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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: MOSTRA DE CINEMA VENEZUELANO: BLOQUES

Sinopse: No edifício Bloque 1, vive Manuel, um homem solitário e taciturno cujo comportamento afasta todos à sua volta, incluindo seu próprio filho. Em meio à rotina e ao álcool, surge para ele a esperança de um novo amor: Norma, cozinheira de um bar, que entra em sua vida sem se dar conta. Para o edifício Bloque 2, mudam-se os Aristigueta, família venezuelana de classe alta, empobrecida por conta das más decisões financeiras do pai. Alejandra, a filha mais velha, vive em Nova York há alguns anos, ignorando a realidade em que vivem sua família e seu país.
Bloques (ou vida em bloco) é um retrato de indivíduos que se entregam e outros que não se entregam ao mundo que vive. Dirigido por Alfredo Hueck e Carlos Caridad, acompanhamos a primeira historia de Manuel (qualquer semelhança desse personagem com o do filme O Grande Lebowski é mera coincidência) que não se importa nem um pouco com o seu jeito perante as pessoas ou muito menos com a situação em que vive, simplesmente, deixa as coisas acontecerem. Quando surge a personagem de Norma, vê nela uma chance de dar a volta por cima na vida, mesmo numa situação que já parece ser tarde demais. Um dos grandes destaques desse segmento, fica por conta da montagem engenhosa em que agiliza a trama, além de vários planos seqüências sem cortes (como a cena do banheiro), ao mesmo tempo em que faz um belo casamento com uma fotografia pálida e cinzenta, onde representa o aspecto interior de cada um dos personagens. Com um final em aberto, o primeiro seguimento do longa, é o melhor desde já.
Bloque 2, ao retratar a vida de uma mãe, com seus dois filhos, depois de perderem seus bens após o patriarca ser preso, o tom da produção muda completamente, mesmo que a trama se passe no mesmo prédio da trama anterior. O filme retrata personagens que simplesmente não querem pertencer aquele mundo e tentam de todas as formas desvencilharem dele, mesmo que a trama retrate o ambiente com uma fotografia colorida e reconfortante. Talvez por isso, esse segmento se torne um tanto deslocado e muito mais lento, principalmente com as situações que são resolvidas com soluções um tanto que fáceis demais, mas felizmente, é compensado pelo jovem elenco desse seguimento, principalmente pela atriz que faz Alejandra.
Apesar dos passos em falsos, o filme é um ótimo pequeno retrato do individuo comum da Venezuela, onde uns aceitam e outros não, viverem em determinada situação, sendo que, às vezes o mundo não é cruel e miserável com agente acha, mas às vezes, somos-nos mesmos que não tomamos jeito. Sendo que, basta um empurrão para ajeitar as coisas.


Em Cartaz: :CineBancários
Rua General Câmara, nº 424 – Centro Porto Alegre / RS CEP: 90010-230
Fone (51) 3433-1205.


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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 10

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

Masculino-Feminino

Sinopse: A relação entre dois jovens, um militante e uma cantora, em meio às transformações ideológicas e comportamentais na França dos anos 60, momentos antes de Maio de 68.
Algumas pessoas mal informadas acabam dizendo que assistindo a um filme de Jean-Luc Godard é como assistir no final das contas toda a sua filmografia, isso porque sempre quando forem assistir outros de seus filmes sempre encontrara a mesma coisa. Claro que eu da minha parte discordo completamente, mas a um motivo para essas pessoas mal sintonizadas pensarem dessa forma. Muito se deve ao fato do diretor sempre tocar nas feridas da época como a política que se dividia entre a esquerda e a direita, ao mesmo tempo em que começou a surgir cada vez mais inúmeros grupos de jovens que representavam ambos os lados e que acabavam por gerar esses conflitos.
Em meio a isso surgiam certas revoluções, tanto culturais como de costumes e é ai que esse genial filme toca no assunto sobre a difícil vida do homem daquele tempo de tentar de todas as formas interagir com a mulher numa época em que cada vez mais ela se torna independente. E assim, o diretor cria uma historia original em meio a esses diversos assuntos, e isso é muito bem retratado no jovem casal central, interpretados de forma brilhantes pelos atores Jean-Pierre Léaud e Chantal Goya cujos diálogos beiram ao surrealista e ao mesmo tempo com um humor negro que até hoje não envelheceu.
Jean-Pierre Léaud, por exemplo, possui momentos sublimes e ao mesmo tempo seu personagem não foge muito do padrão adotado em outro personagem em que ele interpretou por anos apartir do filme Os Incompreendidos de François Truffaut. Tanto, que por alguns momentos inclusive, vemos os mesmos trejeitos do personagem Antoine neste personagem que aqui ele interpreta o que não significa que ele ficou marcado por um único personagem, muito pelo contrario, mas essa sempre foi à forma de Jean atuar e não é por isso que será rotulado como um ator limitado.
No final das contas, Masculino, Feminino é um excelente filme da 'nouvelle vague' francesa, e se pensarmos bem, era algo bem a frente do seu tempo e ao mesmo tempo um verdadeiro retrato das mudanças das relações amorosas que estavam surgindo, Coisa que o cinema americano demorou a engrenar e mostrar em suas telas.

Curiosidade: A bela Brigitte Bardot (que havia trabalhado com o diretor em Desprezo) faz uma pequena ponta numa seqüência rodada num Café parisiense.


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Cine Dica: Em DVD: APROXIMAÇÃO (2007)

Sinopse: Após a morte de seu pai, Ana (Juliette Binoche), uma mulher francesa de origem israelense, sai em busca de sua filha, que ela abandonara quando era adolescente. Essa jornada a leva à Gaza, durante a desocupação de Israel.

Aproximação, é um drama que mostra toda a habilidade do israelense Amos Gitai, que mais do que nunca, ligado ao seu país. O diretor divide aqui seu enredo em duas partes, que se completa com um prólogo e um epilogo. O prólogo, alias, é um longo plano-sequência dentro de um trem, onde mostra o israelense Uli (Liron Levo) conhecendo e beijando uma palestina, interpretada por Hiam Abbass ("O Visitante"). Quando questionados por um oficial sobre a estranheza daquele envolvimento, o israelense diz que aquilo não é nada político, simplesmente são apenas duas pessoas que se cruzaram por ali. Hiam logo completa: "Não é nada simbólico. Só estamos no mesmo trem." Nesse momento, o diretor mostra um encontro simples de dois mundos diferentes, mas que basta isso, para gerar certa desconfiança para outros olhos preconceituosos e paranóicos.
Após essa pequena historia, o filme tem inicio a primeira parte, onde vemos um reencontro da francesa Ana (Juliette Binoche, formidável) com seu meio-irmão Uli (visto no prólogo) para o funeral do pai deles. Neste momento, é construída a forma de relação de ambos os irmãos, que por um momento, sentimos certo ar ambíguo, já que Ana está muito feliz com a morte do pai, e por alguns momentos, percebemos que ela começa, sutilmente, a dar em cima do próprio irmão, e mesmo que, minutos depois somos informados que eles não são irmãos de sangue, não deixa de haver no ar, certo desconforto, e tudo se deve a isso ao desempenho assombroso de Juliette Binoche. Atriz que me fez mudar de opinião, tudo de que eu achava dela como atriz profissional, ao assistir o filme Copia Fiel que estreou neste ano. Aqui, é mais do que uma prova, da versatilidade que ela tem, por dentro e por fora.
Com o final da primeira parte, (com a participação da lendária atriz Jeanne Moreau) o filme muda radicalmente e mostra uma nova faceta de Ana, onde ela se vê obrigada a regressar a Israel após ler uma cláusula no testamento de seu pai. Lá, ela vai reencontrar num kibutz a filha, a quem abandonou criança e que virou herdeira dos bens do avô. Quanto a Uli, ele vai para Gaza, como soldado do Exército, que terá a difícil missão de retirar judeus assentados em territórios palestinos. Curiosamente, o diretor já havia tocado no assunto sobre esse acontecimento histórico em Free Zone (2005), contudo, não torna esse filme repetitivo, muito pelo contrário. Ao criar uma historia de busca, perdas e redenção, o diretor cria momentos (já citados aqui) formidáveis e um desfecho arrebatador, onde há um longo plano seqüência, onde ocorre o desencontro de duas personagens, e o publico ao assistir isso, fica impotente, tanto com relação aos personagens que se separaram, como também situação daquele povo que sofreu por questões políticas.
Com trama e planos de câmera formidáveis, pela sua originalidade, Aproximação talvez seja apenas um aperitivo do que esta por vir nos próximos projetos de Amos Gtai, e se for esse o caso, o jantar promete ser arrebatador.



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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 9

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

A Noite Americana
François Truffaut. aqui faz uma verdadeira declaração de amor a sétima arte

Sinopse: Um dos filmes que melhor representa as loucuras que se passam em um set de filmagem. Um ator que fica deprimido porque sua noiva sai com um dublê, uma atriz que se entregou às bebidas e não consegue lembrar de suas falas e muitas outras confusões, que o diretor deve fazer de tudo para contornar, até gravarem uma das cenas mais importantes do filme: a que o dia deve ser transformado em noite artificialmente.
François Truffaut sem duvida é um dos gênios do cinema francês. Aqui ele faz uma verdadeira declaração de amor e retrata de uma maneira bem humorada o dia á dia de um set de filmagens que durante o percurso, de semanas de filmagens, até a da finalização de um filme, pode acontecer de tudo. Atenção pelas cenas em que o diretor presta seu amor e carinho ao cinema. Seu alter-ego (Ferrand), em flashbacks, relembra sua infância, quando roubava pôsteres dos filmes em cartaz, entre eles, do filme Cidadão Kane, coisa que o próprio Truffaut confessou que fazia quando jovem, ou então na cena quando o diretor recebe um telefonema do compositor do filme para mostrar-lhe uma música, que esta seria o tema de amor de outro filme de Truffaut. Neste momento, enquanto ouve a música ao telefone, ele abre uma encomenda que recebera de vários livros sobre cinema e diretores como Hitchcock e Godard, que vão sendo exibidos com a música de amor ao fundo.

Curiosidades: O nome do filme é uma alusão à técnica criada nos Estados Unidos para filmar uma cena noturna durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. O filme é dedicado às irmãs Lillian e Dorothy Gish.


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Cine Dica: MOSTRA DE CINEMA VENEZUELANO

6 a 18 de dezembro de 2011
Entrada Franca

Dentro da sua proposta de dar espaço e visibilidade às cinematografias da América Latina, o CineBancários, em parceria com o Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela no Brasil realizam, entre os dias 6 e 18 de dezembro, uma mostra dedicada ao cinema venezuelano contemporâneo.
Praticamente desconhecido no Brasil, os filmes produzidos na Venezuela tem uma forte tradição política e costumam privilegiar temas históricos e sociais. Ao longo de duas semanas, o público local poderá conhecer seis títulos recentes que ilustram o vigor e a qualidade dessa cinematografia.: Bloques, 1, 2 e 3 Mulheres, Zamora, Miranda Regressa, Comando X e Macuro.
Uma oportunidade única para nos aproximarmos de um país e de uma cultura que tem tanto em comum com a nossa, mas que conhecemos tão pouco.
Coquetel de abertura acontece no dia 6 de dezembro, às 19h, seguido da exibição do filme Bloques, com a presença do Cônsul geral da Venezuela no Brasil, Sr. Robert Torrealba, e da Consul geral da Venezuela no Brasil Srª Ingrid Ojeda.

PROGRAMAÇÃO

Bloques, de Alfredo Hueck e Carlos Caridad (Venezuela, 2008, ficção, 126 minutos)

No edifício Bloque 1, vive Manuel, um homem solitário e taciturno cujo comportamento afasta todos à sua volta, incluindo seu próprio filho. Em meio à rotina e ao álcool, surge para ele a esperança de um novo amor: Norma, cozinheira de um bar, que entra em sua vida sem se dar conta. Para o edifício Bloque 2, mudam-se os Aristigueta, família venezuelana de classe alta, empobrecida por conta das más decisões financeiras do pai. Alejandra, a filha mais velha, vive em Nova York há alguns anos, ignorando a realidade em que vivem sua família e seu país.

1, 2 e 3 Mulheres, de Andrea Herrera, Anabel Rodriguez e Andrea Ryos (Venezuela, 2008, ficção,103 minutos)

A temática da mulher e sua relação com a sociedade a partir de diferentes perspectivas e propostas estéticas através das histórias de Eloína, Rosário e Gregoria. Eloína mostra a grandeza e o valor de assumir determinadas posições no papel materno. Rosário mostra a experiência da ingenuidade no contexto da solidão e Gregoria mostra a debilidade versus o ímpeto com que toma decisões para garantir sua estabilidade emocional.

Zamora, de Román Chalbaud (Venezuela, 2009, ficção,131 minutos)

Venezuela. Na segunda metade do século XIX, a polarização entre Liberais e Conservadores marcava o momento político. As desigualdades sociais herdadas ainda na Colônia mantinham os campesinos e os escravos sob o poder da oligarquia. Ezequiel Zamora, mobilizado por profundos ideais de liberdade, encabeça uma luta para tentar apagar a opulência de poucos e a miséria de muitos e repartir equitativamente as terras.

Miranda Regressa, de Henry Herrera (Venezuela, 2007, ficção,145 minutos)

Um repórter entra clandestinamente na cela de Miranda, na Carraca, em 10 de julho de 1816. O jovem jornalista pediu ao General que lhe concedera uma entrevista, a fim de propagar seu pensamento anticolonial em um importante jornal que é publicado furtivamente em Cádiz. Miranda, já um macaco velho da geopolítica internacional, desde o século passado, desconfia do impetuoso repórter que, aos poucos, ganha a sua confiança, até que o prisioneiro se compromete a conceder-lhe a entrevista. Aqui começa uma retrospectiva, uma jornada da vida do general onde o retorno ao passado, os momentos mais significativos na construção de formação do jovem general, o sedutor, o soldado espanhol, o iluminado, o desertor, o independentista, a política, o guerreiro, o contrabandista, o espião, o herege, o conspirador e o precursor, é narrado para revelar a magnitude de Francisco Miranda, para sempre, talvez, o mais universal de todos os venezuelanos.

Comando X, de José Antonio Varela (Venezuela, 2007, ficção, 92 minutos)

Uma divertida comédia de enredos, que narra vícios e dilemas de Manuel, um rapaz pobre que se apaixona por Lucia, uma jovem de classe média alta de Caracas. Ela é filha do chefe do "Comando", um grupo de oposição extremista que planeja um atentado para derrubar um governo legítimo. Trata-se de uma divertida história que, pouco a pouco, se transforma em uma trama sombria quando o "Comando", assessorado por agentes estrangeiros, irá executar um terrível atentado e Manuel precisa tomar uma difícil decisão: deter o tétrico atentado e perder o seu amor ou salvar a cidade desse horror.

Macuro, de Eduardo Troche (Venezuela, 2008, ficção, 91 minutos)

A história de Macuro, uma comunidade pesqueira do oriente do país, que se vê afetada por uma grande falta de eletricidade. Frente à ausência de energia, a comunidade decide pedir ajuda a uma grande fábrica de cimento que conta com um grande gerador. O desprezo da fábrica motiva os cidadãos a tomar medidas inesperadas, criando rebeliões com grandes consequências individuais e coletivas.



GRADE DE HORÁRIOS


6 a 11 de dezembro


6 de dezembro (terça-feira)
19h – Coquetel de abertura, seguido da exibição do filme Bloques, com a presença Cônsul geral da Venezuela no Brasil, Sr Robert Torrealba, e da Consul geral da Venezuela no Brasil Srª Ingrid Ojeda.

7 de dezembro (quarta-feira)
15h– 1, 2 e 3 Mulheres
17h– Macuro
19h– Miranda Regressa

8 de dezembro (quinta-feira)
15h – Macuro
17h– Comando X
19h – Zamora

9 de dezembro (sexta-feira)
15h – 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Bloques

10 de dezembro (sábado)
15h – Comando X

17h – 1, 2 e 3 Mulheres
19h– Miranda Regressa

11 de dezembro (domingo)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Zamora

13 de dezembro (terça-feira)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Miranda Regressa

14 de dezembro (quarta-feira)
15h– 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Bloques

15 de dezembro (quinta-feira)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Zamora

16 de dezembro (sexta-feira)
15h – 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Miranda Regressa

17 de dezembro (sábado)
15h – Comando X
17h – 1, 2 e 3 Mulheres
19h – Zamora

18 de dezembro (domingo)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Bloques

Fonte: :CineBancários
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 8

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”
VIVER A VIDA
Sinopse: Uma seqüência de doze segmentos desconectados apresenta a trajetória de uma jovem mulher entrando no mundo da prostituição em Paris.
De todos os seus filmes, esse é o meu preferido de Godard. Talvez por brincar com a nossa perspectiva em determinadas cenas, como a cena inicial em que câmera, ao em vez de focar os personagens, vemos somente eles conversando de costas para o bar e por minutos só ficamos vendo um leve vislumbre de seus rostos em um espelho. Outro belo exemplo é quando a protagonista, com mais um personagem, estão conversando no que parece ser em uma sacada com uma bela vista, mas a câmera vai para o lado e nos revela que é uma parede pintada. Inúmeros momentos como esse ocorrem durante o filme, seja pela perspectiva vinda do diretor, seja também em cenas que é vinda da própria perspectiva da protagonista, como na cena em que ela dança em um bar. Muito se deve isso, não somente pela ótima direção de Godard, mas também pela colaboração do seu colega de produção, o fotografo Raoul Coutard, que ganharia prestigio em injetar sua própria visão em determinadas seqüências de cena em outros filmes da época, nas quais se tornaram sua marca registrada, que por muitas vezes, eclipsava a direção do próprio diretor.
Anna Karina (na época, esposa do diretor) tem aqui um dos seus melhores desempenhos na carreira ao retratar uma mulher, por vezes, determinada, mas desiludida com a vida ao embarcar no submundo da prostituição. Se a momentos chaves nos quais ela se sobressai, se entregando em seu papel de corpo e alma, podemos citar dois momentos, sendo que o primeiro é a cena em que ela está no cinema, se identificando e sofrendo com a protagonista de “A Paixão de Joana D’Arc”, de Dreyer. Neste momento, Godard responde em forma de cena, as perguntas que são levantadas em outra obra sua (O Demônio das Onze Horas) sobre o que é o cinema? Aqui, a resposta é de uma forma simples, direta, e ao mesmo tempo, uma homenagem a sua própria arte. E por fim, a cena em que ela conversa com um senhor em um bar, sendo que esse ultimo desencadeia a conversa para filosofia pura e, em meio a conversa, faz a protagonista concluir que nos somos responsáveis pelos nossos atos (Se estou feliz, sou responsável; se estou infeliz, sou responsável).Frase como esta que resume seu destino em toda a película.
Um filme indispensável e que acho, por vezes, superior se comparado a Acossado.


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Cine Clássico: O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (1934)

Sinopse: Casal de ingleses tem sua filha seqüestrada após um agente secreto lhes contar, instantes antes de morrer, de um plano contra um importante diplomata inglês. Em Londres, os dois tentam recuperar sua filha, ao mesmo tempo em que devem dizer o que sabem as autoridades.
A maioria conhece somente a refilmagem de 1956, estrelada pelo James Steward e Doris Day nos respectivos papeis principais, mas essa primeira versão ganha em muitos pontos se comparado a versão americana. Ao começar pelo clima mais sombrio e opressivo, no qual Hitchcock usava como ninguém na época. Um dos primeiros grandes sucessos da carreira do diretor, do inicio do cinema falado, ainda no seu país natal. Assim como na refilmagem, nesta versão também consta a famosa seqüência final do concerto no Royal Albert Hall, onde o toque do címbalo dá a senha para o assassino (embora, nesta cena, eu prefira mais a versão americana). Curiosamente, este foi o primeiro papel no cinema inglês, do ator austríaco Peter Lorre. Para aqueles que não sabem, foi um dos grandes vilões do cinema, atuando como psicopata em M de Fritz Lang. Aqui, ela da um verdadeiro show de interpretação, fazendo o líder do bando de sabotadores.


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