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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Guardiões da Galáxia Vol. 2



Sinopse: Peter Quill (Chris Pratt), Gamora (Zoe Saldana), Rocket Racoon (voz de Bradley Cooper), Baby Groot (voz de Vin Diesel) e Drax (Dave Bautista) provaram que, apesar das desavenças, formam uma equipe e tanto. Agora, Peter descobre segredos sobre a identidade de seu pai e na busca por ele, inimigos acabam se tornando aliados.



O primeiro Guardiões da Galáxia (2014) foi uma inesperada surpresa para todos que seguem o universo Marvel no cinema. Visto com desconfiança pela maioria na época, o filme estreou com sucesso de público, crítica, ganhando status de até mesmo de culto, pois o filme presta uma bela homenagem para aqueles que cresceram nos coloridos anos 80, através de um visual meio retro, com uma trilha sonora nostálgica e caprichada. Tudo que funcionou no primeiro filme retorna em dobro nessa segunda parte e com direito de até mesmo superar o seu antecessor em alguns quesitos. 
Novamente dirigido por James Gunn, o filme começa com a equipe participando de uma importante missão em defesa da Galáxia, mas ao mesmo tempo, ganhando uns trocados em algumas trapaças. Após as desavenças com os últimos contratantes chamados de Soberanos, a equipe se vê presa num planeta cheio de vida, porém misterioso. No local, Peter Quill finalmente conhece o seu pai chamado Ego (Kurt Russel, no seu melhor momento na carreira em anos) e que desvenda a ele a sua real natureza alienígena.
Mais do que uma continuação, o filme dá espaço para um desenvolvimento melhor aos seus personagens. Se no filme original mostrava personagens desajustados, mas forçados a se unirem por um bem maior, aqui o que pesa é como se encaixa a palavra “família” em meio a personagens tão complexos e distintos. Cabe então o roteiro nos brindar com momentos de altas doses de reflexão dos quais os personagens passam, mas sempre dosados com mais singelo humor Marvel, mas sem cair no lado pretensioso do qual o estúdio em algumas ocasiões falha.
Diferente dos seus filmes irmãos, dos quais vivem sempre na preocupação com relação à interligação de um filme para outro, a história de Guardiões da Galáxia vive bem e independente do outro lado da galáxia, mesmo quando surge no decorrer do filme eventos e personagens que ligam esse universo vasto do estúdio. Outro ponto a favor é do filme não se prender a inúmeras tramas, mas sim numa única, onde ocorre no planeta que é o lar do pai de Peter Quill. Aliás, é preciso tirar o chapéu quando o filme apresenta no início do filme um Kurt Russel jovem no início dos anos 80, mas graças aos mirabolantes efeitos especiais de hoje e provando que não há mais limites entre cenas reais e montadas pelo CGI.
Embora o filme extrapole um pouco em alguns momentos cheios de efeitos visuais, é no lado humano que fala mais alto na trama, com o direito de até mesmo alguns personagens secundários do filme anterior terem aqui maior relevância. Bom exemplo é a personagem Nebulosa (Karen Gillan) que, se no filme anterior ela era uma personagem dispensável, aqui ela ganha profundidade melhor trabalhada ao que se refere em sua relação com a sua irmã Gamora (Zoe Saldana) e sobre a difícil infância de ambas criadas pelo vilão Thanos. Mas é o saqueador Yondu (Michael Rooker) que ganha uma participação maior, extraordinária e sua ligação quase paternal com Peter Quill cresce no decorrer da trama e nos brindando com os momentos mais emocionantes do filme.
Mas o que todos lembram com maior carinho com relação ao filme anterior era sua trilha sonora e aqui ela retorna com toda força. Mais do que embalar os momentos de ação e humor, as musicas apresentadas aqui servem para se casar com a proposta principal de algumas passagens do filme. Com isso, as músicas de nomes como Fleetwood Mac, Sam Cooke, George Harrison, Looking Glass, Cat Stevens, dentre outros, embalam cada momento do filme e fazendo a gente cantarolar e se mover a todo o momento na poltrona durante a sessão.
Com a participação ilustre de Sylvester Stallone interpretando o saqueador Stakar Ogord (provavelmente o veremos num futuro filme da Marvel), Guardiões da Galáxia Vol. 2 é um filme para toda a família, principalmente pelo fato que essa palavra é o que dá gás e alma ao filme como um todo. 




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Cine Dica: Em Cartaz: Elon não acredita na morte



Sinopse: Após o desaparecimento de sua esposa Madalena, Elon imerge em uma jornada insone pelos cantos mais sombrios da cidade, buscando entender o que pode ter acontecido com ela, na tentativa de não perder sua sanidade pelo caminho.


O plano sequência (tomadas em movimento e sem cortes) não é novidade para aqueles que acompanham a história do cinema desde sempre, onde câmera se torna os nossos olhos e fazendo a gente se tornar parte da trama. Martin Scorsese, por exemplo, usou esse artifício desde o princípio em seus clássicos e mais recentemente László Nemes fez com que adentrássemos no inferno ao lado do protagonista num campo de concentração no filme O Filho de Saul. Em sua estreia como diretor, Ricardo Alves Jr cria em Elon não acredita na morte uma espécie de pesadelo filmado, onde o protagonista vai numa cruzada de busca, mas que acaba encontrando algo, por vezes, inexplicável.
Na trama, acompanhamos a cruzada de Elon (Rômulo Braga de Sangue Azul) em meio a uma cidade claustrofóbica e sombria. Ele procura a sua esposa Madalena (Clara Choveaux, ótima) da qual, aparentemente, está desaparecida e ninguém sabe ao certo onde ela está. Aos poucos, situações corriqueiras dão lugar a momentos peculiares e dos quais colocam a sanidade de Elon em cheque.
Com a câmera quase sempre atrás do protagonista, o filme já começa com ele indo a uma busca desenfreada, onde praticamente nos convida a ser o segundo ou terceiro personagem em cena e ficarmos sempre na expectativa do que acontecerá em seguida. No decorrer do tempo percebemos uma persistência, até mesmo doentia, vinda do protagonista e fazendo a gente se perguntar o que realmente aconteceu a sua esposa. Porém, o clima soturno, além de personagens ainda mais peculiares surgindo em cena, nos dá entender que não seja exatamente a esposa dele que esteja perdida nessa metrópole peculiar.
Aos poucos, percebemos que o cineasta faz referencias a inúmeros temas dentro da trama, desde ao clássico da mitologia Grega Orfeu, como também criar uma representação de um Brasil desconstruído e se encaminhando cada vez mais para o precipício. Elon seria então uma espécie Orfeu contemporâneo, que desce ao inferno em busca de sua amada, mas que acaba sofrendo uma trapaça e da qual lhe custa a sua sanidade. Por outro lado, Elon seria também o cidadão brasileiro de hoje, cada vez mais afogados em mentiras, falsas promessas e criando para dentro de si uma paranoia e uma falta de fé explicita.
Não é uma trama que nos passe soluções fáceis, sendo que cada um tem uma interpretação sobre que assiste na tela. Quando a gente acha que as pontas soltas se enlaçam, principalmente quando surge rapidamente do nada Madalena numa passagem da trama, eis que tudo que acreditamos naquele momento cai por terra e reacendendo novas interpretações sobre o que virá a seguir. É neste ponto que Elon cada vez mais se adentra aquele submundo sombrio e desconexo e se entregando as consequências dos seus atos que se iniciaram a partir de sua busca. 
Como participação de nomes importantes, como do autor, cartunista e ator Lourenço Mutarelli de (Que horas ela Volta?), Elon não acredita na morte é uma pequena e sombria experiência fictícia, mas da qual não está muito distante de nossa própria realidade atual.


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terça-feira, 2 de maio de 2017

Agradecimentos



Ao Cine Um e a Robledo Milani (do site Papo de Cinema) pela realização de mais um curso (Martin Scorsese: O Lobo de Hollywood) do qual participei, sendo a minha 67ª participação e com orgulho. E que venha mais 67 cursos cinematográficos em Porto Alegre.   

  
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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 27 DE ABRIL A 3 DE MAIO DE 2017

A Criada de de Park Chan-Wook

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 1 / PAULO AMORIM
15h – OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ
(Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Tudo vai se transformando em livro na casa ao lado, conforme a imaginação do seu autor.

17h – INSUBSTITUÍVEL
(Médecin de Campagne - França, 2017, 100min). Direção de Thomas Lilti, com François Cluzet e Marianne Denicourt. CineArt Filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: Jean-Pierre é um médico dedicado que trabalha há anos numa região do interior da França. A comunidade acredita que ele é insubstituível e o médico se sente bem com o respeito das pessoas. Mas esta relação começa a mudar com chegada de Natalie, uma jovem recém-formada que vem de Paris para tentar ajudar o médico veterano.

19h – IMPREVISTOS DE UMA NOITE EM PARIS
(Ouvert la Nuit - França, 100min, 2016). Direção de Édouard Baer, com Édouard Baer, Audrey Tautou, Sabrina Ouazani. Imovision Filmes, 16 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Às vésperas da estreia de uma montagem da peça “A Mulher e o Macaco”, no Teatro da Estrela, em Paris, o produtor Luigi se vê no pior dos mundos. Ele tem apenas um dia para resolver vários problemas, como conseguir dinheiro para pagar o elenco, reconquistar patrocinadores e encontrar um macaco de verdade para colocar em cena.

PROGRAMAÇÃO DE 27 DE ABRIL A 3 DE MAIO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 2/ EDUARDO HIRTZ
 
15h30 – GAGA: O AMOR PELA DANÇA
(Mr. Gaga – Israel/Alemanha/Holanda, 2017, 100min). Documentário de Tomer Heymann. Vitrine Filmes, Livre.
Sinopse: Ohad Naharin, mais conhecido como Mr. Gaga, é diretor artístico da Batsheva Dance Company, em Israel. O filme mergulha no processo criativo do artista de 60 anos, considerado um dos coreógrafos mais importantes do mundo e responsável pela redefinição da linguagem da dança contemporânea. O projeto durou oito anos e mistura ensaios e sequências de dança impressionantes.
17h30 – ERA O HOTEL CAMBRIDGE
(Brasil, 2017, 100min). Direção de Eliane Caffé, com José Dumont, Suely Franco. Vitrine filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: O filme mistura ficção e documentário para mostrar o cotidiano dos moradores do Hotel Cambridge, um hotel tradicional em São Paulo e que foi fechado em 2011. Desde então, vem sendo ocupado por pessoas sem-teto, incluindo muitos refugiados.
19h30 – NOJOOM – 10 ANOS, DIVORCIADA
(Nojoom - Iemen, 95min, 2017). Direção de Khadija al-Salami, com Reham Mohammed. Esfera Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: O filme é baseado na história real de Nujood Ali, que pediu o divórcio aos dez anos. O casamento de meninas ainda crianças é algo comum e aceito no Iêmen - mas este caso chocou o mundo por causa das brutalidades do marido. Com o auxílio da jornalista francesa Delphine Minoui, a jovem transformou sua experiência em livro, que depois foi transposto para o cinema por uma das primeiras mulheres cineastas do Iêmen.

PROGRAMAÇÃO DE 27 DE ABRIL A 3 DE MAIO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 3 / NORBERTO LUBISCO
 
15h15 – A HISTÓRIA DE UM HOMEM DE VERDADE
(URSS, 1948, 90min). Direção de Aleksandr Stolper, com Pavel Kadoshnikov e Nikolay Okhlopkov. MosFilm, 14 anos. Drama.

Sinopse: Alexey Maresyev foi piloto de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, reconhecido pelos ataques precisos às aeronaves alemãs. Durante um combate, em 1942, seu avião caiu e ele teve as duas pernas amputadas - mesmo assim, voltou a voar um ano depois, graças a um par de pernas mecânicas. O soldado russo protagonizou 86 missões de combate, feito contado em livro por Boris Polevoi. O longa integra a Série Cinema Soviético, com títulos do famoso estúdio MosFilm.
 17h15 – A CRIADA
(Agassi - Coréia do Sul, 2016, 160min). Direção de Park Chan-Wook, com Kim Min-Hee, Kim Tae-Ri e Ha Jung-Woo. Mares Filmes, 18 anos. Drama e suspense.
Sinopse:  Durante a ocupação japonesa na Coréia do Sul, na década de 1930, a jovem orfã Hideko vive sob a proteção de um tio autoritário. Ela está prestes a herdar uma grande fortuna, o que atrai a cobiça de dois vigaristas: Sookee, que vai trabalhar na casa como empregada, e Fujiwara, um conde fajuto que tenta seduzir a orfã rica. Este jogo de intrigas tem vários pontos de vista e é temperado por histórias eróticas, um dos passatempos preferidos do tio da protagonista.
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