Enquanto o novo filme do morcegão não chega, ficamos
curtindo uma encenação do clássico A Piada Mortal, que rolou no ultimo
Multiverso Comiccon 2012. Cortesia de Gabriel Luiz Elvilbiel, que é uma verdadeira copia exata
do Coringa imaginada por Alan Moore e que sempre rouba a cena no evento.
Quem sou eu
- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
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terça-feira, 3 de julho de 2012
Cine Curiosidade: A PIADA MORTAL NO PALCO
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Cine Especial: TODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR: Parte 1
Nos dias 14 e 15 de Julho, estarei participando do curso TODAS AS CORES DE
PEDRO ALMODÓVAR, criado pelo CENA UM e ministrado pelo Doutor em Ciências da
Comunicação Josmar Reyes. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui,
estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que adora explorar o universo feminino
de várias maneiras possíveis.
FALE COM ELA
Sinopse:
Benigno e Marco são dois desconhecidos que acabam virando amigos em decorrência
do destino. Enquanto esperam com toda a esperança possível as mulheres por quem
são apaixonados, – Alicia e Lydia –, saírem do estado de coma do hospital,
acabam tendo uma afinidade muito grande. Benigno possui uma espécie de amor
platônico por Alicia, pois apaixonou-se sem ter tido tempo de ser
correspondido, antes do acidente dela. Marco, em contrapartida, após o
acidente, não consegue definir muito bem seus sentimentos com relação a Lydia,
e tem dificuldades de lidar com ela na cama do hospital. Ambos só podem fazer
uma coisa enquanto esperam: falar com elas.
Almodóvar prima pela
originalidade ao contar uma historia no mínimo bizarra na relação obsessiva de Benigno (Grandionetti) pela bailarina
Alicia (Watling) e no enfoque do estado de coma. Ao mesmo tempo, são notáveis os
rumos dados ás situações de Benigno e do jornalista (Câmara), bem como a
inserção do filme mudo dentro do filme. Neste melodrama com alguns lances de
humor, participações especiais da bailarina e coreógrafa Pina Baush em seqüências
que se interligam com os conflitos, e do cantor Caetano Veloso, além da voz de
Elis Regina na trilha sonora. Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.e Oscar
de melhor roteiro original.
TUDO SOBRE MINHA MÃE
Sinopse: Esteban
(Eloy Azorín) é um precoce escritor de dezessete anos que, em seu aniversário,
pede como presente para sua mãe, Manuela (Cecilia Roth), que ela vá a uma
apresentação da peça "Um Bonde Chamado Desejo". Após o término,
Esteban espera ansiosamente pela saída da estrela Huma Rojo (Marisa Paredes)
dos camarins, afim de pegar um autógrafo com ela. Em meio ao temporal, Esteban
é atropelado, falecendo logo a seguir no hospital. Sozinha, sua mãe decide
voltar para Barcelona, cidade de onde fugira há alguns anos atrás, para
encontrar o pai do menino, que vive como travesti, e dar-lhe a difícil notícia.
A viagem de Manuela (Roth, notável)
permite a Almodóvar fazer uma obra prima em que a diversidade de sentimentos e
impulsos convive ora de forma densa, ora com um humor escrachado, em especial,
quando surgem personagens bizarros como o do travesti (Sam Juan). Emocionante
do começo ao fim, equilibrando-se poeticamente nas raias do folhetim, o
cineasta espanhol fez um filme perfeito, apoiado com um elenco extraordinário.
Oscar de melhor filme estrangeiro, Globo de Ouro nesta categoria e prêmio de
melhor direção no festival de Cannes.
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Cine Dica: Em Cartaz: Mulher á Tarde
Sinopse: O filme acompanha o cotidiano de três jovens mulheres, que
vivem juntas em uma grande cidade do Brasil e atravessam momentos cruciais na
vida.
Embora seja um filme de pouco mais de uma hora de duração, para alguns
vai parecer mais longo, pois o filme a todo o momento não acontece nada, sendo que apenas vemos uma das protagonistas, por exemplo, sentada em um sofá
ou observando a rua pela janela por vários minutos. O que a
primeira vista pode ser monótono para alguns, se torna interessante da maneira
que o cineasta Affonso
Uchoa conduz essa trama, pois boa parte dela se passa
dentro de uma casa, em pouco espaço, com somente três garotas e que nenhum
momento temos uma exata idéia do que elas são uma para outra. Seriam irmãs?
Amigas? Amantes? Fica na opinião do espectador, de acordo com o que viu!
De uma forma bem Hitchcock, a câmera viaja nos cenários em busca de suas
protagonistas, para daí então se tornar algo que Ingmar Bergman sempre gostava
de fazer, que é focar ao máximo suas personagens, conhecer suas
personalidades, para então conseguir tirar algo dali. Muito embora as
personagens vivam em seus universos interiores separadamente, mesmo convivendo
num mesmo ambiente. Se nos formos mais fundo, Uchoa talvez tivesse a intenção de
se fazer um cinema com relação a pintura, pois em muitos momentos, a câmera fica
por inúmeros minutos parada, focando somente aquela cena, como se aquilo
devesse ser registrado e moldado em um quadro. Fazendo isso, pode se dizer então, que é uma referencia aos primórdios
do cinema, em que muitos consideravam como a maquina que se fazia fotografia em
movimento.
Uma sessão de cinema para poucos, mas que enche os olhos de um publico
mais exigente.
Em cartaz somente na SALA P. F. GASTAL: Avenida Presidente João Goulart, 551 - Marcílio Dias, Porto Alegre. Sessões 15horas e 19horas.
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Cine Dica: Em Cartaz: SOMBRAS DA NOITE
Sinopse: Barnabas
é rico poderoso e um playboy inveterado até que ele comete o erro grave de
quebrar o coração de Angelique uma bruxa em todos os sentidos da palavra
Angelique condena-o a um destino pior que a morte transformando-o em um vampiro
e enterrando-o vivo. Dois séculos mais tarde Barnabas é libertado de seu túmulo
e surge nos dias modernos.
Na maioria dos casos, personagens
incompreendidos e que sempre sofrem perante a sociedade comum, são sempre os
verdadeiros protagonistas dos filmes de Tim Burton e em Sombras da Noite o
quadro não é nenhum pouco diferente. Baseado fielmente de uma novela exibida na tevê americana nos anos 60, a produção (como toda obra autoral do cineasta),
carrega inúmeras cenas góticas, que remetem o melhor da era do expressionismo
alemão. Com isso, não é de se surpreender, que inúmeras cenas remetem aqueles clássicos,
principalmente Nosferatu, contudo, o filme enlaça esse visual com o colorido
dos anos 70, onde o protagonista acorda, depois de vários anos embaixo da
terra. As cenas em que ele se levanta e se depara com o novo mundo é hilário,
com o direito de ele chamar o tão conhecido símbolo de Mcdonald de Mefistófoles!
Feito essa seqüência, vemos Barnabas
se ajustar a essa realidade, ao lado da nova geração de sua família, liderada
por Elizabeth (Michele Pfeiffer, ainda no auge da beleza), mas além de ter que
se acostumar a esse novo mundo, ele precisara se confrontar com seu algoz do
passado, que é uma bruxa totalmente obcecada por ele, interpretada de uma forma
bem à vontade pela atriz Eva Green, que desde que surgiu no reboot de 007, não
tinha um papel tão significativo como esse. Mas como é de costume, Johnny Depp
é que sempre da um show de interpretação, mesmo quando o seu desempenho, carrega
algumas características de seus personagens anteriores, mas que sempre é ajustado
de acordo com o universo que o cineasta cria para ele.
Embora oscile de um cinema
autoral para um comercial (principalmente em seu ato final), Sombras da Noite
agradara em cheio os fãs de longa data do diretor. Muito embora ainda estejam
na espera por uma historia 100% original, que já faz um bom tempo que o
cineasta esta devendo.
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segunda-feira, 2 de julho de 2012
Cine Especial: O Cinema Surrealista de Luis Buñuel: EXTRA
O UNIVERSO INTERIOR DE LUIS BUÑUEL
Não é de hoje que o ser humano
tem certa dificuldade em tentar se expressar, sem se preocupar em ser rotulado
pelos outros, talvez por temer por ser excluído ou até mesmo ser rotulado como louco. Em tempos mais
conservadores a situação era bem pior, porém, houve pessoas que arriscaram o
seu próprio pescoço para dizer o que bem entendesse que na maioria dos casos,
foi através da literatura como do Marques de Sade, que para muitos era um gênio,
outros (como a igreja católica), consideravam subversivo e pagão. Em uma de
suas muitas declarações, Luis Buñuel disse uma vez, que caso não fosse um
cineasta, seria com certeza um escritor. Atualmente fica até difícil imaginar
uma realidade em que ele fosse somente envolvido na literatura, mas acredito que
se houvesse algo que ele quisesse escrever, com certeza ele passou tudo o que
ele queria passar de um livro, para a tela de um cinema.
Todo mundo conhece Buñuel por não
ser somente um cineasta ousado pela criação de seus filmes que fascinam, mas
por suas declarações polemicas, como a tão famosa frase, “sou ateu graças a
Deus”. Mas o buraco é muito mais fundo
do que se possa imaginar, pois acredito que Buñuel não era uma pessoa descrente
com relação a um ser superior, mas que gostava de ter a mais pura liberdade
para se expressar do que pensava e sentia com relação a determinados assuntos e
que com certeza não estava gostando dos rumos que a igreja católica tomava em
sua época até a sua morte. Em seus filmes, ele gostava de expressar o que sentia
no mais fundo do seu consciente, e se por um lado houve pessoas que o rotularam
como louco outros viram que as imagens estranhas (principalmente de filmes como
Cão Andaluz e a Idade Do Ouro), eram uma forma dele se expressar o que ele sentia e
que por mais que possa ser estranho dizer, nada mais era também, do que sentimentos
que ás outras pessoas guardavam para si.
No final do filme a Idade do Ouro,
por exemplo, vemos uma rápida adaptação de um dos contos de Marques de Sade, em
que um Duque sai de um castelo, onde está acontecendo uma orgia que dura há dias e para a surpresa
de muitos na época, o Duque tem a cara de Jesus Cristo. Em Paris, o cinema que
passava esse filme naquele tempo (inicio dos anos 30), foi completamente incendiado
e por vários anos o filme se tornou proibido por lá, mas o que esperaria de um
homem, que até mesmo disse uma vez que sentia atração sexual pela Virgem Maria?
Era de se esperar algo do mesmo nível!
Mas acredito que o que ele quis sempre
passar, não era somente o que ele sentia, mas o que todos nos às vezes sentimos
ao longo da vida, mas que tínhamos medo de dizer publicamente seja com relação
a opiniões ou pensamentos que para muitos é um verdadeiro tabu. Eu por exemplo,
nunca senti o que ele sentiu com relação à imagem a Virgem Maria, mas quando eu
era pequeno, sentia certo medo de ficar olhando, não só para ela, mas como
também a imagem de Jesus Cristo. Com o tempo, essa sensação que tinha logo foi
se dissipando e comecei a seguir sempre a religião dos meus pais (católica),
mas não vejo a imagem da Virgem Maria como algo sagrado e sim há vejo como uma
mulher bem afortunada por ter sido escolhida para a criação do filho de Deus.
Os meus sentimentos internos por fim, dariam um ótimo filme com Buñuel no
controle e imagine então se todos nos tivéssemos tido uma oportunidade de
colocar para fora os sentimentos para ele. Com certeza ele teria grande
material para filmar.
SURREALISMO,
CONSIENCIA E SONHOS
Em Cão Andaluz, o filme começa
com o típico letreiro de “era uma vez”, para então vermos um homem (o próprio Buñuel)
afiando uma lamina. Imediatamente o homem vai para uma sacada, observar uma
nuvem cortando a lua cheia, cuja cena se casa com o homem cortando um olho de
uma mulher. A cena chocante, imediatamente deixa a pessoa, tão acostumada com
começo, meio e fim de uma trama, ficar se perguntado o que exatamente viu
anteriormente. A Trama se segue, em cenas que aparentemente confusas, que a única
coisa que se pode tirar dali e compreender, é de uma relação complicada de um
casal, envolvido em momentos, em que homem vê sua mão se encher de formigas,
para então depois a mesma mão, aparecer cortada no meio da rua.
Com a ajuda do Salvador Dali, um
dos grandes representantes do surrealismo da época, Buñuel quis fazer uma espécie
de conto vindo de um sonho, ou simplesmente expressar os seus sentimos que
tinha em sua consciência em celulóide, mas por mais que tente explicar os significados
das imagens, sempre haverá novas interpretações para serem levantadas, pois Cão
Andaluz é o típico filme que possui tantas camadas de interpretação, que pode
muito bem se escrever um livro sobre o assunto. Imagine então se o filme fosse
um longa metragem, mas em pouco mais de 15 minutos, foram o suficientes para
entrar para historia, sendo que para alguns, é o melhor que expressa a consciência interior do cineasta. Falando em
consciência, não me surpreenderia se ele tivesse a capacidade de nos hipnotizar
e enganar nossa perspectiva, pois é fato que ele aprendeu muito sobre hipnotismo
quando era jovem. No filme Esse obscuro Objeto de Desejo, vemos uma
protagonista, que faz de tudo para manter uma obsessão a um homem mais velho. O
que poderia ser retratado de uma forma simples, Buñuel nos prega uma de suas
maiores peças de sua carreira, onde simplesmente troca a atriz por outra, sem
mais nem mesmo e o que é mais assustador, foi o fato que a maioria do publico
(e eu) não percebeu num primeiro momento a troca das atrizes. Sinceramente, não
me lembro de algo parecido em outro filme e que com certeza jamais acontecera
algo semelhante, nem mesmo com a mais alta das tecnologias atuais, mas que
bastou com simplicidade (com hipnotismo?) para Buñuel passar a perna na gente com maestria.
UMA AULA DIFERENTE DAS OUTRAS
Escrevo tudo isso sobre esse
cineasta, pois ainda estou sobre efeitos dos dois dias do curso sobre ele, que foi criado pelo
CENA UM e ministrado pelo escritor Mario Alves Coutinho. Diferente dos outros
cursos que eu participei a intenção da atividade não era para dissecar cada
filme do cineasta, mas sim, tentar pelo menos chegar perto sobre quem era esse
homem e do porque ele fazia os filmes dessa forma. A minha conclusão, é como eu
disse acima, de que ele era mais humano do que qualquer um, mas tinha mais
coragem do que muitos, para passar na tela o que ele pensava e dizia com relação
ao mundo em que vivia. Buñuel se foi em
1983, mas deixou um legado a muito a ser analisado e discutido, principalmente
hoje, num mundo em que cada vez mais as pessoas têm a mente aberta e que vivem
um pouco mais livres para se expressar e
dizer o que bem entender. Buñuel talvez tenha visto o futuro e já havia um bom
tempo se adiantando. Nos cinéfilos só temos que agradecer.
“O
acaso é o grande mestre de todas as coisas. A necessidade só vem depois, não
tem a mesma pureza."
Luis
Buñuel
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
Cine Especial: O Cinema Surrealista de Luis Buñuel: FINAL
No dia 30 e 1º de
Julho, estarei participando do curso O Cinema Surrealista de Luis Buñuel,
criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico e escritor Mário Alves Coutinho.
E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o
que eu sei, desse corajoso cineasta, que batia de frente com a igreja católica
e que se dizia ateu "graças a Deus".
Este Obscuro Objeto
do Desejo
Sinopse: A história de
uma jovem que instiga e faz de tudo para manter a obsessão de um homem mais
velho por ela, mas que não permite que ele concretize sua fantasia. Baseado em
obra de Pierre Louys.
No principio, eu achava
que era o único que não percebeu que Buñuel usou duas atrizes diferentes para
interpretar a personagem Conchita, mas segundo a minha pesquisa, não fui o único
que foi pego desprevenido. Buñuel além de nos pregar essa peça criativa, confere
também dupla face á personagem, que se torna obviamente o objeto de desejo do
título.
De um lado, Carole
Bouquet confere um ar de um anjo doce e
etéreo a Conchita, com sua pele macia e branca e os olhos verdes. Por outro, ela
se transforma em uma fogosa espanhola quando vivida por Angela Molina, a
qual seduz mais por um vigor erótico do que pela beleza e simplicidade
encerradas no olhar. Brincando com as duas personalidades de sua personagem
(bem ao estilo Dr Jekyll), Buñuel cria uma obra original e inesperada do começo
ao fim, que afasta o tradicional surrealismo de suas obras e o concentra nos
minutos finais da trama. Este Obscuro Objeto do Desejo foi o ultimo filme do cineasta
e que sem sombra de duvida, fecha com chave de ouro sua incrível filmografia.
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Cine Dicas: Estreias no final de semana (29/06/12)
Final de semana de
grandes estréias, eventos e sessões especiais na capital do RS. Começando por
hoje à noite, na sala P.F. Gastal, com a estréia do filme Mulher a Tarde, e logo
em seguida, á sessão especial do Projeto Raros, com o filme Demência. A
exibição desse clássico nacional, nada mais é de que uma forma da sala homenagear
Carlos Reichenbach, que morreu recentemente. Portanto eu estarei por lá hoje,
quem quiser me acompanhar, não irá se arrepender.
Quanto a sábado e
domingo, estarei envolvido com o curso sobre Luis Buñuel, que promete ser imperdível.
Infelizmente, não poderei novamente estar presente na exibição especial do CineClubeZH,
que irá exibir ao publico, o mais novo filme do viajante Wood Allen, Para Roma
com Amor, mas muito em breve conseguirei assistir.
Confiram o restante
das estréias:
DEMÊNCIA
(NOTA: Somente
hoje em exibição no projeto raros da Sala P.F Gastal, as 20h30)
Sinopse: A falência da pequena fábrica de
cigarros que herdara do pai deixa Fausto sentindo-se derrotado. Vendo ruir
também sua vida matrimonial, refugia-se em fantasias em que imagina um lugar
(Miraceli) e uma menina (Margarida) que simboliza sua infância longínqua.
Quando sua mulher não o suporta mais, ele pega um revólver e mergulha na noite
da metrópole, onde conhece vários personagens.
Mulher à
Tarde
Sinopse: O filme
acompanha o cotidiano de três jovens mulheres, que vivem juntas em uma grande
cidade do Brasil e atravessam momentos cruciais na vida.
QUEM SE
IMPORTA
Sinopse: Documentário
sobre empreendedores sociais ao redor do mundo. Os personagens são pessoas que
criaram organizações inovadoras capazes de causar um impacto social suficiente
para que suas ideias possam ser transformadas em políticas públicas aplicadas.
Para Roma
Com Amor
Sinopse: O longa é
dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e
Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha.
Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é
confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto
da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por
último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de
Roma.
Cairo 678
Sinopse: Uma
comovente história baseada em fatos reais de três mulheres - de diferentes
idades e classes sociais - que buscam justiça contra o abuso sexual diário
existente no Egito.
O QUE EU
MAIS DESEJO
Sinopse: Separado do
irmão mais novo após o divorcio dos pais, garoto sonha com a família junta
novamente.
Os
Acompanhantes
Sinopse: Tentando
ganhar um dinheirinho extra, o experiente dramaturgo Henry Harrison (Kevin
Kline) decide trabalhar como acompanhante, tendo como público alvo viúvas
ricas. Ele acaba conhecendo Louis Ives (Paul Dano), um jovem que sonha em ser
escritor, mas que foi obrigado a deixar seu emprego em Nova York por causa de
um embaraçoso incidente.
A Era do
Gelo 4
Sinopse: Sempre em
busca de sua cobiçada noz, o esquilo Scrat provoca, sem querer, a separação dos
continentes. A situação provoca mudanças no terreno de vários locais, entre
eles onde os amigos Manny (Ray Romano/Diego Vilela), Diego (Denis Leary/Márcio
Garcia) e Siid (John Leguizamo/Tadeu Mello) estão alojados. Um terremoto faz
com que o trio fique preso em um iceberg, enquanto que Ellie (Queen
Latifah/Carla Pompílio) e a pequena Amora (Keke Palmer/Bruna Laynes) permanecem
no continente. Em alto mar, Manny promete que irá encontrá-las a qualquer
custo, mas para tanto precisará enfrentar perigosos piratas e o canto das
sereias.
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