Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Com a chegada de THOR nos cinemas agora nesta sexta, relembro aqui com vocês o primeiro contato que eu tive de um filme dirigido pelo diretor e ator Kenneth Branagh
Sinopse: Em 1794, um explorador no Ártico ao tentar abrir caminho através do gelo encontra Victor Frankenstein (Kenneth Branagh). Logo depois os cães decidem atacar uma criatura (Robert De Niro), que os mata rapidamente. Assim, Victor decide contar-lhe, como tudo começou, quando ele foi estudar medicina em Ingolstadt, deixando para trás sua noiva e levando consigo uma única obsessão: vencer a morte. Na faculdade, ao discordar de um renomado mestre, acaba chamando a atenção de outro, que revela seus experimentos em reanimar tecidos mortos. No entanto, este pesquisador assassinado e o culpado pelo crime enforcado, então Victor decide colocar o genial cérebro do mestre no vigoroso corpo do assassino, mas as conseqüências de tal ato seriam inimagináveis.
Superprodução ambiciosa e caprichada. Apesar da versão de 1931 ainda hoje ser a mais lembrada, essa versão de 1994 é a mais próxima do livro que deu origem a inúmeras adaptações e talvez a mais fiel de todas. Com um belo visual, Branagh ainda aproveita para criar um incrível jogo de câmera que por muitas vezes gira 360º graus em volta dos personagens enquanto a trama prossegue. Não faltam cenas impactantes como o nascimento da criatura (Robert De Niro diferente de tudo que já fez na carreira) e do fantástico desempenho de Helena Bonham Carter na cena em que ela encara o horror em que seu amado a meteu tudo por amor, talvez seu melhor momento de toda a sua carreira.
Seguido do sucesso de Drácula: De Bram Stoker na época, Frankenstein de Mary Shelley foi subestimado na época, mas é um filme para ser descoberto e lembrado pela sua ousadia e por injetar novo sangue a uma trama tantas vezes contada.
Curiosidade: O fluido amniótico em que a Criatura nasce na verdade era uma espécie de geléia borbulhante. Durante as filmagens, Robert De Niro entrou e saiu tanto do tanque com este líquido que a geléia criou um grande rasgo no terno utilizado pela Criatura.
Sinopse: Melbourne. Andrew "Pope" Cody (Ben Mendelsohn) é um ladrão em fuga, que está se escondendo de uma gangue de detetives que quer vê-lo morto. Barry Brown (Joel Edgerton), seu parceiro e melhor amigo, deseja deixar o mundo do crime, por se considerar ultrapassado. Já Craig (Sullivan Stapleton), irmão de Pope, tem feito fortuna com a venda de substâncias ilícitas, enquanto que Darren (Luke Ford), seu irmão caçula, tenta sobreviver no mundo do crime. É neste ambiente que chega Joshua "J" Cody (James Frecheville), sobrinho de Pope, que desde a morte da mãe vive com uma família distante. Joshua sempre é acompanhado pela avó, Janine (Jacki Weaver), extremamente coruja, e é alvo de Nathan Leckie (Guy Pearce), um policial que deseja atraí-lo para capturar sua família.
Injusto esse filme ter saído direto em DVD pois poderia ter sido muito bem apreciado no cinema, mas em fim. Em sua estréia como diretor, David Michôd cria um retrato da desmoralização de uma família envolvida com o trafico de drogas e que aos poucos dão de frente com uma policia feroz em busca de justiça. Todo esse cenário acompanhamos juntos ao lado do personagem Joshua "J" Cody (James Frecheville) garoto com jeitão meio avoado mas que não esconde o fato de estar consciente do que esta se metendo. O filme não se prende somente a uma lição de moral, mas sim ao fato de retratar pessoas em que acreditam que acham que estão fazendo a coisa certa, mesmo que para isso desçam cada vez mais ao inferno, não importa a que custo. Atenção pelos ótimos desempenhos da atriz Jacki Weaver (indicada ao Oscar) que faz a mãe de família de uma forma realista e trágica ao deixar seus filhos a chegar a um ponto critico e do subestimado Guy Pearce (Amnésia) que faz o policial bom moço que faz de todos os meios para conseguir que Joshua trilhe o caminho certo.
Curiosidades: A personagem Janine Cody foi escrita especialmente para Jacki Weaver;
O personagem Ezra White foi visto anteriormente no curta-metragem Ezra White, LL.B. (2006), também dirigido por David Michôd. No curta ele é também interpretado por Dan Wyllie;
Durante muitos anos da minha vida, sempre fui um leitor fiel com relação a historias em Quadrinhos. Atualmente leio HQ com um teor mais adulto e significativo como no caso do selo vertigo, enquanto as demais HQ sucumbiram a mega sagas intermináveis que jamais acabam e dificultam o acompanhamento. Houve tempo melhores, essas sagas, por exemplo, não eram assim tão compridas, contudo, o que tem em comum de ontem e hoje é fato desses personagens fantásticos se interagirem uns com outros. É comum hoje em dia, por exemplo, você ler um gibi do Homem Aranha e em uma determinada pagina ele acaba cruzando com o Capitão America.
Hoje, tanto no universo das HQ da DC e da Marvel é bem comum isso, mas no cinema isso ainda é inédito, por enquanto. Quando a Marvel decidiu sozinha levar alguns dos seus maiores personagens às telas, a intenção não era somente criar filmes para cada um dos personagens, mas também criar um universo interligado onde todos os filmes que eles fizeram e irão fazer sejam ligados uns com os outros para então finalmente chegar ao tão esperado projeto dos sonhos de qualquer nerd de HQ, Os Vingadores.
A tarefa para isso não é fácil, mas por enquanto a coisa já gerou bons frutos, confiram:
HOMEM DE FERRO
Sinopse: Tony Stark (Robert Downey Jr.) é um industrial bilionário, que também é um brilhante inventor. Ao ser sequestrado ele é obrigado por terroristas a construir uma arma devastadora mas, ao invés disto, constrói uma armadura de alta tecnologia que permite que fuja de seu cativeiro. A partir de então ele passa a usá-la para combater o crime, sob o alter-ego do Homem de Ferro.
Resultado: Um ótimo filme de aventura mesclado com bom humor na medida certa. Robert Downey Jr ganha respeito perante o publico e a critica e se torna o novo queridinho do momento em atrair inúmeras pessoas em seus filmes posteriormente
Interligações: Durante uma cena em que Tony Stark esta tirando a armadura, repare que em meios as coisas dele está o escudo do Capitão America. De entender que o pai dele havia criado um protótipo durante a segunda guerra e que seria usado pelo Capitão.
A SHIELD surge representada pelo Agente Coulson (Clark Gregg) que durante boa parte do filme tenta conversar com Tony sobre um misterioso projeto.
Ao final dos créditos Nik Fury (Samuel L. Jackson) surge na sala de Tony para lhe falar sobre o projeto Vingadores.
O Incrível Hulk
Sinopse: Vivendo escondido e longe de Betty Ross (Liv Tyler), a mulher que ama, o cientista Bruce Banner (Edward Norton) busca um meio de retirar a radiação gama que está em seu sangue. Ao mesmo tempo ele precisa fugir da perseguição do general Ross (William Hurt), seu grande inimigo, e da máquina militar que tenta capturá-lo, na intenção de explorar o poder que faz com que Banner se transforme no Hulk.
Resultado: Não é melhor que a incompreendida versão de Ang Lee de 2003, mas não a como negar que é uma ótima aventura que alem de ser fiel ao gibi mantém o espírito da inesquecível serie de TV. Só lamento a saída de Edward Norton do personagem no futuro filme dos Vingadores, já que ele criou um verdadeiro contraste de seu personagem com a criatura.
Interligações: Tanto a experiências que criaram Hulk e Abominável são frutos de experimentos para aperfeiçoar o soro do super soldado que havia sido usado na segunda guerra mundial e que havia transformado Steve Roger no Capitão America.
As empresas Stark são citadas no decorrer do filme e da a entender que ela se envolveu no desenvolvimento do soro do super soldado no passado. Tony Stark (Robert Downey Jr) surge no final do filme num bar aonde esta o general Ross (William Hurt) dizendo que o governo esta preparando um equipe especial de combatentes (com ele incluído).
Homem de Ferro 2
Sinopse: O mundo já sabe que o inventor bilionário Tony Stark (Robert Downey Jr.) é o super-herói blindado Homem de Ferro. Sofrendo pressão do governo, da mídia e do público para compartilhar sua tecnologia com as forças armadas, Tony reluta em divulgar os segredos por trás da armadura do Homem de Ferro, temendo que as informações caiam em mãos erradas. Tendo Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e James "Rhodey" Rhodes (Don Cheadle) a seu lado, Tony estabelece novas alianças e enfrenta novas e poderosas forças.
Resultado: O filme não é melhor e nem pior se comparado ao filme original e devido a isso esta muito longe de ser ruim, principalmente pelo fato de Robert Downey Jr estar mais a vontade do que nunca como Tony Stark. O filme ainda aproveita para explorar o lado mais frágil do personagem, principalmente com relação as suas fraquezas com a bebida, uma rápida mas clara homenagem a clássica HQ O Demônio da Garrafa.
Interligações:Viúva Negra surge na trama interpretada pela atriz Scarlett Johansson. Ela é agente infiltrada da SHIELD cuja missão é observar o comportamento de Tony no decorrer da trama.
Nik Fury (Samuel L. Jackson) surge novamente para dar uma força com relação ao problema de saúde de Tony, além de claro revelar a verdadeira natureza de Viúva Negra e dar revelações importantes sobre o passado de seu pai que foi na verdade um dos fundadores da SHIELD.
Agente Coulson (Clark Gregg) reaparece para cuidar de certo tempo de Tony. Em meio a isso, ele próprio descobre entre os equipamentos de Tony o escudo do capitão America visto de relance no filme anterior.
Agente Coulson ressurge após os créditos do filme. Em um deserto ele e sua equipe isolam uma cratera aonde se encontra o martelo de THOR.
E O QUE VEM POR AI?
THOR (29 de Abril)
Sinopse: A aventura épica se inicia no planeta Terra nos dias de hoje até reino de Asgard. O Poderoso Thor é um arrogante guerreiro cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo, Thor é enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui, ele aprende o que significa ser um verdadeiro herói, depois que o vilão mais poderoso de seu mundo envia as forças negras de Asgard para invadir o planeta.
CAPITÃO AMERICA:
O PRIMEIRO VINGADOR (29 DE JULHO)
Sinopse: Nascido durante a Grande Depressão, Steve Rogers cresceu uma frágil juventude em uma família pobre. Horrorizado pelas imagens dos Nazistas invadindo a Europa, Rogers resolveu se alistar no exército. Mas, por ser um jovem frágil e doente foi rejeitado.
Escutando o apelo sincero do garoto o General Chester Phillips oferece a Rogers a oportunidade de participar de um experimento especial… A Operação: Renascimento. Depois de algumas semanas de testes, Rogers recebe uma dose do soro Super-Soldado e é atingido por raios Vita.
Steve Rogers acaba o tratamento com um físico perfeito e ainda é humano. Rogers então é submetido a um treinamento rigoroso tanto físico quanto tático. Três meses depois ele recebeu sua primeira missão como Capitão América e continua sua guerra contra o mal como uma sentinela da liberdade e líder dos Vingadores.
Hollywood possui um vicio que por vezes lhe deixa doente, mas enche seu cofre de dinheiro. O problema que seu vicio nos satura ao longo das décadas, ao ponto que só para de nos saturar se esse vicio se esgotar. Refiro-me ao vicio de uma idéia que se torna um sucesso, então Hollywood aproveita ao maximo até agente ficar cansado, não agüentar mais e não ir às salas de cinema. Quando Pânico estreou nos cinemas em 1996 foi um sucesso gigantesco e ressuscitou um gênero que estava meio que esquecido no inicio da década de 90 que eram os filmes de terror teem ou simplificando, filmes de terror para jovens. Pânico trouxe de novo essa moda, mas a coisa se expandiu de tal modo que os estúdios inventavam qualquer absurdo para criar um personagem assassino mascarado para matar jovens. A coisa chegou ao ponto que virou sátira, muito bem sucedida alias em Todo Mundo Em Pânico. Com isso, muitos filmes daquela época caíram no esquecimento atualmente, talvez o único ainda lembrado junto com Pânico seja Eu sei o que vocês fizeram no verão passado e olhe lá.
Com a chegada de Pânico 4 nos cinemas, dificilmente a saga ou até mesmo o gênero ira invadir o cinema de maneira desenfreada como no passado, pois o publico de hoje esta cada vez mais exigente com relação a boas historias de terror, portanto não adianta impunhar uma faca e ter um motivo, é preciso ter algo de bom no meio.
Com isso, vamos relembrar um pouquinho do primeiro (e melhor) da saga do assassino mascarado.
PÂNICO
Sinopse: Numa pacata cidadezinha, jovens começam a receber ligações de maníaco que faz perguntas sobre filmes de horror. Quem erra, morre. As perguntas seguem uma lógica que será desvendada numa grande festa escolar.
O filme já começa com um excelente prólogo estrelado por Barrymore. Depois se torna num inteligente jogo de gato e rato que mistura grandes doses de violência com um saboroso humor negro. O resultado é um dos melhores filmes de terror da década de 90 e um dos melhores do diretor Wes Craven desde o primeiro A Hora do Pesadelo original. Alem de contar com vários talentos jovens daquele tempo, supera-se a ser mordaz e critico com o próprio gênero.
Esses dias se foi Sidney Lumet para um mundo melhor e foi ai que me dei conta de uma coisa. Puxa, eu vi pouca coisa desse grande diretor. Ouvia falar muito dele, criou 50 filmes e muitos deles otimos ou até mesmo classicos mas que infelismente, acabei vendo pouca coisa. É aquela historia, que por mais que eu ceja cinefilo e tenha visto bastante filmes, um ou outro acabo não assistindo, como no caso de ter conhecido a pouco tempo Luis Bunuel, que havia feito varios classicos mas até ano passado não tinha visto nenhum, felizmente, graças a minha insistencia, caçei todos os seus filmes.
No caso de Lumet farei a mesma coisa, pelo menos, dois dos seus maiores classicos já esta registrado em minha memoria, confiram:
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
Sinopse: Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8 não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas.
Excelente filme de julgamento, mas diferente da maioria, esse foca somente os jurados do caso em andamento e durante as suas discussões em condenar ou não o rapaz. O grande atrativo do filme esta pelo fato que toda a ação se passa em um único cenário, o que torna as discutições dos doze jurados cada vez mais sufocante, beirando a quase agressão física. Destaque para Henry Fonda interpretando o jurado bom moço que inicia a questão se o acusado é realmente culpado ou inocente o que desencadeia inúmeras reviravoltas, tanto no caso como nos próprios jurados.
Um dia de Cão
Sinopse: Em agosto de 1972 um assalto em um banco no Brooklyn chama a atenção da mídia e transforma-se em um show com uma enorme audiência. Era um roubo que teoricamente duraria apenas dez minutos, mas após várias horas os assaltantes estavam ainda cercados com reféns dentro do banco. Sonny (Al Pacino), o líder dos assaltantes, planejou conseguir dinheiro para Leon (Chris Sarandon), seu amante homossexual, fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Enquanto tudo se desenrola a multidão apóia e aplaude as declarações de Sonny e fica contrária ao comportamento da polícia.
Em meio a crise econômica, escândalos políticos e guerra do Vietnã interminável, estava um povo norte americano revoltado com a situação em que vivia e Um Dia de Cão é um ótimo retrato dessa época. Vendo um assaltante que faz discursos inflamados na frente do banco, as pessoas que pararam para ver o aplaudem e torna a situação em um espetáculo, o que será bom para inúmeros lados, tanto para os assaltantes como para mídia, fazendo lembrar logicamente outro clássico do gênero como A Montanha dos Sete Abutres ou até mesmo o mediano filme da decada de noventa O Quarto Poder. Al Patino novamente entrega um papel intenso e único que nos faz imediatamente torcer por ele, mesmo estando fazendo algo que não é certo. Destaque para o personagem de John Cazale, ator que teve carreira curta mas sempre é bem lembrado por esse papel e pelo seu desempenho como Fredo no Poderoso Chefão I e II
Curiosidades: A conversa que os personagens de Al Pacino e Chris Sarandon têm ao telefone foi toda improvisada pelos atores. Um Dia de Cão não tem trilha sonora em momento algum do filme.
Sinopse: Canadá. Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) e Simon (Marwan Maxim) são irmãos gêmeos e acabaram de perder a mãe, Nawal Marwan (Lubna Azabal). Eles vão ao escritório do notário Jean Lebel (Rémy Girard) para saber do testamento deixado por ela. No documento, Nawal pede que seja enterrada sem caixão, nua e de costas, sem que haja qualquer lápide em seu túmulo. Ela deixa também dois envelopes, um a ser entregue ao pai dos gêmeos e outro para o irmão deles. Apenas após a entrega de ambos é que Jeanne e Simon receberão um envelope endereçado a eles e será possível colocar uma lápide. Só que Jeanne e Simon nada sabem sobre a existência de um irmão e acreditavam que seu pai estava morto. É o início de uma jornada em busca do passado da mãe, que os leva até a Palestina.
Produção Canadense e francesa foi uma das sensações do ultimo Oscar onde concorreu entre os finalistas do Oscar de filme estrangeiro e com razão, pois o filme é um eletrizante drama sobre a jornada de dois irmãos gêmeos na tentativa de buscar respostas sobre o passado da sua mãe, além de tentar descobrir quem foi o pai deles e de um irmão que não sabiam de sua existência.
O filme mostra que muitas vezes, por mais que queiramos, jamais conhecemos 100% uma pessoa, mesmo conhecendo-a tão bem e certas historias jamais podem ser contadas porque uma vez contada não existe um caminho de volta para o que era antes.
O passado de Nawal em meio a um conflito que gerou uma guerra é a parte mais rica do filme, onde a dolorosa batalha de uma mulher em busca de algo que deixou para traz esta entre os melhores momentos da trama (a parte do ônibus que é incendiado é sufocante). Mas nada se compara ao grande mistério do porque ela ter morrido, que há o que tudo indica, foi devido ao fato de ter visto algo (ou alguém) numa piscina em que ela estava nadando e a revelação é surpreendente mas é guardada até os momentos finais da trama.
Um excelente filme que poucos viram ate agora, mas merece ser descoberto.
RIO
Sinopse: Blu é uma ararinha domesticada que nunca aprendeu a voar e vive pacatamente com sua dona e melhor amiga Linda na pequena cidade de Moose Lake Minnesota. Blu e Linda acreditam que ele seja o último de sua espécie mas quando descobrem a existência de outra arara que mora no Rio de Janeiro parte em busca para encontrar Jade a única fêmea da espécie. Pouco depois de sua chegada Blu e Jade são perseguidos por um grupo de atrapalhados contrabandistas de aves. Blu terá que buscar coragem para aprender a voar estragar os planos dos seqüestradores que estão em sua cola e regressar com Linda - a melhor amiga que uma ave pode ter.
Quando A Era do Gelo 3 faturou quase um bilhão de dólares para a FOX, era inevitável que o nosso diretor Carlos Saldanha ganhasse total liberdade para escolher e criar qualquer filme da sua maneira, porque uma vez que um diretor gere esse lucro para um estúdio, respeito e liberdade criativa é o que sempre ira ter. Com isso, Saldanha cria uma verdadeira carta de amor em forma de filme para a sua terra natal, o Rio de Janeiro. Rio é mais do que um filme, é um cartão de boas vindas para qualquer estrangeiro que queira ir à cidade maravilhosa, uma forma de dizer “seja bem vindo” porque aqui é tudo de bom, mesmo que o filme tenha alguns estereótipos que americano esta acostumado a assistir quando retratam o Rio pra lá, mas o próprio Saldanha faz disso uma espécie de piada no bom sentido e se alguém reclama dizendo que Rio não é toda essa maravilha que é mostrada no filme isso é o que menos importa, pois estamos falando de uma animação para todas idades e não de um documentário que mostra 100% a verdadeira cidade Carioca.
Como a cidade, suas paisagens e atrativos são o principal chamariz do filme, a dupla de aves protagonistas Blu e Jade pouco podem fazer para conquistar a simpatia do publico. Não que eles sejam chatos, mas o drama do fato de Blu não poder voar se torna o único elo para enlaçar o espectador, mas isso não o torna assim tão interessante. Sorte para os coadjuvantes que roubam a cena a cada momento que aparecem na tela como no caso dos hilários pássaros Rafael, Pedro e Nico, esses ultimos dois responsaveis pelas melhores piadas do filme.
Com a mensagem de preservação a natureza e contra ao trafico de avez, RIO esta faturando alto nesse momento em todo mundo, por possuir uma simples historia de superação, preservação e amizade. Esses ingrendientes podem estar cheios no cinema atualmente, mas sendo bem feito é muito bem vindo novamente.
Com tantos lançamentos nas locadoras, sempre fica um para traz. Ontem falei sobre os melhores lançamentos lançados em DVD e Blu-ray e acabei me esquecendo desse. Vacilo mas corrigido, confiram:
Relaxe e divirtas se com o melhor filme B dos últimos tempos
Sinopse: Depois de enfrentar Torrez um famoso chefe do tráfico o ex-agente federal mexicano Machete Cortez escapa para o Texas procurando esquecer o passado. Mas lá aceita a missão de matar o senador corrupto McLaughlin. Traído pela organização que o contratou Machete percebe que o plano era culpar os imigrantes mexicanos ilegais pela tentativa de assassinato e com isso ganhar apoio público para o senador. Ajudado por Luz uma sensual cozinheira de tacos e pelo padre local Machete parte para a vingança. Adaptado do falso trailer criado para o lançamento de Grindhouse em 2007.
Nascido apartir de um trailer falso antes da exibição do filme Planeta Terror, Machete se tornou clássico já antes de nascer. Talvez nem o próprio Rodriguez imaginasse que esse pequeno trailer faria sucesso, mas o publico via ali um herói de filme de ação como antigamente e que não leva desaforo para casa. Com isso, Rodriguez, com seu pequeno orçamento, reuniu uma penca de astros de todos os tamanhos e criou um filme que mais parece saído de uma sessão de cinema barato dos anos 70. Tudo é muito B, as cenas de mortes são chocantes e hilárias ao mesmo tempo, a critica feros sobre os imigrantes ilegais mortos pelo governo norte americano é de uma coragem só. Rodriguez atira para todos os lados com sua critica, ninguém esta a salvo, sobra para os dois lados em que ambos são retratados de uma forma caricata, mas não menos verdadeira.
Danny Trejo ganha (finalmente) o papel de sua vida. Visto sempre como vilão na maioria de filmes de ação (e dentro da filmografia de Rodriguez) ele sempre aparecia na maioria das vezes como capanga com cara de mau, mas sempre com as mesmas características, como as facas que ele usa desde os tempos da Balada do Pistoleiro e Um Drink no Inferno. Aqui ele finalmente mostra no que sabe fazer melhor, ser ele mesmo, mas dessa vez no lado dos mocinhos, o que não quer dizer menos mortífero, já que o cara mete medo com sua cara e seus facões. Dos demais do elenco, Steven Seagal mais canastrão do que nunca como vilão, Robert DeNiro como um político em versão divertida e caricata da era Bush, Jessica Alba apenas bela, mas segura as pontas, Michelle Rodriguez no seu melhor momento do cinema como uma sex guerrilheira caolha e Lindsay Lohan como ... Lindsay Lohan, o que não seria muito diferente, já que da para entender que o filme aproveitou para tirar sarro da vida problemática da atriz e pelo visto ela gostou da idéia, o que não quer dizer que tenha ajudado a melhorar a imagem dela fora das telas.
Com todos os elementos que fizeram sucesso nos filmes anteriores do diretor e com um ato final que corre morte, tiroteio e sangue para todos os lados, Machete termina dando entender que vem mais por ai. Nada mau para um filme que começou como uma brincadeira, mas as vezes, de uma boa brincadeira surge uma boa idéia, que criança engenhosa esse Rodriguez.