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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Cine Curiosidade: Evento multiarte agita a noite paulista: arte, moda, musíca eletrônica e cinema com exibição do premiado AGS na última quinta.



Ontem às 20h na TRAFE ocorreu a exibição do Filme AGS (Agence Générale du Suicide), humor negro premiado traz críticas politico-sociais, arte inspirada em Grande Hotel Budapeste e atriz internacional Cris Lopes e Euler Santi no elenco.


A TRAFE é um evento multiarte que vem agitando a noite paulista todas as quintas-feiras a partir das 20:00 horas até o sol chegar! Música eletrônica, cinema, artes visuais, performance, moda e gastronomia. Em sua 14. edição já arrastou mais de sete mil pessoas para esse experiência única na noite de São Paulo. É um coletivo que tem a coordenação do produtor cultural Kauê Magalhães. No cinema, já realizou sessões memoráveis como a exibição do documentário DZI Croquettes seguido de debate com o bailarino Ciro Barcelos e a mediação do cineasta Cacau Rodhan. Quem agita a pista de dança é o DJ Johnny da Cruz. A gastronomia é com o Chef - Lucas Sampaio da AG1 cozinha e fusão e a exibição e seleção dos filmes fica com a curadora de cinema Mari Angela Magalhães. Para os clicks do agito tem fotógrafo da Agência Flash Bang.


Ontem (21/9 às 20h), foi exibido o premiado brasileiro AGS baseado em obra francesa dos anos 20, "Agence Generale du Suicide", do poeta frances dadaista Jacques Rigaut (em português: Agência Geral de Suicídio). Já pensou em planejar sua própria morte de maneira excêntrica e divertida? O filme é uma comédia com bastante humor negro, críticas político-sociais e piadas atuais que se passa em uma agência como se fosse uma repartição pública sofisticada, onde os clientes escolhem e personalizam a forma como gostariam de morrer.

AGS traz no elenco a atriz internacional Cris Lopes e o ator e roteirista Euler Santi, com direção de Rodney Borges.  Já foi exibido na Espanha e Uruguai, no CineSesc Augusta em São Paulo e em diversos estados no Brasil, selecionado em 13 festivais de cinema, com 4 prêmios entre eles, Melhor Fotografia e Melhor Roteiro. A Direção de Arte é de Cris Lopes, inspirada em Grande Hotel Budapeste. Cris que já passou várias temporadas na Europa nos últimos 5 anos, atua no Brasil e exterior, em idiomas como espanhol, inglês e francês e está em 02 longas metragens em breve nos cinemas: filme canadense "Freer" em lançamento USA & Canadá e o nacional "Meio-Irmão" de Eliane Coster exibido no Festival de Toulouse na França este ano. 

Curtir no Facebook Fan Pages:  @TRAFE.BR    @filmeags       @crislopesoficial

Assistir trailer do filme AGS: https://www.youtube.com/watch?v=W8tnO05edfQ


Cine Dica: Tommy e Quadrophenia em exibição



FILMES INSPIRADOS EM DISCOS DO THE WHO GANHAM EXIBIÇÕES ÚNICAS NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS


 Na expectativa para o aguardado show do The Who em Porto Alegre, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta, nos dias 23 e 24 de setembro, filmes baseados em dois dos principais discos da banda: Tommy (1975), dirigido pelo visionário Ken Russell, e Quadrophenia, assinado por Franc Roddam. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

  

FILMES

TOMMY – 23 DE SETEMBRO – 17H

111 minutos, 1975, Inglaterra

Direção: Ken Russell

Distribuição: MPLC

Um menino criado no período do pós-guerra na Inglaterra desenvolve surdez e cegueira psicológicas, devido a experiências traumáticas na infância. Habilidoso nos jogos, ganha fama como campeão de fliperama, tornando-se ídolo nacional. Exibição em HD.



QUADROPHENIA - 24 DE SETEMBRO – 17H

120 minutos, 1979, Inglaterra

Direção: Franc Roddam

Distribuição: MPLC

Na Londres de 1964, Jimmy Cooper é um membro de uma gangue Mod – jovens bem vestidos que dirigem vespas Lambretta. Os mods estão sempre brigando com os Rockers, que vestem jaquetas de couro e dirigem motocicletas. Desiludido com seus pais e seu emprego, Jimmy só encontra uma válvula de escape para sua angústia adolescente quando está com seus amigos mods Dave, Chalky e Spider. Um feriado de três dias é a desculpa para a rivalidade entre as duas gangues chegar às vias de fato, enquanto ambas descem para a cidade litorânea de Brighton para o confronto definitivo. Quadrophenia é uma reflexão sobre a Grã-Bretanha pré-Tatcher, documentando o narcisismo movido a anfetaminas da cultura jovem dos anos 60. Exibição em HD.



GRADE DE HORÁRIOS

19 a 24 de setembro de 2017

19 de setembro (terça)

14h30 – A Carruagem de Ouro

16h30 – Divinas Divas

18h30 - Coração de Cachorro

20h – 11ª Primavera dos Museus (Sioma: o papel da fotografia)



20 de setembro (quarta)

14h – As Mulheres

16h30 - A Carruagem de Ouro

18h30 – Coração de Cachorro

20h – Sessão especial de 20 anos de Anahy de las Misiones



21 de setembro (quinta)

14h30 – Vontade Indômita

16h30 – A Carruagem de Ouro

18h30 – Coração de Cachorro

20h – Deu Pra Ti Anos 70



22 de setembro (sexta)

14h30 – Divinas Divas

16h30 - Coração de Cachorro

18h – Tempo Sem Glória

20h – Coisa na Roda



23 de setembro (sábado)

15h – Coração de Cachorro

17h – Tommy (Especial The Who)

19h – A Palavra Cão não Morde + debate sobre a produção em Super-8 no RS



24 de setembro (domingo)

15h – Coração de Cachorro

17h – Quadrophenia (Especial The Who)

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Cine dicas: Em Cartaz: As Duas Irenes / A Gente



As Duas Irenes



Sinopse: Uma menina de 13 anos, de uma família tradicional do interior, descobre que seu pai tem uma filha de outra mulher, com a mesma idade e o mesmo nome dela, Irene. Agora, a filha do meio se sente num lugar de rejeição e começa a tentar descobrir quem ela é e quem quer ser. Ela começa a perceber como se dão as relações sociais e vai entendendo que o universo adulto é feito também de segredos e mentiras.


Embora exista uma onda politicamente correta, porém hipócrita, é curioso que observo uma aceitação da parte de alguns de que, a tradicionalíssima família brasileira de hoje, não é mais aquela como era antes. Existe a traição, separação e até mesmo pessoas que sustentam duas famílias ao mesmo tempo, mas que reconhecem, mesmo que por um tempo só para si, o quão é fraco com relação a sentimentos e desejos dos quais fazem nascer futuros frutos. As Duas Irenes mostra que não devemos ser movidos pelo ódio devido aos erros do próximo, mas sim tentar conviver em harmonia e aceitar a paz no interior de si.
Dirigido por Fabio Meira (roteirista De Menor), o filme acompanha a história de Irene (Priscila Bittencourt), menina de 13 anos de uma família tradicionalista e conservadora do interior. Porém, o seu pai Tonico (Marco Ricca) tem outra mulher e uma filha, que por sua vez se chama também Irene (Isabela Torres). Por ser de uma cidade pequena, não demora muito para que ambas se cruzem no local, mas que, ao invés de nascer uma rivalidade, nasce então uma singela amizade.
É curioso o cenário do qual se passa a história, onde não há qualquer menção do nome da cidade, do estado ou da época dos acontecimentos. Com uma fotografia cheia de luz em tons pastel, a trama poderia se passar em qualquer interior do país, já que as situações das quais os personagens se encontram são humanas e fazendo com que qualquer um que assiste se identifique facilmente. Não há um desejo da parte do roteirista, por exemplo, em querer transformar ninguém da trama em antagonistas, mas sim retratar pessoas comuns, principalmente focando jovens que estão entrando numa fase de descobertas sobre a vida adulta.
Se a primeira Irene (Priscila Bittencourt) enxerga essa vida secreta do seu pai com certa frustração no principio, logo esse sentimento vai desaparecendo e dando o lugar a curiosidade quando começa a ter contato com sua meia irmã Irene (Isabela Torres). Essa última, aliás, demonstra certo amadurecimento vindo do seu olhar e tendo total consciência sobre o mundo real do qual convive no seu dia a dia. Ambas começam aprender um pouco sobre a vida quando se encontram sempre juntas e se dando conta de que, se essa situação pode se tornar um pesadelo para seus pais, por outro lado, pode se tornar benéfica para elas futuramente.
A expectativa fica por conta da maneira em que as famílias irão tomar conhecimento dessa realidade. Porém, o cineasta prefere deixar isso em aberto, num ato final engenhoso e do qual merece ser aplaudido. Tanto Priscila Bittencourt como Isabela Torres dão um verdadeiro show em cena, sendo que a última nem precisa falar, pois basta os seus expressivos olhos invadir a tela e nos dizer o que a sua personagem pensa e sente. 
As Duas Irenes é um pequeno filme universal, do qual todos nós se identificamos, mesmo quando alguns ainda se recusam em aceitar uma realidade que se encontra mais próxima do que se imagina.    
   

    
A Gente (2013)



Sinopse: Por sete anos, Aly Muritiba trabalhou em uma prisão. Lá ele fez parte da Equipe Alfa. Após estudar cinema e dirigir alguns curtas-metragens, Muritiba, volta ao seu antigo trabalho para reencontrar seus colegas e realizar um filme. A Equipe Alfa é formada por 28 pessoas, homens e mulheres de origens e formações distintas que fazem a guarda e custódia de cerca de mil criminosos numa penitenciária Brasileira. Walkiu torna-se o chefe da equipe e espera fazer um bom trabalho. Mas percebe que suas mãos estão algemadas.


Após uma carreira de prestigio em curtas metragens como A Fábrica (2011) e O Pátio (2013), Aly Muritiba surpreendeu em seu primeiro longa metragem de ficção intitulado Para minha amada morta. Com a câmera sempre em movimento, onde ele criou inúmeros planos sequências com estilo, fez com que aquele filme se tornasse um dos melhores longas brasileiros dos últimos tempos. Porém antes disso, o cineasta havia se aventurado em A Gente, seu primeiro longa documentário, do qual ele já nos apresentaria elementos dos quais ele usaria posteriormente no filme que o consagraria.
O filme acompanha o dia a dia de Jefferson Walkiu, chefe do grupo Alfa, de agentes penitenciários de um presídio de Curitiba. Walkiu tenta ser uma pessoa correta, com mão firme e tentando manter organização em situações, por vezes, caóticas dentro do presídio. Porém, a burocracia e falta de incentivo do qual deveria vir do estado, torna o seu trabalho cada vez mais complicado.
Assim como em filmes recentes como o documentário Central, Muritiba usa a sua câmera para explorar minuciosamente o dia a dia dentro de um local, por vezes, sufocante, mas do qual se deve haver ordem. Em boa parte do tempo, sua câmera acompanha Jefferson, como se fosse um segundo colega ao seu lado e o deixando a vontade para agir com naturalidade perante as situações das quais precisam ser administradas e corrigidas. Ao mesmo tempo, o cineasta não se esquiva em retratar os dois lados da faceta do protagonista que, por ora demonstra uma pessoa humanista, mas que não abaixa a guarda em momentos dos quais exige disciplina.
Ao mesmo tempo, as cenas do presídio são entre cortadas com cenas onde Jefferson se encontra, ou em casa, ou pregando em sua igreja. Embora em alguns momentos essas passagens soem um tanto que dispensáveis, elas se tornam uma forma de escape para que o peso da responsabilidade do protagonista não seja tão pesado. Em sua reta final, Jefferson então percebe que o principal obstáculo para um bom trabalho não venha talvez de prisioneiros indisciplinados, mas sim do desleixo vindo dos próprios políticos que não valorizam a sua categoria e tão pouco se importando com o sacrifício de cada um deles.
Embora curto, A Gente é um pequeno exemplo sobre os obstáculos que os agentes em exercício dessa categoria sofrem e que tornam esses lugares cada vez mais insuportáveis. 




Onde assistir: Cine Bancários: Endereço: R. Gen. Câmara, 424 - Centro, Porto Alegre. Horários: A gente: 15h e 19h. Duas Irenes: 17horas.  



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