Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Depois de divulgar a lista dos 50 maiores filmes de todos os tempos – em que"Um Corpo que Cai"está em primeiro – a revista "Sight & Sound" divulgou nesta quinta-feira (16) uma listagem com os 250 melhores, onde foram incluídos longas como "Blade Runner - O Caçador de Androides", de Ridley Scot, "Tempos Modernos", de Charles Chaplin e "Intriga Internacional", de Alfred Hitchcock.
A lista completa, com sinopse dos filmes, pode ser consultada no site da revista. Para chegar ao resultado, a publicação entrevistou 846 críticos de cinema, acadêmicos, distribuidores, roteiristas e programadores de todo o mundo --número bem maior do que as 144 pessoas que escolhiam o melhor trabalho, há dez anos. "Um Corpo que Cai" (1958), entrou pela primeira vez na pesquisa em 1982 --dois anos depois da morte de seu diretor-- e ficou na sétima posição. Durante sua carreira, Hitchcock foi ignorado pela maioria dos críticos. Sua reputação, no entanto, foi crescendo ao longo do tempo.
O longa de Hitchcock venceu "Cidadão Kane" com uma margem de 34 votos. Na história, James Stewart vive um detetive que investiga as estranhas atividades da mulher de seu amigo, interpretada por Kim Novak.
Nos dias 25 e 26 de
Agosto, haverá o curso sobre James Bond: 50 anos de Cinema, criado pelo CENA UM
e ministrado pelo critico de cinema Roberto Sadovski (ex editor da saudosa
SET). Minha presença na atividade é incerta (pois os filmes com Roger Moore me
dava dor de cabeça), mas isso não me impede de voltar no tempo e relembrar um
pouco dos primeiros e últimos grandes filmes desse ícone da sétima arte.
007:A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE
Sinopse: Em sua primeira e
única aparição como James Bond, George Lazenby deve evitar, a pedido da rainha
da Inglaterra, que seu maior inimigo esterilize todos os seres vivos do
planeta. Para chegar até ele, Bond planeja se casar com uma jovem a quem
impedira de cometer suicídio, pois seu pai tem importantes informações de como
chegar até seu inimigo. O que Bond não esperava era se apaixonar de verdade
pela jovem...
É a sexta e mais longa
aventura de Bond, que é continuação de Com 007 só se vive duas vezes. Se
levantou a teoria ao longo dos anos, que o filme foi um grande fracasso da franquia,
mas diferente do que se imagina, a produção chegou a ficar três semanas em
primeiro lugar em cartaz, que apesar de não ter rendido o mesmo valor das produções
anteriores, ficou muito longe do fracasso. O que talvez tenha colaborado, com
essa aura de pé frio, foi o fato de que George Lazenby não sustentou o carisma do
personagem, mas Steppat, a vilã, é ótima. Muitos fãs consideram esse, o melhor
007 de toda a cine serie, talvez por se distanciar um pouco da aura fria e sínica
do personagem e apresentá-lo de uma forma mais humana e que penderia com a
intenção de ficar somente com uma mulher para o resto da vida, o que não foi o
que aconteceu é claro. Com esses altos e baixos (meio que injustos) Conney
voltaria no filme seguinte em 007: Os Diamantes são eternos.
MENÇÃO HONROSA: Cassino Royale (1967)
Sinopse: Uma
organização criminosa está atacando os espiões de todas as agências de
espionagem do mundo. James Bond é trazido de sua aposentadoria para combater os
vilões que só ele pode deter.
Embora muitos jovens
atualmente estejam familiarizados com o reboot de 007, intitulado Cassino
Royale e estrelado por Daniel Craing, já houve na verdade um outro filme com uma
trama similar e com o mesmo titulo. Cassino
Royale é na verdade o 1º livro sobre
James Bond escrito por Ian Fleming, sendo também o único cujos direitos de
adaptação para o cinema não foram vendidos à Eon Productions na época, que é
detentora da série de filmes protagonizada por 007 e que só viria a pertencer a
franquia com o lançamento do filme em 2006. Já a produção de 1967 é bem famosa
por ter sido uma das mais tumultuadas da historia do cinema, sendo que acabou
escrita por inúmeros roteiristas que entravam e saiam do projeto a todo o
momento e isso sem contar as dezenas de cineastas que entravam e saiam da
produção a torto e a direito (oficialmente foram 5 diretores).
O legal disso tudo, é
acompanhar as pontas de um elenco milionário(incluindo ninguém menos que Orson
Wells) e esquecer-se da trama de altos e baixos, com destaque para a aparição surpresa
de um jovem Wood Allen que ainda era novato no mundo do cinema.
Sinopse: Berlim no
início da década de 30. O nazismo fazia sua ascensão meteórica, mas a grande
maioria das pessoas ainda não tinha noção do terrível poder que aquela força
política se transformaria. Sally Bowles (Liza Minnelli), uma jovem americana
que canta em um cabaré e sonha em ser tornar uma estrela, se apaixona por Brian
Roberts (Michael York), que é bissexual. Ambos se envolvem com Maximillian von
Heune (Helmut Griem), um rico e nobre alemão. Quando Sally fica grávida, Brian
diz que quer casar e declara não se importar de quem seja o filho. Mas o futuro
lhes reserva outro destino.
O filme que marcou
Liza Minelli para sempre. Num período (anos 70) em que o musical havia se
tornado apenas uma pálida imagem do que foi um dia, esse filme foi um colírio
para os olhos, daqueles que sentiam saudade de uma trama conduzida por várias
musicas. Adaptação bem sucedida de contos sobre Berlim da autoria do Ingles
Christopher Isherwood e do musical que eles inspiraram, de grande sucesso da
Broadway. Liza Minelli jamais se
desvencilhou do papel que a consagrou, mas a sua imagem cantando e dançando em
cenas inesquecíveis, fizeram dela, uma imagem icônica da sétima arte.
Interessante a estrutura, que coloca um mestre de cerimônias para introduzir
cenas de Kit Kat Klub e passagens da trama. Ganhou 8 Oscar, inclusive diretor,
atriz (Liza) ator coadjuvante (Grey), fotografia e trilha sonora adaptada.
Curiosidades: Na
versão original da Broadway os protagonistas são um escritor americano e uma
cantora inglesa, enquanto que no filme a nacionalidade dos personagens foi
trocada;
Liza Minelli criou a
maquiagem e o penteado que sua personagem usa em cena, tendo a ajuda de seu
pai, o diretor Vincente Minnelli;
É o maior vencedor do Oscar a não ganhar na categoria de
melhor filme.
Nos dias 25 e 26 de Agosto, haverá o curso sobreJames Bond: 50 anos de Cinema, criado
peloCENA UM e ministrado pelo critico de cinemaRoberto
Sadovski (ex editor da saudosaSET). Minha presença
na atividade é incerta (pois os filmes com Roger Mooreme dava dor de cabeça), mas isso não me impede de
voltar no tempo e relembrar um pouco dos primeiros e últimos grandes filmes
desse ícone da sétima arte.
007 Contra a
Chantagem Atômica
Sinopse: Em sua quarta aventura, James Bond
(Sean Connery) deve descobrir onde está de um homem que ameaça explodir Miami
com uma bomba atômica, caso não lhe paguem um valor de 100 milhões de dólares.
Correrias, perseguições,
notável elenco de mulheres bonitas e o humor característico do sofisticado
agente britânico. Seqüências submarinas muito bem realizadas, que fizeram o
filme ganhar o Oscar de efeitos especiais, e desde então, é o único filme de
toda a franquia a ganhar um Oscar da academia. Curiosamente, foi refilmado em
1983 com o titulo 007: Nunca mais outra vez, já numa época que o publico estava
acostumado com Roger Moore como o agente, mas Connery retorna nesta versão (bem
mais velho claro) e dando a Deus a franquia definitivamente.
Com 007 Só Se Vive
Duas Vezes
Sinopse: Uma
espaçonave norte-americana desaparece do nada no espaço. Enquanto os EUA pensam
que os culpados foram os soviéticos e pensam em uma retaliação, some uma
espaçonave soviética nas mesmas condições. Percebendo a má intenção do
responsável, James Bond tem poucos dias para evitar a Terceira Guerra Mundial.
Nesta quinta aventura,
James Bond faz de tudo um pouco, desde a pilotar helicópteros há demonstrar
conhecimentos sobre a cultura nipônica, mas de uma maneira politicamente
incorreta. Como sempre, fica com belas mulheres, e de uma forma como sempre secreta,
invade o esconderijo do seu inimigo, que aqui se chama Blofeld, vivido pelo ótimo ator
Donald Pleasence (Halloween). Alias, o visual do vilão se tornou tão marcante,
que serviu de uma espécie de sátira, para a criação do vilão Dr Elvil da cine
série Austin Powers.
007 - Os Diamantes
São Eternos
Sinopse: O governo britânico envia 007 para
descobrir quem está por trás de um suspeito contrabando de diamantes. Mas quem
James Bond encontra como responsável é Ernst Stavro Blofeld (Charles Gray), seu
maior inimigo, que também porta poderosas bombas atômicas para seus mais
maléficos planos. Indicado ao Oscar de Melhor Som.
Em vista da falta de
carisma de George Lazenby em Serviço secreto de sua majestade de 69(falo dele
mais amanhã), Connery ganhou uma fortuna para estrelar a sétima aventura do
espião britânico, com locações em Amisterdã, Los Angeles e Las Vegas. É impagável
a dupla de assassinos homossexuais, que cita provérbios ingleses. Shirley
Bassey interpreta a canção titulo, de John Barry e Don Black. Como eu disse acima,
Conney só voltaria ao papel em Nunca mais outra vez de 1983 e colocando um
ponto definitivo de sua participação na franquia, mas jamais abandonando o status de melhor 007 de todos os tempos.
Menção Honrosa: Desmond Llewelyn
Llewelyn surgiu como
Q pela primeira vez em Moscou contra 007, mas até aquele ponto, ninguém imaginava
que ele se tornaria o ator que mais participaria na franquia ao longo dos anos.
Dono de uma carisma contagiante, Llewelyn ganhou fãs pelo mundo por sua forma descontraída
da maneira que apresentava ao protagonista, seus apetrechos tecnológicos que
usaria em cada missão.
Mesmo com a mudança
do elenco (e de cinco atores diferentes que fizeram 007 ao longo dos anos),
Llewelyn encerrou sua participação na cine série somente em 007: O Mundo não é o bastante
em 1999, dando a entender que o personagem estava entrando em aposentadoria.
Curiosamente, Llewelyn morreu logo depois num acidente de carro e acabando com
qualquer possibilidade de retorno na cine série.
Nos dias 25 e 26 de Agosto, haverá
o curso sobre James Bond: 50 anos de Cinema, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo critico de cinema Roberto Sadovski (ex editor da saudosa SET). Minha
presença na atividade é incerta (pois os filmes com Roger Moore me dava dor de
cabeça), mas isso não me impede de voltar no tempo e relembrar um pouco dos
primeiros e últimos grandes filmes desse ícone da sétima arte.
007: CONTRA O SATANICO Dr.
NO
Sinopse: A primeira aventura
do agente secreto mais conhecido do mundo James Bond (Sean Connery) mostra sua
investigação do desaparecimento de um agente britânico. Ele acaba descobrindo o
esconderijo do Dr. No (Joseph Wiseman), na Jamaica, um homem que utiliza sua
genialidade a serviço do mal, e fará de tudo para impedir que seus piores
planos se concretizem.
1962: nove anos da primeira
publicação de Ian Fleming com o personagem James Bond, mais conhecido como 007;
quatro anos depois da publicação do livro Dr. No, o sétimo da série e dois anos
antes do falecimento do autor por complicações causadas por um ataque cardíaco.
Assim nasceu a franquia mais duradoura do cinema, com 22 filmes canônicos até
agora, com mais um a ser lançado em novembro desse ano e dois filmes
não-canônicos. Mas diferente do que muitos imaginam, esse primeiro filme não é
sobre a origem do personagem, pois o seu passado nem sequer é mencionado.
Portanto já vemos o
protagonista partindo para a sua missão como veterano, dando a entender que já
teve inúmeras aventuras durante a guerra fria e que essa era apenas mais uma de
muitas. Sean Connery foi o primeiro, e
para muitos (comigo incluído), o melhor 007 de todos os tempos, mesmo tendo
havido outros atores, que embora alguns com suas qualidades, jamais superaram o
lado sínico, frio e sedutor que o ator transmitiu com o personagem. Nesta
primeira aventura, destaque para a beleza magistral de Ursula Andrews (a cena dela
saindo da água se tornou clássica), que mesmo restando quarenta minutos para
acabar a historia, ela simplesmente rouba o filme e se torna a primeira e grande bond
girls da cine série. Até aquele ponto, fica difícil imaginar, se os produtores
soubessem que 007 iria tão longe e durar até hoje, como uma das franquias mais
lucrativas da historia do cinema.
MOSCOU CONTRA 007
Sinopse: James Bond
(Sean Connery) é encarregado de ajudar uma agente russa a fugir de seu país,
sem saber que, na verdade, isso é um plano dos grandes nomes da terrível
organização Spectre para executá-lo. Neste filme é a primeira vez que aparece a
personagem M na série.
Para muitos, é o mais
bem realizado filme da série inspirada nos romances de Lan Fleming ecom o titulo mais corajoso de todos os títulos da cine-serie, pois naquele tempo, Russia, Inglaterra e EUA ainda estavam em grande conflito de egos. Divertido, perseguições, violência e fugas mirabolantes. O grande
ponto alto da trama fica pelo embate entre 007 e o agente Spectre (Robert Shaw)
num vagão do expresso oriente, sendo que a luta e a forma de filmá-la, acabou
servindo de base para os filmes em que se exigiam cenas bastante físicas. Destaques
para a atriz Lotte lenya, cuja sua personagem seria satirizada anos mais tarde
na cine série Austin Powers e para a musica de John Barry, dando apoio preciso
as imagens
007 Contra Goldfinger
Sinopse: James Bond (Sean
Connery) é encarregado de investigar um milionário, mas acaba capturado. Bond
descobre que o plano de Goldfinger (Gert Fröbe) é muito mais complexo do que
imaginava: ele pretende roubar toda a reserva de ouro dos EUA! Oscar de
Melhores Efeitos Sonoros.
Embora o filme anterior seja
o mais próximo das raízes literárias do personagem, essa terceira aventura é
uma das mais queridas dos fãs do agente inglês. É o mais movimentado dos filmes
estrelados por Connery, onde exigiu o máximo do seu físico na época, sendo que
seu personagem assume as características de cinismo (em abundancia), cavalheirismo,
inteligência e charme. Pela primeira vez, Bond usa seu carro Aston Martin,
super equipado e acabou se tornando objeto de desejo para os amantes desse tipo
de veiculo.
Atenção para a cena do raio
laser cortando a mesa de aço em direção ao corpo do herói, que imediatamente se
tornou clássica e bastante imitada. Dentre outros atrativos, o vilão Goldfinger
esta entre os melhores vilões da enorme galeria vilanesca que o herói já
enfrentou e da explosiva canção titulo, interpretada por Shirley Bassey.
Sinopse: Um triângulo
amoroso envolve Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo de passagem pelo interior
da Amazônia, a bela e instável Lavínia (Camila Pitanga) e seu marido, o pastor
Ernani (ZéCarlos Machado), que acredita ser possível consertar as contradições
do mundo.
Inspirado no livro homônimo
escrito por Marçal Aquino, o filme se aprofunda numa estética ousada e genial,
onde as interpretações dos personagens energizam todo o filme. A trama vem e
volta no tempo, para compreender melhor as personalidades dos personagens,
muito embora, não fica muito claro o lado mais oculto da instável Lavínia (Camila
Pitanga, espetacular), que surge como uma verdadeira entidade pronta para
explodir, mas que consegue um equilibro emocional entre os dois homens da trama.
Os homens em questão têm um desejo por ela lógico, mas um (Gustavo Machado) deseja
possuir sua bela imagem através das fotos, já o outro (Zecarlos Machado),
deseja a todo o custo salvar a sua alma de demônios que a assombram.
Esses conflitos e desejos
são retratados em uma trama que não respeita as regras do espaço tempo, mas que
não compromete o entendimento, e sim enriquece ainda mais a interpretação do
trio central, que deu tudo de si em cenas angustiantes, onde cada um deles encara
os seus conflitos internos e seus atos que nasce dali suas conseqüências. Camila
Pitanga da um verdadeiro show de interpretação, onde sua personagem, tanto
passa um olhar singelo, como também olhar de desejo e o mais puro pedido de
socorro para parar com os seus conflitos que a assombram. E se muitos a acharam
sex na novela Paraíso Tropical, esperem para ver ela nesse filme, em cenas de
sexo explosivas, mas de muito bom gosto.
Um filme que representa o
melhor do nosso cinema nacional atual.