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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE JUNHO CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS

Symptoms é destaque no projeto raros

São muitas as galáxias cinematográficas na programação de junho da Cinemateca Capitólio Petrobras. Entre os grandes destaques: a estreia exclusiva do vencedor do Leão de Ouro do último Festival de Veneza, A Mulher Que Se Foi, novo drama monumental do diretor filipino Lav Diaz. E as pré-estreias de duas produções do Rio Grande do Sul, o aguardado Mulher do Pai, primeiro longa-metragem de Cristiane Oliveira, e o novo curta-metragem de Antonio Carlos Textor, A Liga dos Canelas Pretas. Outra exibição imperdível: o clássico O Estranho Que Nós Amamos, dirigido por Don Siegel e protagonizado por Clint Eastwood, obra-prima que acabou de ganhar uma refilmagem de Sofia Coppola. E a homenagem ao escritor Moacyr Scliar, que completaria 80 anos em 2017, com a exibição e debate do longa O Sonho no Caroço do Abacate, de Luca Amberg, e Aventuras no Carnaval (ou Labirintos do Inconsciente), de Cristiano Trein. E ainda recebemos a primeira edição do projeto Trilhas Filmadas, com performances musicais que criam uma atmosfera contemporânea durante a projeção do clássico Metrópolis, de Fritz Lang.

Entre as sessões comentadas, a particular comédia romântica da grande Chantal Akerman, Um Divã em Nova York, atração do Cineclube Academia das Musas; e um marco tenso e erótico do cinema britânico de horror, dirigido por José Ramon Larraz, dentro do Projeto Raros: Symptoms. Na Sessão da Tarde, a exibição dublada para toda a família da Cinemateca, há a animação Coraline e o Mundo Secreto, adaptação da novela fantástica de Neil Gaiman.

As mostras do mês também trazem muito cinema brasileiro à tela da Cinemateca. A 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanosnesta edição homenageia a cineasta Laís Bodanzky. E pela primeira vez Porto Alegre recebe sessões – especialmente programadas para a cidade! – do Festival Finos Filmes, que teve sua quarta edição apresentada no último mês em São Paulo. Aproveitem! 

MOSTRAS

11ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS
06 a 11 de junho

A Cinemateca Capitólio Petrobras recebe a 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos a partir do dia 6 de junho. Na programação deste ano, temos a Mostra Panorama, com um cardápio diverso e especialmente selecionado de temas e abordagens sobre Direitos Humanos; a Mostra Temática, com um diálogo franco e atual sobre a questão de gênero; a Mostra Homenagem, que pela segunda vez na história da Mostra homenageia uma cineasta brasileira – Laís Bodanzky; e a novidade da edição: a Mostrinha para o público infanto-juvenil. Entrada franca.

FINOS FILMES
13 e 15 de junho

O Festival de Finos Filmes é uma mostra de curtas que ocorre anualmente em São Paulo. Mais do que um evento de exibição, a intenção é apresentar os filmes como ponto de partida para debates que ultrapassam o cinema, como política, habitação e direitos humanos. Em todas as edições, o festival homenageia a cinematografia de um país estrangeiro. Neste ano, o escolhido é Portugal, que trouxe ao evento diversos curtas premiados em Cannes, Berlim e Locarno, de cineastas renomados como Gabriel Abrantes, Manuel Mozos e Susana Nobre. Com curadoria de Bruno Carboni e Felipe Arrojo Poroger, o Finos Filmes desembarca em Porto Alegre para duas sessões nos dias 13 e 15 de junho: uma com quatro filmes brasileiros da programação e outra só com curtas portugueses. Entrada franca.


EM CARTAZ

A Mulher Que Se Foi (a partir de 15 de junho)
(Ang Babaeng Humayo)
228 minutos, Filipinas, 2016
Direção: Lav Diaz

Horacia passou os últimos 30 anos numa penitenciária feminina. Ex-professora de escola primária, ela leva uma vida tranquila ajudando suas companheiras a praticarem a leitura e a escrita. Quando outra detenta confessa ter cometido o crime original, Horacia é libertada e parte em busca de sua família então distante. Enquanto procura pelo filho desaparecido, Junior, Horacia descobre novamente sua terra natal – as Filipinas do final dos anos 1990 –, apenas para concluir que seus habitantes vivem aterrorizados pela corrupção e sequestros desenfreados. Sua personalidade generosa fica contaminada por sentimentos de vingança. A mulher que se foi recebeu o Leão de Ouro na Mostra de Cinema de Veneza, em 2016. Exibição em DCP.

PRÉ-ESTREIA
Mulher do Pai
94 min., Brasil/Uruguai, 2017
Direção: Cristiane Oliveira
A adolescente Nalu (Maria Galant) precisa cuidar do pai cego, após a morte da avó que os criou como irmãos. Quando Ruben (Marat Descartes) percebe o amadurecimento da filha, surge uma desconcertante intimidade entre eles. Mas, com a chegada de Rosário, o ciúme ganhará espaço na vida de ambos. Exibição em DCP.

A Liga dos Canelas Pretas
26 min., Brasil, 2017
Direção: Antonio Carlos Textor
14 de junho – 20h

O filme é baseado em materiais de arquivo e depoimentos de pessoas que combatem o preconceito racial no Rio Grande do Sul. As narrativas abrangem fatos históricos do final do século XIX e início do século XX, sobre inserção do negro na prática do futebol que era esporte da elite branca. Com representações ficcionais, visa ilustrar como se deu o processo de ingresso do negro no futebol e em paralelo, na sociedade rio-grandense, considerando a resistência alimentada, na época, por uma postura racista, herança da sociedade escravocrata e também, pelo sucessivo e cruel, processo conhecido como “branqueamento”, pelo qual o Brasil passou após o final da escravidão. Exibição em HD.

SESSÕES ESPECIAIS

CLÁSSICO EM EXIBIÇÃO
O Estranho Que Nós Amamos
(a partir de 13 de junho)
(The Beguiled)
105 min., Estados Unidos, 1971
Direção: Don Siegel
Distribuição: MPLC

Clint Eastwood e Geraldine Page estrelam este tenso drama psicológico sobre amor e traição. Durante a Guerra Civil Americana, um soldado da União ferido é abrigado pela diretora e pelas estudantes de um colégio para garotas no Sul do país. Enquanto sua saúde melhora, seu desejo aumenta. Poderá ele confiar que estas mulheres não irão entregá-lo? Exibição em HD.

PROJETO RAROS
16 de junho – 20h Symptoms
92 min., Inglaterra, 1974
Dirigido por José Ramon Larraz

Uma mulher vai para uma mansão no interior da Inglaterra a convite de sua amiga. O problema é que a mansão não é o que parece – e nem a amiga!  Indicado pela Inglaterra para o Festival de Cannes de 1973 e admirado pelo ator Jack Nicholson, então membro do júri, o filme do espanhol José Ramon Larraz andava fora de circulação desde 1983. Foi restaurado pela BBFC em 2016. Ao aproximar a tensão erótica e o terror, em sua época foi muito comparado a Repulsa ao Sexo de Roman Polanski. Após a sessão, debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e Paulo Blob. Exibição em HD com legendas em português. Entrada franca.

CINECLUBE ACADEMIA DAS MUSAS
20 de junho – 20h
Um Divã em Nova York
(Un Divan à New York)
104 min., França/Alemanha/Bélgica, 1996
Direção: Chantal Akerman
Distribuição: MPLC

O doutor Henry Harriston (William Hurt) é um importante psicanalista novaiorquino. Béatrice Saulnier (Juliette Binoche) é uma bailarina francesa. Os dois decidem trocar de apartamentos por algumas semanas, para fugir da rotina e do stress. Mas como a decisão é tomada da noite para o dia, eles acabam se envolvendo nos assuntos pessoais, profissionais e amorosos do outro. A comédia romântica Um Divã em Nova York é, ao mesmo tempo, o maior fracasso e o filme mais singular da trajetória de Chantal Akerman, diretora que abriu diversas portas para o cinema experimental contemporâneo, desde a sua estreia em longa-metragem nos anos 1970. Após a sessão, debate com integrantes do Cineclube Academia das Musas. 


MOACYR SCLIAR – 80 ANOS
23 de junho – 20h

O Sonho no Caroço do Abacate
90 min., Brasil, 1998
Direção: Luca Amberg

A história do filho de um casal de imigrantes judeus lituanos que se estabelece no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, nos anos sessenta. O jovem Mardo (Edward Boggiss) se apaixona por Ana (Taís Araújo), uma estudante negra. Para ficarem juntos, os jovens encontram no amor a força e a determinação para enfrentarem a discriminação na escola onde estudam e o preconceito entre as famílias. Exibição digital.

Aventuras no Carnaval (ou Labirintos do Inconsciente)
12 min., Brasil, 2011
Direção: Cristiano Trein

As aventuras de Ego Schimdt, um jovem funcionário de uma repartição pública, que durante o Carnaval de Porto Alegre, pede ao chefe que o deixe trancado dentro do escritório. Id e Super-Ego também aparecem nessa história que transformará a vida dos personagens principais, com um final surpreendente. Exibição digital.

TRILHA FILMADA: METROPOLIS DE FRITZ LANG
24 e 25 de junho – 20h

Músicos representativos da cena eletrônica, guitar band e jazz de Porto Alegre orquestram performances ao vivo criando uma nova trilha sonora para clássicos filmes silenciosos. Na primeira edição, Nando Barth,LavalleCoraZonDeLLocoPhantom Powers e Dominik criam ao vivo uma nova trilha sonora para o clássico Metrópolis (1927, 153 minutos), de Fritz LangTrilhas Filmadas busca recriar uma atmosfera contemporânea através de breves intervenções sonoras e momentos dedicados a canções autorais. Produção e curadoria de Carlos Ferreira.

SESSÃO DA TARDE
02 de julho – 16h (R$ 10,00)

Coraline e o Mundo Secreto
(Coraline)
90 min., Estados Unidos, 2009
Direção: Henry Selick
Distribuidora: MPLC

Coraline Jones está entediada em sua nova casa, até que encontra uma porta secreta e descobre, do outro lado, uma versão alternativa de sua própria vida. Adaptação da novela fantástica de Neil Gaiman. Exibição dublada em HD.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Cine Dicas: Estreias do final de semana (02/06/17)

 MULHER MARAVILHA
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 

Amor.com

Sinopse: A vlogueira de moda Katrina (Isis Valverde) é uma das queridinhas da internet. Já o vlogueiro de game Fernando (Gil Coelho) ainda não alcançou o sucesso. Os dois se conhecem, se apaixonam e o romance deles vira sensação. Agora, o casal precisa não se deixar levar pela badalação para fazer a relação dar certo.

Ande Comigo

Sinopse: Thomas vai para uma clínica de reabilitação após se ferir seriamente na Guerra do Afeganistão. Lá ele conhece Sofie, uma bailarina, também em recuperação. Os dois se aproximam e ajudam um ao outro a recuperar a vontade de viver.

Inseparáveis

Sinopse: O milionário Felipe sofreu um acidente e ficou tetraplégico. Ele precisa de um ajudante para cuidar dele em tempo integral. Mas encontrar a pessoa ideal para essa tarefa não é nada fácil, até que Felipe decide contratar Tito, assistente de seu jardineiro. Tito não sabe nada do trabalho de cuidador. Mas seu jeito descompromissado conquista Felipe e uma grande amizade surge a partir daí.

As Aventuras de Ozzy

Sinopse:O cão da raça beagle Ozzy está sempre por perto de seus donos. Mas ele fica em pânico quando eles vão viajar para um lugar que não permite cachorros. Resta a Ozzy ter de ficar num hotel pet super luxuoso. Apesar de estar longe dos seus donos, Ozzy busca se divertir até descobrir que o local na verdade é usado para capturar animais de estimação. Agora, ele precisa encontrar um jeito de fugir de lá.

Z: A Cidade Perdida

Sinopse:Nos anos 1920, o lendário explorador britânico Percy Fawcett (Charlie Hunnam) parte numa viagem até a selva amazônica em busca de uma cidade que ele acredita existir: Z. Ele não encontra o lugar e faz várias expedições até descobrir onde fica Z. Em uma dessas viagens, Percy parte rumo ao Mato Grosso e desaparece sem deixar vestígios.

O Jardim das Aflições

Sinopse:Acompanha o percurso biográfico, a rotina e o pensamento do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho. O filme se propõe como um estudo poético sobre o personagem cada vez mais conhecido e estudado no Brasil, com milhares de exemplares vendidos. O best-seller O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota, de sua autoria, vendeu mais de 320 mil cópias.


Cine Dica:11 de 39 Festival Varilux de Cinema Francês 2017 apresenta “Perdidos em Paris”

OS DIRETORES E ATORES FIONA GORDON E DOMINIQUE ABEL VIRÃO AO BRASIL PARA APRESENTAR O FILME
Perdidos em Paris_1.jpg
O filme “Perdidos em Paris”, de Fiona Gordon e Dominique Abel, poderá ser visto no Festival Varilux de Cinema Francês, em 55 cidades, a partir de 7 de junho - quando os diretores, que também protagonizaram e roteirizaram o longa, estarão no Brasil para os eventos de abertura, em São Paulo e Rio de Janeiro. O longa traz uma das últimas atuações de Emmanuelle Riva, falecida em janeiro deste ano e eternizada por seus papeis em “Hiroshima Meu Amor”, de Alain Resnais, e “Amor”, de Michael Haneke. Após a participação no Festival,“Perdidos em Paris” entra em cartaz nos cinemas do país no dia 6 de julho, pela Pandora Filmes.
“Não tínhamos pensado em Emmanuelle Riva para o filme, porque na nossa opinião, ela havia feito muitos papéis dramáticos. Até que alguém nos mostrou um vídeo que ela fez para o The New York Times, na ocasião em que concorria ao Oscar. Nesse vídeo, gravado em seu apartamento, ela dançava e imitava Chaplin. Foi quando imediatamente decidimos que seria ela”, conta Dominique Abel.
A comédia conta a história de Fiona, bibliotecária de uma pequena cidade canadense que recebe uma aflita e angustiada carta de sua tia Martha, uma senhora de 93 anos. Martha vive sozinha em Paris. Sem pestanejar, Fiona embarca no primeiro avião rumo à capital francesa apenas para descobrir que Martha desapareceu. Em uma verdadeira avalanche de desastres inexplicáveis, Fiona conhece Dom, um sem-teto egoísta e sedutor, que não vai deixá-la seguir sozinha em sua busca. Um conto divertido e cativante sobre três pessoas peculiares perdidas em Paris. “Nadamos firmemente contra a maré: austeridade e cinismo não são coisas que queremos explorar. Preferimos nos concentrar em um pouco de inocência e espontaneidade, algo feliz”, ressalta Fiona.
Dominique Abel e Fiona Gordon colaboram dentro e fora das telas em filmes e espetáculos, buscando dar forma a um universo teatral atípico, em geral centrado no assunto predileto da dupla: a falta de jeito dos seres humanos. Desenvolvem para isso um visual cômico e burlesco muito corporal, no estilo de palhaços e atores do cinema mudo como Buster Keaton,  Max Linder , Charlie Chaplin, ou ainda Jacques Tati e os Deschiens.
Nos anos 1980, o casal se instalou numa antiga usina adaptada em Bruxelas para montar sua companhia, Courage mon amour, com a qual montaram quatro espetáculos. No cinema, deram seus primeiros passos em La Poupée, em 1992, de Bruno Romy, que depois se torna um colaborador próximo. Depois de muitos anos como comediantes de teatro e três curtas-metragens - Merci Cupidon, Rosita e Walking on the Wild Side -, Fiona e Dominique mantiveram suas raízes burlescas como fonte de inspiração para o primeiro longa-metragem da dupla, O Iceberg, de 2005, em colaboração com Romy. O filme participou de festivais de cinema em San Sebastian, Kiev, Zagreb. O segundo filme, Rumba, foi lançado em 2007 com grande êxito de público e crítica. Em 2011, foi lançado o terceiro longa de comédia burlesca da dupla, A Fada. Dominique Abel e Fiona Gordon chegam ao Festival Varilux de Cinema Francês 2017 com seu mais recente filme, Paris pieds nus. Além da participação de Emmanuelle Riva, o filme conta a atuação de Pierre Richard.

Mais informações sobre o Festival Varilux de Cinema Francês 2017 : www.variluxcinefrances.com
Facebook: Festival Varilux de Cinema Francês (/variluxcinefrancês)
Instagram: @variluxcinefrances
Youtube: Festival Varilux de Cinema Francês.

 Assessoria de imprensa da Pandora Filmes
[ EM BRANCO ]
Camilla Mortean – camilla.mortean@embranco.etc.br
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Tel: 11 3387-1718

Assessoria de Imprensa Festival Varilux de Cinema Francês:
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No Rio de Janeiro: Katia Carneiro :: katia.carneiro@agenciafebre.com.br  (21) 2555-8918
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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: MULHER MARAVILHA

Sinopse: A princesa amazona Diana (Gal Gadot) foi treinada para ser uma guerreira. Ela vive numa ilha remota e ao conhecer o piloto Steve Trevor (Chris Pine) descobre que o mundo está em guerra. Inconformada em se manter isolada na ilha, ela decide usar seu poder para acabar com o conflito.

Embora tenha dividido a opinião do público e da crítica, Batman vs Superman tinha algo do qual todos concordaram por unanimidade: Mulher Maravilha interpretada por Gal Gadot foi uma das melhores personagens que surgiram no filme. Criticada no princípio por observações pífias, essa modelo  israelense, além de ex-combatente do exercito de Israel, ingressou na carreira de atriz levando tudo a sério e nos brindou com a melhor representação da personagem desde que Lynda Carter vestiu o traje nos já  longínquos  anos 70. 
Faltava-lhe então um filme solo, do qual se pulverizasse todo o ceticismo com relação ao futuro da personagem no cinema e do próprio universo da DC. Eis que a tarefa caiu nas mãos da cineasta Patty Jenkins, responsável por filmes como Monster: Desejo assassino e da elogiada série The Killing.  Embora nunca tenha feito um filme do gênero fantástico, Jenkins foi a escolha correta no cargo da direção, pois ela não fez meramente uma adaptação de uma HQ, mas sim explorou o verdadeiro significado do papel da personagem no mundo dos homens.
O filme começa na ilha do Paraíso, onde vemos a pequena Diana deslumbrada com as guerreiras amazonas, mas impedida de ser uma, pois a sua mãe e Rainha Hipólita (Connie Nielsen) acredita que ela possua outro caminho para exercer. Porém, Diana recebe treinamento secreto de sua tia Antiope (Robin Wright, a primeira dama da série House of Cards), pois ela enxerga naquela menina uma futura guerreira e predestinada por um bem maior. Isso se concretiza no momento em que o soldado inglês  Steve Trevor (Chris Pine) cai na ilha, anunciando uma terrível guerra que irá se assolar na terra e despertando em Diana o desejo de combatê-la. 
Sabiamente, a cineasta Patty Jenkins não tem pressa em colocar a personagem na ação iminente, mas sim gradualmente nos apresentando ela, fazendo a gente conhecer as suas motivações e o seu mundo governado por grandes guerreiras. Além de ter a proeza de conseguir adaptar as origens daquele mundo fantástico, Jenkins conseguiu saber casar momentos de verossimilhanças e com situações das quais exijam cenas de ação muito bem filmadas. Embora tenha me incomodado algumas vezes a sua persistência em criar algumas cenas em câmera lenta,  Jenkins jamais as poluí com inúmeros efeitos visuais, mas sim se preocupando em nos passar momentos dos quais possamos nos deslumbrar com belas cenas de ação na medida certa.
Acima de tudo, é um filme que as motivações dos personagens, além de sua humanidade, é o que falam mais alto e não meramente um filme sobre o bem contra o mal. Embora sábia em seu mundo, Diana não esconde uma certa ingenuidade com o novo mundo do qual conheceu e acredita, por exemplo, que se derrotar Ares o Deus da Guerra, ela irá então eliminar a 1ª guerra que assola a terra naquele momento. Gradualmente ela irá aprender, mesmo que da pior maneira possível, que as origens da guerra e suas consequências não podem ser meramente eliminadas através do uso da espada, mas sim nas virtudes das quais ela realmente acredita. 
Mesmo ainda sendo uma novata no mundo da atuação, Gal Gadot nasceu para a personagem, pois ela consegue passar força, mas ao mesmo tempo delicadeza e uma ingenuidade pura da qual a personagem passa para nós. Embora não exagere nos momentos cômicos, é muito divertido ver a personagem, por exemplo, aprendendo a ter que lidar com costumes, no modo de se vestir e do papel da qual a mulher exerce num mundo ainda muito machista dos anos 30.  
Mesmo ainda marcado como capitão Kirk nos novos filmes de Star Trek, Chris Pine se sai bem como Capitão Steve Trevor, pois as motivações do seu personagem é o que fazem mover as pedras do tabuleiro da trama. Não é meramente um personagem criado para fazer par romântico com Diana, mas sim  tendo papel importante no aprendizado dela. Curiosamente, a sua primeira aparição, assim como a sua última cena, simbolizam a passagem de Diana para um  novo mundo e do qual ela terá que saber enfrentá-lo da melhor maneira possível. 
Embora desde o princípio seja conhecido o fato de que Ares ser o verdadeiro vilão da trama, é curioso como ele foi guardado a sete chaves para que ele se tornasse então uma espécie de fator surpresa no ato final da trama. Embora a sua figura não seja nada memorável, ele é também inserido como rito de passagem e aprendizado para Diana com relação ao mundo dos homens e fazendo te-la que escolher pelo caminho mais difícil de sua vida. É um dos momentos mais corajosos da trama, pois mostra o lado perverso da guerra, do qual desperta o pior do homem e que caberá a protagonista conseguir encontrar motivações para que ela siga em frente e lute pelo que acredita.
Resumidamente, Mulher Maravilha é o melhor filme da Warner/DC desde o Cavaleiro das Trevas, pois nos passa uma ar revigorante, moldado de coração e com uma boa dose de esperança para todos nós. 



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terça-feira, 30 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Sinopse: O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), passa a ser assombrado pelos fantasmas de piratas do mal, que sob o comando de um antigo inimigo, Capitão Salazar (Javier Bardem), escapam do Triângulo do Diabo. Eles partem destinados a matarem todos os piratas do oceano, incluindo Jack. Para escapar da morte, o herói precisa achar o artefato Tridente de Poseidon, que concede ao seu detentor o controle dos mares. Mas claro, que não é só ele que quer tomar posse do valioso objeto.

O primeiro Piratas do Caribe foi um sucesso inesperado, mas muito bem vindo, pois além de ressucitar o velho filme de aventura de capa e espada, Johnny Depp nos brindou com um dos personagens mais divertidos do cinema. Veio então as sequências, das quais a Disney tentou expremer ao máximo toda a fórmula de sucesso, para então gerar lucro, mesmo quando as tramas não tinham mais nada para acrecentar a saga. Eis que chega então Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, cuja a missão é explorar mais daquele universo bucaneiro, mesmo quando o roteiro nos apresenta situações xerocadas dos filmes anteriores.
Dirigido por Joachim Rønning e Espen Sandberg, (A Aventura Kon-Tiki, 2013), o filme explora a busca  de  Henry Turner (Brenton Thwaites) ao tridente de Poseidon, do qual tem o poder de destruir as maldição da qual o seu pai Turner (Orlando Bloom) está condenado a viver para sempre no mar. Ele decide então recorrer ajuda a  Jack Sparrow (Johnny Depp) e mais uma jovem chamada Carina Smyth (Kaya Scodelario) que conhece um meio para localizar o tridente. Porém,  Capitão Salazar (Javier Bardem) escapa do triângulo do Diabo e caça sem trégua Jack Sparrow até que ele então  seja morto.
Resumidamente, o filme parece uma espêcie de releitura do primeiro filme, só  trocando o vilão e o tipo de cruzada em que os heróis tem que enfrentar. Assim como nos filmes anteriores, o filme osila entre os momentos de calmaria, para logo depois dar lugar a uma verdadeira montanha russa de cenas mirabulantes e bem cartunescas. Em meio a isso, Johnny Depp faz o que pode para tentar extrair ao maxímo o que o seu personagem tem a oferecer ao público em termos de humor, mesmo quando a sua figura já dá sinais de esgotamento de ideias.
Além disso, é muito visível a falta de química entre os atores Brenton Thwaites e Kaya Scodelario, sendo que é até válida as motivações de seus personagens dentro da trama, mas formarem um casal foi forçação de barra dos roteiristas.  Contudo, Javier Bardem consegue com louvor nos transmitir ameaça verdadeira contra os protagonistas, mesmo quando os efeitos especiais que moldam o seu personagem prejudica algumas vezes na sua atuação em cena. E quando se achava que Geoffrey Rush com seu personagem Barbossa se tornaria apenas um coadjuvante de luxo nesta quinta aventura, eis que os roteiristas inventam uma surpresa mirabolante que, embora forçada, se encerra de uma forma emocionante e satisfatória.
Embora com uma bela fotografia, cujo os grandes navios em auto mar formam uma espécie de pintura em movimento, o filme descamba para muita correria e efeitos visuais em seu ato final e fazendo com que a gente meio que se perca com relação ao que está acontecendo na tela. Logicamente, os minutos finais terminam com todas as pontas soltas amarradas, mesmo dando a entender que as ambições da Disney seja continuar com as aventuras de Piratas do Caribe com ou sem  Jack Sparrow.
Com uma participação hilária de Paul McCartney interpretando um pirata e tio de Jack Sparrow, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar talvez venha a ser o canto do cisne da franquia, mesmo quando o desejo do estúdio é sempre querer gerar mais lucro. 


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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: A Família Dionti e Muito Romântico



  A Família Dionti



Sinopse: O jovem Kelton vivem no interior de Minas Gerais, junto do irmão e do pai. Eles trabalham no canavial, e fazem pequenos bicos na feira. Kelton sofre com a ausência da mãe, que "se transformou" e abandonou a família. Ao se apaixonar por uma colega de sua sala, o garoto tem medo de sofrer o mesmo destino da mãe. Os indícios estão todos lá: ele transpira demais, tem desmaios... Kelton estaria derretendo?



Seja ficção, ou documentário, o cinema brasileiro vive numa fase da qual não esconde os altos e baixos de nosso país, mas sim criando um mosaico de obras das quais sintetizam o melhor e o pior da nossa realidade. Porém, nunca é demais soltar a imaginação, onde se pode criar uma fábula e da qual testemunhamos a imaginação se sobressair perante as adversidades. Portanto, Família Dionti é um filme pertencente ao gênero fantasia, sendo algo raro visto dentro do nosso cinema, mas não significa que não seja bem vindo.
Dirigido por Alan Minas, o filme é uma espécie de conto de fadas contemporâneo, onde vemos um jovem que sofre pelo fato de suar demais quando está no sol e correndo o risco de evaporar. Ao mesmo tempo, vemos ele se apaixonar pela jovem que a recém chegou à cidade junto com o seu circo e trazendo então inúmeras histórias fantasiosas com relação a sua família do picadeiro. Histórias fantásticas é o elo que fazem deles terem algo em comum e que usam isso para enfrentar uma realidade pouco colorida do mundo do qual eles vivem.
O filme pode ser interpretado de inúmeras formas como, por exemplo, da realidade sempre batendo na porta desses jovens, mas dos quais se entregam a possibilidade de um mundo onde tudo é possível. O filme também é uma representação do melhor do nosso folclore brasileiro, onde histórias, por vezes absurdas, é que dão vida nos lugares esquecidos por Deus. Ceticismo, fé, crenças e fantasias são o que movem boa parte dos personagens e criando então um convite para pessoas de todas as idades para assistir a obra.
Com um final imprevisível, mas ao mesmo tempo esperançoso, A Família Dionti é um pequeno sopro de vida para aqueles que ainda conseguem usar a imaginação em meio às adversidades de hoje em dia.

 

Muito Romântico



Sinopse: Melissa e Gustavo atravessam o Oceano Atlântico em busca de uma vida nova em Berlim. Eles seguem seu caminho fazendo filmes, amizades e música, mas um segredo revelado faz o medo vir à tona. Eles perdem o rumo, até o dia em que encontram um portal para o cosmos, expandindo a travessia para além do tempo e do espaço.

O filme convencional é aquele que sempre se apresenta com tramas de começo, meio, fim e fazendo com que a pessoa saia da sala no mínimo satisfeita. Porém, existem filmes que fogem desse papel, optando por nos apresentar uma trama da qual testa a nossa atenção e fazendo com que fiquemos pensando com relação ao que nós assistimos. Muito Romântico é um filme que tranquilamente poderia trilhar pela primeira opção, mas vai por um caminho imprevisível e testando as nossas próprias perspectivas.
Dirigido por Melissa Dullius e Gustavo Jahn, o filme acompanha a história de um casal (interpretados pelos próprios cineastas Melissa Dullius e Gustavo Jahn) que viajam para conhecer uma nova Berlim e que ainda guarda um pouco das raízes de ambos. Quando eles estão lá, eles começam a gravar inúmeras cenas da cidade, assim como também fazendo novas amizades e participando de inúmeras festas. Porém, o casal enfrenta adversidades na relação, mas algo surge para fazer com que esse quadro mude e de uma forma surreal.
Com inúmeras cenas rodadas, das quais nos passa a sensação de que elas foram criadas de uma forma bem amadora (relembrando o velho super 8), o filme transita entre a ficção, realidade e documentário, sendo algo cada vez mais comum visto em nosso cinema brasileiro como, por exemplo, Castanha e Branco Sai, Preto Fica. Porém, o lado abstrato, absurdo e fantástico é a palavra de ordem na história, onde o corriqueiro dá de encontro com situações que beiram ao surrealismo e não devendo nada do que já foi visto em filmes como de David Lynch (Cidade dos Sonhos). Ao mesmo tempo, o filme me fez lembrar o recente Adeus à linguagem, de Jean-Luc Godard, onde a relação conflituosa de um casal é mero pano de fundo e dando lugar a cenas que fogem do convencional cinematográfico. 
Ame ou odeie, Muito Romântico é aquele tipo de filme que fará você sair do cinema pensando sobre ele e por longas horas á fio.


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