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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Cine Dica:11 de 39 Festival Varilux de Cinema Francês 2017 apresenta “Perdidos em Paris”

OS DIRETORES E ATORES FIONA GORDON E DOMINIQUE ABEL VIRÃO AO BRASIL PARA APRESENTAR O FILME
Perdidos em Paris_1.jpg
O filme “Perdidos em Paris”, de Fiona Gordon e Dominique Abel, poderá ser visto no Festival Varilux de Cinema Francês, em 55 cidades, a partir de 7 de junho - quando os diretores, que também protagonizaram e roteirizaram o longa, estarão no Brasil para os eventos de abertura, em São Paulo e Rio de Janeiro. O longa traz uma das últimas atuações de Emmanuelle Riva, falecida em janeiro deste ano e eternizada por seus papeis em “Hiroshima Meu Amor”, de Alain Resnais, e “Amor”, de Michael Haneke. Após a participação no Festival,“Perdidos em Paris” entra em cartaz nos cinemas do país no dia 6 de julho, pela Pandora Filmes.
“Não tínhamos pensado em Emmanuelle Riva para o filme, porque na nossa opinião, ela havia feito muitos papéis dramáticos. Até que alguém nos mostrou um vídeo que ela fez para o The New York Times, na ocasião em que concorria ao Oscar. Nesse vídeo, gravado em seu apartamento, ela dançava e imitava Chaplin. Foi quando imediatamente decidimos que seria ela”, conta Dominique Abel.
A comédia conta a história de Fiona, bibliotecária de uma pequena cidade canadense que recebe uma aflita e angustiada carta de sua tia Martha, uma senhora de 93 anos. Martha vive sozinha em Paris. Sem pestanejar, Fiona embarca no primeiro avião rumo à capital francesa apenas para descobrir que Martha desapareceu. Em uma verdadeira avalanche de desastres inexplicáveis, Fiona conhece Dom, um sem-teto egoísta e sedutor, que não vai deixá-la seguir sozinha em sua busca. Um conto divertido e cativante sobre três pessoas peculiares perdidas em Paris. “Nadamos firmemente contra a maré: austeridade e cinismo não são coisas que queremos explorar. Preferimos nos concentrar em um pouco de inocência e espontaneidade, algo feliz”, ressalta Fiona.
Dominique Abel e Fiona Gordon colaboram dentro e fora das telas em filmes e espetáculos, buscando dar forma a um universo teatral atípico, em geral centrado no assunto predileto da dupla: a falta de jeito dos seres humanos. Desenvolvem para isso um visual cômico e burlesco muito corporal, no estilo de palhaços e atores do cinema mudo como Buster Keaton,  Max Linder , Charlie Chaplin, ou ainda Jacques Tati e os Deschiens.
Nos anos 1980, o casal se instalou numa antiga usina adaptada em Bruxelas para montar sua companhia, Courage mon amour, com a qual montaram quatro espetáculos. No cinema, deram seus primeiros passos em La Poupée, em 1992, de Bruno Romy, que depois se torna um colaborador próximo. Depois de muitos anos como comediantes de teatro e três curtas-metragens - Merci Cupidon, Rosita e Walking on the Wild Side -, Fiona e Dominique mantiveram suas raízes burlescas como fonte de inspiração para o primeiro longa-metragem da dupla, O Iceberg, de 2005, em colaboração com Romy. O filme participou de festivais de cinema em San Sebastian, Kiev, Zagreb. O segundo filme, Rumba, foi lançado em 2007 com grande êxito de público e crítica. Em 2011, foi lançado o terceiro longa de comédia burlesca da dupla, A Fada. Dominique Abel e Fiona Gordon chegam ao Festival Varilux de Cinema Francês 2017 com seu mais recente filme, Paris pieds nus. Além da participação de Emmanuelle Riva, o filme conta a atuação de Pierre Richard.

Mais informações sobre o Festival Varilux de Cinema Francês 2017 : www.variluxcinefrances.com
Facebook: Festival Varilux de Cinema Francês (/variluxcinefrancês)
Instagram: @variluxcinefrances
Youtube: Festival Varilux de Cinema Francês.

 Assessoria de imprensa da Pandora Filmes
[ EM BRANCO ]
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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: MULHER MARAVILHA

Sinopse: A princesa amazona Diana (Gal Gadot) foi treinada para ser uma guerreira. Ela vive numa ilha remota e ao conhecer o piloto Steve Trevor (Chris Pine) descobre que o mundo está em guerra. Inconformada em se manter isolada na ilha, ela decide usar seu poder para acabar com o conflito.

Embora tenha dividido a opinião do público e da crítica, Batman vs Superman tinha algo do qual todos concordaram por unanimidade: Mulher Maravilha interpretada por Gal Gadot foi uma das melhores personagens que surgiram no filme. Criticada no princípio por observações pífias, essa modelo  israelense, além de ex-combatente do exercito de Israel, ingressou na carreira de atriz levando tudo a sério e nos brindou com a melhor representação da personagem desde que Lynda Carter vestiu o traje nos já  longínquos  anos 70. 
Faltava-lhe então um filme solo, do qual se pulverizasse todo o ceticismo com relação ao futuro da personagem no cinema e do próprio universo da DC. Eis que a tarefa caiu nas mãos da cineasta Patty Jenkins, responsável por filmes como Monster: Desejo assassino e da elogiada série The Killing.  Embora nunca tenha feito um filme do gênero fantástico, Jenkins foi a escolha correta no cargo da direção, pois ela não fez meramente uma adaptação de uma HQ, mas sim explorou o verdadeiro significado do papel da personagem no mundo dos homens.
O filme começa na ilha do Paraíso, onde vemos a pequena Diana deslumbrada com as guerreiras amazonas, mas impedida de ser uma, pois a sua mãe e Rainha Hipólita (Connie Nielsen) acredita que ela possua outro caminho para exercer. Porém, Diana recebe treinamento secreto de sua tia Antiope (Robin Wright, a primeira dama da série House of Cards), pois ela enxerga naquela menina uma futura guerreira e predestinada por um bem maior. Isso se concretiza no momento em que o soldado inglês  Steve Trevor (Chris Pine) cai na ilha, anunciando uma terrível guerra que irá se assolar na terra e despertando em Diana o desejo de combatê-la. 
Sabiamente, a cineasta Patty Jenkins não tem pressa em colocar a personagem na ação iminente, mas sim gradualmente nos apresentando ela, fazendo a gente conhecer as suas motivações e o seu mundo governado por grandes guerreiras. Além de ter a proeza de conseguir adaptar as origens daquele mundo fantástico, Jenkins conseguiu saber casar momentos de verossimilhanças e com situações das quais exijam cenas de ação muito bem filmadas. Embora tenha me incomodado algumas vezes a sua persistência em criar algumas cenas em câmera lenta,  Jenkins jamais as poluí com inúmeros efeitos visuais, mas sim se preocupando em nos passar momentos dos quais possamos nos deslumbrar com belas cenas de ação na medida certa.
Acima de tudo, é um filme que as motivações dos personagens, além de sua humanidade, é o que falam mais alto e não meramente um filme sobre o bem contra o mal. Embora sábia em seu mundo, Diana não esconde uma certa ingenuidade com o novo mundo do qual conheceu e acredita, por exemplo, que se derrotar Ares o Deus da Guerra, ela irá então eliminar a 1ª guerra que assola a terra naquele momento. Gradualmente ela irá aprender, mesmo que da pior maneira possível, que as origens da guerra e suas consequências não podem ser meramente eliminadas através do uso da espada, mas sim nas virtudes das quais ela realmente acredita. 
Mesmo ainda sendo uma novata no mundo da atuação, Gal Gadot nasceu para a personagem, pois ela consegue passar força, mas ao mesmo tempo delicadeza e uma ingenuidade pura da qual a personagem passa para nós. Embora não exagere nos momentos cômicos, é muito divertido ver a personagem, por exemplo, aprendendo a ter que lidar com costumes, no modo de se vestir e do papel da qual a mulher exerce num mundo ainda muito machista dos anos 30.  
Mesmo ainda marcado como capitão Kirk nos novos filmes de Star Trek, Chris Pine se sai bem como Capitão Steve Trevor, pois as motivações do seu personagem é o que fazem mover as pedras do tabuleiro da trama. Não é meramente um personagem criado para fazer par romântico com Diana, mas sim  tendo papel importante no aprendizado dela. Curiosamente, a sua primeira aparição, assim como a sua última cena, simbolizam a passagem de Diana para um  novo mundo e do qual ela terá que saber enfrentá-lo da melhor maneira possível. 
Embora desde o princípio seja conhecido o fato de que Ares ser o verdadeiro vilão da trama, é curioso como ele foi guardado a sete chaves para que ele se tornasse então uma espécie de fator surpresa no ato final da trama. Embora a sua figura não seja nada memorável, ele é também inserido como rito de passagem e aprendizado para Diana com relação ao mundo dos homens e fazendo te-la que escolher pelo caminho mais difícil de sua vida. É um dos momentos mais corajosos da trama, pois mostra o lado perverso da guerra, do qual desperta o pior do homem e que caberá a protagonista conseguir encontrar motivações para que ela siga em frente e lute pelo que acredita.
Resumidamente, Mulher Maravilha é o melhor filme da Warner/DC desde o Cavaleiro das Trevas, pois nos passa uma ar revigorante, moldado de coração e com uma boa dose de esperança para todos nós. 



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terça-feira, 30 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Sinopse: O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), passa a ser assombrado pelos fantasmas de piratas do mal, que sob o comando de um antigo inimigo, Capitão Salazar (Javier Bardem), escapam do Triângulo do Diabo. Eles partem destinados a matarem todos os piratas do oceano, incluindo Jack. Para escapar da morte, o herói precisa achar o artefato Tridente de Poseidon, que concede ao seu detentor o controle dos mares. Mas claro, que não é só ele que quer tomar posse do valioso objeto.

O primeiro Piratas do Caribe foi um sucesso inesperado, mas muito bem vindo, pois além de ressucitar o velho filme de aventura de capa e espada, Johnny Depp nos brindou com um dos personagens mais divertidos do cinema. Veio então as sequências, das quais a Disney tentou expremer ao máximo toda a fórmula de sucesso, para então gerar lucro, mesmo quando as tramas não tinham mais nada para acrecentar a saga. Eis que chega então Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, cuja a missão é explorar mais daquele universo bucaneiro, mesmo quando o roteiro nos apresenta situações xerocadas dos filmes anteriores.
Dirigido por Joachim Rønning e Espen Sandberg, (A Aventura Kon-Tiki, 2013), o filme explora a busca  de  Henry Turner (Brenton Thwaites) ao tridente de Poseidon, do qual tem o poder de destruir as maldição da qual o seu pai Turner (Orlando Bloom) está condenado a viver para sempre no mar. Ele decide então recorrer ajuda a  Jack Sparrow (Johnny Depp) e mais uma jovem chamada Carina Smyth (Kaya Scodelario) que conhece um meio para localizar o tridente. Porém,  Capitão Salazar (Javier Bardem) escapa do triângulo do Diabo e caça sem trégua Jack Sparrow até que ele então  seja morto.
Resumidamente, o filme parece uma espêcie de releitura do primeiro filme, só  trocando o vilão e o tipo de cruzada em que os heróis tem que enfrentar. Assim como nos filmes anteriores, o filme osila entre os momentos de calmaria, para logo depois dar lugar a uma verdadeira montanha russa de cenas mirabulantes e bem cartunescas. Em meio a isso, Johnny Depp faz o que pode para tentar extrair ao maxímo o que o seu personagem tem a oferecer ao público em termos de humor, mesmo quando a sua figura já dá sinais de esgotamento de ideias.
Além disso, é muito visível a falta de química entre os atores Brenton Thwaites e Kaya Scodelario, sendo que é até válida as motivações de seus personagens dentro da trama, mas formarem um casal foi forçação de barra dos roteiristas.  Contudo, Javier Bardem consegue com louvor nos transmitir ameaça verdadeira contra os protagonistas, mesmo quando os efeitos especiais que moldam o seu personagem prejudica algumas vezes na sua atuação em cena. E quando se achava que Geoffrey Rush com seu personagem Barbossa se tornaria apenas um coadjuvante de luxo nesta quinta aventura, eis que os roteiristas inventam uma surpresa mirabolante que, embora forçada, se encerra de uma forma emocionante e satisfatória.
Embora com uma bela fotografia, cujo os grandes navios em auto mar formam uma espécie de pintura em movimento, o filme descamba para muita correria e efeitos visuais em seu ato final e fazendo com que a gente meio que se perca com relação ao que está acontecendo na tela. Logicamente, os minutos finais terminam com todas as pontas soltas amarradas, mesmo dando a entender que as ambições da Disney seja continuar com as aventuras de Piratas do Caribe com ou sem  Jack Sparrow.
Com uma participação hilária de Paul McCartney interpretando um pirata e tio de Jack Sparrow, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar talvez venha a ser o canto do cisne da franquia, mesmo quando o desejo do estúdio é sempre querer gerar mais lucro. 


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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: A Família Dionti e Muito Romântico



  A Família Dionti



Sinopse: O jovem Kelton vivem no interior de Minas Gerais, junto do irmão e do pai. Eles trabalham no canavial, e fazem pequenos bicos na feira. Kelton sofre com a ausência da mãe, que "se transformou" e abandonou a família. Ao se apaixonar por uma colega de sua sala, o garoto tem medo de sofrer o mesmo destino da mãe. Os indícios estão todos lá: ele transpira demais, tem desmaios... Kelton estaria derretendo?



Seja ficção, ou documentário, o cinema brasileiro vive numa fase da qual não esconde os altos e baixos de nosso país, mas sim criando um mosaico de obras das quais sintetizam o melhor e o pior da nossa realidade. Porém, nunca é demais soltar a imaginação, onde se pode criar uma fábula e da qual testemunhamos a imaginação se sobressair perante as adversidades. Portanto, Família Dionti é um filme pertencente ao gênero fantasia, sendo algo raro visto dentro do nosso cinema, mas não significa que não seja bem vindo.
Dirigido por Alan Minas, o filme é uma espécie de conto de fadas contemporâneo, onde vemos um jovem que sofre pelo fato de suar demais quando está no sol e correndo o risco de evaporar. Ao mesmo tempo, vemos ele se apaixonar pela jovem que a recém chegou à cidade junto com o seu circo e trazendo então inúmeras histórias fantasiosas com relação a sua família do picadeiro. Histórias fantásticas é o elo que fazem deles terem algo em comum e que usam isso para enfrentar uma realidade pouco colorida do mundo do qual eles vivem.
O filme pode ser interpretado de inúmeras formas como, por exemplo, da realidade sempre batendo na porta desses jovens, mas dos quais se entregam a possibilidade de um mundo onde tudo é possível. O filme também é uma representação do melhor do nosso folclore brasileiro, onde histórias, por vezes absurdas, é que dão vida nos lugares esquecidos por Deus. Ceticismo, fé, crenças e fantasias são o que movem boa parte dos personagens e criando então um convite para pessoas de todas as idades para assistir a obra.
Com um final imprevisível, mas ao mesmo tempo esperançoso, A Família Dionti é um pequeno sopro de vida para aqueles que ainda conseguem usar a imaginação em meio às adversidades de hoje em dia.

 

Muito Romântico



Sinopse: Melissa e Gustavo atravessam o Oceano Atlântico em busca de uma vida nova em Berlim. Eles seguem seu caminho fazendo filmes, amizades e música, mas um segredo revelado faz o medo vir à tona. Eles perdem o rumo, até o dia em que encontram um portal para o cosmos, expandindo a travessia para além do tempo e do espaço.

O filme convencional é aquele que sempre se apresenta com tramas de começo, meio, fim e fazendo com que a pessoa saia da sala no mínimo satisfeita. Porém, existem filmes que fogem desse papel, optando por nos apresentar uma trama da qual testa a nossa atenção e fazendo com que fiquemos pensando com relação ao que nós assistimos. Muito Romântico é um filme que tranquilamente poderia trilhar pela primeira opção, mas vai por um caminho imprevisível e testando as nossas próprias perspectivas.
Dirigido por Melissa Dullius e Gustavo Jahn, o filme acompanha a história de um casal (interpretados pelos próprios cineastas Melissa Dullius e Gustavo Jahn) que viajam para conhecer uma nova Berlim e que ainda guarda um pouco das raízes de ambos. Quando eles estão lá, eles começam a gravar inúmeras cenas da cidade, assim como também fazendo novas amizades e participando de inúmeras festas. Porém, o casal enfrenta adversidades na relação, mas algo surge para fazer com que esse quadro mude e de uma forma surreal.
Com inúmeras cenas rodadas, das quais nos passa a sensação de que elas foram criadas de uma forma bem amadora (relembrando o velho super 8), o filme transita entre a ficção, realidade e documentário, sendo algo cada vez mais comum visto em nosso cinema brasileiro como, por exemplo, Castanha e Branco Sai, Preto Fica. Porém, o lado abstrato, absurdo e fantástico é a palavra de ordem na história, onde o corriqueiro dá de encontro com situações que beiram ao surrealismo e não devendo nada do que já foi visto em filmes como de David Lynch (Cidade dos Sonhos). Ao mesmo tempo, o filme me fez lembrar o recente Adeus à linguagem, de Jean-Luc Godard, onde a relação conflituosa de um casal é mero pano de fundo e dando lugar a cenas que fogem do convencional cinematográfico. 
Ame ou odeie, Muito Romântico é aquele tipo de filme que fará você sair do cinema pensando sobre ele e por longas horas á fio.


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Cine Dica: Curso Pedro Almodovar


* Edição Porto Alegre *


Apresentação

Pedro Almodóvar é o cineasta espanhol de maior renome mundial atualmente. Sua filmografia é repleta de filmes onde a presença feminina é o ponto principal das tramas. Cores berrantes, personagens loucos, e a política espanhola também são destaques em seus roteiros. Suas narrativas, de modo geral, são bem humoradas e sem pretensões de se levar a sério.


Para Almodóvar seus filmes são tão autobiográficos quanto poderiam ser. Suas experiências de vida são suas fontes de inspiração, e a temática da sexualidade é abordada de maneira bastante aberta em vários filmes. Hoje, o diretor é tão conhecido quanto o conterrâneo Luis Buñuel, cineasta cuja obra se assemelha muito ao estilo de Almodóvar.

Pedro Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi funcionário da companhia telefônica estatal; desenhou histórias em quadrinhos; foi ator de teatro de vanguarda e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor realizador.


Objetivos

O Curso TODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR, ministrado por Josmar Reyes, vai tratar da filmografia de Pedro Almodóvar, abordando aspectos estruturais e narrativos (estrutura espacial e temporal, personagens, gênero, estrutura sonora e musical); técnicos; temáticos e estéticos, bem como particularidades da carreira do cineasta e a crítica em torno de seus filmes. Para tanto, durante as aulas serão apresentados fragmentos de seus filmes e textos que tratam de sua obra.


Público alvo

Esta atividade é aberta e dirigida ao público em geral.
Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional.



Conteúdo programático

Aula 1
- Os Filmes: Sinopse ilustrativa resgatando o conteúdo de cada filme;
- As Musas: Carmen Maura, Victoria Abril, Marisa Paredes, Cecilia Roth e Penélope Cruz;
- A Cidade: Madri como cenário e personagem;
- As histórias e temas recorrentes;
- Estrutura narrativa: Segredos, mistérios e suspense.



Aula 2
- Estética almodovariana: O kitsch, figurinos e cenografia;
- Questões de gênero: O melodrama e o suspense;
- Referências culturais e cinematográficas;
- Análise da abertura dos filmes: Créditos iniciais;
- Trilhas musicais;
- Aspectos técnicos: Planos montagem e movimentos de câmera.


Ministrante: Josmar Reyes

Doutor em Ciências da Comunicação e da Informação, Novas Tecnologias e Artes do Espetáculo (Université de Paris III - Sorbonne Nouvelle). Professor do Curso de Realização Audiovisual (Unisinos) e do Curso de Comunicação Social (UNISC). Licenciado em Letras / Português - Francês (UFRGS) e Mestre em Estudos Francófonos (UFRGS). Já ministrou os cursos “Desconstruindo Woody Allen” e “Nouvelle Vague do Cinema Coreano” pela Cine UM.


Curso
Todas as Cores de Pedro Almodóvar
* Edição Porto Alegre *
de Josmar Reyes


Datas: 10 e 11 de Junho (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (para as primeiras 10 inscrições)
b) R$ 800,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714

Inscrições

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