Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: A trama se insere na tradição das narrativas multiplot, que embaralham histórias de vários personagens. No caso, o roteiro de Di Moretti acompanha a vida de um grupo de pessoas que vivem na Capital Federal, e têm seus caminhos cruzados.
Do diretor Mario Giuntini, o filme é uma curiosa analise de um grupo de indivíduos comuns da sociedade, que busca uma espécie de redenção nas suas vidas, mas para isso, terão que ir por caminhos espinhosos, nos quais ao longo da projeção, tentam evitar a todo custo. Bom exemplo disso é a trama estrelada por um escritor (Leonardo Medeiros, ótimo) que busca um meio de tentar terminar seu ultimo livro, mas suas tentações acabam por nublar as suas idéias. Ao mesmo tempo, talvez seja necessário ele, e o resto dos personagens se perderem no caminho, para daí sim, construir algo de novo nas suas vidas. Mas até lá, somos testemunhas dos atos e baixos desses personagens, misturados com momentos de humor negro e dramas do cotidiano.
Curto e sincero em sua proposta, o filme ainda nos brinda com segundos finais primorosos, onde vemos todos os protagonistas de cada trama, reunidos em uma única cena, na qual representa a descida deles ao inferno, ou então o começo de uma nova vida para cada um. Simples, mas direto no que quer passar ao que assiste!
Em Cartaz: Cine Bancários: Rua General da Câmera 424, Centro, Porto Alegre.
O que eu acho? Quando a Marvel começou a criar os seus próprios filmes (apartir do Homem de Ferro) a ambição que tinha, como nenhuma outra, era reunir os principais heróis da editora e lançar Os Vingadores, projeto tão sonhado pelos fãs de HQ, em assistir os grandes titãs reunidos em um único filme.
Se o primeiro Homem de Ferro foi uma ótima aventura, bem redondinha, os filmes seguintes (Hulk, Homem De Ferro 2 Thor e Capitão America) por mais boas aventuras que fossem, por alguns momentos, pareciam prelúdios para a construção dessa reunião. Portanto a pergunta que fica é: Vai valer à pena ter chegado até aqui?
Pelos trailers até agora lançados, parece tudo no seu lugar, contudo, muito pouco da historia foi revelada, tudo que se sabe é que Loki esta entre os bastidores que darão dor de cabeça ao grupo. Desejo que seja um ótimo filme, e se for, com certeza irá fazer um grande sucesso, e ai sim, a Warner irá fazer de tudo para tirar a Liga da Justiça do papel (chamem o salvador, chamem Sr Nolan novamente)!
De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!
O HORROR DA UNIVERSAL: Parte 1:
Durante a existência desse blog, já citei muitas vezes sobre os filmes de terror da Universal, mas não será por isso que deixarei de falar deles aqui novamente, ou se não, não faria sentido, pois os filmes daquela época, para o bem ou para o mau, fazem parte do imaginário do publico e da historia do cinema.
Abaixo, segue os melhores filmes de cada monstro que o estúdio levou para a época!
DRÁCULA (1931)
Sinopse: Drácula (Bela Lugosi) é um conde vindo dos Cárpatos que aterroriza Londres por carregar uma maldição que o obriga a beber sangue humano para sobreviver. Após transformar uma jovem em vampira ele concentra suas atenções em uma amiga dela, mas o pai da próxima vítima se chama Van Helsing (Edward Van Sloan), um cientista holandês especialista em vampiros que pode acabar com seu reinado de terror.
Primeira adaptação oficial do romance e que gerou inúmeras seqüências depois disso, além de claro ter incentivado os estúdios da Universal a criar e gerar uma infinidade de filmes de monstros nos anos 30 e 40. Bela Lugose faz o papel que marcaria para o resto de sua carreira, na verdade ele já atuava como o personagem numa peça de teatro que gerou muito sucesso, por isso, o filme em muitos momentos parece um teatro filmado e com isso facilitou em termos de custos, pois na época os EUA sofriam com a quebra da bolsa.
Embora envelhecido para alguns olhos jovens de hoje, Drácula de 1931 permanece como grande clássico do cinema de horror e a presença de Bela Lugose como Drácula e seu olhar perturbador ainda impressiona.
Curiosidades: O ator Bela Lugosi não sabia falar inglês na época das filmagens de Drácula. Ele aprendeu suas falas foneticamente, repetindo-as na gravação das cenas do filme.
Foram rodados simultaneamente dois filmes sobre Drácula, um estrelado por Bela Lugosi e outro em versão espanhola e estrelado por Carlos Villarias e Lupita Tovar. Ambos os filmes dividiram os mesmos sets de filmagens, sendo que o filme de Lugosi era rodado durante o dia e a versão espanhola, que foi lançada no mesmo ano, era rodada à noite.
Como o filme foi lançado em 1931, o cinema ainda se dividia entre o cinema falado e mudo, por isso algumas salas dos EUA tiveram copias do filme mudas.
Frankenstein (1931)
Sinopse: Henry Frankenstein (Colin Clive), um cientista louco, vagueia à noite pelo cemitério na companhia de Fritz (Dwight Frye), um anão corcunda que é seu assistente. Frankenstein procura mortos e costura partes de diversos cadáveres para fazer um único homem, mas para "dar" a vida a este ser monstruoso um cérebro é necessário. Assim, ele manda Fritz para o departamento médico de uma universidade próxima, onde o corcunda esquadrinha vários jarros nos quais foram mantidos cérebros vivos para estudos. Fritz seleciona um cérebro e está rumo à porta quando se assusta com um carrilhão, fazendo-o derrubar o jarro. Ele rapidamente pega outro, sem reparar que no rótulo está escrito "cérebro criminoso". Frankenstein, desconhecendo o fato, coloca o cérebro em sua criatura e espera uma tempestade elétrica, que ele precisa para ativar a maquinaria que construiu para eletrificar o corpo da sua criatura. Durante esta experiência estranha Dr. Waldman (Edward Van Sloan), um tutor de Frankenstein no passado; Elizabeth (Mae Clarke), a noiva de Frankenstein; e Victor (John Boles), seu melhor amigo, tentam fazê-lo desistir deste experimento. Mas o cientista está frenético e logo infunde vida na criatura dele, mas as conseqüências de tal ato serão trágicas.
Baseado no romance de Mary Shelley, é considerado um clássico, pois marca a definição da linguagem do gênero de terror. Foi bastante influenciado pelos filmes do expressionismo alemão (O Gabinete do Dr Galigari, Nosferatu) especialmente na fotografia em preto e branco e no modo de interpretar, repleto de gestos bruscos. Assinala também o surgimento de um dos grandes interpretes de filmes de horror Boris Karloff, até então um ator secundário na época. O ator voltaria em mais dois filmes (A Noiva de Frankenstein e o Filho de Frankenstein) que por sinal, não fazem feio perante a obra original
Noiva de Frankenstein
Sinopse: O filme começa de onde o original, de 1931, terminou: Frankenstein escapa do cerco ao moinho vivo, enquanto Dr. Frankenstein tem sua noiva seqüestrada por outro lunático cientista. O objetivo dele é convencer o doutor a criar uma companheira para o monstro.
Apesar de relutante James Whale acabou cedendo as pressões do estúdio e criou essa seqüência que por sinal acabou se tornando melhor que o filme o original. Fotografia e edição de arte soberbos remetendo bastante ao expressionismo alemão. As melhores partes do filme ficam por conta do momento que a criatura encontra o velho cego e o surgimento da noiva da criatura que se tornou um grande momento da sétima arte. Do elenco destaque novamente para Boris Karloff e pela excentricidade do personagem cientista louco interpretado pelo também excêntrico Ernest Thesiger,
Curiosidades: Atriz Elsa Lanchester que no inicio do filme aparece representando a própria Mary Shelley escritora do livro Frankenstein interpreta a noiva da criatura no final do filme. Boris Karloff não queria que a criatura do filme falasse, mas devido às pressões dos estúdios ele acabou cedendo, que por sinal mostrou um melhor desempenho com relação ao filme anterior.
O Lobisomem
Sinopse: Larry Talbot (Lon Chaney Jr.) é mordido por um lobo quando tentava salvar uma moça. Após o acontecimento, ele passa a virar um monstro toda noite de lua cheia, até ser confrontado pelas pessoas que ama.
Em 1941, quando os estúdios da Universal estavam no auge fazendo filmes de terror que se tornaram clássicos, faltava alguém na galeria de monstros para formar uma espécie de trindade clássica com Drácula e Frankenstein. Então, o estúdio se baseou em historias antigas sobre a transformação do homem para uma fera, precisamente um lobisomem. A trama que o estúdio cria então é o típico bom filme de terror daquele tempo, com cenários fantasmagóricos, personagens carismáticos e sinistros e uma realidade onde não se tem exatamente uma idéia em que época se passa a trama.
Lon Chaney Jr interpretou o papel que marcaria para sempre a sua carreira, sendo que antes o ator era conhecido mais por ser filho do Lon Chaney I, (ator brilhante que se consagrou fazendo inúmeros filmes de terror como O Fantasma Da Opera) e com isso se afastou da sombra do pai, contudo, seguiu os mesmos trilhos indo direto para os filmes de terror e se consagrando.
O Lobisomem em si, para época, era assustador, a transformação, apesar de antiquada, mostrava passo a passo a transformação do homem para fera através do recurso quadro a quadro da câmera.
Visto hoje, o filme não mete muito medo, mas é um deleite em ver um bom filme daquele tempo em que empregava mais na aura sombria da trama do que nas imagens.
A MUMIA
Sinopse: A múmia Im-Ho-Tep é acidentalmente trazida de volta à vida depois de 3.700 anos. É revelado em flashback que ele era um alto sacerdote, embalsamado vivo por tentar reviver a mulher que amava, após ela ser sacrificada. Vivo de novo, ele sai em busca de seu amor.
A lendária atuação de Boris Karloff se tornou um marco nos anais da história do cinema. Um ano depois de ter se consagrado em Frankenstein, o ator provou que era o especialista no assunto, em atuar em filmes de monstros, e A Múmia foi mais um show de sua interpretação. O filme gerou uma longeva cine serie de múmias no cinema, mas jamais superou a original. A produção foi dirigida pelo ex fotografo de importantes filmes do expressionismo alemão,Karl Freud, que foi responsável pela fotografia do magistral Metrópolis.
Karloff foi maquiado com gesso (o que o faz falar em tom soturno, quase sem abrir a boca) está perfeito, misturando a nobreza de gestos com a impiedade do personagem. Tudo é implícito, criando um clima sufocante que ainda impressiona.
o Homem Invisível
Sinopse: Em Ipping, um lugar remoto na Inglaterra, chega um misterioso estranho que tem seu rosto coberto por bandagens. É impossível ver seus olhos, pois ele usa óculos com lentes extremamente escuras. Ele aluga um quarto em uma pousada e fica trancado nele o tempo inteiro. O estranho se chama Jack Griffin (Claude Rains), que criou uma fórmula que o permite ser invisível. Entretanto ele precisa criar um antídoto para reverter o processo, caso contrário ficará desta forma para sempre. Além disto, Jack sonha ser muito rico após vender esta fórmula para algum pais, que teria um exército invisível, o que o tornaria praticamente invencível. Paralelamente Flora Cranley (Gloria Stuart), sua noiva, mostra-se bem preocupada, pois não tem idéia do que está acontecendo. Ela relata suas inseguranças para seu pai (Henry Travers), que é um pesquisador e mentor de Griffin. Estas aflições também são ditas para Kemp (William Harrigan), outro pesquisador, que é apaixonado por Flora. Enquanto isto, na pousada, Jack está para ser mandado embora do local, pois além de nunca pagar foi muito agressivo com os proprietários. Quando um policial chega para detê-lo, Jack, rindo histericamente, tira suas bandagens e, para espanto geral, revela a todos que é invisível.
Eficiente mistura de terror e ficção cientifica, com toques de humor negro que apresenta toques de efeitos especiais inovadores para época e que impressionam até mesmo hoje em dia. O filme marca a estréia de Rains (Casablanca, 1942) e tem direção do competente Whale (Frankenstein 1931). Entretenimento de primeira e acima de tudo uma boa aula de cinema.
Curiosidades: Para criar o efeito de Jack Griffin parecer invisível quando retirasse suas bandagens, o diretor James Whale fez com que Claude Rains vestisse apenas roupas de veludo preto e o colocou a frente de um cenário feito com a mesma cor de sua roupa. A 1ª escolha da Universal Pictures para interpretar o Homem Invisível era Boris Karloff, mas o diretor James Whale o descartou por querer um ator que possuísse uma voz mais “intelectual”. A 1ª e única escolha do diretor foi Claude Rains, que ficou com o papel.
O Monstro da Lagoa Negra
Sinopse: Na Amazônia Brasileira Carl Maia (Antonio Moreno), um pesquisador, fotografa o que parece ser a nadadeira de um anfíbio que talvez estivesse extinto. Mas o que ninguém nota é a presença discreta de uma criatura com o mesmo tipo de nadadeira, que está bem viva e próxima a eles. Carl viaja para mostrar sua descoberta e obter apoio financeiro. Ao retornar com outros pesquisadores, vê horrorizado que foram mortos dois funcionários deles, Thomas (Perry Lopez) e Louis (Rodd Redwing), que ficaram no acampamento. Achando que podem ter mais sorte em outro local, eles rumam para a Lagoa Negra. Lá acham uma misteriosa criatura anfíbia, que pode ser o elo perdido entre duas espécies (uma aquática, outra terrestre). A criatura se mostra muito hostil, atacando sempre que possível os membros da expedição.
Numa época em que os estúdios da Universal estavam em baixa com relação a filmes de monstro, eis que o diretor Jack Arnold (O Incrível Homem Que Encolheu), mesmo com baixo orçamento, criou uma trama cheia de suspense com inúmeras cenas subaquáticas muito bem filmadas. O monstro em si até assusta em alguns momentos, mas envelheceu mal para o publico atual mais exigente, mas quem curtiu os monstros da Universal, ira curtir muito bem esse. Vale lembrar, que o filme foi filmado em 3D, numa época que essa ferramenta estava engatinhando.
De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!
O HOMEM DAS MIL FACES: LON CHANEY:
LONDRES DEPOIS DA MEIA NOITE
Sinopse: A história do filme inicia-se aproximadamente cinco anos antes de uma morte ocorrida numa casa aparentemente assombrada. O inspector Burke (Chaney), da Scottland Yard, foi encarregado das investigações e acredita que trata-se de um homicídio. Ele sugere aos dois suspeitos (um deles amigo e o outro um sobrinho da vítima) de que os crimes foram cometidos por um vampiro. Londres depois da Meia Noite, de 1927, é considerado o primeiro filme norte-americano tendo o vampirismo como pano de fundo. A produção é resultado da parceria do realizador Tod Browning com o ator Lon Chaney. Browning e Chaney são reunidos de novo pela MGM (Chaney tinha regressado à Universal Pictures e interpretado o clássico O Fantasma da Ópera, em 1925 antes da produção de Londres depois da Meia Noite. Tanto o vampiro, como o inspetor, foram interpretados pelo próprio Chaney. No caso do vampiro, o ator usou uma elaborada caracterização preparada por ele próprio, que era sua especialidade (por isso o apelido do homem das mil faces). O resultado, é uma cara assustadora, que não deve nada ao seu Fantasma da Opera.
Lamentavelmente em 1960 um incêndio destruiu a última cópia viva deste filme, levando o filme a considerar-se perdido e lendário. Contudo, já na década de 90, Rick Schmidlin reconstruiu o filme através de fotografias que havia sobre o filme, e é graças a ele que podem encontrar este filme na internet ou online. Contudo, a versão tem apenas 45 minutos e como já disse é feita apenas de fotogramas, mas é a única maneira de ainda se poder assistir a este filme mítico.
Londres depois da Meia Noite seria o ultimo filme de Chaney do tempo do cinema mudo. Ele iria morrer em 1930 e Tod Browning iria voltar ao vampirismo ao dirigir Drácula, com Bela Lugosi.
Curiosamente, seria Chaney que faria o famoso Conde, se não fosse pela sua prematura partida. A pergunta que fica é: Como seria Chaney como Drácula? Se tivesse acontecido isso, a realidade seria completamente diferente da que conhecemos com relação ao rei dos vampiros!
O FANTASMA DA OPERA
Sinopse: La Carlotta é a diva de uma conceituada companhia teatral, que é responsável pelas óperas realizadas em um imponente teatro. Temperamental, La Carlotta se irrita pela ausência de um solo na nova produção da companhia e decide abandonar os ensaios. Com a estréia marcada para o mesmo dia, os novos donos do teatro não têm outra alternativa senão aceitar a sugestão de Madame Giry e escalar em seu lugar a jovem Christine Daae, que fazia parte do coral. Christine faz sucesso em sua estréia, chamando a atenção do Visconde de Chagny, o novo patrocinador da companhia. O Visconde e Christine se conheceram ainda crianças, mas ele apenas a reconhece na encenação da ópera. Porém o que nem ele nem ninguém da companhia, com exceção de Madame Giry, sabem é que Christine tem um tutor misterioso, que acompanha nas sombras tudo o que acontece no teatro: o Fantasma da Ópera.
Le Fantôme de l'Opéra(O fantasma da ópera em português) é uma novela francesa escrita por Gaston Leroux, inspirada na novela Trilby de George du Maurier. Publicada em 1910 pela primeira vez, foi desde então adaptada inúmeras vezes para o cinema e atuações de teatro, atingindo o seu auge ao ser adaptada para a Broadway, por Andrew Lloyd Webber, Charles Hart e Richard Stilgoe. O espetáculo bateu o recorde de permanência na Broadway (superando Cats), e continua em palco até hoje desde a estréia em 1986.
Na adaptação de 1925, o filme se tornou imediatamente num fantástico clássico isso graças ao teor gótico e uma super produção do mais puro requinte, talves uma das maiores da época.
Mas nada se compara a espetacular interpretação de Lon Chaney como o Fantasma, sua primeira aparição sem mascara continua arrepiante até hoje. Lon Chaney especializou-se em representar personagens monstruosas, atormentadas e grotescas, extremamente bem caracterizadas, tendo ele próprias inventado, uma técnica de maquiagem.
Corcunda de Notre Dame
Sinopse:Produção da era silenciosa que adapta o clássico de Victor Hugo. Chaney está no papel de Quasimodo, o tocador de sino da Catedral de Notre Dama, desafortunadamente deformado. Ele se apaixona por Esmeralda, uma jovem e bela dançarina cigana, logo depois que ela lhe deu água quando ele estava apanhando em praça pública. as o gesto fora apenas por comiseração. Ainda assim, Esmeralda mais tarde é acusada de trair e esfaquear seu amado. Por isso ela é torturada e sentenciada à morte. Quasimodo é quem vai resgata-la nas escadarias de Notre Dame.
Primeira versão da obra de Victor Hugo, ainda causa enorme impacto pela impressionante caracterização de Chaney como o apaixonado Quasimodo. Sua presença é inegável valor histórico ao filme. Feito na época do cinema mudo, com uma trilha sonora feita somenteposteriormente.
Sinopse: Harriet Vanger (Moa Garpendal) desapareceu há 36 anos, sem deixar pistas, na ilha de Hedeby. O local é de propriedade quase exclusiva da família Vanger, que o torna inacessível para a grande maioria das pessoas. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Mesmo após tanto tempo, seu tio Henrik Vanger (Christopher Plummer) ainda está à procura de Harriet e decide contratar Mikael Bomkvist (Daniel Craig), jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium. Bomkvist, que não está em um bom momento por enfrentar um processo por calúnia e difamação, resolver aceita a proposta. Para isso, ele vai contar com a ajuda de Lisbeth Salander (Rooney Mara), uma investigadora particular incontrolável e anti social.
O que eu acho? Com a falta de idéias criativas que tem atualmente, o cinema americano recorre as refilmagens de sucessos de filmes estrangeiros. De uns anos para cá, surgiram versões americanas de sucessos como Deixa ela Entrar, Violência Gratuita, O Chamado, Água Negra, O Grito e por ai vai. Alguns são passáveis, outros são tristes de se ver, mas pelo menos, quando inventam entrar num vespeiro, recorrem ao especialista no assunto. Só recorrendo alguém como David Fincher (Seven, Clube Da Luta) para dar conta da refilmagem americana de Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, grande sucesso de 2009 na Suécia e que chamou atenção no mercado estrangeiro. Baseado numa famosa trilogia literária, o filme rendeu mais duas continuações (inéditas ainda por aqui) e com isso, chamou atenção dos engravatados dos estúdios de Hollywood.
Quem assistiu a versão original, já sabe que o filme explora lados obscuros e violento dos personagens centrais, principalmente da marcante personagem Lisbeth Salander que foi interpretada com intensidade pela atriz Noomi Rapace. Na versão de David Fincher, Rooney Mara vai ter que convencer para Deus e o mundo que da conta do recado, sendo que o publico americano já tem uma idéia, pois o filme já estreou por lá com um relativo sucesso de publico e critica.
Resta saber o que nos brasileiros iremos achar, mas isso será em breve. O filme estréia por aqui dia 27 de Janeiro!
Leia também: Leia minha critica sobre o filme original clicando aqui.
De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!
Gabinete do Dr Caligari
Sinopse: Hipnotizado pelo maléfico Dr Caligari, sonâmbulo vai assassinando diversas pessoas, até se rebelar quando lhe é exigido que mate bela jovem.
Certa ocasião Tim Burton disse uma vez que se inspirava e muito no diretor Ed Wood nas suas criações, mas pelo visto, a filmografia de Wood não foi sua única inspiração. Assistindo recentemente o Gabinete do Dr. Caligari, percebo vários elementos visuais que sempre estiveram nos filmes de Burton. Pegue o filme Batman: O Retorno como maior exemplo, o Pingüim (Dany Devito) na visão de Burton, era idêntico a Caligari.
Marco do expressionismo alemão fascina até hoje pelos criativos cenários e pela brilhante iluminação, que remetem o filme a um belíssimo clima surrealista. Um clássico em todos os sentidos.