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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Cine Dica: Sessão Clube de Cinema 09/12/2023 - 'Tia Virgínia'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 09/12/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Tia Virgínia"

Brasil, 2023, 100 min, 14 anos

Direção: Fabio Meira 

Elenco: Vera Holtz, Arlete Salles, Louise Cardoso, Antonio Pitanga, Vera Valdez 

Sinopse: Virgínia nunca se casou, não teve filhos e foi convencida pelas irmãs a cuidar dos pais. No primeiro Natal depois da morte do pai, com a mãe dependente de cuidados, Virginia reencontra suas irmãs. Enquanto preparam a ceia, os afetos e os ressentimentos dão o tom das conversas entre Virginia, Vanda e Valquiria. Inspirado nas memórias familiares do próprio diretor, o filme ganhou seis Kikitos no Festival de Gramado, incluindo melhor filme pelo Júri da Crítica, melhor atriz para Vera Holtz e melhor roteiro.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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Cine Dica: Em Cartaz - 'Pedágio'

Sinopse: Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. O seu objetivo é financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro. 

Carolina Markowicz parece que possui uma predileção por descascar a verdadeira face de um Brasil que vive das aparências, mas cuja essência é tão distorcida que acaba se tornando uma verdadeira piada. Em "Carvão" (2022), por exemplo, existe uma frieza escondia através de personagens que poderíamos até dar certo crédito em um primeiro momento, mas que logo se revelam perigosas através de suas escolhas peculiares para dizer o mínimo. "Pedágio" (2023) um novo capítulo deste cardápio vindo da realizadora, onde a incompreensão, preconceito e a falta de recursos fazem com que a pessoa tome certos caminhos equivocados.

Na trama, Suellen (Jinkings) é uma mulher que leva uma vida simples trabalhando como cobradora de um pedágio. Um dia, ela percebe que pode usar o emprego como uma forma de fazer uma renda extra - mas de maneira ilegal. Ela decide arriscar, mas acredita ter um motivo muito bom para tal: o dinheiro seria totalmente destinado a uma caríssima “cura gay” para seu filho Tiquinho (Alvarenga), ministrada por um pastor estrangeiro muito conhecido.

A falta de recursos traz a falta de conhecimento e fazendo que a pessoa mais humilde se entregue da maneira fácil para obter maior renda o mais rápido possível. Suellen é uma de muitas trabalhadoras brasileiras espalhadas pelo país, mas cujo desejos se tornam cada vez mais distantes e fazendo com que se entregue a uma realidade equivocada e que lhe traz falsas promessas. Novamente Maeve Jinkings se entrega para uma personagem que não esconde as suas raízes, mas ao mesmo tempo revelando uma ambição de fugir de sua própria realidade.

Não há como negar que a interação entre ela e seu filho Tiquinho é o ponto alto do filme como um todo, sendo que esse último sonha em ser até mesmo um artista, mas sendo observada com maus olhos pela mãe que não consegue compreender a sua real essência. É neste ponto, por exemplo, que Carolina Markowicz faz uma crítica acida contra a certas igrejas milagrosas, das quais as mesmas pregam a gura gay, quando na verdade tudo não passa de uma grande piada para enganar e fazer lavagem cerebral nas pessoas mais desinformadas. As cenas da igreja, por exemplo, sintetizam alienação que uma parcela da sociedade está sofrendo atualmente, cuja lavagem cerebral é obtida por situações tão absurdas que não há como deixar de rir.

No final das contas, chegamos a um ponto que talvez não seja preciso tomar uma decisão para salvarmos essas pessoas dessa loucura, pois alguns irão cair na real e se refugiar no seu próprio mundo particular e cuja essa fuga pode se tornar um fio de esperança que não irá tardar. Suellen compreenderá de um jeito ou de outro, mas até lá ela sempre será persuadida, seja pelo seu namorado ou pela sua colega de trabalho, vivida de forma espetacular pela atriz Aline Marta Maia e cuja sua personagem representa uma parcela de uma sociedade hipócrita e que se esconde através das cortinas da igreja.

"Pedágio" é o Brasil atual em que vivemos, cuja desinformação e o preconceito se alinham com a falta de necessidade e fazendo do cidadão comum uma presa fácil. 

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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - ‘Incompatível Com a Vida’

Sinopse: A partir do registro de sua gravidez frustrada, a diretora Eliza Capai conversa com outras mulheres que tiveram vivências parecidas à sua, criando um potente e tocante coral de vozes que refletem sobre temas universais. 

Eu sou contra o aborto, mas ao mesmo tempo a favor da legalização do mesmo. No Brasil de cada dez mulheres que buscam ajuda de forma clandestina para a interrupção da gravidez oito acabam tendo complicações na saúde e podendo até mesmo nunca mais engravidarem. O grande problema do Brasil atual é que, mesmo que o procedimento fosse constitucional, o país não tem uma estrutura suficientemente boa para tratar determinados casos e podendo até mesmo ser freado por uma parcela da sociedade conservadora e ao mesmo tempo hipócrita.

Em 2020, o caso de uma criança grávida aos 10 anos de idade, que era estuprada desde os seis por um familiar, repercutiu no país. A equipe médica do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam/Ufes) se recusou a realizar o procedimento e a criança precisou viajar do Espírito Santo até Pernambuco para fazer o aborto legal no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam/UPE).

O documentário “Incompatível Com a Vida" é um retrato sobre a gravidez complexa e dolorida da cineasta Eliza Capai que, ao receber o diagnóstico de que seu feto tinha uma malformação incompatível com a vida fora do útero, decide documentar o seu momento mais dramático. A sua obra também reúne casos de mulheres grávidas que receberam diagnósticos de que os fetos que carregam dentro de si são “incompatíveis com a vida” e têm alguma malformação congênita que levará à morte ainda no útero ou após o parto. Portanto, a dor da realizadora acaba não se tornando um caso isolado, mas ao mesmo tempo se tornando o mais chocante perante os nossos olhos.

Curiosamente, o projeto inicial da realizadora tinha uma outra forma, pois era para documentar a rotina de um casal grávido durante o isolamento provocado pela pandemia da Covid-19, em 2020. O roteiro que foi sendo remodelado durante o percurso acaba obtendo uma metamorfose completa quando a diretora recebe a notícia do médico. A partir desse momento, fazer esse documentário foi uma forma de exorcizar as dores de Eliza, ao ponto em que a própria se expõe de tal maneira que acabamos sentindo a sua dor, seja quando ela tem problemas de falta de ar ou quando começa a gritar sem excitar.

Para todas as mulheres retratadas em “Incompatível com a vida”, o tema do aborto é dos mais recorrentes. Em paralelo, o documentário inclui discursos de políticos e religiosos ultraconservadores pregando contra a prática, inclusive nos casos previstos em lei. Exibe, também, a dificuldade de se encontrar hospitais que aceitem realizar o aborto legal no Brasil. Por fim, “Incompatíveis com a vida” é um convite que nos leva a sentir a dor de uma mãe que opta por uma dura escolha, mas tendo que enfrentar de frente a burocracia conservadora e que somente retrocede o Brasil e o mundo a fora. 


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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Durval Discos'

Sinopse: Durval mora com sua mãe no local onde também funciona uma loja de discos, a Durval Discos. Devido ao cansaço da mãe, eles contratam uma empregada que aceita trabalhar por apenas 100 reais. Contudo, alguns dias depois ela desaparece, deixando para trás uma menina e um bilhete, pedindo para que eles cuidem da garota por dois dias. Os dois acolhem a jovem, mas acabam tendo uma grande surpresa.

Anna Muylaert  gosta de explorar a desconstrução familiar brasileira, sendo que essa última  não se sustenta perante as diversas situações e metamorfoses constantes que o país vai obtendo ao longo da história. Se em "Que Horas Ela Volta?" (2015) constatamos a nova juventude perdida por não obter um ombro paternal, por outro lado, "Mãe Só Há Uma" (2016) é sobre a queda de uma mascara hipócrita de uma sociedade que tenta se sustentar através das aparências, mas cujos os verdadeiros laços de sangue não é exatamente o suficiente para sustentar essa falsa realidade. "Durval Discos" (2002) possui dois lados de uma realidade, da qual a mesma se sustenta através da fantasia, mas cuja a dura realidade começa a bater a sua porta.

O filme conta a história de Durval (Ary França) e sua mãe Carmita (Etty Fraser) que vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs e se manter fiel aos discos de vinil. Para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada. O baixo salário acaba atraindo Célia (Letícia Sabatella), uma estranha candidata que chega junto com Kiki (Isabela Guasco), uma pequena garota. Após alguns dias de trabalho Célia simplesmente desaparece, deixando Kiki e um bilhete avisando que voltaria para buscá-la dentro de 3 dias.

Rodado com um curto orçamento, porém, com muita criatividade, Anna Muylaert demonstra para que veio já no início da abertura do longa, onde os créditos se apresentam em meio aos letreiros, seja nos anúncios do mercado, ou simplesmente disfarçados nas placas de rua. Tudo feito em um plano-sequência criativo e cujo o desfecho termina justamente com o letreiro do cenário principal e ao mesmo tempo apresentando ao título do filme. Curiosamente, essa abertura sintetiza o movimento constante da situação e do qual não tem como parar.

Durval é uma pessoa pertencente a geração dos anos oitenta e noventa, mas que parou no tempo ao negar a realidade do sistema capitalista e do qual o mesmo está extinguindo aos poucos os discos de vinil do mercado musical. Batendo o pé, Durval mantém a sua loja com que pode, cujo o cenário revela toda a cultura brasileira musical e onde cada foto ou capa de disco de vinil fará com que muitos se identifiquem com o filme como um todo. Atenção para a divertida participação de Rita Lee e cuja aparição é uma cereja de um bolo de muitas camadas de interpretação.

Assim como os discos de vinil, podemos interpretar o filme como dois de uma trama, pois o que começa como uma espécie de comédia familiar, logo vai obtendo contornos mais sombrios e imprevisíveis. A partir do momento em que surge a pequena Kiki logo Durval percebe que o seu comodismo vai se perdendo aos poucos e não conseguindo mais controlar as mudanças que vão acontecendo. O ápice disso é o surgimento da figura de um cavalo e do qual simboliza o furo da bolha e do qual Durval se mantinha até aquele ponto.

Ary França interpreta o que talvez seja o melhor papel de sua carreira, ao criar para o seu Durval uma pessoa fascinada pela cultura pop, seja da música ou do cinema, mas cuja essas artes serviam apenas como refugio ao não aceitar mudanças que ocorriam pelo mundo. Já a mãe é uma figura trágica, da qual transita entre momentos de puro humor, para situações das quais sentimos total pena dela e fazendo a gente se perguntar sobre o seu passado e o que levou ela a querer manter uma realidade que não é sua como um todo. Etty Fraser nos brinda com uma atuação espetacular e que tão cedo não faz a gente se esquecer.

O ato final nos reserva momentos de até mesmo de pura tensão, com desdobramentos que levam os personagens por um caminho sem volta e fazendo com que Durval seja forçado a se transformar e amadurecer em pouco espaço de tempo. Isso simboliza a nossa realidade contemporânea, da qual faz com que não respiremos mais de forma normal, ao ponto que quando vemos pela última vez Durval ele respira fundo ao constatar que não se vê mais preso em sua bolha, mas tendo que sacrificar tudo o que ele tinha. Ao final tudo se destrói, se tornando uma mera lembrança e o que resta é seguirmos em frente para ver  o que acontece.

Com participações especiais de Marisa Orth e Letícia Sabatella, "Durval Discos" é um clássico brasileiro surpreendente, cujo mesmo possui uma análise sobre a geração noventista e da qual, talvez, não estivesse preparada para o novo século. 


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Cine Dica: Sala Redenção finaliza o ano com mostra dedicada a diretoras brasileiras

Quais são os diretores considerados importantes para o cinema nacional? Essa questão norteia a curadoria da última mostra do ano na Sala Redenção, em cartaz entre os dias 04 e 15 de dezembro. Intitulada “Além do Cânone”, a programação apresenta obras de realizadoras brasileiras, ao mesmo tempo que questiona a composição de um cânone cinematográfico composto basicamente por homens.

Juliana Rojas, Flavia Castro, Suzana Amaral, Maya Da-Rin e Lúcia Murat são as diretoras homenageadas em “Além do Cânone”. A mostra reúne cinco longas-metragens, produzidos pelas cineastas entre 2008 e 2012 com o apoio da ANCINE (Agência Nacional do Cinema). Com este recorte, a programação não só problematiza a questão de gênero do cânone cinematográfico, mas também ressalta a importância das leis de incentivo para a diversidade das produções audiovisuais brasileiras. Para ampliar o debate, a mostra apresenta um bate-papo no dia 06 de dezembro, às 19h, com as críticas de cinema Daniela Strack e Juliana Costa, acompanhando a exibição do filme “Trabalhar Cansa”.

Todas as sessões contam com entrada franca e aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus central da UFRGS, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.

Confira a programação completa clicando aqui. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Cine Especial: BOGART & BACALL - 'A Beira do Abismo'


Howard Hawks começou a se interessar pelo "noir" a partir do momento em que assistiu ao clássico "Relíquia Macabra" (1941) de John Huston, sendo que através desse filme que esse subgênero se fortaleceu e se tornando um dos mais cultuados ao longo do tempo. Hawks, portanto, começou a procurar o seu novo projeto que segue a fórmula do sucesso e para isso foi em busca de livros policiais que serviriam de adaptação ou até mesmo inspiração para a realização do seu "noir". O resultado é "À Beira do Abismo" (1946) que, se por um lado não é o melhor título deste seguimento cinematográfico, ao menos chega bastante perto.
Baseado no livro de Raymond Chandler, o filme conta a história do detetive particular, Philip Marlowe (Humphrey Bogart), que é chamado por Sternwood (Charles Waldron), um milionário que diz que está sendo chantageado novamente, pois há dois anos pagou US$ 5 mil para que Joe Brody (Louis Jean Heydt) deixasse Carmen (Martha Vickers), sua filha mais nova, em paz. Agora Arthur Gwynn Geiger (Theodore von Eltz) quer receber alguns milhares dólares, referentes a dívidas de jogo de Carmen. Philip aconselha que a dívida seja paga, pois Carmen assinou promissórias, mas Sternwood quer de qualquer maneira ficar livre de Geiger e diz para Marlowe cuidar disto. Antes que saia da mansão Vivian (Lauren Bacall), a filha mais velha de Sternwood, fala com Marlowe e lhe pede que encontre Shawn Regan, um grande amigo de Sternwood, que desapareceu. Marlowe segue Geiger até a casa dele e fica vigiando. Então repentinamente ouve um tiro e vê um carro fugindo. Marlowe constata que Geiger foi morto e ao lado dele está Carmen, que não tem noção do que está acontecendo, pois está drogada. Ele a leva para casa e deixa Carmen aos cuidados de Vivian, construindo um álibi ao dizer para Vivian que, para todos os efeitos, Carmen ficou ali toda a noite. Porém esta era apenas a primeira de várias mortes.
O que parecia ser uma premissa simples sobre a investigação de chantagem logo se torna uma grande teia de conspirações, traições, mortes e levando o protagonista em diversas camadas desse emaranhado de eventos. O espectador menos atento irá se perder nas diversas informações, principalmente sobre quem matou quem e quem é amante de quem. Por outro lado, o filme ganha pontos pelo fato de que cada passagem da trama seja uma espécie de curta metragem para que logo finalizada o protagonista vai para a trama seguinte, mesmo fazendo parte de um esquema muito maior diga-se de passagem.
Todos os ingredientes que fizeram do "subgênero noir" estão lá, desde o detetive durão, como também muita luz e sombras, além de damas fatais que não se pode confiar e cuja intenções são bastante dúbias. Por mais canastrão que esteja Humphrey Bogart está à vontade em cena, já que o seu personagem Philip Marlowe é praticamente igual ao seu personagem Sam Spade de "Relíquia Macabra". A diferença entre os personagens principais é que o anterior tinha um coração mais de pedra enquanto este parece ter um pouco mais de humanidade perante a onda de sangue que o rodeia.
O filme também marca a segunda parceria entre o astro e atriz Lauren Bacall, sendo que os demais trabalhos foram "Uma Aventura na Martinica" (1945), "Prisioneiro do Passado" (1947) e "Paixões em Fúria" (1948). Nota-se uma química entre ambos os intérpretes, sendo que os seus respectivos personagens possuem personalidades fortes e fazendo com que as cenas juntas se tornem intensas e sedutoras. Curiosamente, autor Raymond Chandler reclamou que Martha Vickers fez uma interpretação tão intensa de Carmen Sternwood que ofuscou a personagem de Lauren Bacall e por conta disso boa parte da performance de Martha foi cortada na versão final do filme.
Embora não tenha o mesmo equilíbrio de "Relíquia Macabra" o filme nos prende atenção mesmo com todos os seus desdobramentos e é sempre divertido acompanharmos o personagem Humphrey Bogart sempre se metendo em situações em que, ou tem uma arma apontada contra ele, ou ele obtém uma e chegamos a perder as contas de quantas ele obteve ao longo da história. E por mais complexo que seja essa teia conspiratória logo é tudo resolvido em seu arco final, mesmo quando nos dá aquela sensação esquisita de que faltou algo para ser concluído.A Beira do Abismo
"A Beira do Abismo" possui todos os ingredientes que fizeram do "subgênero noir" ser bastante cultuado e por isso mesmo merece ser conferido. 

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (01/12/23)

 MONSTER

Sinopse: Uma mãe sente que há algo errado quando seu filho começa a se comportar de maneira estranha. Ao descobrir que um professor é o responsável, ela vai até a escola exigindo saber o que está acontecendo. Enquanto o caso se desenrola pelos olhos da mãe, do professor e da criança, a verdade começa a surgir. 



AS AVENTURAS DE POLIANA

Sinopse: Poliana é uma garota que sempre soube ver o lado bom da vida. Ela aprendeu com seu pai o “jogo do contente” e com ele encontra algo de positivo até nas situações mais difíceis. Mas desde que o pai Otto Pendleton sumiu no ano anterior, ela não consegue mais entrar na brincadeira. No seu aniversário de 15 anos, Poliana ganha um lindo colar que pertenceu à mãe, e leva o presente para o famoso Campo de Férias. 


BALA SEM NOME

Sinopse: Suzana (Paolla Oliveira) é uma mulher dedicada, honesta e trabalhadora. No entanto, ela e o namorado acabam presos em cativeiro após serem sequestrados por uma quadrilha perigosa. Os criminosos exigem que Suzana devolva um suposto dinheiro que ela roubou. Agora ela precisará enfrentá-los para escapar em segurança.


CASAMENTO GREGO 3

Sinopse: Na nova sequência de Casamento Grego, a família Portokalos embarca em mais uma aventura rumo à Grécia, desta vez para conhecer as origens do patriarca Gus Portokalos (Michael Constantine). Em Casamento Grego 3, Toula (Nia Vardalos) e Ian (John Corbett) viajam à Grécia para a reunião de família, realizando o último desejo do pai da protagonista, falecido.


DIGIMON ADVENTURE 2 – O INÍCIO

Sinopse: Em fevereiro de 2012, quando Davis Motomiya e Veemon estavam fazendo lámen, um gigante Digi-Egg apareceu no céu. Eles então conheceram alguém que alegou ser a primeira pessoa a fazer parceria com um Digimon, no entanto, apesar de ter um Digivice, o DigiDestined não tinha um parceiro Digimon com eles.


O ANO DO TIGRE

Sinopse: Um restaurante está a ponto de quebrar, mas os proprietários farão de tudo para evitar que isso aconteça. Entre muitas aventuras e contratempos, eles terão que lidar com mafiosos e golpistas.


O JOGO DA INVOCAÇÃO

Sinopse: Há um estranho toque de crueldade em jogos infantis que, algumas vezes, pode ser levado longe demais contra a vontade dos envolvidos. No terror O JOGO DA INVOCAÇÃO, os irmãos Marcus (Asa Butterfield), Billie (Natalia Dyer) e Jo (Benjamin Ainsworth) são atraídos para um jogo demoníaco em que a única regra é: se você perde, você morre.


OS SEGREDOS DO UNIVERSO POR ARISTÓTELES E DANTE

Sinopse: Em um verão inesquecível, os jovens Aristóteles e Dante são unidos pelo acaso e, embora sejam completamente diferentes um do outro, iniciam uma amizade especial, daquelas que duram uma vida inteira. Dante é tudo o que Aristóteles deseja ser: expressivo, inteligente e autoconfiante. Juntos, eles embarcam em uma emocionante jornada pela adolescência e começam a questionar todos os segredos do universo.


TRÊS TIGRES TRISTES

Sinopse: Três Tigres Tristes conta a história de três jovens que vivem em uma kitnet na Liberdade, bairro de São Paulo: um aspirante a artista plástico, uma mulher trans e um performer e drag queen soropositivo. Juntos, eles cuidam do bichinho de estimação Intransmissível, um porquinho da índia. Um dia, são ameaçados de despejo - o aluguel está atrasado há três meses - e lutam para encontrar uma maneira de sair da situação. 


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