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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cine Especial: Parte 1: O melhor (ou pior?) de Michael Bay

A ROCHA
Sinopse: Um grupo de soldados renegados toma a abandonada prisão de Alcatraz com dezenas de turistas como reféns e armas químicas em mãos. Se um resgate de US$ 100 milhões não for pago a eles, os mesmos ameaçam lançar vários mísseis carregados de produtos químicos na Baía de São Francisco. Para tentar detê-los, o FBI envia uma equipe com um expert em armas químicas e um ex-prisioneiro de Alcatraz.
Uma aventura com um elenco de primeira e incríveis efeitos especiais para a época. Foi o ultimo trabalho do falecido produtor Don Simpson, responsável por sucessos como a cine serie Um Tira Da Pesada de 1984. Na época, Bay conduz com competência uma trama que envolve excelentes cenas de ação e suspense, com toques de humor negro, resultando num filme que cumpre totalmente a sua função, que é entreter. O Michael Bay atual deveria olhar um pouco o que fez no passado e ver exatamente em que parte saiu dos trilhos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cine Dica: Em DVD: VOCÊ NÃO CONHECE JACK

AL PACINO DA A VOLTA POR CIMA NA TELINHA EM PRODUÇÃO POLEMICA
Sinopse: história de Jack Kevorkian, médico que ficou conhecido como Dr. Morte por defender a eutanásia e ajudar mais de 130 pacientes a cometer suicídio.
É cada vez mais comum atores e atrizes se renderem aos canais norte americanos, seja para series de TV, seja para filmes, para daí então voltar a ganhar certo prestigio que acabou se perdendo ao longo dos anos no cinema e Al Pacino é um desses exemplos. Visto nos seus últimos filmes numa forma de interpretação que mais parecia estar no piloto automático, Pacino por fim, se rende a um filme criado especialmente para TV, mais precisamente feito pela HBO, canal conhecido em todo mundo em criar filmes e series com teor mais adulto e totalmente livre de regras que normalmente outros canais sofrem. Nesta produção, Pacino interpreta o polemico Jack Kevorkian mais conhecido mundialmente como Doutor morte e que defendeu com unhas e dentes o direito de os pacientes conseguirem  encerrar suas próprias vidas quando se acreditava que não havia mais condições nenhuma de se continuar vivendo. O filme levanta é claro inúmeras questões polemicas que são difíceis de serem discutidas. Isso tudo depende da opinião de cada um e na forma que a pessoa foi criada, seja tendo uma crença ou totalmente ateia, é um tipo de filme que provoca o nascimento de inúmeros debates e que acaba não chegando a um lugar algum.
Polemicas a parte, Pacino desaparece em seu personagem e o que vemos é um ser velho, mas ao mesmo tempo firme e forte em suas idéias, mesmo onde a sua causa se torne perdida. Não é a toa que acabou ganhando inúmeros prêmios, incluindo de melhor ator dramático de um filme para TV no Globo de Ouro e se fosse uma produção para o cinema, com certeza Colin Firth (O Discurso do Rei) teria tido um pareo duro no ultimo Oscar. Destaco tambem os otimos desempenhos de Susan Sarandon e John Goodman. Esse ultimo, ótimo como sempre, mas que havia sumido ao longo dos anos na telona. Pelo visto, cada vez mais e mais os canais norte americanos são os salvadores da pátria.

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: BRUNA SURFISTINHA

O QUE NÃO CONSEGUIU NA GLOBO, DEBORAH SECCO CONSEGUIU NAS TELAS 
Sinopse: Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da classe média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências "profissionais" e ganhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois acabou virando um livro e tornou-se um best seller.
Ouvia muito dizer que, para fazer Bruna Surfistinha no cinema, tinha que ser mesmo Deborah Secco, devido aos seus papeis nas novelas da Globo onde na maioria das vezes explora mais sua sensualidade do que seu talento. É bem da verdade que em parte esse fato é genuíno, entretanto é um tanto que desmerecer o talento ainda escondido dessa jovem atriz na telinha, o que falta talvez para a emissora carioca seja esquecer um pouco da audiência. Enquanto isso não acontece, Deborah finalmente consegue um papel no cinema que não só explora toda a sua sensualidade, mas também um talento até então inédito, de retratar uma pessoa que seguiu o caminho mais difícil para se virar na vida. Deborah vai gradualmente crescendo na historia e ao mesmo tempo se definhando aos poucos que sua personagem vai para o lado mais obscuro da profissão, sobrevivendo e chegando a sua redenção. Para um diretor estreante como Marcus Baldini, vindo do mundo da publicidade, até que ele se saiu muito bem em explorar todas essas facetas que a personagem passou durante esse período de sua vida e ao mesmo tempo usa sua experiência que teve no canal da MTV para criar uma montagem ligeira e eficiente em que retrata por exemplo, os inúmeros programas que a personagem fez durante um dia. Uma maneira divertida e interessante para contornar algo mais chocante e desnecessário.
Com grande sucesso de publico e critica, Bruna Surfistinha foi uma prova de que certos temas polêmicos que para muitos acham impossíveis de serem filmados, podem sim ser realizados, desde que feitos com eficiência e saber jogar na elaboração, para então ser acessível para um publico interessado em assistir uma boa historia, não importa qual o tema.

Curiosidade: Raquel Pacheco, a verdadeira Bruna Surfistinha, aparece em uma ponta como a garçonete na cena em que Bruna e Hudson jantam fora.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cine Dica: Em DVD: LIXO EXTRAORDINÁRIO

99 NÃO É 100
Sinopse: Uma análise sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do mundo.
Vik Muniz fez o que para muitos parecia impossível que era criar a arte em meio a enormes montanhas de lixo, melhor dizendo no maior aterro da America do sul que fica no Jardim Gramacho. Com a idéia fixa na cabeça, o brasileiro erradicado nos Estados Unidos decide não só vim para cá para fazer isso, como também mudar a vida de algumas pessoas de lá que iriam participar na construção das imagens através de lixo tanto seco como orgânico e dentre outras coisas que são jogadas fora pelo resto da sociedade. O que difere de outros documentários com o mesmo assunto, é que Muniz decidiu focar o dia a dia dessas pessoas neste tipo de trabalho, o que vai contra as expectativas de muitos, pois quando achamos que iremos ver pessoas tristes e desiludidas com a vida por trabalharem naquele lugar, vemos pessoas alegres e determinadas a seguirem em frente, mesmo com o pouco que lhe restam. Mal sabendo é claro, que ao longo do documentário, gradualmente suas vidas vão mudando, unicamente por terem servido de modelos para o artista plástico.
Perfeito do inicio ao fim, Lixo Extraordinário conquista o espectador de uma maneira rápida e positiva e faz nos querer saber mais daquele mundo que para muitos é o fundo do poço, mas é um exemplo de pessoas que possuem perseverança e persistência acima de tudo.


Curiosidades: Lixo Extraordinário foi dirigido a seis mãos. Começou com Lucy Walker, depois entraram João Jardim (Janela da Alma) e Karen Harley, para depois ser fechado novamente por Walker.
As fotos usadas na ficha deste filme são de Camila Girardelli.

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Cine Dicas: Estréias no final de semana (24 06 11)

E ai gente, chegamos a mais um final de semana (frio alias) e com poucas estréias no cinema. Isso devido é claro que quem esta na área é o mais novo filme da Pixar, Carros 2, continuação do sucesso de 2006 que sinceramente não era um filme para se ter continuação. Não que eu acho Carros ruim longe disso, pois aquela produção foi muito divertida, mas era uma historia que possuía começo, meio e fim e não havia sinal nenhum que era realmente necessário uma seqüência. Será que a ambição finalmente bateu na porta da Pixar? Até o momento vejo criticas bastante divididas. Em breve irão saber por aqui o que eu achei da animação.

Confiram as estréias:
Carros 2
Sinopse: Lightning McQueen volta à tona com seu melhor amigo Mater e precisará levar seus passaportes em um mundo de intrigas ação e comédia ao redor do mundo. Com um novo chefe eles irão disputar a Corrida dos Campeões.



Potiche: Esposa Troféu
Sinopse: Em 1977 em uma província francesa Suzanne Pujol é a esposa burguesa submissa de um rico industrial Robert Pujol. Ele dirige uma fábrica de guarda-chuvas com mão de ferro e é um homem desagradável e autoritário com os funcionários os filhos e a esposa. Esta é considerada por ele um objeto uma Potiche. Após uma greve e o sequestro do seu marido Suzanne fica à frente do comando da fábrica e para surpresa geral se revela uma mulher de ação uma líder nata.



Top Models - Um Conto de Fadas Brasileiro
Sinopse: A trama traz participações de modelos consagradas como Shirley Mallman e Gisele Bndchen além de atuais como Carol Trentin e Isabelli Fontana. No cenário de fundo cidades como Rio de Janeiro São Paulo Paris Tóquio Londres e Milão as chamadas capitais da moda.



A Última Estação
Sinopse: 1910. Yasnaya Polyana é propriedade de Leon Tolstoi (Christopher Plummer), no entanto ele rejeita a propriedade privada e defende a resistência passiva. Por isto, apesar de ser um dos maiores escritores do mundo, alguns o vêem como algo maior, um santo vivo. Já bem idoso vive lá com Sofya Andreyevna (Helen Mirren), sua esposa. Tolstoi centra a atenção em espalhar sua doutrina com o seu melhor amigo, Vladimir Chertkov (Paul Giamatti), que funda o movimento mundial tolstoiano, cujo quartel general fica em Moscou. Lá Chertkov entrevista Valentin Bulgakov (James McAvoy), que, apesar de ter 23 anos, ambiciona ser o secretário particular de Tolstoi e consegue o cargo. Como Chertkov está impedido de ver Tolstoi, cabe a Bulgakov ir até Yasnaya Polyana e servir de ponte entre Leon e Chertkov. No caminho Bulgakov para em Telyatinki, uma comuna tolstoiana criada por Vladimir Grigorevich como centro do movimento. Lá todos são iguais, seguindo os ensinamentos de Tolstoi. No dia seguinte, Bulgakov chega em Yasnaya Polyana e sente logo que Leon e Sofya divergem bastante. Apesar dela não exigir ser chamada de condessa e Tolstoi, obviamente, não querer ser tratado como conde, há um ar aristocrático em Sofya, que há anos não aceita os objetivos do marido, desde que seu trabalho como novelista se tornou secundário. Após algum tempo, Chertkov vai até Yasnaya Polyana e fica claro que ele e Sofia se suportam (na melhor das hipóteses), pois ela acredita que existe um novo testamento, no qual seu marido cederia seus bens (inclusive os direitos autorais de seus livros) para o movimento mundial tolstoiano.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cine Dica: EM DVD: TETRO

FRANCIS FORD COPPOLA VOLTA AOS TRILHOS
Sinopse: O ingênuo Bennie (Alden Ehreinreich), de 17 anos, chega a Buenos Aires devido a um problema no navio onde trabalha. Ele aproveita o ocorrido para encontrar seu irmão mais velho, Angelo (Vincent Gallo), que resolveu tirar um ano sabático e nunca mais entrou em contato com a família. Bennie consegue encontrá-lo, mas Angelo não é mais a mesma pessoa. Ele abandonou seu nome de batismo e agora atende apenas por Tetro, tendo se tornado uma pessoa de temperamento difícil e que esconde seu passado. Entretanto, o período em que Bennie vive com ele e sua namorada Miranda (Maribel Verdú) faz com que relembre experiências do passado.
Se na trilogia do Poderoso chefão o enredo estava focado na linha da união para a desmoralização de uma família, em Tetro isso acontece exatamente ao contrario, já que em parte, essa família apresentada na historia já esta em desarmonia. Francis Ford Coppola já nos pega no inicio ao nos deixar com inúmeras duvidas do porque do protagonista Tetro (Vincent Gallo excelente) não querer saber de nenhum contato com a família, muito menos do seu jovem irmão Bennie (Alden Ehreinreich),que ao chegar na casa do seu irmão mais velho, tenta gradualmente descobrir aos poucos do porque ele agir assim.
Fazia tempo que não se via um filme tão bom como esse na filmografia Francis Ford Coppola. Aqui ele volta a sua boa forma e muitas de suas características empregadas em seus filmes anteriores estão de volta colocadas neste. Tanto, que em alguns momentos esse filme da uma ligeira sensação de que se trata de uma espécie de continuação de outro clássico do diretor, O Selvagem da Motocicleta. Muito se deve a isso pelo fato do foco de ambas as historias serem sobre dois irmãos tentando se relacionar e se compreender um com outro. E assim como no clássico dos anos 80, aqui novamente o filme é apresentado em preto e branco, muito belo alias, isso graças ao genial trabalho do diretor de fotografia Mihai Malamare Jr que alem da fotografia em preto e branco, ele acabou criando as cenas de flashback em cores o que acaba criando um verdadeiro contraste ao resto da trama, dando a entender, que o passado era mais luminoso e cheio de vida e o presente é triste e obscuro.
Com um ótimo elenco que ainda inclui a excelente atriz Maribel Verdú (O Labirinto do Fauno) como esposa de Tetro e com um final arrebatador, Francis Ford Coppola parece que aos poucos vai voltando aos bons tempos como o bom diretor que era, seja em superproduções ou em produções pequenas como essa, que por sua vez possui grande conteúdo e uma boa aula de que como se faz cinema de verdade.

Curiosidades: Inicialmente seria Javier Bardem o intérprete de Alone, tutor de Tetro. Entretanto, ao revisar o roteiro Francis Ford Coppola chegou a conclusão de que o relacionamento entre os personagens teria maior apelo caso fosse entre um homem e uma mulher, ao invés de dois homens. Desta forma, Bardem deixou o elenco e em seu lugar foi contratada Carmen Maura. Para definir o visual de Tetro o diretor Francis Ford Coppola e o diretor de fotografia Mihai Malaimare Jr. assistiram A Noite (1961), Boneca de Carne (1956) e Sindicato de Ladrões (1954). Todos são filmes admirados por Coppola desde sua época de estudante;

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: 127 HORAS

DIRETOR ACERTA COM O SEU PROTAGONISTA MAS ERRA NA MONTAGEM
Sinopse: 127 Horas - narra a história baseada em fatos reais do alpinista Aron Ralston vivido por James Franco que luta por sua sobrevivência após uma rocha cair sobre seu braço e aprisioná-lo em um isolado cânion em Utah.
Filmes sobre protagonistas que tentam desesperadamente se salvar de um acidente que o deixaram isolados é sempre um prato cheio para cinéfilos que buscam pura emoção e com esse filme não é diferente. Ao retratar os cinco dias em que Aron Ralston ficou com o braço preso em uma rocha em Utah, o diretor Dany Boyle nos convida para uma jornada na qual sabemos como termina (o filme é baseado em fatos reais), mas da forma como é apresentada até o seu ato final, é uma verdadeira montanha russa de emoção e imagens no qual o diretor acerta e erra ao mesmo tempo.
Acerta porque o diretor contou com o ótimo desempenho de James Franco onde ele passa para o espectador, um jovem cheio de vida que gosta de viver ao ar livre, mas que subitamente fica nesta situação e tenta de todas as formas em sobreviver, sendo com a sua paciência, sendo com o pouco que tem em mãos, Franco retrata um ser humano gente como a gente. Já o diretor erra ao tentar incrementar momentos que possam tornar o filme mais ágil como muita musica e montagem de Jon Harris frenética demais em alguns momentos, seja quando o protagonista esta delirando, seja quando esta sonhando, o espectador simplesmente tem que comprar a idéia do que esta acontecendo na tela, senão acaba se perdendo. Tudo isso para tornar o filme mais rápido, mas que acabou sendo desnecessário, pois bastava James Franco para segurar as pontas.
E quanto a polemica cena em que o protagonista corta seu próprio braço? É ai que o erro e o acerto do diretor unem forças e tornam a cena bombástica e certeira. James Franco passa todo o horror e dor que esta passando naquele momento para tentar se salvar, em contra partida, o diretor e seu montador acertam em focar mais os momentos de dor do protagonista do que mostrar detalhe por detalhe amputação que ele faz o que não torna a cena menos chocante e com isso foi um belo casamento da atuação de franco e da montagem de Jon Harris.
Com seis indicações para o próximo Oscar, 127 horas é uma prova que não é preciso agilizar o filme para torná-lo bom e sim basta um ótimo protagonista para prender a atenção do espectador.. Da próxima Sr Boyle, confie mais em seu astro.