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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (19/02/21)

 Nona - Se me Molham eu os Queimo

Sinopse: Aos 66 anos de idade, Nona (Josefina Ramirez) decide finalmente vingar-se de seu ex-amante e comete um atentado que a obriga a fugir para que não seja presa. 


Monster Hunter

Sinopse: Paralelo ao nosso mundo, existe outro: um mundo de poderosos e perigoso monstros que controlam seus territórios com ferocidade mortal. Quando uma inesperada tempestade de areia transporta a Tenente Artemis (Milla Jovovich) e seu esquadrão (TI Harris, Meagan Good, Diego Boneta) para um novo mundo, os soldados se chocam ao descobrirem que esse ambiente desconhecido e hostil é o lar de enormes e assustadores monstros que são imunes ao seu poder de fogo.


New Life S.A.

Sinopse: Augusto (Renan Rovida) é um arquiteto bem-sucedido, no comando da construção de um novo condomínio de luxo em Brasília.

Notre Dame

Sinopse: Maud Crayon, arquiteta e mãe de duas crianças, conquista – graças a um mal-entendido – o grande concurso promovido pela prefeitura de Paris para reformar o pátio diante da catedral de Notre-Dame.


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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: ‘O Paraíso Deve Ser Aqui’

Sinopse: Elia Suleiman deixa sua terra natal, na Palestina, e viaja pelo mundo apenas para encontrar, por onde passa, os mesmos problemas que encontrava lá. 

Não conhecemos a Palestina como ela é realmente, mas sim somente pelos noticiários, ou pela imagem estereotipada que o cinema norte americano fica retratando-a ao longo dos anos. Uma coisa é enxergamos os países do mundo a fora de acordo como os nossos governantes, ou meios de comunicação, nos vendem com relação aquela cultura, mas que faz com que obtemos somente a superfície dela. “Paraíso Deve Ser Aqui” fala sobre um tema universal, do qual as culturas podem ser distintas uma da outra, mas o dia a dia pode haver mais semelhanças do que a gente imagina.
Dirigido por Elia Suleiman, o filme conta a história dele mesmo, que decide deixar a sua terra natal da Palestina e viaja pelo mundo apenas para encontrar, por onde ele passa, os mesmos problemas que encontrava lá. De Paris à Nova York, por onde suas viagens o levam, ele encontra problemas com a polícia, racismo, controle de imigração. Tentando deixar sua nacionalidade para trás, mas sempre sendo lembrado dela, ele questiona o significado de identidade e o lugar que se pode chamar de lar.
O prólogo do filme já nos deixa uma pista sobre o que iremos testemunhar ao longo do filme, onde se sintetiza o papel da igreja e como ela influencia o dia a dia das pessoas. Suleiman observa as pessoas e seus costumes de sua terra natal, mas que, curiosamente, são situações que nos soam familiares e nenhum pouco diferente do que vemos do lado de cá da tela. É como se o cineasta nos dissesse que os problemas, seja eles vindo do conservadorismo, ou meios políticos, são todos iguais ao redor do globo, mas mesmo assim ele decide sair pelo mundo a fora e nos convidar nessa grande jornada.
Ao adentrar na cidade de Paris, Suleiman encara uma nova realidade, onde as mulheres, por exemplo, possuem mais liberdade, muito embora não deixam de ser objetos de desejo e controle que os homens tanto almejam obter como um todo. Um país onde se acolhe inúmeros povos, mas que não esconde o desejo pelo controle e tão pouco esconde a separação entre as classes. Tudo isso sendo moldado de uma forma estereotipada, porém, crítica que o cineasta faz com relação a cidade da luz, mas isso nada se compara com a sua chegada em Nova York.
Sendo visto como uma espécie de maravilha rara por um taxista, o cineasta revela uma sociedade norte americana ingênua com relação a Palestina, ou até mesmo com relação a qualquer nação que ela não sabe ou não quer compreendê-la. Em contrapartida, o humor ácido domina nesta fase em território gringo, onde em um sonho, por exemplo, Suleiman enxerga uma sociedade norte americana totalmente armada e paranoica, sendo algo que não foge muito do sonho desejado pelo presidente Donald Trump hoje em dia. Em sua reta final, constatamos que o cineasta não poderá obter a chance de falar sobre a sua Palestina em uma produção norte americana, pois vai contra a ideia que a sociedade opta em se alimentar e tão pouco quer saber do que realmente se passa por lá, a não ser se for do modo já conhecido, ou seja, estereotipado.
Em seus minutos finais Elia Suleiman faz algo de acordo com a ideia que o norte americano tem em mente, ou seja, é o nada ou o lado bidimensional sobre a sua pessoa e seu país de origem. Ao vermos o cineasta de volta as suas raízes, constatamos, enfim, que a Palestina nada mais é do que um lugar em que facilmente podemos nos identificar, pois seus problemas com relação à economia, machismo e conservadorismo não são muito diferentes do nosso e tornando a cena final simbólica como um todo. “O Paraíso Deve Ser Aqui” fala sobre a busca de um lugar perfeito, quando na verdade ele não existe e fazendo a gente valorizar cada vez mais as nossas próprias raízes.

Onde assistir: Locação pelo Youtube ou Google Play Filmes.
 
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Cine Dica: Streaming: 'El Desayuno'

O cineasta colombiano, Cristian Arcos Cerón, obteve o Primeiro Lugar no XI Festival Internacional de Curtas da China, com sua obra "El Desayuno", na categoria Prêmio Observação Especial de Curtas - Seção Anti Covid-19/Pandemia.

Fevereiro de 2021.

Confira o curta pelo Youtube abaixo


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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'A Caminho da Lua'

 Sinopse: Estimulada pelas histórias da mãe, Fei Fei decide construir uma nave espacial para ir até a Lua e comprovar a existência de uma lendária deusa. Assista o quanto quiser.

Se tem um legado que os estúdios Pixar irão deixar para história é pelo fato deles obterem atenção tanto dos pequenos como também dos adultos. Com personagens carismático, os seus filmes possuem nas entrelinhas um conteúdo adulto e do qual atraiu sempre um público mais velho. Embora não seja pertencente ao estúdio, "A Caminho da Lua" segue essa cartilha de sucesso, ao nos apresentar uma trama com um universo colorido, mas que fala de assuntos delicados e dos quais os adultos compreendem muito.

Dirigido por Glen Keane e  John Kahrs, colaboradores no passado dos estúdios Disney, em “A Caminho da Lua”, depois de ter finalizado a construção de uma engenhosa nave espacial, a jovem Fei Fei embarca para a lua para provar ao seu pai a existência de uma deusa mística que habitaría no astro. Chegando ao seu destino. a jovem descobre criaturas fantásticas que a ajudarão a completar sua missão e retornar para a terra sã e salva.

Ao ser uma trama que se passa na China, o primeiro ato é carregado de imagens que sintetizam a mitologia de lá, do qual o desenho tradicional com animação gráfica caminha de mãos dadas. Aliás, é já no primeiro ato que surgem os dilemas que Fei Fei terá de enfrentar, desde ao fato de perder um ente querido, como também aceitar as mudanças que a vida lhe dá. A questão de saber lidar com a perda e ter de aceitar os novos rumos da vida é um prato cheio para qualquer adulto que acompanha os seus filhos para assistir uma obra como essa.

Se o recheio é complexo para os adultos, por outro lado, o visual é um verdadeiro colírio para os olhos dos pequenos. A partir do momento que a realidade dá espaço para a fantasia, o filme ganha um visual extraordinário e multicolorido, onde as tradições, lendas e a cultura Chinesa explodem na tela e se misturando com a proposta principal da obra. Logicamente, há sempre personagens fofinhos, sejam aqueles para somente encher a tela, como também ter um papel primordial na história.

Claro que haverá muitas meninas por aí que irão se identificar e muito com a jovem Fei Fei. Porém, ao invés do discurso sobre o feminismo, o filme foca mais nas questões do lado cientifico vs fantasia, mas que ambos os casos podem sim andar de mãos dadas. Os que forem assistir a obra, por exemplo, poderão acreditar que a jornada de Fei Fei realmente aconteceu, ou que simplesmente ela caiu na toca do coelho e se vocês conhecem o clássico "Alice No País das Maravilhas" sabem muito bem do que eu estou falando.

"A Caminho da Lua" é sobre fantasia´, fé e os dilemas que a vida adulta nos dá. 

Onde Assistir: Netflix. 

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Cine Dica: Cine Clube Sesc Canoas: "Umbrella" e "Ba"

 


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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Cine Debate: 'Rede do Ódio'

Próximo encontro do CINE DEBATE – FILMES PARA PENSAR A VIDA será no dia 23.02.2021 (terça-feira) das 19h às 20h 30min vamos discutir/comentar o filme: Rede do ódio com mediação de Eduardo Fernandes Sarturi.

O filme está disponível na Plataforma do Netflix.

Mais informações e como participar da live entrar em contato com Emilia Bottini clicando aqui. 

Confira a minha crítica sobre o filme clicando aqui. 

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'O Tigre Branco'

Sinopse: A trajetória de Balram (Adarsh Gourav), um jovem indiano que nasceu em meio à miséria e que foi ensinado desde pequeno que seu destino era escolher um grande marajá para servir até o fim com muita lealdade. 

Embora o mundo tenha conhecido mais de perto a realidade atual da Índia através do filme "Quem Quer Ser Um Milionário?" (2008), convenhamos, o final foi romanceado para agradar as plateias do ocidente que gosta de comprar a ideia da superação positiva perante os obstáculos da vida. Porém, nos últimos tempos, cada vez mais se percebe que não há como esconder a realidade em que vários países começam a sentir os efeitos negativos do sistema capitalista e filmes como "Coringa" (2019) e "Parasita" (2019) cada vez mais se tornam símbolos cinematográficos sobre o caminho sem volta de uma sociedade cada vez mais sufocada e sem para onde ir, a não ser se vender ao poder para sobreviver. Aliás, essa minha última observação se casa com a proposta do filme "O Tigre Branco" (2021), do qual o indivíduo comum não deseja pertencer mais ao abate, mas sim pular do galinheiro e se tornar em definitivo o chefe.

Dirigido por Ramin Bahrani, o filme é baseado no best-seller escrito por escrito por Aravind Adiga, que conta a história de um ambicioso motorista indiano chamado Balram (Adarsh Gourav) que decide sair do seu vilarejo e crescer na vida sendo motorista de uma família poderosa. Durante o percurso, ele usa toda a sua astúcia e sagacidade para escapar da pobreza e se libertar de sua vida de servidão a patrões ricos. Contudo, há um alto preço a ser pago.

Com narração off, acompanhamos a trama através das palavras do protagonista que, curiosamente, começa a olhar para nós e assim quebrar a quarta parede. Sendo usado com cada vez mais frequência no cinema, a quebra da quarta parede serve aqui mais para ficarmos lado a lado do protagonista, como se houvesse um desejo pelo mesmo em querer que a gente entenda o seu ponto de vista sobre sua história e para assim abraçarmos a sua causa. Não é preciso muito esforço, já que o diretor faz questão em criar um verdadeiro contraste entre a vida que o protagonista havia passado com a realidade cheia de frutos do qual ele tanto deseja adquirir como um todo.

Tecnicamente o filme é um colírio para os olhos, onde a edição é frenética e jamais cansativa, se casando com uma trilha sonora que empolga e cuja a fotografia foge dos clichês hollywoodianos e nos brindando com um visual limpo e cru sobre a realidade do povo indiano. Mas o filme não seria nada se não fosse pelo grande desempenho de  Adarsh Gourav, cujo o olhar do seu personagem transmite certa inocência perante a realidade em sua volta, mas aprendendo de formas duras como sobreviver perante a ela. O tigre branco, aliás, faz referência ao felino com pelos brancos que raramente nasce por lá, mas ao mesmo tempo interligando com o indivíduo comum que se destaca no meio da multidão.

Porém, se destacar na multidão é preciso certos sacrifícios, ao ponto de o protagonista chegar a vender a alma ao Diabo. Contudo, há uma famosa frase do jornalista David Brinkley que se casa com a proposta principal do filme: "Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos que jogaram nele". O protagonista, portanto, vai guardando os tijolos, mas não para somente erguer um muro, como também sujar as suas próprias mãos em alguns momentos.

Embora se passe na Índia, o filme de uma forma simples se cruza com realidade atual de todo o globo, onde testemunhamos os governos do ocidente, principalmente do norte americano, se afundando no próprio império capitalista que haviam construído. Enquanto isso, a China dá o seu recado como potência atual super poderosa e a mensagem final do filme é desconcertante pois ela é realista mesmo quando um negacionista tenta não querer enxergar ela. Algumas palavras do protagonista chegam até mesmo ser proféticas e fazendo o filme se alinhar com esses tempos indefinidos em que todos nós vivemos.

Com um minuto final que se assemelha a filmes como "O Lobo de Wall Street" (2013) e "Um Toque de Pecado" (2013), "O Tigre Branco" entra fácil na lista dos melhores filmes do ano, ao escancarar a dura realidade de que nós pertencemos ao abate do sistema capitalista e que para sobreviver é preciso se vender ao poder dela.   

Onde Assistir: Netflix  

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