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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 9

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

A Noite Americana
François Truffaut. aqui faz uma verdadeira declaração de amor a sétima arte

Sinopse: Um dos filmes que melhor representa as loucuras que se passam em um set de filmagem. Um ator que fica deprimido porque sua noiva sai com um dublê, uma atriz que se entregou às bebidas e não consegue lembrar de suas falas e muitas outras confusões, que o diretor deve fazer de tudo para contornar, até gravarem uma das cenas mais importantes do filme: a que o dia deve ser transformado em noite artificialmente.
François Truffaut sem duvida é um dos gênios do cinema francês. Aqui ele faz uma verdadeira declaração de amor e retrata de uma maneira bem humorada o dia á dia de um set de filmagens que durante o percurso, de semanas de filmagens, até a da finalização de um filme, pode acontecer de tudo. Atenção pelas cenas em que o diretor presta seu amor e carinho ao cinema. Seu alter-ego (Ferrand), em flashbacks, relembra sua infância, quando roubava pôsteres dos filmes em cartaz, entre eles, do filme Cidadão Kane, coisa que o próprio Truffaut confessou que fazia quando jovem, ou então na cena quando o diretor recebe um telefonema do compositor do filme para mostrar-lhe uma música, que esta seria o tema de amor de outro filme de Truffaut. Neste momento, enquanto ouve a música ao telefone, ele abre uma encomenda que recebera de vários livros sobre cinema e diretores como Hitchcock e Godard, que vão sendo exibidos com a música de amor ao fundo.

Curiosidades: O nome do filme é uma alusão à técnica criada nos Estados Unidos para filmar uma cena noturna durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. O filme é dedicado às irmãs Lillian e Dorothy Gish.


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Cine Dica: MOSTRA DE CINEMA VENEZUELANO

6 a 18 de dezembro de 2011
Entrada Franca

Dentro da sua proposta de dar espaço e visibilidade às cinematografias da América Latina, o CineBancários, em parceria com o Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela no Brasil realizam, entre os dias 6 e 18 de dezembro, uma mostra dedicada ao cinema venezuelano contemporâneo.
Praticamente desconhecido no Brasil, os filmes produzidos na Venezuela tem uma forte tradição política e costumam privilegiar temas históricos e sociais. Ao longo de duas semanas, o público local poderá conhecer seis títulos recentes que ilustram o vigor e a qualidade dessa cinematografia.: Bloques, 1, 2 e 3 Mulheres, Zamora, Miranda Regressa, Comando X e Macuro.
Uma oportunidade única para nos aproximarmos de um país e de uma cultura que tem tanto em comum com a nossa, mas que conhecemos tão pouco.
Coquetel de abertura acontece no dia 6 de dezembro, às 19h, seguido da exibição do filme Bloques, com a presença do Cônsul geral da Venezuela no Brasil, Sr. Robert Torrealba, e da Consul geral da Venezuela no Brasil Srª Ingrid Ojeda.

PROGRAMAÇÃO

Bloques, de Alfredo Hueck e Carlos Caridad (Venezuela, 2008, ficção, 126 minutos)

No edifício Bloque 1, vive Manuel, um homem solitário e taciturno cujo comportamento afasta todos à sua volta, incluindo seu próprio filho. Em meio à rotina e ao álcool, surge para ele a esperança de um novo amor: Norma, cozinheira de um bar, que entra em sua vida sem se dar conta. Para o edifício Bloque 2, mudam-se os Aristigueta, família venezuelana de classe alta, empobrecida por conta das más decisões financeiras do pai. Alejandra, a filha mais velha, vive em Nova York há alguns anos, ignorando a realidade em que vivem sua família e seu país.

1, 2 e 3 Mulheres, de Andrea Herrera, Anabel Rodriguez e Andrea Ryos (Venezuela, 2008, ficção,103 minutos)

A temática da mulher e sua relação com a sociedade a partir de diferentes perspectivas e propostas estéticas através das histórias de Eloína, Rosário e Gregoria. Eloína mostra a grandeza e o valor de assumir determinadas posições no papel materno. Rosário mostra a experiência da ingenuidade no contexto da solidão e Gregoria mostra a debilidade versus o ímpeto com que toma decisões para garantir sua estabilidade emocional.

Zamora, de Román Chalbaud (Venezuela, 2009, ficção,131 minutos)

Venezuela. Na segunda metade do século XIX, a polarização entre Liberais e Conservadores marcava o momento político. As desigualdades sociais herdadas ainda na Colônia mantinham os campesinos e os escravos sob o poder da oligarquia. Ezequiel Zamora, mobilizado por profundos ideais de liberdade, encabeça uma luta para tentar apagar a opulência de poucos e a miséria de muitos e repartir equitativamente as terras.

Miranda Regressa, de Henry Herrera (Venezuela, 2007, ficção,145 minutos)

Um repórter entra clandestinamente na cela de Miranda, na Carraca, em 10 de julho de 1816. O jovem jornalista pediu ao General que lhe concedera uma entrevista, a fim de propagar seu pensamento anticolonial em um importante jornal que é publicado furtivamente em Cádiz. Miranda, já um macaco velho da geopolítica internacional, desde o século passado, desconfia do impetuoso repórter que, aos poucos, ganha a sua confiança, até que o prisioneiro se compromete a conceder-lhe a entrevista. Aqui começa uma retrospectiva, uma jornada da vida do general onde o retorno ao passado, os momentos mais significativos na construção de formação do jovem general, o sedutor, o soldado espanhol, o iluminado, o desertor, o independentista, a política, o guerreiro, o contrabandista, o espião, o herege, o conspirador e o precursor, é narrado para revelar a magnitude de Francisco Miranda, para sempre, talvez, o mais universal de todos os venezuelanos.

Comando X, de José Antonio Varela (Venezuela, 2007, ficção, 92 minutos)

Uma divertida comédia de enredos, que narra vícios e dilemas de Manuel, um rapaz pobre que se apaixona por Lucia, uma jovem de classe média alta de Caracas. Ela é filha do chefe do "Comando", um grupo de oposição extremista que planeja um atentado para derrubar um governo legítimo. Trata-se de uma divertida história que, pouco a pouco, se transforma em uma trama sombria quando o "Comando", assessorado por agentes estrangeiros, irá executar um terrível atentado e Manuel precisa tomar uma difícil decisão: deter o tétrico atentado e perder o seu amor ou salvar a cidade desse horror.

Macuro, de Eduardo Troche (Venezuela, 2008, ficção, 91 minutos)

A história de Macuro, uma comunidade pesqueira do oriente do país, que se vê afetada por uma grande falta de eletricidade. Frente à ausência de energia, a comunidade decide pedir ajuda a uma grande fábrica de cimento que conta com um grande gerador. O desprezo da fábrica motiva os cidadãos a tomar medidas inesperadas, criando rebeliões com grandes consequências individuais e coletivas.



GRADE DE HORÁRIOS


6 a 11 de dezembro


6 de dezembro (terça-feira)
19h – Coquetel de abertura, seguido da exibição do filme Bloques, com a presença Cônsul geral da Venezuela no Brasil, Sr Robert Torrealba, e da Consul geral da Venezuela no Brasil Srª Ingrid Ojeda.

7 de dezembro (quarta-feira)
15h– 1, 2 e 3 Mulheres
17h– Macuro
19h– Miranda Regressa

8 de dezembro (quinta-feira)
15h – Macuro
17h– Comando X
19h – Zamora

9 de dezembro (sexta-feira)
15h – 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Bloques

10 de dezembro (sábado)
15h – Comando X

17h – 1, 2 e 3 Mulheres
19h– Miranda Regressa

11 de dezembro (domingo)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Zamora

13 de dezembro (terça-feira)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Miranda Regressa

14 de dezembro (quarta-feira)
15h– 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Bloques

15 de dezembro (quinta-feira)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Zamora

16 de dezembro (sexta-feira)
15h – 1, 2 e 3 Mulheres
17h – Macuro
19h – Miranda Regressa

17 de dezembro (sábado)
15h – Comando X
17h – 1, 2 e 3 Mulheres
19h – Zamora

18 de dezembro (domingo)
15h – Macuro
17h – Comando X
19h – Bloques

Fonte: :CineBancários
Rua General Câmara, nº 424 – Centro Porto Alegre / RS CEP: 90010-230
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 8

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”
VIVER A VIDA
Sinopse: Uma seqüência de doze segmentos desconectados apresenta a trajetória de uma jovem mulher entrando no mundo da prostituição em Paris.
De todos os seus filmes, esse é o meu preferido de Godard. Talvez por brincar com a nossa perspectiva em determinadas cenas, como a cena inicial em que câmera, ao em vez de focar os personagens, vemos somente eles conversando de costas para o bar e por minutos só ficamos vendo um leve vislumbre de seus rostos em um espelho. Outro belo exemplo é quando a protagonista, com mais um personagem, estão conversando no que parece ser em uma sacada com uma bela vista, mas a câmera vai para o lado e nos revela que é uma parede pintada. Inúmeros momentos como esse ocorrem durante o filme, seja pela perspectiva vinda do diretor, seja também em cenas que é vinda da própria perspectiva da protagonista, como na cena em que ela dança em um bar. Muito se deve isso, não somente pela ótima direção de Godard, mas também pela colaboração do seu colega de produção, o fotografo Raoul Coutard, que ganharia prestigio em injetar sua própria visão em determinadas seqüências de cena em outros filmes da época, nas quais se tornaram sua marca registrada, que por muitas vezes, eclipsava a direção do próprio diretor.
Anna Karina (na época, esposa do diretor) tem aqui um dos seus melhores desempenhos na carreira ao retratar uma mulher, por vezes, determinada, mas desiludida com a vida ao embarcar no submundo da prostituição. Se a momentos chaves nos quais ela se sobressai, se entregando em seu papel de corpo e alma, podemos citar dois momentos, sendo que o primeiro é a cena em que ela está no cinema, se identificando e sofrendo com a protagonista de “A Paixão de Joana D’Arc”, de Dreyer. Neste momento, Godard responde em forma de cena, as perguntas que são levantadas em outra obra sua (O Demônio das Onze Horas) sobre o que é o cinema? Aqui, a resposta é de uma forma simples, direta, e ao mesmo tempo, uma homenagem a sua própria arte. E por fim, a cena em que ela conversa com um senhor em um bar, sendo que esse ultimo desencadeia a conversa para filosofia pura e, em meio a conversa, faz a protagonista concluir que nos somos responsáveis pelos nossos atos (Se estou feliz, sou responsável; se estou infeliz, sou responsável).Frase como esta que resume seu destino em toda a película.
Um filme indispensável e que acho, por vezes, superior se comparado a Acossado.


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Cine Clássico: O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (1934)

Sinopse: Casal de ingleses tem sua filha seqüestrada após um agente secreto lhes contar, instantes antes de morrer, de um plano contra um importante diplomata inglês. Em Londres, os dois tentam recuperar sua filha, ao mesmo tempo em que devem dizer o que sabem as autoridades.
A maioria conhece somente a refilmagem de 1956, estrelada pelo James Steward e Doris Day nos respectivos papeis principais, mas essa primeira versão ganha em muitos pontos se comparado a versão americana. Ao começar pelo clima mais sombrio e opressivo, no qual Hitchcock usava como ninguém na época. Um dos primeiros grandes sucessos da carreira do diretor, do inicio do cinema falado, ainda no seu país natal. Assim como na refilmagem, nesta versão também consta a famosa seqüência final do concerto no Royal Albert Hall, onde o toque do címbalo dá a senha para o assassino (embora, nesta cena, eu prefira mais a versão americana). Curiosamente, este foi o primeiro papel no cinema inglês, do ator austríaco Peter Lorre. Para aqueles que não sabem, foi um dos grandes vilões do cinema, atuando como psicopata em M de Fritz Lang. Aqui, ela da um verdadeiro show de interpretação, fazendo o líder do bando de sabotadores.


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Cine Dica: Estréias no final de semana (02/12/11)

E ai gente cinéfila. Dia 2 de dezembro, inicio do ultimo mês desse ano e já sinto o clima de despedida, de um ano que até se saiu bem melhor que no ano anterior, mas deixemos para falar disso numa outra ocasião. Com relação a esse final de semana, duas surpresas, um candidato a Cult, nostalgia e filme para toda a família. Com relação às duas surpresas, me refiro a dois filmes, que já se encontram em DVD, mas que voltam em cartaz. Minhas Tardes com Margueritte, por exemplo, é justo o filme ter o seu momento numa sala de cinema, pois é um filme pequeno, que reserva inúmeros momentos deliciosos de serem assistidos, e antes tarde do que nunca em ter chegado em uma sala daqui da capital, mais precisamente no ótimo Guion Center (sala 3). Quanto Minha Terra África, a produção de Claire Denis ganha nova chance com o publico cinéfilo daqui, na sala Santander Cultural.
Com relação a candidato a Cult, me refiro ao elogiado O Garoto da Bicicleta, sucesso de critica e bastante comentado pelo publico, antes mesmo do filme estrear. Quanto a nostalgia, me refiro ao retorno dos Muppets no cinema, apesar de que, quando me lembro deles, sempre me vem na cabeça o genial desenho, nas versões deles como crianças, e que passava no SBT, entre os anos 80 e 90, bons tempos aqueles. E por ultimo, como o natal esta chegando, não podia faltar um filme para toda a família e soltar aquela sensação festas natalinas, e a bola da vez, é Operação Presente. Confira todas as estréias:

Minhas tardes com Margueritte
Confira a minha critica, já publicada, clicando aqui.


Minha Terra África
Confira a minha critica, já publicada, clicando aqui.

O Garoto da Bicicleta
Sinopse: Cyril é um garoto de 12 anos que está em busca de seu pai, que o abandonou em um lar para crianças. No seu caminho encontrará Samantha, uma mulher que lhe oferece abrigo e carinho.



Os Muppets ‎ ‎
Sinopse: Gonzo é contratado para dirigir um filme mas acaba gastando toda a verba no primeiro dia. Ele precisa então terminar a produção sem dinheiro apenas contando com a ajuda de seus amigos fantoches.



Operação Presente
Sinopse: A história revela a incrível e nunca antes vista resposta à pergunta de toda criança: Como é que Papai Noel entrega todos os presentes em uma noite?. A resposta: Uma operação emocionante e utltra-high-tech do Papai Noel escondida sob o Pólo Norte. Mas o coração do filme é uma família em um estado de disfunção e um herói improvável Arthur que tem uma urgente missão que deve ser concluída antes do amanhecer.

Amanhã nunca mais
Sinopse: O filme conta a história de uma noite extraordinária na vida de um homem que não sabe dizer não. Walter precisa buscar o bolo de aniversário de sua filha e o que parecia ser uma tarefa simples se mostra fora de todos os costumes. Aquela noite de sexta-feira nunca será esquecida e Wagner nunca mais será o mesmo.


Os Nomes do Amor
Sinopse: Bahia Benmahmoud (Sara Forestier) é uma jovem tão comprometida com seus ideais que não se importa nem um pouco de transar com seus opositores, no intuito de convertê-los à sua visão. Ela costuma ser bem sucedida em suas investidas, até o dia em que conhece Arthur Martin (Jacques Gamblin).


Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim
Sinopse: Casados há mais de 30 anos, Adam e Mary passaram mais da metade de suas vidas juntos, criando seus filhos - que já saíram de casa há muito tempo - e encararando altos e baixos. Agora, aguardam a chegada de uma fase mais tranqüila. Mas ela não chega. Adam, antes um bem-sucedido arquiteto, vê sua carreira e situação financeira não serem mais prósperas como antes, enquanto Mary está com problemas de memória, o que pode ser um indício de demência. Lentamente, Adam e Mary começam a se afastar – até a separação parecer inevitável.

Os Especialistas
Sinopse: Baseado no livro de Ranulph Fiennes Os Especialistas mostra um grupo de antigos membros das forças especiais britânicas que passa a ser caçado por uma equipe de assassinos.


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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 7

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

QUEM MATOU LEDA?
Sinopse: O negociante Henri Marcoux (Dacqmine) tem um caso amoroso com uma bela e jovem vizinha (Lualdi), bem debaixo do nariz da sua esposa Thérèse (Robinson). A linda filha de Henri, ao conhecer o húngaro (Belmondo) fica apaixonada, enquanto o filho voyeur de Henri começa a ter liberdades com a amante do pai. Com o amadurecimento das paixões na família, deslumbra-se uma tragédia.
Este é o terceiro filme de Chabrol, e seu debute no thriller psicológico, gênero também de seus dois filmes seguintes, que foram, Les Bonnes Femmes e LEnfer. Usando com perícia os flashbacks e vinhetas, Chabrol cria um perturbador enredo de infidelidade, obsessão e assassinato num vinhedo em Provença. Não tem como não deixar de lembrar-se da atuação de Jean-paul Belmondo, sendo que, todo elenco está perfeito, mas é Belmondo que da o show, criando seu personagem de uma forma irônica e cômica, onde suas palavras, por mais chocantes que sejam, são a mais pura verdade..
Assim como Luis Buñuel, Cabrol faz uma critica a família burguesa, num verdadeiro retrato de desconstrução dessa imagem de família perfeita, tanto, que o suspense e o mistério da morte de Leda acontece bem depois, sendo que a própria, aparece só meia hora  de projeção.
Após a entrada de Leda, o clima vai mais para o lado melodramático e a tensão começa a pesar, auxiliada com uma bela fotografia, que faz até amenizar o clima pesado, mas não o suficiente, para a derradeira seqüência do filme, que passa na casa de Leda, numa seqüência de flashback incrível e muito bem dirigida. É nesta seqüência, que Chabrol demonstrou ser um pequeno discípulo de Hitchcock. Uma obra prima e que vale a pena ser procurada.


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Cine Clássico: FRENESI

DE VOLTA A SUA TERRA NATAL, HITCHCOCK RENOVA
SEUS INGREDIENTES DE SUCESSO
 

Sinopse: Londres está sendo aterrorizada por um serial killer que está atacando as mulheres atrás de sexo. A polícia tem um principal suspeito, Richard Blaney, e este fará de tudo para provar sua inocência.
Depois de quase vinte anos, o mestre do suspense retorna para Londres, para criar uma trama repleta de suspense e humor negro de muito bom gosto. Baseado no romance de Arthur La Bern, o filme possui todos os ingredientes que moldaram os melhores momentos do diretor durante a sua carreira, como inúmeras reviravoltas na trama, e mais, o diretor tentou com êxito, se inovar na criação de determinadas cenas, injetando mais violência, sangue e até mesmo estupro, coisa até então inédita na carreira do diretor. Até hoje, muito se perguntam até onde o diretor iria chegar caso continuasse filmando e ousando, para atrair novos fãs. Atenção para a espetacular seqüência dentro de um caminhão cheio de batatas, onde o assassino, tenta recuperar um broche, que está preso justamente na mão da sua vitima anterior. O impressionante nesta cena é de Hitchcock fazer com que o espectador, fique com o sentimento dividido com relação ao assassino. Sabemos que ele é um monstro, mas nesta seqüência, sentimos até mesmo pena dele, por estar dando tudo errado, ao ponto, que nem sequer a mão da vitima já morta, colabora para o personagem se safar, num momento de puro humor negro que choca, mas não tem como não rir. Se esse filme fosse o ultimo do diretor (o derradeiro foi Trama Macabra) Hitchcock teria encerrado sua carreira com chave de ouro e com louvor.


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