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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cine Dicas: Em DVD e Blu- Ray: PONYO: UMA AMIZADE DIFERENTE

SIMPLES, ENVOLVENTE E INESQUECIVEL
Sinopse: Ponyo é uma peixinha dourada que conhece o garoto Sosuke. Ele a leva para sua casa e decide cuidar dela. O amor e a amizade entre os dois é tão grande que Ponyo resolve se tornar humana só para ficar mais tempo ao lado de seu amigo.

Disney era um homem a frente do seu tempo, pois somente ele teve a capacidade de fazer uma animação colorida, criar um longa metragem de animação e fazer um longa metragem de animação que se entrelaçasse com musica erudita. Disney se foi, mas de um tempo ou outro surgem daí então mestres da animação que dão um novo passo para fazer desta arte algo único e inovador e Hayao Miyazaki é o mais novo homem desse meio. É impressionante como ele consegue criar uma trama com inúmeros conteúdos de historia e imagem e fazer com que as crianças de todas as idades comprem a sua idéia sem jamais deixar de entender a trama. Foi assim com as suas obras primas A viagem de Chihiro e Castelo Animado e Ponyo: Uma amizade que veio do Mar não é diferente.
Criando uma trama a partir da amizade de um garoto com uma peixinha dourada com rosto de um ser humano, a trama cumpre com louvor ao retratar uma bela historia de amor e amizade, mesclando elementos de fantasia vindos do mar que somente saídos da mente do diretor poderia criar.
De todos os seus filmes, Ponyo talvez seja o mais simples em termos de historia, mas não menos interessante, muito pelo contrario, nos encantamos pelos seus personagens e tememos pelo seus destinos do inicio ao fim, fazendo agente se esquecer que aquilo tudo é apenas uma animação. E que bela animação, Hayao Miyazaki provou que, mesmo com a animação de computador dominando o mercado atualmente, sempre haverá espaço para a animação feita a mão e com certeza o diretor é o melhor neste ramo, pois é impressionante as imagens que ele cria, desde a criaturas nunca antes vistas a personagens humanos e carismáticos.
Curto mas inesquecível, Ponyo: Uma amizade que veio do Mar, é mais do que uma prova que Hayao Miyazaki é um mestre neste ramo, mas também um belo conto de fadas moderno que tanto faz falta hoje em dia na 7ª arte.

Cine Especial: Um Bom Filme Ruim: LARA CROFT: TOMB RAIDER


sinopse: Lara Croft (Angelina Jolie) é filha de Lord Henshingly Croft (Jon Voight), um célebre arqueólogo que desapareceu em 15 de maio de 1985. Lara trabalha como fotojornalista e foi criada na aristocracia britânica, até que um dia ouve o som de um relógio na sua mansão e o localiza em um compartimento secreto. Na verdade este relógio é "O Olho Que Tudo Vê", que começou a funcionar sozinho na primeira fase do alinhamento dos planetas, algo que só acontece a cada cinco mil anos. Este "relógio" anda regressivamente e é a chave para se encontrar os dois pedaços do "Triângulo da Luz", que em virtude do seu imenso poder foram escondidos em partes bem distintas do mundo (uma parte está no Camboja e a outra está na Islândia). Se estes dois pedaços se unirem na hora do realinhamento, dará ao seu dono poder para controlar ou destruir o planeta e um grupo chamado de "Illuminati" quer ter este poder, custe o que custar. Manfred Powell (Iain Glen) é o principal interessado, assim Lara decide enfrentar esta sociedade secreta.

Atriz certa, historia errada. Nunca joguei nenhum jogo de Lara Croft (sou do tempo do Atari) mas esperava com ansiedade na época por esse filme, porque gosto da atriz e vi que ela era idêntica a personagem. Contudo, inventaram uma nova historia, sem ligação com nenhum dos jogos e o resultado é um tanto que decepcionante pela historia ser sem sal. Pelo menos atriz da um show nas cenas de luta e ação nas quais ficamos babando por ela, como sempre é claro.
Mesmo com alguns tropeços, o filme gerou dinheiro, gerou uma seqüência pior que o original e deu no que deu, GAME OVER.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cine Especial: Mês Das Bruxas: A FERA DENTRO DE NOS

Atualmente eles dividem o espaço de sucesso com os vampiros, se parecem mais como lobos gigantes do que homens meio lobos e quando são humanos ficam se exibindo sem camisa. Claro que estou me referindo aos lobisomens vistos na saga Crepúsculo e que começaram a ter grande destaque apartir de Lua Nova.
Mas eu acho que lobisomem de verdade é aquela besta fera irracional que vaga pela noite a procura da sua presa e que no amanhecer volta a ser homem que era, amargurado pelo horror que cometeu, lobisomem pra valer é isso para mim. O cinema está cheio deles, quando o cinema ainda era mudo eles apareceram, baseado sempre em historias de pescador que algumas podem até ser verdade, quem sabe né! No Brasil, as historias de lobisomem são freqüentes no interior, minha bisa avó, por exemplo, contava inúmeras historias sinistras para a minha mãe que renderiam grandes filmes de horror.
Falando nisso, solto aqui os meus filmes de Lobisomens preferidos.



O Lobisomem
Sinopse: Larry Talbot (Lon Chaney Jr.) é mordido por um lobo quando tentava salvar uma moça. Após o acontecimento, ele passa a virar um monstro toda noite de lua cheia, até ser confrontado pelas pessoas que ama.

Em 1941, quando os estúdios da Universal estavam no auge fazendo filmes de terror que se tornaram clássicos, faltava alguém na galeria de monstros para formar uma espécie de trindade clássica com Drácula e Frankenstein. Então, o estúdio se baseou em historias antigas sobre a transformação do homem para uma fera, precisamente um lobisomem. A trama que o estúdio cria então é o típico bom filme de terror daquele tempo, com cenários fantasmagóricos, personagens carismáticos e sinistros e uma realidade onde não se tem exatamente uma idéia em que época se passa a trama.
Lon Chaney Jr interpretou o papel que marcaria para sempre a sua carreira, antes o ator era conhecido mais por ser filho do Lon Chaney I, (ator brilhante que se consagrou fazendo inúmeros filmes de terror como O Fantasma Da Opera) e com isso se afastou da sombra do pai, contudo, seguiu os mesmos trilhos indo direto para os filmes de terror e se consagrando.
O Lobisomem em si, para época, era assustador, a transformação, apesar de antiquada, mostrava passo a passo a transformação do homem para fera através do recurso quadro a quadro da câmera.
Visto hoje, o filme não mete muito medo, mas é um deleite em ver um bom filme daquele tempo em que empregava mais na aura sombria da trama do que nas imagens explícitas, pena que já naquele tempo, a Universal era ambiciosa em querer mais e com isso gerou inúmeras seqüências piores do que a outra.


Um Lobisomem Americano em Londres
Sinopse: dois jovens viajando em férias pelo interior da Inglaterra são atacados por um enorme lobo. Um deles morre e o outro é brutalmente ferido. O que ele não sabe é que foi acometido por um terrível maldição, que o transformará em lobisomem nas noites de lua cheia.
O filme impressiona pelos efeitos especiais de Rick Baker, mostrando a transformação do homem em lobo "a olho nu". Mais do que apavorante, a seqüência da metamorfose é comovente, chegando a provocar compaixão pelo monstro. Além disso, o filme tem um finíssimo senso de humor (o jovem lobisomem xinga a rainha só para ser preso no segundo dia de lua cheia) e surpreendente refinamento na imagem (o lobisomem desperta sem roupas, em sua forma humana, em pleno Hyde Park, e rouba balões coloridos para cobrir a nudez).


Curiosidades: Referências ao filme apareceram em outros trabalhos de Landis, principalmente no famoso vídeo clip de Michael Jackson Thriller, com a trilha sonora de Elmer Bernstein na transformação e durante algumas pequenas pausas na canção de Jackson
Devido a fantástica cena da transformação, aliada a partes de bonecos e maquiagem, academia de artes cinematográfica (O Oscar) decidiu então criar a categoria de melhor maquiagem e dando o prêmio a esse filme merecidamente.

LOBO
sinopse: Vindo de Vermont tarde da noite, o editor de livros Will Randall (Jack Nicholson) ao retornar para casa atropela um lobo. Quando sai do carro para ver se o animal morreu, acaba sendo mordido. Deste instante em diante começa a se transformar em um lobo. Paralelamente sua vida particular e profissional é afetada, pois é traído por sua mulher e está prestes em ser despedido. Além disto Laura Alden (Michelle Pfeiffer), a bela filha de Raymond Alden (Christopher Plummer), futuro comprador da editora; se apaixona por Randall, sem imaginar que o homem que ela ama está se transformando em uma fera capaz de atos animalescos.

Um roteiro inteligente, bons diálogos, e sutis efeitos visuais de maquiagem, Lobo é uma intrigante fábula moderna sobre o mito do lobisomem, apresentado como pano de fundo a selvagem competição da sociedade atual e a crise existencial e pessoal de um homem. Com clima sofisticado e romântico, sem grandes cenas de horror explicito o que deve desagradar mais para o publico que está acostumado a filmes de terror mais provocantes.
curiosidades: O diretor Mike Nichols queria que Mia Farrow interpretasse a personagem Charlotte Randall, mas os produtores do filme temiam que a polêmica que a atriz vivia devido à sua separação do diretor Woody Allen influenciasse negativamente no desempenho nas bilheterias. Farrow chegou a acertar seu salário para atuar em Lobo, mas depois teve que desistir da personagem devido a conflitos em sua agenda de trabalho.
Sharon Stone recusou a personagem Charlotte Randall.
Este é o 2º filme em que os atores Jack Nicholson e Michelle Pfeiffer atuam juntos. O anterior fora As Bruxas de Eastwick (1987).


LOBISOMEM
Sinopse: Assim como no clássico original de 1941, estrelado por Lon Chaney Jr., esta refilmagem também é ambientada na Inglaterra Vitoriana. Na história, Del Toro faz o papel de Lawrence Talbot, um homem que retorna da América para sua terra ancestral e no caminho é mordido por um lobisomem. Talbot começa sua assustadora transformação sob a lua cheia.
Muita bobagem foi escrita a respeito desse ótimo filme de terror a moda antiga. Ao meu ver, muitos defenderam o clássico de 1941, já que esse Lobisomem é uma refilmagem daquele, mas desde que as novas roupagens são feitas na medida certa, nunca é demais experimentá-la. Joe Johnston (responsável pelo futuro filme do Capitão America) soube dosar momentos de suspense e terror da moda antiga mas sem esquecer o terror explicito que atrai mais o publico atual, mesmo que a maioria do publico de hoje tenha de uns tempos pra cá se acostumado mau com lobisomens e vampiros a lá Crepúsculo. E palmas para a fascinante e assustadora parte do manicômio, mesmo curta é aterradora. Benicio Del Toro nasceu para o personagem e mesmo que alguns momentos sua interpretação soe um tanto que contida ele da um show quando é o homem fera, mesmo carregado de maquiagem. E como sempre é sempre bom ver Anthony Hopkins atuando e se esquecendo um pouco da sua aposentadoria. Emily Blunt, Hugo Weaving, Elizabeth Croft, Sam Hazeldine, e David Sterne completam o elenco.

Cine Especial: Um Bom Filme Ruim: A Liga Extraordinária

sinopse:No final do século XIX a rainha Vitória nomeia uma legião de grandes nomes da época para combater um perigoso inimigo: um gênio do crime que deseja conquistar o planeta. Entre os convocados para enfrentá-lo estão Allan Quatermain (Sean Connery), Mina Harker (Peta Wilson), Dorian Gray (Stuart Townsend) e o Dr. Jekyll (Jason Flemyng).

Massacrado pela critica, principalmente pelos fãs das HQ que deu origem, A Liga Extraordinária é um filme que merece ter uma segunda chance. Uma boa ação, um certo comprometimento do elenco com a trama e o sabor de ver personagens conhecidos da literatura reunidos em uma única historia, faz desse filme uma típica sessão da tarde para se assistir sem medo e quem sabe se tornar clássica.
Curiosamente, acho bem interessante a caracterização de Sr Hyde feito sem muito recurso de efeitos visuais, fazem dele, um monstro bem mais intimidador do que a versão computadorizada do Hulk de Ang Lee na época.

Curiosidades: Quando a Liga está em Paris, seus integrantes passam por um muro onde está um pôster, anunciando a proximidade do Carnaval. Neste pôster são visíveis dois nomes, Dr. Alan Moore e Dr. Terry O'Neill, ambos criadores da graphic novel no qual o filme foi baseado;
A revista que aparece na mesa de Allan Quatermain chama-se "The Strand", onde Arthur Conan Doyle publicou as primeiras histórias de Sherlock Holmes;

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cine Especial: Um Bom Filme Ruim: Armageddon

Sinopse: Após uma fantástica chuva de pequenos meteoros um astrônomo descobre que há um asteróide do tamanho do estado do Texas e que se está a dirigir para a Terra. O asteróide aproxima-se da Terra a uma velocidade média 35.000 km/h. e, se o choque se concretizar, qualquer forma de vida deixará de existir tal como conhecemos na Terra, exactamente como o que aniquilou os dinossauros há 65 milhões de anos.
Para os salvar, os cientistas da NASA chegam finalmente a uma ideia diferente mas viável: furar o asteróide e detonar bombas nucleares no interior do mesmo. Para isso, chamam Harry S. Stamper, chefe de uma plataforma de petróleo, para liderar a perigosa missão, que exige constituir a sua equipe com técnicos que têm um comportamento pouco convencional para os padrões do governo, que incluem pessoas reclusas, ladrões e apostadores.

Nichael Bay representa tudo que há de mau em Hoollywood. Mas seria dele a culpa por um zilhão de cineastas mediocres terem achado que a formula perigo+personagens superficiais e efeitos especiais loucos = muita grana sempre iria funcionar? Deu certo em Bad Boys, fez bem em A Rocha e alcançou seu auge da em Armageddon, filme louco, bisonho, mas que fez me diverdir quando jovem em 1998. Em um ano que os filmes catastofres estavam com tudo como Impacto Profundo, Godizilla (ruindade) e esse, que dentre todos, apesar de ruim, diverti do começo ao fim, desde que você desligue seu cerebro e aceite tudo o que é apresentado na tela.

Cine Dica: Lançamento em DVD e Blu Ray: Como Treinar o seu Dragão

DreamWorks TENTA RENOVAR
sinopse: Na Ilha de Berk, lutar contra dragões é um estilo de vida. Por isso, o ponto de vista progressista e o senso de humor fora de padrão do adolescente viking Soluço não combinam muito bem com sua tribo e o chefe dela, Stoico – por sinal, pai do menino. Quando Soluço é inserido no Treino com Dragões com outros jovens vikings, enxerga a oportunidade de provar que tem o que é preciso para ser um guerreiro. Mas, ao se tornar amigo de um dragão ferido, seu mundo vira de cabeça para baixo, e o que teve início como a chance de Soluço provar do que é capaz acaba virando uma oportunidade de criar um novo rumo para o futuro de toda a aldeia.

Durante muito tempo e até agora, a Pixar é um dos melhores estúdios em se criar animações, cujo os longas metragens não só trazem um bom divertimento, como também possuem impressionantes historias que vão superando uma atrás da outra, tanto que muitas pessoas se perguntam se um dia o estúdio irá errar. Por outro lado, a DreamWorks sempre se especializou em criar historias mais para o publico se divertir do que criar uma reflexão, contudo parece que as coisas estão mudando na casa do Sherk agora com esse Como Treinar seu Dragão.
Dirigido por Roger Deakins (oito vezes indicado ao Oscar de Fotografia), o cineasta apresenta uma amizade inusitada de um jovem garoto viking com um dragão em um mundo em que os viking e dragões são inimigos mortais mas que com essa amizade, os protagonistas de toda a trama irão aprender que nem tudo é o que parece.
O filme carrega lições de amizade, superação e de ser diferente de outras pessoas. Soluço por exemplo sofre por ser diferente dos os outros viking e de seu pai, mas aprendera, junto com o seu dragão, que não precisa ser igual as outras pessoas da sua vila e sim basta provar que o seu jeito pode s sim fazer a diferença na historia. Temas como essa foram e muito explorados pela Disney e principalmente pela Pixar, e agora DreamWorks, será que a casa de Sherk está aprendendo as lições com a rival? Só o tempo irá dizer.
Com um final emocionante e inusitado para o protagonista e seu parceiro voador, Como Treinar o Seu Dragão é uma grata surpresa de um estúdio que pode estar mudando sua forma de entreter o publico.


Curiosidades:
 Adaptação do livro infantil 'How to Train Your Dragon', de Cressida Cowell.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cine Especial: Mês das Bruxas: O Cientista e sua cria

Não é de hoje que o homem tenta brincar de Deus e o cinema já contou inúmeras historias onde se explora o assunto. Contudo, as adaptações do livro Frankenstein de Mary Shelley para o cinema são os melhores exemplo de que homem não se deve se elevar pela sua idéias engenhosas, nas quais acha que somente trará beneficio para a humanidade, pois cada ato a conseqüências e que a ignorância as vezes é uma bênção. Confiram as melhores adaptações do livro para o cinema.


Frankenstein
Sinopse: A história do filme gira em torno de um cientista, Henry Frankenstein (Colin Clive), que é obcecado com a ambição de criar vida artificialmente. Ajudado por um anão corcunda, Fritz (Dwight Frye), ele rouba cadáveres dos cemitérios para completar a sua criatura. Na procura por um cérebro, Fritz vai até a faculdade de medicina de Goldstadt e erradamente pega um cérebro de um criminoso em vez de um normal, dando uma personalidade agressiva ao monstro. Preocupados com o exílio do cientista, que se refugiou numa torre abandonada para fazer suas experiências, sua noiva Elizabeth (Mae Clarke), seu melhor amigo Victor (John Boles) e seu antigo professor Dr. Walman (Edward Van Sloan), vão procurá-lo. Enquanto isso, o jovem cientista se aproveita da energia elétrica criada por uma forte tempestade e em seu laboratório, ajudado por um maquinário bizarro, ele dá vida a uma criatura inanimada (Karloff).

De todas as versões, essa é que mais permeia na mente do publico, pois a imagem de Boris Karloff caracterizado como a criatura ficou eternizado na memória de qualquer cinéfilo do mundo e o ator ficou marcado para sempre pelo personagem.
O filme estreou logo depois do sucesso de Drácula e com isso inaugurou de vez a era dos filmes de terror pelos estúdios da Universal. James Whale ambicioso como era na época, buscou inspiração no expressionismo Alemão para criar sua obra que, apesar de não ser muito fiel com relação ao livro, possui pontos fortes que tornaram o filme marcante na época e até hoje.


A Noiva de Frankenstein
Sinopse: O filme começa de onde o original, de 1931, terminou: Frankenstein escapa do cerco ao moinho vivo, enquanto Dr. Frankenstein tem sua noiva sequestrada por outro lunático cientista. O objetivo dele é convencer o doutor a criar uma companheira para o monstro.

James Whale achava uma idéia idiota em criar uma seqüência do filme original, pois para ele a historia terminava ali, contudo, por pressão do estúdio, o diretor aceitou, mas somente se tivesse total liberdade criativa com o filme, coisa que no anterior ele não tinha. Usando pontos não explorados do livro no filme anterior, o diretor resgata partes importantes da obra como o encontro da criatura com o velho cego e, claro, a noiva da criatura que existe no livro e que finalmente foi adaptada nesta parte. A personagem foi interpretada pela atriz Elsa Lanchester que no inicio do filme interpretou a própria escritora Mary Shelley contando os eventos da historia anterior.
O resultado de tudo isso é um filme superior em todos os aspectos onde cada um tem um desempenho incrível, infelizmente o estúdio queria continuar com a trama e com isso surgiu inúmeras seqüências como Frankenstein x Lobisomem, cada uma mais inferior que a outra.


A Maldição De Frankenstein
Sinopse: O barão Victor Frankenstein (Peter Cushing) descobre uma maneira de enganar a morte. Para testar sua descoberta, monta um corpo com pedaçoes de diferentes cadáveres.
O resultado é uma criatura sem nome, irracional e sedenta de morte. Ciência ou loucura? Como dizia a campanha original do filme "Por favor, tente não desmaiar" com A Maldição de Frankenstein,

A partir do final dos anos 50, os estúdios Hammer se tornou o estúdio dos filmes de terror, depois que o publico ficou carente de filmes de terror bons da Universal. Se em O Vampiro da Noite eles fizeram um trabalho genial, com A Maldição de Frankenstein não seria diferente e o filme se tornou o mais novo sucesso do estúdio na época. Dirigido por Terence Fisher, escrito por Jimmy Sangster o filme novamente reúne a dobradinha de sucesso, Christopher Lee e Peter Cushing, ambos que atuaram juntos em O Vampiro da Noite, aqui interpretam a criatura e o cientista. O estúdio teve o grande desafio de criar uma versão da criatura tão marcante quanto de Boris Karloff e conseguiram, isso graças a horrenda maquiagem colocada em Christopher Lee e também pelo ótimo trabalho do ator em que soube fazer de sua criatura algo diferente e que se distanciasse do modo de interpretação de Karloff fazendo de sua criatura algo bem impressionante, principalmente de sua primeira aparição, algo aterrador. Peter Cushing se sai bem nesta produção e pela primeira vez sentimos medo do cientista Frankenstein fazendo dele o verdadeiro vilão dessa versão.


O Jovem Frankenstein
Sinopse: Um jovem neuro-cirurgião (Gene Wilder) herda o castelo de seu avô, o famoso Dr. Victor von Frankenstein. Ele acredita que o trabalho de seu avô era pura bobagem, até descobrir em um de seus livros antigos um trabalho sobre reanimação de órgãos, então ele muda radicalmente de opinião.

Na maioria das vezes a sátira normalmente é uma espécie de forma em prestar uma homenagem a um determinado filme por exemplo. Se for esse caso, esse filme de Mel Brooks é mais do que uma homenagem, é uma forma de reverenciar o gênero de terror, mas de uma forma bem humorada e divertida na medida certa.
Por ser uma sátira, não faltam momentos em que o filme faz inúmeras referencias, não somente aos filmes de Frankenstein que os estúdios da Universal filmou, como também outras perolas do gênero, como por exemplo, quando o nome de uma determinada personagem é citada, os cavalos começam a se descontrolar, detalhe, em outros momentos os gritos dos cavalos são ouvidos mas eles não estão presentes, desde já, uma das minhas partes preferidas do filme.
A outros momentos antológicos como a criatura encontrando o velho cego, aqui interpretado por Gene Hackman (engrassadissimo) e no inicio onde os alunos do cientista insistem em compara-lo com o seu avô. O final é antologico e presta homenagem ao momento mais nobre e ruim dos antigos filmes de terror da Universal.


Frankenstein de Mary Shelley
sinopse: Em 1794, um explorador no Ártico ao tentar abrir caminho através do gelo encontra Victor Frankenstein (Kenneth Branagh). Logo depois os cães decidem atacar uma criatura (Robert De Niro), que os mata rapidamente. Assim, Victor decide contar-lhe, como tudo começou, quando ele foi estudar medicina em Ingolstadt, deixando para trás sua noiva e levando consigo uma única obsessão: vencer a morte. Na faculdade, ao discordar de um renomado mestre, acaba chamando a atenção de outro, que revela seus experimentos em reanimar tecidos mortos. No entanto, este pesquisador assassinado e o culpado pelo crime enforcado, então Victor decide colocar o genial cérebro do mestre no vigoroso corpo do assassino, mas as conseqüências de tal ato seriam inimagináveis.
Atualmente Kenneth Branagh está dirigindo a primeira adaptação de Thor para o cinema e dessa produção eu espero tudo de bom, pois só vendo essa clássica historia de Mary Shelley nas mãos do diretor para provar o quanto ele é ousado e que possui uma visão própria.
Nesta produção de 1994, que na época estava pegando carona do sucesso de Drácula de Copolla, Branagh tanto dirige como atua, um desafio e tanto, principalmente em que sua câmera simplesmente não para de se movimentar. Em vários momentos a câmera fica fazendo giros de 360º graus fazendo das inúmeras seqüências momentos angustiantes e únicos. Produção caprichadíssima cuja a edição de arte e fotografia se completam.
Branagh soube também tirar proveito ao Maximo da interpretação de cada um do elenco, Robert De Niro por exemplo faz uma criatura diferente de todas as outras adaptações e muito mais fiel a visão da escritora, contudo, quem rouba a cena é Helena Bonham Carter, que, apesar de no principio do filme sua Elizabeth pouco podia oferecer, tanto no inicio até a metade do filme, no final, a atriz entrega uma das suas melhores interpretações do filme de uma forma extraordinária e desde já uma de suas melhores em sua carreira