Sinopse: Iya e Masha são duas jovens russas em busca de esperança em meios aos destroços da Segunda Guerra Mundial.
"O filho de Saul" (2015) mostrava a luta árdua de um homem em querer sepultar de forma digna um corpo de um rapaz que ele havia encontrado no campo de concentração e para assim obter algum sentindo em meio ao inferno. É um exemplo de como um longa-metragem dessa temática nos conduz ao ápice do papel do indivíduo perante algo irracional vindo de uma guerra sem sentindo. "Uma Mulher Alta" trilha por um caminho parecido, onde duas protagonistas lutam por obter algum sentido na vida após a guerra quase lhe tirarem tudo que tinha.
Dirigido por Kantemir Balagov, o filme se passa em eningrado de 1945. Iya (Viktoria Miroshnichenko) e Masha (Vasilisa Perelygina) são duas jovens mulheres em busca de esperança e significado em meios aos destroços deixados na Rússia após a Segunda Guerra Mundial. O cerco de Leningrado, um dos mais brutais da história, chegou ao fim, mas reconstruir suas vidas permanece uma situação cercada de morte e trauma.
Diferente do convencional, o filme possui uma fotografia de cores quentíssimas, como se elas tentassem ser reconfortantes para os nossos olhos, quando na realidade elas não conseguem esconder o horror psicológico que os personagens principais sofrem a todo momento. A protagonista Iya, por exemplo, se apresenta pela primeira vez em cena em uma forma estática, como se imagens do passado não pudessem ser mais esquecidas. É graças a essa cena que acabamos ficando mais do que preparados para um terrível momento que virá posteriormente e que irá moldar a vida das duas protagonistas mais adiante.
Dirigido por Kantemir Balagov, o filme se passa em eningrado de 1945. Iya (Viktoria Miroshnichenko) e Masha (Vasilisa Perelygina) são duas jovens mulheres em busca de esperança e significado em meios aos destroços deixados na Rússia após a Segunda Guerra Mundial. O cerco de Leningrado, um dos mais brutais da história, chegou ao fim, mas reconstruir suas vidas permanece uma situação cercada de morte e trauma.
Diferente do convencional, o filme possui uma fotografia de cores quentíssimas, como se elas tentassem ser reconfortantes para os nossos olhos, quando na realidade elas não conseguem esconder o horror psicológico que os personagens principais sofrem a todo momento. A protagonista Iya, por exemplo, se apresenta pela primeira vez em cena em uma forma estática, como se imagens do passado não pudessem ser mais esquecidas. É graças a essa cena que acabamos ficando mais do que preparados para um terrível momento que virá posteriormente e que irá moldar a vida das duas protagonistas mais adiante.
Aliás, há um jogo de cena intrigante entre as duas, principalmente após a chegada de Masha de uma viagem e dela própria saber de uma triste realidade. A reação de sua parte é surpreendente, fora do convencional, mas que sintetiza o quanto aquelas pessoas precisam reagir de uma forma fora do convencional para poder sobreviver perante o irracional. O sacrifício, por exemplo, é algo bem-vindo em temos críticos, onde os que não tem mais solução para se manterem se vivos optam em deixar esse mundo de bom grado.
Acima de tudo, é um filme sobre o papel da mulher perante um cenário em que os próprios homens não conseguem mais se sustentar. Os homens, aliás, são vistos aqui como seres frágeis enquanto as mulheres ainda enxergam neles uma forma de encontrar um novo meio de recomeçar. Porém, a única fagulha de esperança somente se encontra na união dessas mulheres que foram jogadas a própria sorte e cabem a elas se conscientizarem dessa realidade.
"Uma Mulher Alta" é sobre a guerra interna que cada um de nós possui após a realidade nos bater de frente.
Joga no Google e me acha aqui:
