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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cine Especial: Fracasso hoje? Sucesso amanhã

Eu já expliquei inumeras vezes para inumeras pessoas o que significa filme Cult e sinceramente ja estou cançado de explicar. Quer uma explicação bem explicadinha sobre o que é filme Cult? Então toma esse resumo saido do site Wikipédia:


"Filme cult ou filme de culto ou ainda cult movie, é um termo coloquial para filmes que agregam grupos de fãs devotos, mas que não alcançam uma fama e reconhecimento considerável. Eventualmente os fãs se identificam com o filme por um senso do ridículo, ao invés de um mérito artístico. As características em um filme cult podem incluir uma trilha sonora obscura, conceitos e ciências fictícios criados na história, ou personagens estranhos.
Geralmente são filmes de conteúdo original, e de roteiro também original, que tentam passar uma mensagem inovadora, muitas vezes de forma subliminar, de múltipla interpretação e de difícil compreensão pelo grande público (habituado a visões mais convencionais da realidade). Por assim ser, geralmente são enquadrados em filmes alternativos, filmes B e undergrounds.
Esses filmes não se preocupam em agradar ao grande público, não seguem fórmulas holiwoodianas de grande sucesso, não entram nos grandes circuitos, e geralmente não alcançam grandes bilheterias, e portando, na grande maioria das vezes, não interessam às grandes produtoras.
No entanto, agradam um pequeno público de gosto peculiar e mais refinado, que tenta extrair a mensagem que o autor quer passar, e a utiliza como fonte de conhecimento, e as vezes até como filosofia de vida. Pela relativa escassez desse material, esses filmes acabam por serem cultuados e amplamente debatidos por seus fieis “seguidores”.
Logicamente, todos esses critérios de definição são relativos, não sendo possível analisá-los de forma absoluta. Alguns filmes cult podem sim ser "mainstream" nos seus países de origem (são culturas diferentes, e o que é inovador e alternativo para uns pode ser comum e maciçamente atraente para outros), alguns filmes são bem divulgados e possuem elementos (como a violência) que atraem o gosto do grande público e se tornam grandes bilheteirias, e nem por isso deixam de ser cult."

Bem explicadinho não acham? Pois bem, se você pegar uma lista de filmes cult vera inumeros filmes conhecidos que não se deram muito bem na época da estréia mas logo tiveram reconhecimento merecido. Bom exemplo disso é meu filme favorito Blade Runner que foi ignorado pelo publico e massacrado pela critica em 1982 mas que graças ao vídeo cassete e as cinematecas, o filme imediatamente não só se tornou Cult como também esta sempre entre os 100 melhores filmes de todos os tempos, seja americana ou mundial.
Mas essa moda de filme cult ainda existe atualmente? Não só existe como também cada vez maior o numero de filmes cultuados que nascem a cada ano. Abaixo solto cinco filmes que ganharam esse titulo merecidamente:

Sucker Punch - Mundo Surreal
O publico e a critica norte americana simplesmente não entendeu nada ou não quis entender a proposta original vinda da cabeça do diretor Zack Snyder (300). Ao pegar uma simples historia de uma jovem que se fecha no seu mundo imaginário para achar um meio de tentar escapar de um asilo, o diretor aproveita para colocar inúmeros gêneros em um único filme como, vídeo game, luta, manga, HQ e idéias aproveitadas em outros filmes como Matrix, A Origem, Brazil: O filme.
O resultado é uma enorme salada que reúne o melhor do mundo pop atualmente, mas que infelizmente o publico em geral não entendeu, mas até esse momento os que compreenderam estão fazendo de todo o possível para defender esse filme que é sem sombra de duvida o mais novo Cult do momento.


Filme Scott Pilgrim Contra o Mundo
Esse filme já havia se tornado Cult antes mesmo de estrear, pois sua exibição no ultimo festival da Comi com havia feito um grande sucesso. Baseado numa elogiada HQ, o filme foi dirigido pelo Edgar Wright (dos geniais Chumbo Grosso e Todo Mundo Quase Morto) e o filme é mais do que uma adaptação de HQ, mas também o melhor que soube passar o significado de um jogo de vídeo game em filme, onde o protagonista passa por inúmeras fases (ou seja adversários) para então assim ter paz com a sua namorada, em meio a uma montagem de cenas espetaculares e engenhosas que passam uma espécie de HQ em movimento. Infelizmente na época o publico em geral não compareceu aos montes para assistir o filme (estreou justamente no fim de semana do filme Mercenários). Felizmente boa parte da critica via ali um filme no mínimo diferente das demais adaptações das HQ e compraram muito bem a idéia e gradualmente o filme vem conquistando novos fãs


Deixa Ela entrar
Tenho maior pena dessa nova geração que acompanha a saga Crepúsculo e acredita estar vendo o melhor em termos de filmes de vampiros. Infelizmente não temos uma fabrica como o estúdio Inglês hammer que foi ao longo de vários anos responsável por ótimos filmes de vampiros como a cine serie Drácula. Contudo, pelo menos esses vampiros brilhantes no sol serviram para que a mania vampiresca invadisse atualmente, não somente em Hollywood, mas também em outros países e foi justamente na Suécia que surgiu o filme Cult de vampiro do momento. A amizade de uma vampira (Lina Leandersson) com um jovem que sofre de bullyng (Kare Hedebrant) conquistou a simpatia da critica em inúmeros festivais que passou e em poucas salas que foi exibido (como no caso do Brasil). É claro que vendo o culto em volta do filme, Hollywood criou a sua copia (Deixe-a Entrar) mas que nada mais é do que um verdadeiro xerox que jamais superara a obra original.

 
Grindhouse (A Prova da Morte / Planeta Terror)
Amigos de longa data, Quentin Tarantino e Robert Rodrigues ficavam se ajudando um ao outro em seus projetos. Rodrigues por exemplo dirigiu Um Drink no Inferno e Tarantino fez o roteiro, mas foi em Grindhouse o trabalho mais ousado dos dois juntos. O filme seria um grande longa metragem de três horas onde prestava uma homenagem aos filmes baratos de categoria B que existia em abundancia nos cinemas marginais dos anos 70 onde publico assistia qualquer tipo de filme de baixo orçamento com poucos centavos no bolso para comprar o ingresso. Infelizmente o publico atual não entendeu a proposta e o filme acabou fracassando na estréia, com isso, o filme foi dividido em dois, ou seja, a parte de Tarantino (A Prova da Morte) e a parte de Rodriguez (Planeta Terror) foram distribuídas ao redor do mundo como filmes separados.
Mas como estamos falando de dois dos maiores cineastas que surgiram nos anos 90, não demorou muito para ambos os filmes ganharem seguidores rapidamente, principalmente A Prova da Morte que da de dez a zero para qualquer filme Velozes e Furiosos da vida. E o que dizer de Planeta Terror? Quem curtia Cine Band Trash do nosso saudoso Zé do Caixão sabe muito bem o que esperar de um filme de terror podre (no bom sentido). O legal é que Planeta Terror trazia junto um trailer falso de um filme intitulado Machete estrelado pelo amigo de longa data do diretor, Danny Trejo que atuou como vilão em praticamente todos os seus filmes. O trailer falso logo se tornou uma verdadeiro sucesso e com isso Rodriguez decidiu criar realmente o filme.



CONSTANTINE
Na época do lançamento, o filme foi muito massacrado pelos fãs de carteirinha do personagem da HQ adulta do selo vertigo, acusando o diretor Francis Lawrence (Eu sou a lenda) de ter criado uma visão diferente do personagem para as telas, ao começar pela nacionalidade, cor do cabelo e suas origens. Bom, no meu caso, na época, eu não conhecia direito as historias do personagem em papel e fui assistir o filme sem saber de nada e no final curti bastante. A meu ver Constantine do cinema foi feito para ser assistido para o publico em geral que nunca conhecia a HQ e aposto tudo que, após terem visto o filme, rapidamente foram conhecer o personagem dos gibis e mesmo sendo diferente também gostaram e tudo que precisavam fazer (como eu fiz) foi separar uma coisa de outra, quadrinho é quadrinho e cinema é cinema.
Na época da estréia o filme foi apenas um relativo sucesso nos EUA (perdendo em termos de bilheteria para filme Hitch - Conselheiro Amoroso, hoje um filme esquecido). Ao redor do mundo o filme se saiu diferente, ficando por muito tempo em primeiro lugar nas bilheterias em vários países (no Brasil ficou um mês em cartaz em primeiro lugar). Com arrecadação R$ 270 milhões de dólares mundialmente, sempre se especulou se Constantine voltaria ou não ao cinema. Seja como for, o filme ganhou admiradores e seguidores ao redor do globo, seja fã da HQ original ou não.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cine Dicas: Em Cartaz: Em Um Mundo Melhor

SELVAGERIA HUMANA E BULLYING DESAFIAM OS LIMITES DO SER HUMANO
Sinose: O médico Anton trabalha na África e enfrenta sérias dificuldades com um tirano local. Já sua mulher Marianne que permaneceu na Dinamarca alimenta preocupações com o filho mais velho do casal. Elias tem sofrido violento bullying na escola sob o comando de do garoto Sofus. Quando um aluno novo Christian entra na escola Elias forma com ele uma forte aliança e os dois se tornam muito amigos. No entanto Christian que sofre com a perda da mãe torna-se cada vez mais agressivo e a amizade dos dois meninos ganha contornos perigosos.
Em seu mais novo filme, a diretora dinamarquesa Susanne Bier (Depois do Casamento) cria uma analise sobre o comportamento humano perante o horror e a maldade que a vida do dia a dia nos apresenta. O retrato de duas famílias que caminham no fio da navalha, prontas para desmoronar é ligado pela amizade de dois jovens Elias e Christian. Ambos sofrem de bullyng na escola, mas apesar de ambos serem dois lados da mesma moeda, Christian é o que pena mais para o lado sombrio da alma humana ao revidar contra a dor que o aflige. Principalmente pelo passado triste de ter perdido a mãe e seu único refugio é revidar contra a maldade que acredita que precisa ser destruída. É ai que o outro lado da moeda que é Elias, demonstra certa esperança não só para si próprio como também para o seu amigo e isso influenciado pelo pai de Elias, o médico Anton (Mikael Persbrandt, extraordinário) que tenta dar bons exemplos aos garotos em não revidar mas o próprio enfrenta horror ao tentar salvar o maximo de pessoas possíveis em uma guerra civil na África onde ele próprio terá que controlar sua sanidade para não perde-la.
Os melhores momentos da trama com certeza ficam para o personagem Anton em sua guerra particular na África como medico e de um momento angustiante onde os dois garotos criam um ato de vandalismo contra alguém que fechara o destino de ambos. O filme só não é perfeito devido os seus momentos finais onde a diretora tenta dar certo conforto ao espectador no final da projeção e com isso o que presenciamos é uma espécie de anticlímax se comparado o que nos achávamos o que aconteceria. Faltou coragem isso é lógico, mas isso é compensado pela ótima direção da cineasta que soube muito bem em captar toda a emoção que seus personagens passam na tela (em alguns momentos os rostos dos atores enchem a tela) e se isso não foi suficiente para o espectador mais exigente, pelo menos serve como um retrato do comportamento dessa nova geração de jovens para o publico em geral.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Cine Dicas: Em Cartaz: THOR

AVENTURA, HUMOR E FANTASIA
Sinopse: A aventura épica se inicia no planeta Terra nos dias de hoje até reino de Asgard. O Poderoso Thor é um arrogante guerreiro cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo Thor é enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui ele aprende o que significa ser um verdadeiro herói depois que o vilão mais poderoso de seu mundo envia as forças negras de Asgard para invadir o planeta.
Quando Kenneth Branagh foi anunciado como diretor dessa produção, o mínimo que se esperava era algo de diferente se comparado as outras produções que a Marvel levou para o cinema, mas não é bem assim. Como já diz o ditado “em time que esta ganhando não se mexe” o filme continua da mesma forma que os filmes do Homem de Ferro 1 e 2 e O Incrível Hulk, como uma boa aventura misturada com elementos de bom humor na medida certa. O que talvez tenha levado a contratação do diretor foi pelo fato da trama carregar momentos shakespearianos de traições, honra e lealdade nas quais o diretor já experimentou e muito em filmes que ele dirigiu como o épico Hamlet.
O primeiro ato é magistral, mostrando como é o mundo de Asgard e suas origens. É neste ponto que Branagh não se intimidou com a grandeza da produção que se envolveu e fez um belo casamento com efeitos especiais, fotografia, edição de arte e figurino (esse ultimo o mais criticado, mas que no final das contas combinou com esse universo criado). Já neste ato ocorrem umas melhores cenas de ação do filme onde nosso herói (Chris Hemsworth a vontade no papel) com  seus companheiros e irmão loki (Tom Hiddleston ótimo) enfrentam os gigantes de gelo em uma seqüência incrível e digna de ser comparada ao Senhor dos Anéis. Lembrando que o inicio é todo dominado pelo ator Anthony Hopkins.que simplesmente nasceu para ser Odin e pelo visto esta cada vez mais a vontade em super produções.
Ao chegar no segundo ato, a trama se transforma em outro filme ao mostrar o herói exilado em meio aos seres humanos e em situações imprevisíveis e bem atrapalhadas, mas com humor bem certeiro e que faz agente gostar da situação em que o personagem se mete em meio as pessoas normais. Em contrapartida os personagens coadjuvantes que surgem ao lado do protagonista nesta parte pouco podem fazer na trama, nem mesmo Natalie Portman (saída a pouco do filme que lhe deu o Oscar, Cisne Negro) tem algo a acrescentar, apenas serve para amolecer o coração do herói.
Com um terceiro ato cheio de efeitos especiais, ação e duelos de interpretação entre os principais protagonistas, o filme termina fazendo agente se esquecer dos pequenos deslizes do segundo ato e fazendo agente querer mais aventuras do herói Asgardiano que podem ocorrer numa eventual seqüência ou então no esperado Vingadores. É esperar pra ver.

UNIVERSO MARVEL EM EXPANÇÃO
NOTA: Caso não tenha visto o filme ainda, não siga adiante.

Como havia escrito esses dias, a Marvel criando seus próprios filmes com os seus personagens, decidiu interligar todos eles no cinema para assim reuni-los no filme Vingadores que está sendo o filme mais esperado no momento. E assim como os anteriores, Thor continua com essa interligação que são elas:
Os agentes da SHIELD liderados pelo agente Coulson (Clark Gregg) que haviam aparecido nos filmes do Homem de ferro surgem para isolar o martelo do Thor que caiu na terra.
Jeremy Renner (Guerra ao Terror) surge como agente da Shield para tentar apartar a briga de Thor com um dos agentes quando protagonista estava tentando adquirir de volta o seu martelo. Mas mais do que um agente, Jeremy interpreta na verdade um herói do universo Marvel, Gavião Arqueiro que muito provável, será um dos integrantes do filme Vingadores.
Selvig (Stellan Skarsgard) cita que conheceu uma vez um homem que manipulava raios gama. Uma referencia clara a Bruce Banner, o Hulk.
Ao final dos créditos, Selvig aparece mais uma vez sendo convocado pelo próprio Nik Fury (Samuel L Jackson) para tentar desvendar os segredos de um estranho objeto (cubo cósmico?). Ao mesmo tempo surge Loki nas sombras manipulando Selvig, dando a crer que, ou ele vai retornar numa eventual seqüência de Thor ou será o vilão principal do filme Vingadores.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cine Dicas: Estréias no final de semana (29 04 11)

Tamos ai gente. Final de semana chegou e por fim THOR está na área para provar a sua honra. Na verdade THOR será uma verdadeira prova de fogo para a Marvel continuar com o seu tão sonhado projeto de criar um universo ligado no cinema. Se Thor e Capitão America fizerem grande sucesso, o projeto Vingadores estará tranqüilo para ser feito.
Mas como nem todos vivem de heróis e Deuses há outras estréias para serem conferidas como no caso do premiadíssimo Em Um Mundo Melhor, filme que terá sessão especial amanhã as 10horas seguida de debate no cine Unibanco Mulplex 2 em Porto Alegre comandado pelo Cineclube Zero Hora que sempre mensalmente exibe um filme especial para ser debatido. Como eu ganhei duas entradas francas, irei participar amanha dessa sessão e debate e, portanto aguardem minha critica sobre esse filme. Confiram as outras estréias:

THOR
Sinopse: A aventura épica se inicia no planeta Terra nos dias de hoje até reino de Asgard. O Poderoso Thor é um arrogante guerreiro cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo Thor é enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui ele aprende o que significa ser um verdadeiro herói depois que o vilão mais poderoso de seu mundo envia as forças negras de Asgard para invadir o planeta.


Em Um Mundo Melhor
Sinopse: O médico Anton trabalha na África e enfrenta sérias dificuldades com um tirano local. Já sua mulher Marianne que permaneceu na Dinamarca alimenta preocupações com o filho mais velho do casal. Elias tem sofrido violento bullying na escola sob o comando de do garoto Sofus. Quando um aluno novo Christian entra na escola Elias forma com ele uma forte aliança e os dois se tornam muito amigos. No entanto Christian que sofre com a perda da mãe torna-se cada vez mais agressivo e a amizade dos dois meninos ganha contornos perigosos.


Poesia
Sinopse: Mija tem mais de 60 anos e vive com o neto adolescente numa pequena cidade do interior. Ela trabalha acompanhando um senhor deficiente e gosta de se vestir com roupas elegantes e coloridos chapéus. Sua atração por coisas simples e belas a leva a se inscrever em um curso de poesia onde se torna uma estudante aplicada. Sua sensibilidade parece estar afiada como nunca e sua visão do mundo não poderia ser mais positiva. Mas quando o neto se envolve no suicídio de uma colega a leveza com que Mija encara a vida entra seriamente em crise. Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2010.


Água Para Elefantes
Sinopse: Em uma casa de repouso Jacob Jankowski de 90 anos recorda o que viveu em sua juventude. Durante a Depressão ele trabalhou em um circo onde viu a brutalidade com a qual as pessoas e os animais eram tratados e se apaixonou pela esposa de um bruto treinador.


Bollywood Dream - O Sonho Bollywoodiano
Sinopse: Três atrizes brasileiras decidem tentar a sorte em Bollywood, indústria cinematográfica da Índia, mas uma vez inseridas no coração da cultura e mitologia indiana, seus sonhos se modificam no contraste entre o oriente e o ocidente, o ancestral e o novo, entre os valores individuais e coletivos.


Como Você Sabe
Sinopse: Se uma amizade com alguém muito legal começa a dar mais certo do que se imagina como você sabe que está amando? Escrito e dirigido por James Brooks (Melhor é Impossível) Como Você Sabe é uma comédia romântica com um elenco de estrelas do cinema mundial Reese Witherspoon (Legalmente Loira) Owen Wilson (Penetras Bons de Bico) Paul Rudd (Ligeiramente Grávidos) e Jack Nicholson (Melhor é Impossível).


Marcha da Vida
Sinopse: Marcha da VidaReconta uma jornada percorrida anualmente por milhares de jovens de todo omundo a campos de concentração nazistas na Polônia. O objetivo é refazero percurso que os prisioneiros fizeram momentos antes de morrer a chamadaMarcha para a Morte. O filme reúne a ultima geração de sobreviventes doHolocausto e jovens de várias partes do mundo como Brasil EUA IsraelPolônia e Alemanha numa viagem emocionante aos campos de concentração deAuschwitz e Birkenau. As filmagens terminam em Israel junto ao Muro dasLamentações.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cine Especial: Não se vive apenas de Maskaras

Com a chegada de THOR no cinema fica em jogo o grande dilema. Será que as adaptações de historias em quadrinhos vão ter fôlego esse ano? Ou já é algo que já esta se desgastando? Isso só o tempo ira dizer, principalmente com as outras estréias como Lanterna Verde, Capitão America e X-men: Primeira classe que chegaram ao longo dos meses.
O que talvez o público em geral não saiba é que historias em quadrinhos não se vive somente de super heróis e sim possui outras historias cujas tramas vão desde a drama ao mais puro trailer policial.
Abaixo solto cinco boas adaptações de HQ que fogem um pouco do mundo dos super heróis:


Sin City: A Cidade do Pecado
Sinopse: Sin City é uma cidade que seduz as pessoas. Nela vivem policiais trapaceiros, mulheres sedutoras e vigilantes desesperados, com alguns estando em busca de vingança e outros em busca de redenção. Um deles é Marv (Mickey Rourke), um lutador de rua durão que sempre levou sua vida a seu modo. Após levar para casa a bela Goldie (Jaime King), ela aparece morta em sua cama. Isto faz com que Marv decida percorrer a cidade em uma jornada pessoal, em busca de vingança. Além dele há Dwight (Clive Owen), um detetive particular que tenta a todo custo deixar seus problemas para trás. Após o assassinato de um policial, Dwight se apresenta para proteger suas amigas, as damas da noite. Há também John Hartigan (Bruce Willis), o último policial honesto da cidade, que restando apenas uma hora para se aposentar se envolve na tentativa de salvar uma jovem de 11 anos das mãos do filho de um senador.
O filme nem se quer é uma adaptação e sim uma reprodução quadro a quadro da obra máxima do roteirista Frank Miller. Convencido pelo diretor Robert Rodriguez (A Balada Do Pistoleiro) de que a trama poderia sim ser adaptada para o cinema, Frank Miller então cedeu ao diretor e foi convidado como co-diretor na produção. O resultado é um filme cartunesco violento bem ao estilo filme noir de antigamente com mulheres fatais, policia corrupta, foras da lei de bom coração e muita violência e sexo. Com um elenco estelar de encher os olhos, o filme ainda nos brinda com o grande retorno de Mickey Rourke a um papel digno de nota ao interpretar um personagem brutamontes mas de puro coração que vai em busca de vingança.

O Anti Herói Americano
Sinopse: O balconista de hospital Harvey Pekar (Paul Giamatti) deixa cair no chão alguns arquivos de óbito e encontra a ficha de um homem que trabalhou a vida inteira como balconista em Cleveland ¬ um emprego burocrático, exatamente como o dele. Esse episódio, combinado com o fato de ter visto o seu amigo Robert Crumb (James Urbaniak) se tornar uma pequena celebridade em São Francisco como cartunista, o inspiram a criar a sua própria revista em quadrinhos, chamada American Splendor. A revista, publicada em 1976 com grande sucesso, retratava com realismo o cotidiano do próprio Harvey, um amante compulsivo de jazz e livros.
Paul Giamatti era o típico bom ator que aparecia em vários filmes bons mas sempre como um personagem secundário na trama, mas isso passou com a criação desse filme que acabou consagrando. Com a idéia de que a melhor historia é aquela nossa do dia a dia, o filme é baseado na vida de Harvey Pekar que teve a idéia mirabolante de adaptar seu dia a dia em historias em quadrinhos que se tornaram um grande sucesso entre o publico e a critica. Com toques de humor negro situações realistas do cotidiano, O Anti Herói Americano foi a prova definitiva que HQ não se vivia apenas de super heróis.


Marcas da Violência
Sinopse:Tom Stall (Viggo Mortensen) leva uma vida tranquila e feliz na pequena cidade de Millbrook, no estado de Indiana, onde mora com sua esposa Edie (Maria Bello) e seus dois filhos. Um dia esta rotina de calmaria é interrompida quando Tom consegue impedir um assalto em seu restaurante. Percebendo o perigo, Tom se antecipa e consegue salvar seus clientes e amigos e, em legítima defesa, mata dois criminosos. Considerado um herói, Tom tem sua vida inteiramente transformada a partir de então. A mídia passa a segui-lo, o que o obriga a falar com ela regularmente e faz com que ele deseje que sua vida retorne à calmaria anterior. Surge então em sua vida Carl Fogarty (Ed Harris), um misterioso homem que acredita que Tom lhe fez mal no passado.
Dirigido por David Cronenberg (A Mosca) o filme carrega todas as marcas que o diretor produzia em seus filmes anteriores, desde a violência explicita e sexo. O filme carrega a mensagem de que às vezes guardamos segredos tão profundos de nos mesmos que acabamos nos esquecendo do que realmente somos. Só assim para explicar o enigmático personagem Stall (Viggo Mortensen) cuja sua vida normal pacata com a sua família vira do avesso após ter salvo um grupo de pessoas de uma dupla sádica de assaltantes. Apartir daí começa a cair cada osso do esqueleto de Stall saindo do armário ao ponto de não haver mais saída e Stall terá que encarar seu passado violento. Atenção para as inesperados desempenhos de Ad Harris e William Hurt (indicado ao Oscar) em papeis diferentes de tudo que já fizeram na carreira.


Estrada para Perdição
Sinopse: Durante a Depressão, mais exatamente no inverno de 1931, Michael Sullivan (Tom Hanks) é um zeloso pai de família, que ama muito sua esposa, Annie Sullivan (Jennifer Jason Leigh), e seus filhos, Michael Sullivan Jr. (Tyler Hoechlin) e Peter Sullivan (Liam Aiken). Porém, ele vive moralmente em conflito, pois trabalha como assassino profissional para um irlandês, John Rooney (Paul Newman), um idoso chefe de quadrilha que criou Sullivan como se fosse seu filho. Michael Jr., o filho mais velho, fica curioso sobre a profissão misteriosa do seu pai, então se esconde no automóvel dele e acaba testemunhando a execução de Finn McGovern (Ciarán Hinds), que foi morto por Connor Rooney (Daniel Craig), o filho biológico de John. Michael vê seu pai e outros capangas ajudarem a terminar o "serviço", ficando tão apavorado que tenta fugir. Rapidamente seu pai entende que o filho viu tudo, mas Sullivan tentou acalmar Connor, dizendo que seu filho não diria nada. Aparentemente ele teve sucesso, mas Connor é na verdade bem paranóico e instável. Connor acredita que só terá segurança quando Sullivan e toda a sua família estiver morta, logo ele mesmo mata a mulher de Sullivan e Peter, o caçula. Porém Sullivan, que seria morto em outro local, consegue escapar e rapidamente pega Michael e foge. Enfurecido com estas traições, Sullivan decide se vingar, mas antes pretende deixar o filho com parentes em Perdição, uma cidade rural. Quando o perigo eminente passa, ele acaba expondo para Michael os aspectos mais sangrentos de sua profissão, mas logo Harlen Maguire (Jude Law), um assassino profissional, está no seu encalço. Sullivan tenta então atingir os mafiosos, roubando altas quantias que eles têm em bancos, pois pretende forçar as quadrilhas que ofereçam Connor em sacrifício para ele, em troca, terminar com os roubos.
Após o sucesso do premiado Beleza Americana, Sam Mendes ousou em fazer um filme completamente diferente e caiu de cabeça no mundo dos mafiosos da época da depressão. Quando o filme foi lançado na época, muitos acharam que era uma adaptação de um livro e quando souberam que era de uma HQ para adultos todos ficaram surpresos achando que essa arte era somente pertencente ao mundo dos super heróis. O filme entra facilmente na lista dos melhores filmes sobre a máfia e ganha pontos principalmente aos ótimos desempenhos de Ton Hanks e de Jude Law onde faz um assassino profissional no mínimo inusitado. Vale a pena lembrar também que essa foi a ultima participação de Paul Newman como ator de cinema e sua cena final é desde já espetacular.

Do Inferno
Sinopse: Em 1888 a cidade de Londres vive um horror sem precendentes, principalmente aqueles que vivem em Whitechapel. Lá mora Mary Kelly (Heather Graham) e seu grupo de amigas, que vivem sendo hostilizadas pelas gangues locais e são obrigadas a se prostituir para sobreviver. Até que uma das companheiras de Mary, Annie (Katrin Cartlidge), é repentinamente sequestrada, com este acontecimento logo seguido pelo brutal assassinato de Polly (Annabelle Apsion). Desconfiando que tais acontecimentos sejam na verdade uma "caçada" às garotas de Whitechapel, o caso logo chama a atenção de Frederick Abberline (Johnny Depp), um brilhante e perturbado inspetor de polícia que muitas vezes usa de seus poderes psíquicos para solucionar casos. Abberline se envolve cada vez mais com o caso e aos poucos se apaixona perdidamente por Mary, mas quanto mais se aproxima da verdade mais Whitechapel fica perigosa para Abberline, Mary e suas companheiras.
Ta certo que o filme perde muito em termos de qualidade de roteiro, conteúdo e detalhes se comparado a jóia que é a obra adulta do escritor e desenhista Inglês Alan Moore, porém, se por um momento esquecermos da obra original (caso tenham lido), o filme é um ótimo filme de terror e talvez um dos mais próximos ao retratar sobre quem era realmente Jack O Estripador. A reconstituição de Londres da época é sublime assim como o figurino e fotografia. Johnny Depp esta a vontade fazendo um detetive que usa métodos um tanto que incomuns para descobrir quem é o assassino.
Repito, é um ótimo filme, mas que se torna dispensável se você ousar em querer ler a HQ do mestre inglês

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cine Clássico: Frankenstein de Mary Shelley

Com a chegada de THOR nos cinemas agora nesta sexta, relembro aqui com vocês o primeiro contato que eu tive de um filme dirigido pelo diretor e ator  Kenneth Branagh  

Sinopse: Em 1794, um explorador no Ártico ao tentar abrir caminho através do gelo encontra Victor Frankenstein (Kenneth Branagh). Logo depois os cães decidem atacar uma criatura (Robert De Niro), que os mata rapidamente. Assim, Victor decide contar-lhe, como tudo começou, quando ele foi estudar medicina em Ingolstadt, deixando para trás sua noiva e levando consigo uma única obsessão: vencer a morte. Na faculdade, ao discordar de um renomado mestre, acaba chamando a atenção de outro, que revela seus experimentos em reanimar tecidos mortos. No entanto, este pesquisador assassinado e o culpado pelo crime enforcado, então Victor decide colocar o genial cérebro do mestre no vigoroso corpo do assassino, mas as conseqüências de tal ato seriam inimagináveis.
Superprodução ambiciosa e caprichada. Apesar da versão de 1931 ainda hoje ser a mais lembrada, essa versão de 1994 é a mais próxima do livro que deu origem a inúmeras adaptações e talvez a mais fiel de todas. Com um belo visual, Branagh ainda aproveita para criar um incrível jogo de câmera que por muitas vezes gira 360º graus em volta dos personagens enquanto a trama prossegue. Não faltam cenas impactantes como o nascimento da criatura (Robert De Niro diferente de tudo que já fez na carreira) e do fantástico desempenho de Helena Bonham Carter na cena em que ela encara o horror em que seu amado a meteu tudo por amor, talvez seu melhor momento de toda a sua carreira.
Seguido do sucesso de Drácula: De Bram Stoker na época, Frankenstein de Mary Shelley foi subestimado na época, mas é um filme para ser descoberto e lembrado pela sua ousadia e por injetar novo sangue a uma trama tantas vezes contada.


Curiosidade: O fluido amniótico em que a Criatura nasce na verdade era uma espécie de geléia borbulhante. Durante as filmagens, Robert De Niro entrou e saiu tanto do tanque com este líquido que a geléia criou um grande rasgo no terno utilizado pela Criatura.

Cine Dica: Lançamento em DVD: REINO ANIMAL

UM RETRATO DE UM CAMINHO SEM VOLTA

Sinopse: Melbourne. Andrew "Pope" Cody (Ben Mendelsohn) é um ladrão em fuga, que está se escondendo de uma gangue de detetives que quer vê-lo morto. Barry Brown (Joel Edgerton), seu parceiro e melhor amigo, deseja deixar o mundo do crime, por se considerar ultrapassado. Já Craig (Sullivan Stapleton), irmão de Pope, tem feito fortuna com a venda de substâncias ilícitas, enquanto que Darren (Luke Ford), seu irmão caçula, tenta sobreviver no mundo do crime. É neste ambiente que chega Joshua "J" Cody (James Frecheville), sobrinho de Pope, que desde a morte da mãe vive com uma família distante. Joshua sempre é acompanhado pela avó, Janine (Jacki Weaver), extremamente coruja, e é alvo de Nathan Leckie (Guy Pearce), um policial que deseja atraí-lo para capturar sua família.
Injusto esse filme ter saído direto em DVD pois poderia ter sido muito bem apreciado no cinema, mas em fim. Em sua estréia como diretor, David Michôd cria um retrato da desmoralização de uma família envolvida com o trafico de drogas e que aos poucos dão de frente com uma policia feroz em busca de justiça. Todo esse cenário acompanhamos juntos ao lado do personagem Joshua "J" Cody (James Frecheville) garoto com jeitão meio avoado mas que não esconde o fato de estar consciente do que esta se metendo. O filme não se prende somente a uma lição de moral, mas sim ao fato de retratar pessoas em que acreditam que acham que estão fazendo a coisa certa, mesmo que para isso desçam cada vez mais ao inferno, não importa a que custo. Atenção pelos ótimos desempenhos da atriz Jacki Weaver (indicada ao Oscar) que faz a mãe de família de uma forma realista e trágica ao deixar seus filhos a chegar a um ponto critico e do subestimado Guy Pearce (Amnésia) que faz o policial bom moço que faz de todos os meios para conseguir que Joshua trilhe o caminho certo.

Curiosidades: A personagem Janine Cody foi escrita especialmente para Jacki Weaver;
O personagem Ezra White foi visto anteriormente no curta-metragem Ezra White, LL.B. (2006), também dirigido por David Michôd. No curta ele é também interpretado por Dan Wyllie;