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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Cine Dica: Programação de cinema dessa semana na Casa de Cultura Mario Quintana

PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE ABRIL DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
  
SALA 1 / PAULO AMORIM
15h15 – SOUVENIR
(Souvenir - França, 2017, 90min). Direção de Bavo Defurne, com Isabelle Huppert, Kévin Azaïs, Johan Leysen. Pandora Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Liliane tem um emprego rotineiro em uma fábrica de alimentos. Mas Jean, um novo funcionário, descobre o seu segredo: ela já foi uma cantora famosa chamada Laura, revelada em um concurso popular nos anos 1970. Laura era a mulher dos sonhos de muita gente e o jovem fã vai fazer de tudo para que ela volte aos palcos.
 
17h15 – FATIMA
(Fatima - França, 2017, 80min). Direção de Philippe Faucon, com Soria Zeroual, Zita Hanrot, Kenza Noah Aïche. Imovision, 12 anos. Drama
Sinopse: Fatima mora na França e cria sozinha suas duas filhas: Souad, de 15 anos, e Nesrine, de 18. Nascida na Argélia, Fatima fala muito mal o francês, condição que só lhe permite trabalhar como faxineira. Isso também dificulta a sua relação com as filhas, que fazem o possível para se integrar à sociedade onde vivem.  O longa traz um olhar sensível sobre a condição feminina e a questão dos imigrantes na Europa.


19h – OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ
(Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Mas tudo, na verdade, é fruto da imaginação de um escritor alemão, que prepara seu novo livro.

 
PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE ABRIL DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 2/ EDUARDO HIRTZ
 
15h30 E 19h30h – NOJOOM – 10 ANOS, DIVORCIADA (ESTREIA)
(Nojoom - Iemen, 95min, 2017). Direção de Khadija al-Salami, com Reham Mohammed. Esfera Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: O filme é baseado na história real de Nujood Ali, que pediu o divórcio aos dez anos. O casamento de meninas ainda crianças é algo comum e aceito no Iêmen - mas este caso chocou o mundo por causa das brutalidades do marido. Com o auxílio da jornalista francesa Delphine Minoui, a jovem transformou sua experiência em livro, que depois foi transposto para o cinema por uma das primeiras mulheres cineastas do Iêmen.
 
17h30 – GAGA: O AMOR PELA DANÇA
(Mr. Gaga – Israel/Alemanha/Holanda, 2017, 100min). Documentário de Tomer Heymann. Vitrine Filmes, Livre.
Sinopse: Ohad Naharin, mais conhecido como Mr. Gaga, é diretor artístico da Batsheva Dance Company, em Israel. O filme mergulha no processo criativo do artista de 60 anos, considerado um dos coreógrafos mais importantes do mundo e responsável pela redefinição da linguagem da dança contemporânea. O projeto durou oito anos e mistura ensaios e sequências de dança impressionantes.
   
PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE ABRIL DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 3 / NORBERTO LUBISCO
15h – MARGUERITE & JULIEN - UM AMOR PROIBIDO
(Marguerite & Julien - França, 105min, 2017). De Valérie Donzelli, com Anaïs Demoustier, Jérémie Elkaïm. Mares Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: A trama mistura elementos antigos e contemporâneos para abordar um amor proibido, no melhor estilo Romeu e Julieta. Marguerite e Julien são irmãos e praticamente apaixonados um pelo outro. Na infância, seu pai, o senhor de Tourlainville,  resolve separá-los para evitar o pior. Mas nem mesmo o passar dos anos consegue apagar o que existe entre os dois.

17h – TRAVESSIA
(Brasil, 90min, 2017). Direção de João Gabriel, com Chico Diaz, Caio Castro, Camilla Camargo. O2 Play Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Roberto é pai de Julio e ambos vivem dias difíceis por causa da morte da mãe. O relacionamento entre os dois, que já era complicado, se torna cada vez mais distante.  Enquanto Roberto busca alento na bebida, Julio se envolve com o tráfico de drogas. Mas um atropelamento inesperado vai mudar a vida de pai e filho. O filme foi o vencedor do 10º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.
 19h – COMO VOCÊ É
(As You Are - EUA, 2016, 100min). Direção de Miles Joris-Peyrafitte, com Owen Campbell, Charlie Heaton, Amandla Stenberg. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os conflitos do universo adolescente são a tônica da trama, ambientada nos anos 1990 em uma cidade suburbana dos Estados Unidos. Jack é um jovem solitário que vive com a mãe, mas tudo muda no dia em que ela se casa com um namorado que também tem um filho adolescente. Apesar de terem temperamentos opostos, Jack e Mark se entendem bem e formam um trio com Sarah, uma garota do bairro. Eles se tornam inseparáveis até o dia em que alguns segredos vêm à tona.
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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Cine Dicas: Estreias do final de semana (14/04/17)

As Falsas Confidências

Sinopse: A viúva rica Araminte (Isabelle Hupert) contrata Dorante (Louis Garrel) como secretário. Ele é um homem simples e acaba se apaixonando pela patroa. O romance dos dois é cheio de percalços, mas eles recebem a ajuda do empregado da casa.

John From

Sinopse: A adolescente Rita (Júlia Palha) tem 15 anos e adora tomar sol na varanda do apartamento onde mora. Ela tem uma amiga inseparável e começa a se interessar pelo novo vizinho, um homem bem mais velho, fotógrafo e que está preparando uma exposição, o que faz Rita se aproximar dele.

Martírio

Sinopse: A grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.

Nojoom, 10 Anos, Divorciada

Sinopse:A menina Nojoom tem apenas 10 anos e precisa deixar a infância de lado quando tem de se casar para acobertar um escândalo. Seu marido é um homem abusivo. Nojoom não suporta a situação e surpreende a todos quando exige a um juiz que lhe conceda o divórcio.


Una

Sinopse:No começo da adolescência, Una conheceu um homem mais velho, Ray (Ben Mendelsohn), que abusou dela. Quinze anos depois, Una (Rooney Mara) fica obcecada e decide ir atrás dele para pedir explicações sobre o que aconteceu no passado.


Variações de Casanova

Sinopse: Misturando as linguagens do cinema, teatro e da ópera, o filme conta a história do escritor italiano Giacomo Casanova (John Malkovich). O autor ganhou fama por ser o homem mais sedutor de todos os tempos.


Velozes e Furiosos 8

Sinopse: Dom Toretto (Vin Diesel) e sua equipe continuam barbarizando em seus carros tunados. Mas a misteriosa Cipher (Charlize Theron) convence Dom a voltar a vida de fora da lei. Agora, a equipe precisa acertar as contas com Dom, enquanto tenta descobrir os motivos dele ter traído a confiança de sua família.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Travessia



Sinopse: Em Salvador, Roberto acabou de perder a esposa. Além disso, o relacionamento com seu único filho vai de mal a pior. Um dia, após se embebedar e fracassar ao tentar contratar uma prostituta, ele acaba atropelando um garoto. Desesperado, coloca o menino no carro e o leva ao hospital mais próximo. Apesar do socorro imediato, Roberto precisa prestar esclarecimentos na polícia e corre o risco de ser preso.

Travessia, primeiro filme do diretor João Gabriel, possui uma ousadia em sua abordagem, mas que visivelmente, poderia ter ido mais longe. O filme tem como tema principal a desestrutura de uma família, onde o pai Roberto (Chico Diaz) possui uma forte desavença com o filho Júlio (Caio Castro) a partir da morte da mãe desse último. Observamos então o dia a dia de cada um, em vidas separadas, tendo que enfrentarem os seus próprios abismos e de formas distintas.
Embora tendo essa forte ligação, o cineasta opta em não colocar ambos em cenas e fazendo com que explore de uma forma gradual a mudanças de rumos de Roberto, por exemplo, quando ele acidentalmente atropela um menino durante a madrugada. Ao mesmo tempo, acompanhamos Júlio tentando procurar um novo etilo de vida, mas em experiências um tanto que duvidosas. Curiosamente, não fica exatamente claro o real motivo do fim dessa relação paternal que, embora tenha sido a partir da morte da mãe, fica a dúvida no ar do por que exatamente de ambos começaram a se odiar, quando na verdade deveriam se unir num momento difícil como esse.
Devido a isso, fica meio complicado para o cinéfilo ter que aceitar a cruzada de ambos os personagens sem um esclarecimento a fundo sobre o passado. Roberto, por exemplo, procura uma redenção particular ao tentar dar atenção ao jovem que ele quase matou, mas nunca fica muito claro se ele busca um novo rebento ou simplesmente eliminar a culpa que há dentro de si. Já Júlio vai para um caminho inverso, onde as cenas de festas e muito uso de drogas servem de prelúdios para o que virá a seguir para ele.
Portanto, quando a gente acha que a separação de ambos em suas cruzadas particulares fará algum sentido, as respostas simplesmente não surgem, mas sim deixa em aberto para inúmeras possibilidades sobre o futuro de ambos e o que torna o resultado final nada animador. Faz até algum sentido Roberto em tentar ajudar o garoto que ele quase matou, mas simplesmente não há um aprofundamento da queda de Júlio. Dá a impressão de que ele deveria pagar pelos seus erros, mas quais seriam eles exatamente? 
Desta forma, Travessia se mostra um filme que poderia ser muito mais do que é, mas a falta de aprofundamento através das cenas em relação ao seu tema acaba por prejudicar seu crescimento como obra. Em contrapartida não desmereço a obra, pois João Gabriel demonstra total afinidade e habilidade com a sua câmera. Porém, lhe falta um pouco mais de coragem na criação de um roteiro que não se intimide em retratar as reais origens de um rompimento familiar. 


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Cine Dica: Martírio chega ao CineBancários e ganha Sessão Comentada

Dirigido pelo cineasta e indigenista Vincent Carelli, em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita, Martírio refaz o percurso da insurgência pacífica e obstinada dos Guarani e Kaiowá pela retomada de seus territórios sagrados. O longa estreia no CineBancários no dia 13 de abril, através da Sessão Vitrine Petrobras, nas sessão das 17h e 20h.

Na terça-feira, 18 de abril, será realizada uma Sessão Comentada do filme com a presença do co-diretor Ernesto de Carvalho, o indigenista José Otávio Catafesto de Souza, com mediação da jornalista Priscila Pasco. A sessão terá início as 18h30 e a distribuição de senhas será realizada a partir das 18h. A entrada é franca.
O filme traz o testemunho e a memória de mais de um século de massacres e da omissão do Estado brasileiro frente ao genocídio em curso no Mato Grosso do Sul. Valendo-se de arquivos históricos e de imagens produzidas por Carelli junto aos Kaiowá ao longo de 10 anos, busca edificar uma nova história, remontando às origens das políticas indígenas do Estado desde a Guerra do Paraguai, dos sucessivos projetos de integração dos índios ao sistema de trabalho, até o massacre forjado pelo agronegócio e a bancada ruralista nos tempos atuais.



Martírio apresenta-se como um testemunho. Narrado em primeira pessoa, traz a memória afetiva e de militância do diretor junto aos Guarani e Kaiowá, que a partir de seus próprios relatos revelam a luta política, a resistência espiritual e a profunda ligação com a terra à qual pertencem. Ao tomar posição deliberadamente, Martírio nos chama à responsabilidade e convoca ao enfrentamento.



Com enorme repercussão no circuito cinematográfico, foi aclamado e premiado em inúmeros festivais e mostras no Brasil e no mundo, tendo sido um dos grandes destaques do Festival de Brasília em 2016, onde ganhou o prêmio do público de Melhor Filme de longa-metragem e o Prêmio Especial do Júri Oficial.



*Nossa sala agora é parceira do Sessao Vitrine Petrobras em Porto Alegre, destinando permanentemente sua sessão diária das 17h a um lançamento nacional que ficará em cartaz por duas semanas. O Sessão Vitrine Petrobras é um projeto de distribuição coletiva da Vitrine Filmes, que tem como objetivo levar ao público um cinema de qualidade, original, que retrata a cultura do país e que se destaca nos principais festivais brasileiros e internacionais. Mais de vinte cidades brasileiras fazem parte do projeto, fortalecendo assim o circuito alternativo nacional, ao mesmo tempo em que investe na formação de novas platéias.



Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingressos.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Vale Cultura do Banrisul, Banricompras, Visa e Mastercard.



SINOPSE MARTÍRIO



A grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.



NOTAS DO DIRETOR



Todo dia, bate à porta das nossas consciências, através das redes sociais, a notícia de um assassinato brutal, de um violento despejo. Do outro lado, na grande imprensa, nas sentenças judiciais, nos discursos dos lobbistas do agronegócio, vemos a ignorância ou omissão total da história, a inversão cínica de papéis se apropriando da palavra “resistência”, frente ao suposto “terrorismo” dos índios. Fazer Martírio se tornou uma compulsão necessária para mim, que tenho a vida atada à deles, para Ernesto e Tita, que me acompanharam nessa jornada. Um compromisso moral, ético, político, e sobretudo afetivo, com os povos Guarani Kaiowá.

Vincent Carelli.



SOBRE DIRETOR E CODIRETORES



VINCENT CARELLI



Cineasta e indigenista, Vincent Carelli fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias, projeto que apoia as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais por meio de recursos audiovisuais. Desde então, produziu uma série de 16 documentários sobre os métodos e resultados deste trabalho, que têm sido exibidos por televisões públicas em todo o mundo. A Arca dos Zo’é (1993), um de seus primeiros filmes, foi premiado em diversos festivais, entre eles o 16o Tokyo Video Festival e o Cinéma du Réel. Em 2009, Carelli lança Corumbiara, grande vencedor do 37o Festival de Gramado, sobre o massacre de índios isolados em Rondônia, primeiro filme de uma trilogia em desenvolvimento que traz seu testemunho de casos emblemáticos vividos em 40 anos de indigenismo no Brasil. Martírio é o segundo filme desta série que se encerra com a realização do longa-metragem Adeus Capitão, trabalho em fase de desenvolvimento.



ERNESTO DE CARVALHO



Ernesto de Carvalho é realizador de cinema, antropólogo e fotógrafo. Nos últimos 10 anos tem trabalhado oferecendo oficinas de vídeo junto a diversas comunidades indígenas pelo Brasil, ligado ao projeto Vídeo nas Aldeias. Sempre em engajamento colaborativo, foi diretor de fotografia de "O Mestre o Divino" (2013), de Tiago Campos, dirigiu com Ariel Ortega, Patricia Ferreira e Vincent Carelli "Desterro Guarani" (2011), e montou "Já me transformei em imagem" (2009), entre vários outros filmes premiados. Tem participado também da produção audiovisual militante ligada ao Movimento Ocupe Estelita, que resultou em curtas de ampla circulação na internet, entre eles “Recife, Cidade Roubada” (2014).



TITA



Tita é montadora de cinema e vídeo. Entre seus principais trabalhos estão o longa "Avenida Brasília Formosa" e o curta "As Aventuras de Paulo Bruscky", ambos dirigidos por Gabriel Mascaro; o média “Balsa”, dirigido por Marcelo Pedroso; e as videoinstalações "O peixe", "O levante", “4.000 disparos” e “Pacífico”, do artista plástico Jonathas de Andrade. Desde 2009, colabora ativamente com o projeto Vídeo nas Aldeias, dedicando-se à montagem de filmes e às oficinas de formação audiovisual. Seu mais recente trabalho na instituição foi a realização da obra “O Brasil dos índios: um arquivo aberto”, videoinstalação concebida para a 32a Bienal de SP, em parceria com Ana Carvalho e Vincent Carelli.



FICHA TÉCNICA



Documentário / Brasil / 2016 / 162 min

Direção: Vincent Carelli em co-direção com Ernesto de Carvalho e Tita

Roteiro: Vincent Carelli, Tita e Ernesto de Carvalho

Fotografia: Ernesto de Carvalho

Montagem: Tita

Desenho de Som: Gera Vieira, Nicolas Hallet e Tita

Mixagem: Gera Vieira e Nicolas Hallet

Música: Bro MCs

Elenco/Entrevistados: Celso Aoki, Myriam Medina Aoki, Oriel Benites, Tonico Benites e comunidades Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul.

Produtora executiva: Olívia Sabino

Produtoras: Papo Amarelo & Vídeo nas Aldeias



GRADE DE HORÁRIOS



13 de abril (quinta-feira)

15h – Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

17h – Sessão Vitrine: Martírio, de Vincent Carelli

20h – Martírio, de Vincent Carelli



14 de abril (sexta-feira)

15h – Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

17h – Sessão Vitrine: Martírio, de Vincent Carelli

20h – Martírio, de Vincent Carelli



15 de abril (sábado)

15h – Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

17h – Sessão Vitrine: Martírio, de Vincent Carelli

20h – Martírio, de Vincent Carelli



16 de abril (domingo)

15h – Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

17h – Sessão Vitrine: Martírio, de Vincent Carelli

20h – Martírio, de Vincent Carelli



18 de abril (terça-feira)

15h – Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé
18h – Sessão Comentada: Martírio, de Vincent Carelli


19 de abril (quarta-feira)

15h – Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

17h – Sessão Vitrine: Martírio, de Vincent Carelli

20h – Martírio, de Vincent Carelli

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: FÁTIMA



Sinopse: A empregada doméstica Fatima é árabe e mãe solteira de duas jovens. Para as filhas, se comunicarem em francês é o melhor para garantir um bom emprego. No entanto, Fatima tem dificuldade com essa língua. Quando ela sofre um acidente, tem de ficar em repouso. Nesse período, Fatima começa a escrever um diário em árabe para as filhas, dizendo tudo o que adoraria expressar diretamente para as jovens em francês.

Nos últimos tempos, o cineasta francês Philipe Faucon (A Traição) vem se dedicando a realizar filmes dos quais retratasse pessoas que, infelizmente, são mostradas de forma secundária em filmes convencionais. Em Fátima, o cineasta cria uma obra sensível sobre a vida de uma imigrante na França. Inspirado numa história real, Fátima trabalha nas limpezas para pagar os estudos das duas filhas. A filha mais velha prepara o exame de medicina, a mais nova é uma adolescente revoltada que tem dificuldades em aceitar o fato de a mãe trabalhar nas limpezas e não saber falar francês.
Assim como a verdadeira Fátima que serviu de base para a criação do filme, a personagem escreve em seu diário, em árabe, onde passa o que realmente sente no seu intimo, tanto sobre as adversidades como também a esperança que lhe faz seguir em frente. O grande acerto do roteiro escrito por Philippe Faucon, é de não ter se limitado somente a Fatima, mas sim também focando nas filhas, que acabam sendo o foco principal em dar ao longa metragem um conteúdo completo, já que pelo fato delas não serem de origem árabe, repreendem a mãe pelos seus hábitos tradicionais, optam sobre o papel da mulher do mundo contemporâneo e os problemas que os imigrantes no país passam com relação ao preconceito.
Mas o filme não levanta somente a bandeira em defesa dos imigrantes, como também explora o dia a dia de uma pessoa que vive distante de suas raízes. A trama então acaba se tornando um reflexo de inúmeras pessoas, das quais abandonam suas terras natais e tentam uma vida nova em outros países. É algo que, querendo ou não, acontece no dia a dia de inúmeros países e aqui no Brasil não é diferente.
Mas talvez uma dos melhores partes do filme seja a narração em off que ouvimos da protagonista quando ela escreve em seu diário. É nesses momentos em que ela revela o seu lado mais humano que, por vezes, não consegue expressa-lo em sua própria língua, ou devido a sua timidez, da qual lhe impede de expressar os seus reais sentimos perante o mundo do qual vive. É por esses e outros motivos que o cineasta conseguiu criar um filme humano e do qual qualquer um que assiste consegue se identificar facilmente.
Fátima é um exemplo de bom filme do qual o retrato de uma simples família pode levantar sim inúmeras questões universais contemporâneas e das quais geram sempre bons debates na roda de amigos.
 


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