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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 9 de março de 2017

Cine Dicas: Estreias do final de semana (09/03/17)

 Fome de Poder

Sinopse:O vendedor Ray Kroc (Michael Keaton) conhece os irmãos Dick e Mac McDonald. Os dois mostram um novo conceito de serviço de lanchonete, em que o pedido é entregue em 30 segundos e não em 30 minutos. Ray fica abismado com negócio e se torna sócio dos irmãos. No entanto, a ambição do vendedor fala tão alto, que o trio começa uma briga pela detenção dos direitos da franquia de fast food McDonald's.



Kong: A Ilha da Caveira


Sinopse: A Ilha da Caveira é o território do rei dos símios King Kong. O lugar é invadido por exploradores, que adentram as profundezas da traiçoeira e primitiva ilha. Não demora muito para eles se depararem com a grandiosidade e a fúria de Kong.


Insubstituível


Sinopse: Jean-Pierre (François Cluzet) é um médico experiente e que atende os pacientes em casa. Ele descobre que tem uma doença grave e precisa se afastar para começar o tratamento imediatamente. No entanto, Jean-Pierre se considera insubstituível e tem dificuldade em encontrar um colega para ficar em seu lugar.


Negação


Sinopse: A historiadora Deborah E. Lipstadt (Rachel Weisz) sempre se dedicou aos estudos do  Holocausto. Ela escreve um livro sobre a negação sobre esse fato histórico, que tem como defensor, David Irving (Timothy Spall). Ele fica indignado com a obra e decide processar Deborah por difamação.

Olhar Instigado

Sinopse: Documentário acompanha os artistas Alexandre Orion, André Monteiro (Pato) e Bruno Locuras pelas ruas de São Paulo. O trio usa o espaço público para manifestar sua arte por meio de grafites, revelando seus olhares instigados.


Papa Francisco: Conquistando Corações


Sinopse: Quando criança, o jovem Jorge nunca imaginaria quem viria a se tornar no futuro. Com o passar dos anos, o argentino Jorge Mario Bergoglio (Darío Grandinetti) começou sua preparação para, finalmente, ser sacramentado como o Sumo Pontíficie da Igreja Católica, o Papa Francisco. Esta é a história de sua vida.



Personal Shopper


Sinopse:A assistente de moda Maureen (Kristen Stewart) odeia seu trabalho e busca um significado para sua vida. Certo dia, ela começa a receber no seu celular, mensagens estranhas de um desconhecido. Maureen tem a habilidade de se comunicar com espíritos e suspeita que o estranho que lhe envia mensagens seja seu irmão gêmeo recém-falecido.



Silêncio

Sinopse:No século 17, o padre Ferreira (Liam Neeson) vive no Japão e caiu em desgraça ao renunciar a sua fé. Preocupados com a situação, os padres jesuítas Rodrigues (Andrew Garfield) e Garupe (Adam Driver) viajam ao país para procurar o mentor Ferreira e propagar o cristianismo entre os japoneses.


Souvenir


Sinopse: No passado, a cantora Liliane (Isabelle Huppert) brilhava nos palcos e chegou a ficar em segundo lugar num concurso de jovens talentos da Europa nos anos 70. Hoje, ela não é mais lembrada por ninguém e ganha a vida trabalhando numa fábrica. Sua vida insossa ganha um colorido quando se apaixona por um jovem boxeador, que a incentiva a retomar a carreira musical.
  
 
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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 9 A 15 DE MARÇO DE 2017 das salas de Cinema da Casa de Cultura Mario Quintana

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

SALA 1 / PAULO AMORIM
  15h30 e 19h30 – EU NÃO SOU SEU NEGRO
(I Am Not Your Negro - EUA/França/Bélgica, 2016, 95min). Documentário de Raoul Peck, com Samuel Jackson. Imovision, 12 anos.
Sinopse: Indicado ao Oscar de melhor documentário, o filme parte de escritos deixados por James Baldwin para refletir sobre momentos cruciais do racismo e intolerância nos Estados Unidos, incluindo os assassinatos de Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr., os três principais líderes negros da década de 1960. O longa combina imagens jornalística da época e atuais, entrevistas de Baldwin e a narração de Samuel L. Jackson.
17h15 – BELOS SONHOS (Fai Bei Sogni - Itália/França, 2016, 130min). Direção de Marco Bellocchio, com Valerio Mastandrea, Bérénice Bejo, Guido Caprino, Barbara Ronchi. Mares Filmes, 14 anos. Drama.
Sinopse: O filme segue quatro décadas na vida do jornalista  Massimo - e também da história da Itália, cenário do longa-metragem. A trama acompanha o protagonista na sua infância, quando precisa conviver com a morte repentina da mãe, e na idade adulta, ao lidar com as alegrias e frustrações do cotidiano. Como em todos os filmes do italiano Marco Bellocchio, as questões religiosas e políticas também marcam esta história, baseada no romance autobiográfico homônimo de Massimo Gramellini.
 
PROGRAMAÇÃO DE 9 A 15 DE MARÇO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 2/ EDUARDO HIRTZ
 15h – EU, DANIEL BLAKE
(I, Daniel Blake - Reino Unido-França-Bélgica, 100min, 2016). Direção de Ken Loach, com Dave Johns, Hayley Squires, Dylan McKiernan. Imovision, 12 anos. Drama.
Sinopse: O diretor Ken Loach ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes com mais este drama social, um tema recorrente em sua trajetória. O filme acompanha a saga de um carpinteiro britânico de 59 anos que fica impossibilitado de trabalhar por causa de problemas no coração. Depois de um período afastado, Blake precisa seguir recebendo os benefícios do governo - mas tudo fica mais complicado pelo fato de ele não usar a internet. Durante seu périplo para vencer as burocracias, ele conhece Katie, a mãe solteira de duas crianças que também não tem condições financeiras para se manter.
16h45 e 19h – O APARTAMENTO
(Forushande – Irã/França, 2017, 123min). Direção de Asghar Farhadi, com  Shahab Hosseini e Rana Taraneh Alidoosti. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Emad e Rana são casados e vivem em Teerã, onde participam de um grupo de teatro amador. Por conta de um problema estrutural no prédio onde moram, eles aceitam a oferta para viver no apartamento de um amigo – sem saber que, antes, a locatária era uma garota de programa. Ao mesmo tempo em que enfrentam os contratempos da nova vida, o casal ensaia a peça “A Morte do Caixeiro Viajante”, do norte-americano Arthur Miller. O longa foi o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro 2017 – o diretor Asghar Farhadi já havia conquistado este prêmio em 2012, com “A Separação”.

* Na sexta-feira, dia 10, na sessão das 19h, haverá pré-estreia do filme “Another Forever”, seguida de debate com o diretor Juan Zapata.

PROGRAMAÇÃO DE 9 A 15 DE MARÇO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 3 / NORBERTO LUBISCO
15h15 – REDEMOINHO (Brasil, 2017, 100min). Direção de José Villamarim, com Irandhir Santos, Julio Andrade, Cássia Kiss, Dira Paes. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Luzimar e Gildo são amigos de infância que se reencontram depois de muitos anos. Eles cresceram juntos em Cataguases, interior de Minas Gerais, e Luzimar nunca saiu da cidade. Gildo foi morar em São Paulo e acredita que se tornou um homem mais bem sucedido. Neste reencontro, eles mergulham em boas lembranças mas precisam, também, acertar as contas com o passado.
17h15 – EU, OLGA HEPNAROVÁ ( Já, Olga Hepnarová - República Tcheca/Polônia/ Eslováquia/França, 105min, 2016). Direção de Tomás Weinreb e Petr Kazda, com Michalina Olszanska, Martin Pechlat, Klara Meliskova. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: A jovem Olga Hepnarová carrega uma marca dolorosa: ela foi a última mulher a ser executada na Thecoslováquia, nos anos 1970. Sua condenação foi pelo atropelamento de oito pessoas, quando tinha apenas 22 anos. O filme, todo em preto e branco, se dedica a contar a história de Olga, que cresceu em uma família conservadora, era lésbica e jamais conseguiu se adequar ao meio em que vivia.

19h15 – OLHAR INSTIGADO
(Brasil, 75min, 2015). Documentário de Chico Gomes e Felipe Lion. O2 Play. Livre.
Sinopse: Os diretores acompanham a rotina de três artistas que trabalham com arte de rua em São Paulo, oferecendo uma visão sóciopolítica sobre cada tipo de intervenção. Bruno Locuras é adepto das pichações em pontes e prédios, enquanto Alexandre Orion produz painéis artísticos que misturam pintura e colagem. André Monteiro, também conhecido como Pato, combina o grafite com esculturas interativas.
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quarta-feira, 8 de março de 2017

Cine Especial: Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial: Parte 2



Nos dias 11 e 12 de março eu estarei participando do curso de cinema Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora nas áreas de Análise, Teoria, Crítica e História do Cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei falar um pouco desse cineasta que, através dos seus filmes, soube prestar homenagem ao melhor da história do cinema Italiano e do seu próprio país. 



Um Dia Muito Especial (1977)



Sinopse: Roma, 1938. Hitler e Mussolini selam o acordo que unirá Itália e Alemanha nos conflitos da Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, Antonietta, uma dona-de-casa frustrada e infeliz, troca confidências e se aproxima de Gabriele, seu vizinho homossexual.


Scola usa como pano de fundo o dia da visita de Adolf Hitler a Roma em maio de 1938 e o efeito sobre a população italiana para mostrar a opressão sofrida por um radialista homossexual e uma dona de casa, que moram num mesmo conjunto residencial. A repressão oficial do nazismo ao homossexualismo encontra ressonância na tirania exercida por maridos machistas sobre as, aparentemente, conformadas mulheres. O contraste entre as cenas de um documentário, onde se vê toda a pompa das autoridades italianas para receber o Führer, com a tomada - quase sem cortes - da mulher acordando a família, e tentando dar uma certa ordem no caos matinal, é primoroso.
Veteranos de vários filmes juntos, Sophia Loren e Marcello Mastroianni nos brindam aqui com as melhores atuações de duas carreiras. Com justiça, ganhou o Globo de Ouro e o César de melhor filme estrangeiro em 1978.


 

Casanova e a Revolução (1982)



Sinopse:Um retrato da Revolução Francesa sob diferentes ângulos. Um grupo viaja pela mesma estrada, com diferentes motivações. Entre eles estão o famoso sedutor Casanova, o escritor Restif de La Bretonne e a condessa Sophie. Durante a viagem, eles acabam por presenciar a prisão do rei Luís 16 e de sua família e testemunham o desenrolar dos acontecimentos.
 


Casanova e a Revolução é um dos melhores filmes sobre a Revolução Francesa, e um dos grandes trabalhos do cineasta Ettore Scola. Baseado no livro homônimo de Catherine de Rihoit, Scolla fez um verdadeiro road movie ambientado no séc. XVIII. Seguindo a carruagem real, são colocadas figuras díspares, mas de grande importância, como Restif de la Bretonne, o grande escritor e editor pornográfico francês; Giacomo Casanova, já decadente, velho (teria 66 anos), gordo, careca e doente, mas ainda uma lenda por onde passa; o liberal republicano inglês Thomas Payne, que atuou nas revoluções Americana e Francesa; e até uma viúva que produz champagne, numa clara alusão à veuve Clicquot. 
A partir dessa idéia original, Scola retrata os diversos olhares daquele momento em relação à Revolução Francesa. Destaque também para o ótimo elenco, que inclui os astros Marcello Mastroianni, Hanna Schygulla e Harvey Keitel.

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Cine Curiosidade: Sucesso de bilheteria nos EUA, novo suspense de M. Night Shyamalan ganha cartaz nacional

“Fragmentado” traz James McAvoy como protagonista
e estreia em 23 de março nos cinemas brasileiros
Com mais de US$ 126 milhões arrecadados nos Estados Unidos, “Fragmentado” (Split) – novo longa de M. Night Shyamalan, de “O Sexto Sentido” e “Corpo Fechado” – acaba de ganhar cartaz nacional. O pôster faz alusão aos fragmentos de Kevin, personagem de James McAvoy, que é portador de 23 personalidades distintas.
Parceria inédita entre Shyamalan e o produtor Jason Blum, de “Atividade Paranormal”, o filme permaneceu por três semanas consecutivas em primeiro lugar nos Estados Unidos. A história retrata o dia a dia de Kevin, um homem que sofre de multiplas personalidades que se manifestam aleatoriamente.
Embora esse quadro clínico seja conhecido pela psicóloga de confiança de Kevin, Dr. Fletcher (Betty Buckley), existe uma outra personalidade submersa que está programada para surgir e dominar todas as outras. Forçado a sequestrar três garotas, entre elas Casey (Anya Taylor-Joy, de “A Bruxa”), Kevin se vê em uma guerra pela sobrevivência contra as forças que existem dentro dele – e também contra as que estão ao seu redor.                               
Com distribuição da Universal Pictures, a produção ainda traz Haley Lu Richardson, Brad William Henke, Kim Director, Sterling K. Brown e Sebastian Arcelus no elenco. A estreia está marcada para 23 de março em circuito nacional.

terça-feira, 7 de março de 2017

Cine Especial: Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial: Parte 1



Nos dias 11 e 12 de março eu estarei participando do curso de cinema Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora nas áreas de Análise, Teoria, Crítica e História do Cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei falar um pouco desse cineasta que, através dos seus filmes, soube prestar homenagem ao melhor da história do cinema Italiano e do seu próprio país.  
 
 Nós Que Nos Amávamos Tanto (1974)



Sinopse:Três italianos, Gianni (Vittorio Gassman), Nicola (Stefano Satta Flores) e Antonio (Nino Manfredi) se tornam muito amigos durante o ano de 1944 enquanto combatem os nazistas. Cheio de ilusões, eles se estabelecem depois da guerra. Os três amigos idealistas precisam lidar com a inevitável desilusões da vida no pós-guerra da Itália.
Nós que nos Amávamos Tanto é uma das obras máximas de Ettore Scola. O filme retrata trinta anos na história da Itália (1945-1975) e na vida de três grandes amigos: Gianni, Antonio e Nicola. Da resistência à ocupação nazista ao engajamento político nos anos 60, acompanhamos as aventuras, desventuras e desilusões amorosas de uma geração que sonhava em mudar o mundo. Com uma linda homenagem a Federico Fellini, Nós que nos Amávamos Tanto tem como destaque ainda as atuações memoráveis de Vittorio Gassman, Nino Manfredi e Stefania Sandrelli. Um filme para ver e rever muitas vezes.

 

Feios, sujos e malvados (1976)


Sinopse:Roma, Itália. Giacinto Mazzatella (Nino Manfredi) vive em um barraco com sua esposa, dez filhos e diversos outros parentes. Devido ao pouco espaço disponível, eles dormem praticamente um ao lado do outro. Giacinto guarda uma boa quantia em dinheiro mas, temendo ser roubado, sempre o mantém escondido. Isto irrita sua família, que não pode usá-la para melhorar um pouco de vida. A situação chega ao limite quando Giacinto leva para casa sua amante, o que faz com que a família passe a planejar seu assassinato.
Resistindo com vigor à passagem do tempo, Feios, Sujos e Malvados traz uma visão claustrofóbica e cruel da miséria revelada com frescor político e social. Ettore Scola é um cineasta de características neo-realistas, com abordagem crítica da realidade italiana, cuja maestria fílmica transforma a produção em obra envolvente para todos os espectadores. O elemento que serve de guia para dinamizar o enredo é a relação conflituosa dessa família extremamente pobre.
Nesse aspecto, outros aspectos são tratados como a questão da violência doméstica, o machismo, a banalização da vida e a idéia do individualismo. Embora fosse uma família o único momento em que há uma “confraternização” digna desse nome é o almoço com Giacinto em que todos se reúnem para uma macarronada em que pese a do velho estivesse temperada com veneno de rato. Cenas que traduzem em cinema a  brutalizarão do homem pelo homem, e a violência indistinta entre os membros da família. 
O filme convida também a uma reflexão por analogia. Ele ensina que seja na Itália da década de 70, seja nas favelas do Brasil do século XXI, essa realidade persiste intocada. E a resposta da sociedade também se mantém a mesma, isto é, repressão, estigmatizarão social e descaso político.

 

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