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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cine Especial: HAMMER: Parte 1

A CASA CHEFE DO TERROR
Recentemente assisti ao filme Deixe-me Entrar, refilmagem do já cultuado filme Sueco Deixe ela Entrar. Sinceramente me surpreendi com a qualidade dessa refilmagem que a meu ver não era necessária, mas o que mais me surpreendeu foi o fato de ter sido criada pelos estúdios Hammer. Sim, o estúdio que durante muitos anos era sinônimo de filmes de terror de qualidade, mas que fechou as portas nos últimos anos da década de 70. Reabrindo agora nos EUA, resta saber se será o retorno dos velhos e bons tempos dos filmes de terror de qualidade ou se vai ficar somente na promessa. Enquanto essa resposta não chega, postarei apartir de hoje os filmes que assisti ate agora desse estúdio. Claro que não foi fácil, já que as locadoras atualmente com relação a filmes clássicos estão mais lá do que para cá, então não tive outro meio a não ser baixar esses grandes filmes pela internet. Abaixo, deixo os dois primeiros grandes sucessos do estúdio.

A Maldição de Frankenstein
Sinopse: O barão Victor Frankenstein, herdeiro de uma grande fortuna e iniciado nas ciências, decide criar uma criatura perfeita através de restos mortais, e fazê-la viver. Entretanto, nem tudo sai como o planejado.
O ano era 1957, o cinema de horror estava em decadência, os estúdios americanos estavam somente interessados em filmes de ficção cientifica e que explorasse a paranóia de uma possível guerra nuclear. O estúdio Universal, que antes era conhecida como carro chefe dos filmes de terror na época, viu sua própria formula ser usada até se desgastar de tal forma que não havia remédio. Coube então, um pequeno estúdio inglês dar uma revitalização ao gênero. Interessada em criar uma serie de filmes de terror, os estúdios Hammer partiram de inicio para o grande clássico da escritora Mary Shelley, Frankenstein, que já havia sido levado inúmeras vezes as telas pela Universal.
Tentando escapar de comparações, o diretor responsável na época Terrence Fisher, decidiu mais do que fazer uma adaptação do livro e sim uma nova releitura do conto. O resultado é mais do que satisfatório, principalmente pelo fato que pela primeira vez o publico vê quem é o verdadeiro monstro da trama, sendo o próprio cientista que cria a criatura e que não mede esforços para realizar seu objetivo. E isso foi possível graças ao extraordinário desempenho de Peter Cushing criando aqui o melhor Victor Frankenstein da historia do cinema. O filme também marca a estréia de uma parceria que duraria anos a fio, já que a criatura desse filme foi interpretada por ninguém menos que Christopher Lee, na época, mau sabendo que viria se tornar um dos grandes astros de filmes de terror. Para caracterização da criatura, os produtores e o diretor decidiram passar bem longe da imagem que ficou no imaginário popular graças ao filme de 1931, onde a criatura era Boris Karloff. Aqui, a criatura é horrenda e bestial e sua primeira aparição na pele de Lee é algo desconcertante e magnífico.
O filme foi um sucesso gigantesco e fez com que o estúdio levantasse as mangas para a criação de outros filmes de terror com monstros que antes eram visto somente em preto e branco pela Universal.

O VAMPIRO DA NOITE
Sinopse: Mais uma versão do clássico “Drácula”, de Bram Stoker. Neste filme, o Conde Drácula sai da Transilvânia em direção a Londres, em busca de novas vítimas. Entretanto, seus hábitos estranhos chamam a atenção do Dr Van Helsing, que passa se dedicar a exterminar o vampiro.
Um ano depois de A Maldição de Frankenstein, o trio Fincher, Lee e Cushing retornam neste que foi a grande revitalização do maior vampiro de todos os tempos para o cinema. Antes disso, Drácula (assim como seus irmãos Frankenstein e lobisomem) estava com a imagem desgastada depois de tantos filmes cada vez menos significativos pela Universal e somente Drácula de 1931 estrelado pelo inesquecível Bela Lagosi era bem lembrado. Entretanto, foi só Christopher Lee entrar em cena, caracterizado como o Conde, para que então ele entrasse para historia. A principio, o ator surge com sua presença imponente e a trilha sonora sinistra ajuda a causar apreensão ao publico. Mas o Conde aparentemente parece normal, mas pouco tempo depois, finalmente ele surge com os seus caninos cheios de sangue. O cinema de horror jamais foi o mesmo. Na época, o publico simplesmente ainda não estava muito acostumado com o cinema colorido no mundo do terror. O Vampiro da Noite foi definitivamente o ponta pé inicial para mudar esse quadro, mesmo com pouco recurso que o estúdio tinha em mãos. Mas se por um lado a produção aparentemente era barata, era muito bem compensada pelo ótimo elenco. Fora a presença magnética de Lee, seu oponente Dr Van Helsing foi magistralmente interpretado por Peter Cushing e muitos consideram (eu incluso) como o melhor interprete que atuou como o personagem. O embate de ambos no ato final da trama é antológico e empolgante, principalmente devido a fantástica trilha sonora composta por James Bernard que molda a seqüência eletrizante, e com isso, ele retornaria em inúmeros filmes do estúdio para compor suas trilhas.
Com o sucesso de A Maldição de Frankenstein e de O Vampiro da noite, o estúdio Hammer se estabeleceria como um dos grandes carros chefes do gênero de horror na época. Gerando assim inúmeras seqüências para os seus monstros, mas isso já é outra historia.

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: RIO

sinopse: Blu é uma ararinha domesticada que nunca aprendeu a voar e vive pacatamente com sua dona e melhor amiga Linda na pequena cidade de Moose Lake Minnesota. Blu e Linda acreditam que ele seja o último de sua espécie mas quando descobrem a existência de outra arara que mora no Rio de Janeiro parte em busca para encontrar Jade a única fêmea da espécie. Pouco depois de sua chegada Blu e Jade são perseguidos por um grupo de atrapalhados contrabandistas de aves. Blu terá que buscar coragem para aprender a voar estragar os planos dos seqüestradores que estão em sua cola e regressar com Linda - a melhor amiga que uma ave pode ter.
Quando A Era do Gelo 3 faturou quase um bilhão de dólares para a FOX, era inevitável que o nosso diretor Carlos Saldanha ganhasse total liberdade para escolher e criar qualquer filme da sua maneira, porque uma vez que um diretor gere esse lucro para um estúdio, respeito e liberdade criativa é o que sempre ira ter. Com isso, Saldanha cria uma verdadeira carta de amor em forma de filme para a sua terra natal, o Rio de Janeiro. RIO é mais do que um filme, é um cartão de boas vindas para qualquer estrangeiro que queira ir à cidade maravilhosa, uma forma de dizer “seja bem vindo” porque aqui é tudo de bom, mesmo que o filme tenha alguns estereótipos que americano está acostumado a assistir quando retratam o Rio pra lá, mas o próprio Saldanha faz disso uma espécie de piada no bom sentido e se alguém reclama dizendo que Rio não é toda essa maravilha que é mostrada no filme isso é o que menos importa, pois estamos falando de uma animação para todas idades e não de um documentário que mostra 100% a verdadeira cidade Carioca.
Como a cidade, suas paisagens e atrativos são o principal chamariz do filme, a dupla de aves protagonistas Blu e Jade pouco podem fazer para conquistar a simpatia do publico. Não que eles sejam chatos, mas o drama do fato de Blu não poder voar se torna o único elo para enlaçar o espectador, mas isso não o torna assim tão interessante. Sorte para os coadjuvantes que roubam a cena a cada momento que aparecem na tela como no caso dos hilários pássaros Rafael, Pedro e Nico, esses últimos dois responsáveis pelas melhores piadas do filme.
Com a mensagem de preservação a natureza e contra ao trafico de aves, RIO esta faturando alto nesse momento em todo mundo, por possuir uma simples historia de superação, preservação e amizade. Esses ingredientes podem estar cheios no cinema atualmente, mas sendo bem feito é muito bem vindo novamente.

terça-feira, 5 de julho de 2011

NOTA: AINDA VIVO E PRONTO PARA NOSTALGIA

Ainda estou vivo gente, portanto não se preocupem por ter sumido nos últimos dias. O caso é o de sempre, às vezes por causa do meu serviço habitual, tanto dentro como fora dele, acabo não tendo tempo de atualizar meu blog aqui, mas para tranqüilizar a todos os que me acompanham, ainda estou vivo e pronto para novas matérias hehehe.
Já adianto uma leva de matérias especiais referentes aos clássicos do estúdio Hammer que recentemente voltou a ativa com o filme Deixe-me Entrar. Portanto, aguardem para bastante nostalgia.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Cine Dica (ESPECIAL): As estréias do final de semana (01 07 11)

HORROR, FANTASIA, FICÇÃO E O TRADICIONAL INVADEM AS SALAS DA CAPITAL GAUCHA.

VII festival Fantaspoa
E ai gente. O mês começa hoje e nada melhor do que começar ele vendo o mundo do cinema  agitadíssimo na capital gaucha. Isso se deve ao VII festival Fantaspoa que se inicia oficialmente hoje. Começando de manso em 2005, o festival se tornou respeitado ao ponto de atrair inúmeras pessoas de fora do estado e de outros países da America latina. É mais uma grande oportunidade de ver obras do gênero de horror, ficção e dentre outros, que na maioria das vezes não terá espaço nas salas tradicionais. Destaco aqui o fato de uma das salas que ira exibir boa parte da amostra seja o Cinebancários que cada vez mais e mais vem se consolidando como uma das melhores escolhas de se assistir filmes alternativos na capital. Mais informações sobre o festival pelo site:  http://www.fantaspoa.com/

Kenneth Anger
Também começa hoje (exclusivamente na Usina do Gasômetro) a mostra sobre a vida e as obras do diretor de cinema Kenneth Anger. Freqüente colaborador dos Rolling Stones, fonte de inspiração para a musica Sympathy for the devil, Anger é o mais cultuado dos cineastas americanos da vanguarda. Começou a filmar ainda criança com sobras de rolo 16mm e especializou-se em curtas metragens Misturando elementos do surrealismo com erotismo e ocultismo A abertura esta marcada para hoje com a presença do próprio diretor. Mais informações pelo blog da Usina:  http://salapfgastal.blogspot.com/

E por fim, não ia faltar neste final de semana as estréias tradicionais do cinema com Transformers: O lado oculto da Lua e mais nova tentativa (frustrada) de Jim Carrey em voltar ao estrelato.

Confiram as estréias:

Transformers: O Lado Oculto da Lua 3D
Sinopse: O vilão de Transformers 3 será Shockwave ditador de Cybertron após a vinda dos Autobots e Decepticons para a Terra.


Os Pinguins do Papai
Sinopse: A história acompanha o modesto pintor de casas Sr. Popper que sonha em ser um pesquisador no Ártico e começa a trocar cartas com exploradores reais. Um deles responde e envia de presente um pinguim. Quando percebe já tem 12 pinguins e um grupo de aves adestradas.



A Falta Que Nos Move
Sinopse: Cinco atores chegam à casa da diretora do filme para vivenciar uma experiência cinematográfica. São filmados ininterruptamente sem deixar de seguir roteiros e cenas. Ficção e realidade se entrelaçam em meio a histórias de uma geração que viveu à deriva e que agora se defronta com uma ausência que move suas ações.


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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cine Especial: Parte 2: O melhor (ou pior?) de Michael Bay

Os Bad Boys
Sinopse: Marcus e Mike são dois policiais de Miami que devem se juntar para recuperar um carregamento de drogas perdido. Eles contarão com a ajuda de uma testemunha, Julie, porém para isso um terá que se passar pela identidade do outro.
Divertida e acelerada aventura policial estrelada por Smith e Lawrence (na época, astros da TV norte americana). O roteiro inteligente e bem amarrado cria situações cada vez mais arriscadas para os protagonistas, envolvendo troca de identidade e violentos traficantes com seqüências de tirar o fôlego. Pena que a seqüência não fez jus ao primeiro. Seria essa época então em que Bay pirou de vez?

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Cine Especial: Parte 1: O melhor (ou pior?) de Michael Bay

A ROCHA
Sinopse: Um grupo de soldados renegados toma a abandonada prisão de Alcatraz com dezenas de turistas como reféns e armas químicas em mãos. Se um resgate de US$ 100 milhões não for pago a eles, os mesmos ameaçam lançar vários mísseis carregados de produtos químicos na Baía de São Francisco. Para tentar detê-los, o FBI envia uma equipe com um expert em armas químicas e um ex-prisioneiro de Alcatraz.
Uma aventura com um elenco de primeira e incríveis efeitos especiais para a época. Foi o ultimo trabalho do falecido produtor Don Simpson, responsável por sucessos como a cine serie Um Tira Da Pesada de 1984. Na época, Bay conduz com competência uma trama que envolve excelentes cenas de ação e suspense, com toques de humor negro, resultando num filme que cumpre totalmente a sua função, que é entreter. O Michael Bay atual deveria olhar um pouco o que fez no passado e ver exatamente em que parte saiu dos trilhos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cine Dica: Em DVD: VOCÊ NÃO CONHECE JACK

AL PACINO DA A VOLTA POR CIMA NA TELINHA EM PRODUÇÃO POLEMICA
Sinopse: história de Jack Kevorkian, médico que ficou conhecido como Dr. Morte por defender a eutanásia e ajudar mais de 130 pacientes a cometer suicídio.
É cada vez mais comum atores e atrizes se renderem aos canais norte americanos, seja para series de TV, seja para filmes, para daí então voltar a ganhar certo prestigio que acabou se perdendo ao longo dos anos no cinema e Al Pacino é um desses exemplos. Visto nos seus últimos filmes numa forma de interpretação que mais parecia estar no piloto automático, Pacino por fim, se rende a um filme criado especialmente para TV, mais precisamente feito pela HBO, canal conhecido em todo mundo em criar filmes e series com teor mais adulto e totalmente livre de regras que normalmente outros canais sofrem. Nesta produção, Pacino interpreta o polemico Jack Kevorkian mais conhecido mundialmente como Doutor morte e que defendeu com unhas e dentes o direito de os pacientes conseguirem  encerrar suas próprias vidas quando se acreditava que não havia mais condições nenhuma de se continuar vivendo. O filme levanta é claro inúmeras questões polemicas que são difíceis de serem discutidas. Isso tudo depende da opinião de cada um e na forma que a pessoa foi criada, seja tendo uma crença ou totalmente ateia, é um tipo de filme que provoca o nascimento de inúmeros debates e que acaba não chegando a um lugar algum.
Polemicas a parte, Pacino desaparece em seu personagem e o que vemos é um ser velho, mas ao mesmo tempo firme e forte em suas idéias, mesmo onde a sua causa se torne perdida. Não é a toa que acabou ganhando inúmeros prêmios, incluindo de melhor ator dramático de um filme para TV no Globo de Ouro e se fosse uma produção para o cinema, com certeza Colin Firth (O Discurso do Rei) teria tido um pareo duro no ultimo Oscar. Destaco tambem os otimos desempenhos de Susan Sarandon e John Goodman. Esse ultimo, ótimo como sempre, mas que havia sumido ao longo dos anos na telona. Pelo visto, cada vez mais e mais os canais norte americanos são os salvadores da pátria.

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