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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'O Último Amor de Mr. Morgan'

Sinopse: Desde o dia em que Pauline lhe deu uma ajuda no ônibus, o teimoso e cansado Mr. Morgan voltou a sorrir.  

Não deve ser fácil para a Hollywood tocar no assunto sobre a terceira idade, principalmente em uma Hollywood atual cada vez mais preocupada no rendimento das bilheterias do que na qualidade dos seus longas metragens. Porém, é nos pequenos frascos que se encontram os melhores perfumes e acredito que, ao menos, nunca é demais uma vez ou outra tocar em assunto que até mesmo no mundo real as pessoas comuns querem evitá-lo. "O Último Amor de Mr. Morgan" não só toca no assunto sobre a velhice, como também sobre laços familiares, perdas e a busca por um sentido na vida.

Dirigido por Sandra Nettelbeck, do filme "Sem Reservas" (2007), a trama mostra Matthew Morgan (Michael Caine) que não conhece a língua local e muito disso se deve a esposa, Joan (Jane Alexander), que sempre foi sua intérprete pelas ruas da capital francesa. Entretanto, Joan faleceu há três anos e, desde então, Matthew vive triste e solitário, ocupando seu tempo com aulas de inglês ocasionais. Um dia, ele é ajudado no ônibus por Pauline (Clémence Poésy), uma simpática professora de dança. Não demora muito para que eles se tornem amigos.

Embora o primeiro minuto já comece pesado ao vermos o protagonista perder a sua esposa, logo em seguida o filme ganha novos contornos, ao se transformar em uma espécie de comédia dramática que tanto faz falta hoje em dia. O que torna especial o filme é quando o mesmo faz com que a gente compreenda sobre o que leva duas pessoas, aparentemente, diferentes uma da outra logo ganharem afinidade e o prazer de se sentirem felizes quando estão juntas. Aliás, Jane Alexander obtém uma ótima atuação aqui, ao passar para nós certa ambiguidade com relação aos seus reais sentimentos por Morgan, mas que logo vamos compreendendo as suas motivações não muito diferentes do protagonista.

Infelizmente o filme perde um pouco do seu humor a partir do momento em que entra em cena os filhos de Morgan, interpretados pelos atores Gillian Anderson e Justin Kirk. Não que isso prejudique a obra como um todo, mas ao meu ver a personagem de Anderson, por exemplo, simplesmente caiu de paraquedas dentro da trama e logo saiu de cena sem mais nem menos. Felizmente, esse problema é um pouco contornado pelo ator Justin Kirk, ao fazer um personagem que precisa acertar as contas com o seu pai devido ao passado de ambos, mesmo que isso custe o tom mais bem humorado da obra como um todo.

O filme vai ficando mais sensível na medida em que chegamos ao seu ato final da trama, onde se coloca determinados assuntos delicados em pratos quentes na mesa. O filme, portanto, toca em assuntos espinhosos sobre qual é o verdadeiro papel da família atualmente e até que ponto os laços de sangue são realmente relevantes. No final das contas é um filme refinado, com boas atuações e que nos identificamos com os personagens na medida em que a trama avança até o seu inevitável clímax.

"O Último Amor de Mr. Morgan" fala sobre o amor e amizade de dois mundos distintos, mas que descobrem que tem muito que aprender um com o outro.  


Onde Assistir: DVD e Google Play Filmes.  

NOTA: O filme será tema da próxima live do Cine Debate. Saiba mais clicando aqui. 


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