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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Duna'

Sinopse: Paul Atreides é um jovem brilhante, dono de um destino além de sua compreensão. Ele deve viajar para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo.

Durante muito tempo muitos clássicos literários foram considerados impossíveis para serem adaptados para o cinema, ao menos na opinião de determinados fãs dos contos. Alguns consideraram impossível levar para as telas, por exemplo, "O Senhor dos Anéis" de J. R. R. Tolkien, mas foi em 2001 que Peter Jackson provou ao contrário e nos brindando com uma trilogia que respeita, tantos os fãs da obra literária, como também atrair um público que nem sabia da riqueza vinda da terra média. O sucesso da trilogia reacendeu a possibilidade de levar novos clássicos literários para o cinema, mas ao mesmo tempo despertando a desconfiança ferrenha dos fãs de determinadas obras.

Se por um lado nos últimos tempos os efeitos visuais romperam as fronteiras entre o realismo e o artificial, do outro, é muito difícil as vezes levar para o cinema uma linguagem que somente funcione nas páginas de um livro. Portanto se torna uma missão ingrata para um realizador manter em harmonia uma linguagem extraída das páginas com as regras impostas da sétima arte e que perdura até os dias de hoje. Eis então que chegamos a "Duna" (2021), a mais nova versão da obra literária do escritor Frank Herbert, da qual pode se tornar revolucionaria, ou então a sua última tentativa de ser levada as telas.

Dirigido por Denis Villeneuve, o mesmo de "Blade Runner - 2049" (2017), "Duna" se passa em um futuro longínquo. O Duque Leto Atreides administra o planeta desértico Arrakis, também conhecido como Duna, lugar de única fonte da substância rara chamada de "melange", usada para estender a vida humana, chegar a velocidade da luz e garantir poderes sobre-humanos. Para isso ele manda seu filho, Paul Atreides (Timothée Chalamet), um jovem brilhante e talentoso que nasceu para ter um grande destino além de sua imaginação, e seus servos e concubina Lady Jessica (Rebecca Fergunson), que também é uma Bene Gesserit. Eles vão para Duna, afim de garantir o futuro de sua família e seu povo. Porém, uma traição amarga pela posse da melange faz com que Paul e Jessica fujam para os Fremen, nativos do planeta que vivem nos cantos mais longes do deserto.

Essa não é a primeira vez que Denis Villeneuve tem a árdua tarefa de adaptar para o cinema uma obra literária complexa como essa, pois basta pegarmos como exemplo a sua adaptação de "O Homem Duplicado" (2013) de José Saramago para termos uma vaga ideia. Porém, desafios como esse que o cineasta soube superar ao longo dos anos, pois o mesmo soube conduzir com maestria, não somente uma continuação digna de nota do cultuado "Blade Runner" (1982), como também nos surpreendendo com a ficção "A Chegada"(2019). Em ambos os casos o cineasta criou uma visão própria, onde os cenários não eram somente grandiosos, como também poéticos e cheios de simbolismos.

Por conta disso, não só veremos uma adaptação fiel de "Duna" para o cinema, como também uma visão particular do cineasta com relação aquele universo literário. Contudo, é curioso observar que a visão do cineasta se assemelha quase perfeitamente com a visão do escritor Frank Herbert, mas somente obtendo esse feito graças aos efeitos visuais de ponta de hoje em dia. Vale destacar que a edição de arte e fotografia andam aqui de mãos dadas e fazendo do visual da obra uma das mais significativas do ano.

Ao mesmo tempo, o lado técnico da produção é todo orquestrado para que aquele universo soe verossímil, familiar e dando a entender que Denis Villeneuve captou a a ideia principal do escritor, do qual o mesmo criou a sua obra literária como uma espécie de reflexo sobre as guerras e as lutas dos povos em busca de poder e energia. Assuntos como esses que perduram até os dias de hoje e fazendo com que a adaptação não soe atrasada, mas sim contemporânea e podendo atrair até mesmo aqueles que nunca leram uma página da obra. Curiosamente, Villeneuve manteve fiel a linguagem, costumes, religião e nomes complexos vindos de sua fonte, o que talvez não assuste um marinheiro de primeira viagem, desde que esse último abra a sua mente.

Com um elenco estelar, destaco o próprio protagonista, interpretado com certa intensidade pelo jovem ator Timothée Chalamet e que soube passar para nós a dúvida e o peso que o personagem carrega ao longo da história. O mesmo vale para Oscar Isaac e Rebecca Ferguson, sendo que o primeiro possui uma última cena merecedora de aplausos. E se por um lado Zendaya não teve ainda o espaço necessário para explorar a sua personagem (quem sabe no segundo filme), do outro, Javier Bardem surpreende em seus poucos momentos de cena.

A grande frustração dessa adaptação fica por conta que não há um final conclusivo, já que o filme somente adapta metade da obra literária. Com uma linguagem complexa, além de um visual incomum, o filme corre o risco de afastar uma boa parcela do público que talvez não esteja interessado em adentrar em algo desconhecido, que faça pensar e que foge do cenário convencional da indústria cinematográfica. Com uma trilha majestosa de Hans Zimmer, concluo que só o tempo dirá se o investimento valeu a pena ou se o público de hoje ainda não está pronto para "Duna". 

 


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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (21/10/21)

Duna

Sinopse: Em um futuro distante, planetas são comandados por casas nobres que fazem parte de um império feudal intergalático. Paul Atreides (Timothée Chalamet) é um jovem cuja família toma controle do planeta deserto Arrakis, também conhecido como Duna. Sendo a única fonte da especiaria melange, a substância mais importante do cosmos.


Andre Matos - O Maestro do Rock

Sinopse: Com cenas nunca antes vistas, incluindo a última entrevista do artista meses antes de morrer, “Andre Matos – Maestro do Rock” traça a trajetória do maior vocalista brasileiro de heavy metal de todos os tempos, que ficou famoso mundialmente mesmo sendo avesso à fama. 


Ron Bugado

Sinopse: Ron Bugado conta a história do jovem Barney, um menino de onze anos que tem dificuldade de fazer novos amigos, e seu companheiro Ron, uma inteligência artificial de alta tecnologia que anda, fala e é o "melhor amigo fora da caixa" de Barney. Mas quando Ron começa a ter seu funcionamento comprometido, os dois saem em uma aventura repleta de ação, onde a amizade entre os dois se mostra verdadeira.


 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 21 A 27 DE OUTUBRO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

Morangos Silvestres. 


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h30 – TAIS & TAIANE *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 106min). Direção de Augusto Sevá, com Gabriella Verganni e Yasmin Santos. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Duas jovens garotas, com histórias de vida completamente diferentes, se conhecem na estrada, enquanto tentam uma carona. Taís está em busca do pai, enquanto Taiane oferece seus serviços de prostituta para os caminhoneiros. Como todo “road movie”, esta jornada também vai oferecer desafios e aproximar as duas protagonistas.


*NÃO HAVERÁ SESSÃO NO DIA 24 (DOMINGO).


15h – MORANGOS SILVESTRES Assista o trailer aqui.

(Suécia, 1957, 90min). Direção de Ingmar Bergman, com Victor Sjöström.

Sinopse: Às vésperas da viagem para receber um prêmio importante, um velho professor decide fazer o roteiro de carro e revisita lugares importantes de seu passado. Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1958.


17h30 – A CANDIDATA PERFEITA Assista o trailer aqui.

(The Perfect Candidate - Alemanha/Arábia Saudita, 2020, 105min) Direção de Haifaa Al Mansour, com Mila Alzahrani, Dae Al Hilali, Nourah Al Awad. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Primeira mulher a dirigir um longa na Arábia Saudita (foi "O Sonho de Wadja", em 2012), a diretora Haifaa Al Mansour coloca seu foco agora na resiliência feminina. A protagonista do título é Maryam, uma jovem médica que todos os dias precisa provar para os homens que é competente. Movida pelo desejo de melhorar a comunidade onde vive, ela resolve se candidatar ao cargo de secretária municipal – mesmo sabendo que o respeito à cultura e as tradições religiosas vem antes de qualquer projeto pessoal.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 – LOS LOBOS *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(México, 2020, 90min). Direção de Samuel Kishi Leopo, com Martha Reyes Arias, Maximiliano Márquez, Leonardo Márquez. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Baseado nas memórias de infância do próprio diretor, o roteiro acompanha Lucia e seus dois filhos pequenos - Max e Leo - numa cruzada para melhorar de vida nos Estados Unidos. Os pequenos sonham em conhecer a Disney e seus muitos heróis, mas são obrigados a passar seus dias trancados em um apartamento miserável enquanto a mãe sai para trabalhar. A vida lá fora não tem heróis, apenas imigrantes como eles, que vêm de várias partes do mundo. Na imaginação de uma criança, entretanto, a realidade pode ser bem diferente.


17h – ARANHA Assista o trailer aqui.

(Araña – Chile/Argentina/Brasil, 2019, 105min). Direção de Andrés Wood, com María Valverde, Gabriel Urzúa, Pedro Fontaine. Pandora Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Às vésperas do golpe militar no Chile, em 1973, os estudantes Inés, Justo e Gerardo integravam o grupo de extrema direita Patria y Partido, cujo símbolo lembrava uma aranha. Quarenta anos depois, na Santiago dos dias atuais, Gerardo está de volta ao país e sustenta o mesmo pensamento fascista e xenófobo de antigamente. O que quase ninguém sabe é que, na juventude, ele tinha um caso com Inés - ao mesmo tempo em que ela namorava Justo. Hoje rica e poderosa, Inés não quer que alguns segredos do passado venham à tona. O filme foi indicado pelo Chile à disputa pelo Oscar de filme estrangeiro.


19h – SANCTORUM *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(México/Rep. Dominicana/Qatar, 2020, 85min). Direção de Joshua Gil, com Erwin Pérez Jiménez, Nereyda Vásquez, Virgen Torres. Zeta Filmes, 14 anos. Drama/Fantasia.

Sinopse: Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival Indie 2020, a produção busca um tom poético para tratar de um problema brutal: a indústria das drogas no México. Isolada entre narcotraficantes e um exército corrupto, a mãe de uma família humilde só consegue sobreviver trabalhando em plantações de maconha. Quando ela não volta do trabalho, a avó ensina ao neto a importância de rezar e respeitar os deuses da natureza.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: ‘No Ritmo do Coração’

Sinopse: Ruby (Emilia Jones), a única pessoa que não é surda em sua família. Ao mesmo tempo em que enfrenta os dilemas da idade e a responsabilidade de ser a intérprete da família, Ruby descobre seu talento musical.   

"O Som do Silêncio" (2019) foi uma grata surpresa vinda do cinema independente nos últimos anos. Ao retratar um baterista que perde a sua audição devido à grande poluição sonora do seu dia a dia se tem um retrato humano de uma pessoa em ter que recomeçar do zero e aprender a conviver consigo mesmo em meio ao silêncio. "No Ritmo do Coração" (2021) vai para um caminho mais leve sobre o mesmo assunto, mas não deixando de nos conquistar em todos os sentidos.

Dirigido por Siân Heder, vindo do sucesso da série "Glow" (2017), o filme conta a história de uma família com deficiência auditiva que comanda um negócio de pesca em Gloucester, nos Estados Unidos. Ruby (Emilia Jones), a única pessoa da família que escuta, ajuda os pais e o irmão surdo com as atividades do dia-a-dia. Na escola, ela se junta ao coral, onde acaba se envolvendo romanticamente com um de seus colegas. Com o tempo, ela percebe que tem uma grande paixão por cantar e seu professor a encoraja a tentar entrar em uma escola de música. A jovem, então, precisa decidir entre continuar ajudando sua família ou ir atrás de seus sonhos.

O primeiro ato até que nos engana em primeiro momento, já que a protagonista entra no coral da escola unicamente para se aproximar do jovem em que ela está interessada. Porém, de uma possível comédia boba adolescente o filme vai se transformando, ao mostrar a ela se redescobrindo na vida através da canção e colocando para fora algo que até então ela havia escondido para si mesma. Ao mesmo tempo é interessante o dia a dia dela com a sua família, sendo que todos os diálogos são através de sinais e fazendo aumentar ainda mais o meu interesse de um dia querer aprender.

Com a mão firme na direção,  Siân Heder tem a proeza de transitar momentos de humor com pinceladas de romance e drama, mas nunca decaindo por demais em nenhum dos gêneros que se encontra dentro da obra. Com personagens bem construídos, cada um se destaca da sua maneira, como no caso do professor de música Bernado, interpretado intensamente por Eugenio Derbez, ou pelos pais da protagonista que sempre roubam a cena quando surge na tela. Porém, é Emília Jones que realmente se sobressai, ao interpretar uma jovem que amadurece precocemente perante a uma realidade trabalhista do mundo da pesca ao lado dos pais e conviver com o preconceito e aceitação na escola ao longo dos anos que foram passando.

O ato final pode até se encaminhar para um cenário que a gente já prevê antecipadamente, mas não tem como não se emocionar em momentos muito bem filmados. Há, por exemplo, a cena em que os pais e o irmão da protagonista vão assistir ao coral do qual a filha participa, mesmo eles não podendo ouvir nada. Com uma bela edição de cenas, temos uma exata dimensão da maneira como eles sentem o peso daquele momento, não através do som, mas sim pelas expressões das pessoas que estão assistindo naquele momento e tornando a cena um dos grandes momentos do filme como um todo.

"No Ritmo do Coração" é um filme de superação contra as adversidades da vida e da qual nenhuma porta está realmente fechada para todos nós.   


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Cine Dica: Programação de 21 a 27 de outubro de 2021 na Cinemateca Capitólio

 21 a 27 de outubro de 2021

SANCTORUM


FESTIVAL DE CINEMA DE ANIMAÇÃO

Entre os dias 21 de outubro e 9 de novembro, a Cinemateca Capitólio apresenta o Festival de Cinema de Animação. Realização da Cinemateca Capitólio e da Aliança Francesa de Porto Alegre, com apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français, a programação apresenta clássicos da animação francesa, programas de curtas e o ciclo Tudo é Político!, com cinco destaques contemporâneos em torno de questões históricas de países como Líbano, Espanha, Camboja, França e África do Sul. O valor do ingresso é R$ 10,00.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/4590/festival-de-cinema-de-animacao


CURTAS FRANCESES NA SESSÃO VAGALUME

Nos dias 23 e 24 de outubro, a Sessão Vagalume, realizada pelo Programa de Alfabetização Audiovisual, apresenta o programa infantil de curtas franceses intitulado Ao Ar Livre, com oito pequenas histórias animadas vivenciadas em montanhas, jardins e florestas. O valor do ingresso é R$ 10,00.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/4611/sessao-vagalume-ao-ar-livre/


PROJETO RAROS + CINECLUBE ACADEMIA DAS MUSAS

A Cinemateca Capitólio e o Cineclube Academia das Musas, coletivo que estuda obras dirigidas por mulheres, promovem duas sessões especiais do Projeto Raros no fim de outubro. No dia 22, às 19h30, será exibido The Student Nurses, uma subversão do cinema exploitation dirigido por Stephanie Rothman, com produção de Roger Corman. No dia 29, às 19h30, será apresentado o longa francês Simone Barbès ou a Virtude, de Marie-Claude Treilhou. As sessões têm entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/4615/projeto-raros-e-cineclube-academia-das-musas-apresentam-sessoes-especiais/


PRÉ-ESTREIA DE SANCTORUM

No sábado, 23 de outubro, às 17h, a Cinemateca Capitólio promove uma sessão de pré-estreia do filme mexicano Sanctorum, de Joshua Gil. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/4620/sanctorum/


GRADE DE HORÁRIOS

21 a 27 de outubro de 2021


21 de outubro (quinta-feira)

15h – O Homem do Rio

17h – Best of 2020-21!

19h – Josep


22 de outubro (sexta-feira)

15h – O Demônio das Onze Horas

17h – Os Mundos Imaginários de Jean François Laguionie

19h30 – Projeto Raros: The Student Nurses


23 de outubro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: ao ar livre!

17h – Sanctorum (pré-estreia)

19h – O Estado Contra Mandela e os Outros


24 de outubro (domingo)

15h – Sessão Vagalume:  ao ar livre!

17h – Cinderela em Paris

19h – Um Homem Está Morto


26 de outubro (terça-feira)

15h – O Homem do Rio

17h – O Rei e o Pássaro

19h – Funan


27 de outubro (quarta-feira)

15h – O Demônio das Onze Horas

17h – Os Caracóis + O Planeta Fantástico

19h –  Sessão do Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual (divulgação em breve)


Para a retomada da programação presencial, uma série de adaptações para a utilização do espaço foram implementadas, desde entrada e saída do público, o estabelecimento de limite de espectadores por sessão (teto de 50% de ocupação), distanciamento entre os presentes, sendo bloqueados os assentos demarcados, além do uso obrigatório de máscara durante toda a sessão e o incentivo à higienização constante das mãos. É obrigatória a apresentação de Comprovante de Vacinação Oficial (CONECTE SUS) de acordo com calendário de vacinação estadual para público e trabalhadores de cinemas do Rio Grande do Sul.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'DNA'

Sinopse: Neige, divorciada e mãe de três crianças, visita regularmente Emir, seu avô argelino, vivendo agora num asilo para idosos.   

Não é somente pelo sangue que une as famílias, mas sim também pelos laços de amizade e o respeito mútuo. Porém, principalmente em tempos atuais, está cada vez mais difícil dizer o que forma realmente uma família, porém, é através de suas origens que se pode obter tais respostas. "DNA" (2021) é sobre laços de sangue desconstruídos a partir da perda de um ente querido e pelo nascimento da curiosidade pela origem de tudo.

Dirigido por Maïwenn, acompanhamos a história de Neige, uma mulher divorciada e mãe de três crianças que visita regularmente Emir, seu avô argelino, vivendo agora num asilo para idosos. Ela adora e admira aquele que exerce o papel de sustentáculo da família, o homem que a criou e que sobretudo a protegeu da atmosfera tóxica que marcava o relacionamento com os pais. As relações entre os muitos integrantes da família são complicadas e a morte do avô acabará por desencadear uma tempestade familiar e uma profunda crise de identidade em Neige.

O primeiro ato da obra é extremamente curioso, já que não temos uma exata certeza de quem é realmente o protagonista da trama. Se por um lado o avô é uma presença central mesmo depois de morto, os seus netos, por sua vez, se tornam figuras curiosas das quais se identificam com esse homem que soube construir tudo através de tão pouco. Porém, se por um momento achamos que é o neto que se tornará o fio narrativo, eis que Neige, interpretada pela própria diretora Maïwenn, é a que acaba se tornando o coração do filme como um todo.

Antes disso, acabamos conhecendo um pouco da história do avô, cuja a mesma é interligada com os eventos dos anos sessenta ocorridos na Argélia. O personagem, aliás, é um de muitos de uma grande resistência perante os golpes de estado que ocorreram em vários países ao longo da história e que jamais deixaram de acreditar em determinadas ideias políticas como no caso, por exemplo, do comunismo. Ao mesmo tempo, a trama vai mudando gradualmente na medida que o interesse de Neige em querer saber de suas origens acabam se tornando uma obsessão e desencadeando até mesmo atritos entre a sua mãe.

A relação das duas, aliás, rende momentos genuinamente impressionantes, cuja as cenas de ambas as interpretes se tornam o coração do filme. Embora tenha uma boa mão na direção é na interpretação que  Maïwenn se sobressai, ao construir para sua personagem uma força interna que se sobressai e disposta a quebrar certas regras para assim obter uma nova estrada em sua vida. O ato final ela nos brinda com grandes momentos e cuja as cenas finais se tornam um colírio para os nossos olhos, ao testemunharmos uma bela cidade histórica e da qual se torna o berço para a sua protagonista.

"DNA" é sobre raízes e laços familiares e dos quais os mesmos se entrechocam na medida em que vamos procurando respostas sobre nós mesmos. 


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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Cine Especial: Próximo Cine Debate: 'A GAROTA DINAMARQUESA'

                                              Participem do debate sobre o filme na próxima quarta-feira. 

"A Garota Dinamarquesa"

Sinopse: O pintor dinamarquês Einar Mogens Wegener (Eddie Redmayne) é casado com Gerda (Alicia Vikander) e sempre se identificou com o universo feminino, mesmo de forma velada. Mas seu instinto fala mais alto e ele decide fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Einar passa a usar o nome Lili Elbe e entra para história como a primeira pessoa a se submeter a esse tipo de procedimento.

Subestimei Eddie Redmayne quando eu o vi pela primeira vez em Sete Dias com Marilyn, pois a sua atuação era opaca perante o talento de Michelle Williams que interpretada um ícone imortal naquele filme. Porém, tive que engolir as minhas próprias palavras quando vi o mesmo jovem ator no filme A Teoria de Tudo e cuja sua interpretação extraordinária lhe garantiu o seu primeiro Oscar na carreira. Tudo é questão de oportunidade para determinados atores mostrarem o seu verdadeiro talento e não me admira que Eddie Redmayne venha a ganhar o seu segundo Oscar consecutivo pelo filme A Garota Dinamarquesa.

Baseado em fatos verídicos, Redmayne interpreta o bem sucedido pintor Finar Mogens que, casado com a também pintora Gerda (Alicia Vikander), ambos possui uma vida corriqueira pelo mundo das artes. Porém, quando Gerda pede ao seu marido posar com um vestido, Finar imediatamente começa a ter prazer em se vestir como mulher. Não demora muito para descobrimos de que se trata de outro lado do pintor que estava adormecido há muito tempo e que agora despertou.

Confira a minha crítica completa da época clicando aqui. 

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