Este filme fecha a trilogia Evil Dead com muito humor e
situações bizarras, numa mistura de comédia, terror e aventura.
O último da trilogia foi
concretizado mais pelo desejo, e a insistência dos fãs do que pela vontade do
diretor Raimi.Campbell, agora na idade média, luta contra bruxas e demônios
alados. Produzida pela Universal, esta fita é a mais suave da série, se
comparada aos capítulos anteriores, com uma violência menos explícita e
realizada em tom mais aventuresco.
Esse tom de aventura aumenta
ainda mais, quando o herói tem que encarar inúmeros soldados esqueletos,
fazendo uma clara referencia ao clássico Jasão e os Argonautas onde o velho e bom stop
motion comanda o espetáculo.
Este filme também poderia se
chamar "Os Três Patetas encontram a Morte Demoníaca", não fosse uma
ou outra seqüência onde a violência é exagerada. O mais caro de toda a série
(custou 13 milhões de doláres), só foi realizado depois do sucesso de Darkman,
Vingança Sem Rosto porque a Universal estava com receio de por em prática as
idéias um tanto malucas do diretor Raimi. Graças aos lançamentos em DVD, os fãs
tiveram conhecimento de dois finais diferentes, dando a entender, que o final
conhecido visto nos cinemas (bem mais esperançoso), foi uma exigência dos
produtores. Já o final que Raimi queria, colocava o nosso herói numa situação muito
mais nebulosa e mais com a cara do cineasta.
Sinopse: Uma jovem mãe solteira,
que vive com o pequeno filho na casa que pertenceu á bisavó do menino. Quando o
avô decide vender a casa, a protagonista precisa procurar onde morar e
enfrentar um dilema: arcar com as responsabilidades de ser mãe ou aproveitar a
vida adolescente.
A estréia desse filme Chileno
abre também uma iniciativa que pretende incentivar a produção cinematográfica na
America Latina. A programação é organizada pela distribuidora Latinopolis, e
vai mostrar um longa Latino Americano por mês, até maio do ano que vem.
Se for dar certo ou não essa
iniciativa, para valorizar mais o cinema latino, só o tempo irá dizer, mas a
meu ver, já começa bem ao apresentar um filme em que o publico se identifica rapidamente.
A jornada difícil para a transição da fase adulta é muito bem explorada na
trama, onde vemos a jovem protagonista, divida em vários dilemas, onde o principal
é ter maior responsabilidade com o seu filho, e consigo mesma, ou abraçar uma
vida livre, mas com um futuro um tanto que indefinido e nebuloso.
Por inúmeros momentos, ficamos
tentados em julgar mal a protagonista, mas acabamos por ter que encarar situações,
que talvez nos mesmos, se estivéssemos naquela situação, faria igual ou não. Como,
por exemplo, quando ela se livra do cão do seu filho, para então depois
perceber que poderia agir de uma forma diferente nesta decisão, assim como
outras que ela terá que tomar ao longo do percurso. O filme também aumenta numa
dramaticidade caprichada, onde a trama começa à explorar mais na relação conflituosa entre a jovem e seu
sogro, onde que acaba gerando inúmeras reflexões e nos faz compreender mais
aquele universo em que eles vivem.
Do diretor Camilo Becerra, é um
filme pequeno, sem muitas ambições, mas que retrata muito bem os conflitos internos do
ser humano. Em Cartaz: Sala P. F. Gastal. Avenida Presidente João Goulart, 551 - Marcílio Dias Porto Alegre.