Nos dias 14 e 15 de abril, estarei participando
do curso “Cinema Japonês: Do Clássico
ao Contemporâneo”, realizado no
Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui,
estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do
outro lado do mundo.
A Marca do Assassino (1967)
Sinopse: Um assassino quer subir de cargo na máfia, nem que para isso tenha que
destruir todos os outros.
Ao fim de quarenta longa metragens como cineasta, em
pouco mais de dez anos de trabalho, Seijun Suzuki foi dispensado da Nikkatsu, cultuada
produtora niponica. Os motivos foram justamente por sua obra prima, este A
Marca do Assassino (KOROSHI NO RAKUIN), que pela visão da crítica, era uma obra
prima, mas visto como incompreensível e não aceito pelo presidente da
companhia, Kyusaku Hori. O filme valeu-lhe uma saga no processo judicial pela
luta dos direitos das suas obras. Ao fim de três longos anos, Suzuki, mais do
que uma vitória merecida, conquistou o estatuto de cineasta de culto no Japão e
despertou inúmeras atenções pelo mundo afora. Infelizmente nos anos seguintes,
ficou reduzido a trabalhos menos para a televisão.
Revendo Marcas do Assassino, percebesse que Seijun Suzuki, não só bebeu muito da fonte da Nouvelle
vague francesa, como também do gênero gangster do cinema americano do inicio dos
anos 30. Injetando momentos de humor negro, erotismo e situações incomuns (como
a obsessão do protagonista pelo arroz), não é a toa que muitos não compraram a
idéia que o diretor quis passar, mas felizmente o tempo provou que estavam errados, e
não me surpreenderia que o filme tivesse servido de inspiração para outros
cineastas futuramente, como no caso de Tarantino.