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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cine Especial: Quem foi melhor na mordida?

Nem 007, nem Tarzan, talvez o personagem que mais teve interpretes ao longo da historia do cinema foi realmente Drácula. Do expressionismo alemão ao filme de 1992, o vampiro mais famoso do mundo colecionou uma infinidade de interpretes de altos de baixos, mas qual deles foi o melhor? Essa é uma resposta difícil de ser respondida, mas que eu mesmo tentei responder para mim mesmo. Abaixo solto uma lista dos cinco melhores interpretes desse vampiro que ainda hoje conquista inúmeros fãs com os seus caninos.
Klaus Kinski
Nem Bela Lagosi, nem Christopher Lee, o melhor Drácula até hoje foi realmente Kkaus Kinski em Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979) dirigido pelo genial Werner Herzog (A cólera dos Deuses). Mesmo sendo uma refilmagem do clássico Nosferatu (1922) o filme de Werner fala por si graças a sua direção segura e ousada para os padrões convencionais já que o seu filme não tem pressa em agilizar a historia e com isso testemunhamos cenas incomuns como a abertura onde a câmera mostra inúmeras múmias de verdade antecipando o terror que estaria por vir. Contudo o filme não seria nada graças a intensidade quase sobrenatural de interpretação de Klaus Kinski onde faz um Drácula trágico horripilante e inesquecível. Tanto Klaus como Werner se digladiavam durante as filmagens, uma briga de ego não só nesse filme como em outros como Fitzcarraldo (1982), mas por mais estranho que pareça isso, ajudava para que cada um botasse para fora o melhor de cada um e normalmente nestas brigas é que Klaus se sobressaia de tal forma que em muitos momentos parecia ele que estava dirigindo o filme. Portanto muitos momentos de interpretação de Nosferatu (como a morte do vampiro) são idéias do próprio ator que exigia de si próprio, como se o papel fosse o ultimo da sua carreira.

Christopher Lee
Os estúdios Hammer foi sem duvida nenhuma responsável por trazer dignidade ao gênero de terror que estava completamente desgastado, depois de inúmeras bombas que a Universal foi fazendo com os monstros de terror, ao ponto que cada filme se tornou cada vez mais ridículo e não transmitia mais nenhum terror para o publico. Com o Vampiro da Noite de 1958 dirigido pelo veterano dos filmes de horror Terence Fisher, o terror voltou aos bons tempos, revitalizado com a violencia mais explicita, visual gotico e colorido, mas acima de tudo, com interpretes de peso como no caso de Christopher Lee. Um ano antes ele ja havia feito um outro mosntro conhecido do cinema para o estudio que foi A Maldição de Frankenstein, mas foi como Drácula que Lee ficou marcado para sempre. Dono de uma presença magnética (com mais de dois metros de altura), Lee passava medo com a sua cara de mal e olhos vermelhos de puro sangue, nunca Drácula parecia tão assustador como foi naquela época, e com isso, o ator retornaria mais seis vezes para interpretá-lo, isso fora outros filmes que ele atuou para o estúdio, onde na maioria das vezes atuava ao lado do seu companheiro de set Peter Cushing.

Gary Oldman
Para muitos Drácula de Bram Stoker é a melhor adaptação já feita sobre o livro, isso graças ao diretor Francis Ford Coppola que fez mais do que uma adaptação, fez uma verdadeira homenagem ao cinema em si, principalmente se referindo aos anos dourados do cinema. Isso é visto durante a produção onde o diretor usou os recursos antigos da época para criar a historia, até mesmo uma cena onde prestava homenagem ao cinematografo. Pelo fato do filme se destacar mais pela forma que foi criada, muitos dos desempenhos dos atores (principalmente de Keanu Reeves) ficaram em segundo plano, contudo, Gary Oldman foi a grande exceção da produção. Mesmo que por alguns momentos era envolvido por uma pesada maquiagem, o ator roubava a cena de todos a cada momento que aparecia. Alguns até hoje falam que foi injusto ele não ter sido indicado ao Oscar de melhor ator na época e com razão, pois pela primeira vez na historia, sentimos medo, mas ao mesmo tempo pena dele por ter caído na escuridão devido ao seu amor perdido no passado.

Béla Lugosi
Assistir Dracula (1931) atualmente da a nitida impressão de estarmos assistindo a um teatro filmado, mas não é pra mesmo. Para começar os EUA estavam sofrendo a quebra da bolsa e por causa disso a produção não poderia sair cara e com isso, os produtores decidirão que a produçao seria inspirada mais no teatro cuja a trama ja vinha fazendo sucesso. Com isso, era questão de logica então trazer o ator que estava fazendo sucesso como Dracula no teatro, então entrou em cena Bela Lagosi, o primeiro ator oficial como Dracula no cinema. Bela era um otimo ator e sua presensa e olhar penetrante com certeza deve ter assustado muitas pessoas que assistiram na epoca, mas visto atualmente, a interpretação dele soa por vezes um tanto que forçada mas muito longe de ser ridicula como alguns falam por ai.

Max Schreck
Ta certo que o nome do vampiro de Nosferatu: Uma Sinfonia de Horror (1922) se chama Conde Orlok mas esta na cara que o filme é inspirado na obra de Bram Stoker, mas como a viuva não havia vendido os direitos de adaptação na epoca, o diretor Murnau então decidiu auterar os nomes dos personagens principais para nao haver comparação, o que acabou sendo um tiro no pé pois logo apos o filme ter estreado acabou sendo rapidamente tirado de cartaz e quase todas as copias foram destruidas, felismente muitas foram salvas e hoje o filme é de dominio publico. Com isso, temos o privilegio de ver a perfomance intrigante de Max Schreck como o vampiro e diferente dos interpretes posteriores, Max era um Dracula monstruoso, parecendo mais um meio homem e meio rato em alguns momentos, mas que combinava perfeitamente com o visual gotico do expressionismo alemão criado pelo diretor Murnau na época.

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