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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Cine Dica: Breve em cartaz: The Handmaiden



Sinopse: No intuito de ficar com o dinheiro de uma jovem aristocrata, um falso conde infiltra uma camponesa como dama de companhia para fazê-la se apaixonar por ele e afastá-la de seu tio maluco. Por trás do golpe, há ainda outro e, acima de todos os golpes, o desejo fala mais alto.


Chan-wook Park se tornou mundialmente conhecido ao lançar o genial Old Boy e ter feito com que o restante do mundo prestasse mais atenção ao cinema Coreano. Com uma visão autoral fora do comum, Park gosta de brincar com a perspectiva do cinéfilo, fazendo com que sempre montemos uma trama em nossas mentes, para então descobrirmos que tudo não era exatamente como nós imaginávamos. Exibido em Cannes deste ano e com grande sucesso em seu país de origem, The Handmaiden mantém algum elementos já citados, mas surpreende numa trama que não exige muita violência, mas sim no uso e abuso de encenações entre os personagens.
O filme acompanha a história de Sooke, uma criada contrata para cuidar de Hideko, uma reclusa aristocrata. No entanto, os verdadeiros objetivos daquela empregada é ajudar um falso conde a seduzir, enlouquecer e roubar aquela aristocrata. Porém, ambas se vêem envolvidas amorosamente de uma maneira devastadora.
Sendo uma trama que é apresentada em dois atos, Chan-wook Park constrói uma história que pode ser interpretada como “a desconstrução” da maneira como determinadas pessoas se apresentam uma as outras. Se a primeira mostra todo o lado refinado do universo da aristocracia, a segunda mostra a sua real face, onde envolve ambição, sexo, machismo, intolerância, sadomasoquismo, incesto e tortura ao extremo. Porém, não é um filme que usa e abusa da violência, mas sim as suas ações que acabam se tornando mais fortes do que qualquer banho de sangue que o cineasta já havia apresentado.
Além de escancarar o lado obscuro desse mundo, Park ainda cria uma trama da qual pode ser vista em dois pontos de vistas diferentes. Após o término do primeiro ato, assistimos quase a mesma trama, mas como se ela fosse assistida pelo olhar de outra pessoa. Além disso, o filme retorna no tempo para presenciarmos todas as raízes que irão gerar inúmeros conflitos de interesses futuros para cada um dos personagens centrais.
Com toda mentira e encenação dos personagens vista na tela, não deixa de ser curioso em observar que, a famosa cena de sexo da trama, acaba se tornando o único momento verossímil do qual as duas protagonistas (Sooke e Hideko) se entregam a um sentimento verdadeiro a muito não sentido. A cena, aliás, não chega a ser um “Azul é a cor mais quente”, mas é belamente filmado e acaba fazendo dela algo não gratuito, mas que é graças aos eventos vistos na trama anteriormente que ela então faz todo o sentido. Uma vez consumado tal ato, ambas acabam conhecendo aos poucos as reais intenções uma da outra, assim como nós que assiste do outro lado da tela.

Embora com um final menos pessimista se comparado aos seus filmes anteriores, The Handmaiden é mais um filme inquietante do cineasta Chan-wook Park, do qual consegue testar os nossos palpites e criar a sensação prazerosa do efeito surpresa. 

 
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Cine Curiosidade: Filme com atriz brasileira Cris Lopes tem exibição na Espanha em Festival de Cine

O filme AGS tem obtido sucesso com o público nos festivais brasileiros de cinema onde foi selecionado e exibido em diversos estados nos últimos meses, recebendo recentemente o prêmio de Melhor Roteiro no Brasil no Festival Pop Corn Sorocaba no estado de São Paulo.  
AGS - Agence Générale du S... é baseado em obra francesa dos anos 20 de Jacques Rigaut (em portugues: Agencia Geral do Suicidio) e será exibido em sessão internacional na Espanha nesta sexta-feira dia 25/novembro no Festival de Cine de Loja, Andalucia.
A atriz internacional de cinema Cris Lopes que atua no Brasil e no exterior em diversos idiomas é protagonista do filme vivendo a madame francesa que quer morrer com muito glamour e conforto com o apoio da agência AGS (em portugues: Agencia Geral do Suicidio), onde ela planeja todos os detalhes com o atendente, o ator e roteirista Euler Santi, também protagonista do filme que interpreta o Monsieur oferecendo os serviços e soluções da AGS para a sofisticada madame.
Com muito humor negro, o filme dirigido por Rodney Borges tem fotografia e arte inspirada no filme Grande Hotel Budapeste.
Assista aqui o trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=W8tnO05edfQ

 
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Divulgação: Imprensa CL 
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: ELIS



Sinopse: Cinebiografia conta a história da cantora Elis Regina, que nasceu em 17 de março de 1945, em Porto Alegre. Ela começou a cantar ainda na infância e deixou o Rio Grande Sul para galgar passos mais largos na carreira. Apelidada de Pimentinha, por causa do gênio forte, a estrela lançou clássicos da música popular brasileira, como “Alô Alô Marciano”, “Fascinação” e “Como Nossos Pais”. Ela morreu em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, vítima de uma overdose de cocaína e álcool.

Por eu ter nascido em 1980 eu não tive a chance de acompanhar toda a carreira de sucesso da cantora Elis Regina. Porém, foi graças a estações de rádio aqui do RS (como a Continental) que eu pude ter o privilégio de ouvir a sua voz e conhecer ao longo dos anos inúmeras canções que se tornaram clássicas dentro da história da música brasileira. O filme Elis, pode até não ser fiel 100% com relação a todas as passagens da vida dela, mas que pelo menos passa a sua essência.
Dirigido e roteirizado por Hugo Prata, acompanhamos o princípio, sucesso e  queda da cantora Elis Regina (Andreia Horta, ótima), que veio do interior do RS para tentar sucesso como cantora no RJ. Começando a cantar em boates e pequenos auditórios, Elis rapidamente alcançou o estrelato tanto sonhado por ela. Porém, a realidade aos poucos bate a sua porta e ela descobre que sempre haverá um grande preço a se pagar.
Com uma bela reconstituição de época, onde a fotografia exala o clima das três décadas retratadas na tela, o filme começa justamente em 1964, onde Elis começou a dar os seus primeiros passos, mas ao mesmo tempo teve que enfrentar inúmeros obstáculos, desde as mudanças políticas da época, como também o machismo que imperava. O filme acerta ao retratar a personalidade forte da cantora, onde não se intimidava perante homens gananciosos, mas sim respondia à altura para alcançar os seus objetivos.
Não é fácil, portanto, fazer um retrato fiel, não somente físico, como também de uma personalidade distinta e que falava por si. Para atuar como Elis era preciso uma atriz que se entregasse de corpo e alma e coube Andreia Horta (Muita Calma nessa Hora) para alcançar o tal feito. Embora não tenha um físico parecido, Andreia simplesmente encarnou a Elis, mas não somente graças à maquiagem ou penteado, como também os trejeitos e um olhar cheio de força e determinação assim como tinha a cantora.
Contudo, Andreia tem uma voz que não lembra nem de longe a voz intocável da artista. Coube então aos responsáveis pela trilha sonora e mixagem de som em fazer milagre para que nos momentos em que a atriz atuasse cantando nos palcos fosse no mínimo perfeito. Embora a sincronização tenha saído perfeita, foi graças também ao empenho de Andreia que conseguiu passar toda energia e gingado do qual Elis possuía.
Mas se sua imagem e força são um retrato quase fiel de sua pessoa, talvez os fãs mais radicais sintam falta de uma trama da qual explorasse melhor a sua vida nos mínimos detalhes. Todo mundo sabe que o sucesso que ela obteve foi meteórico, mas na adaptação isso foi usado ao pé da letra, já que não leva nem meia hora de projeção e já vemos a cantora fazendo sucesso na TV. Se isso pode ser considerado um defeito, pelo menos, as presenças de alguns nomes importantes de sua vida, sendo alguns que ajudaram a alcançar o estrelato, se destacam em cena e faz com que a gente se esqueça deste deslize.
Ao começar por Ronaldo Bôscoli, primeiro empresário e marido de Elis e que aqui ganha vida na pele de Gustavo Machado (Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios). Ao retratar essa pessoa importante dentro da vida de Elis, Machado não se intimida em cena e passa todo aquele ar de malandro carioca, do qual não esconde somente ambição em conseguir lucro através da voz dela, como também uma paixão da qual nem mesmo ele soube administrar. É o típico personagem do qual a gente odiaria facilmente, mas é graças ao desempenho do ator que faz com que compreendemos, mesmo com todos os seus defeitos, a pessoa que Ronaldo Bôscoli foi para a vida de Elis.
E se Caco Ciocler não convence em cena como César Camargo Mariano (pianista, último marido de Elis e pai de Maria Rita), Julio Andrade (Gonzaga) rouba cena, ao interpretar o cantor e dançarino Lennie Dale e que ajudou Elis a passar energia no palco. Com um visual que, tanto lembra os melhores dançarinos do documentário Dzi Cocrettes, como também a fase áurea de Ney Matogrosso, Andrade rouba a cena toda vez que surge. Aliás, Lennie Dale foi, em parte, o elo com que fez Elis desse de encontro perante regras e leis rígidas da censura criadas pela ditadura na época.
É aí que o filme se encaminha ao cenário que a levou a ter conflitos, tanto familiares, como também de pessoas próximas e consigo mesma. Elis queria somente cantar, mas ao mesmo tempo tinha a tentação de responder contra os algozes dos artistas da época, mas só não fazia isso para se preservar e proteger a sua família: a cena em que vemos a artista cantando para os militares, para logo depois ser censurada pelos seus próprios fãs, é o principio do fim de uma cantora que, querendo ou não, se tornou vitima de um governo golpista da época.
Infelizmente faltou um pouco mais de coragem no retrato de sua queda, do qual envolveu muitos remédios, bebidas e decepções. Não que fosse necessário um retrato mais cru, mas que talvez tenha faltado um pouco mais de coragem vinda dos seus realizadores. Se os minutos finais funcionam, tanto se deve ao desempenho de Andreia Horta, como também as cenas traumáticas mostradas de cada uma das pessoas próximas ela e que se viram fragilizadas perante a notícia de sua partida. 
Mesmo a gente sentindo que faltou um pouco mais de ousadia, Elis é um filme feito com certo cuidado e carinho para os fãs de ontem e hoje da cantora e que sua presença faz falta dentro do universo da música brasileira.  



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Cine Dica: Curso Roger Corman



Apresentação

Roger Corman é creditado em algumas centenas de filmes (e não-creditado em centenas de outros com os quais esteve envolvido), principalmente como produtor e diretor, mas também como roteirista e até como ator. É um dos cineastas mais prolíficos e bem-sucedidos de toda a história do cinema, com uma carreira que atravessa sete décadas. Ao longo dessa carreira, trabalhou com muitos profissionais que também viriam a se tornar figuras importantes para a indústria cinematográfica. Jack Nicholson, Charles Bronson, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Peter Bogdanovich e Joe Dante são apenas alguns dos nomes que Corman apadrinhou quando estavam começando no cinema.


O curso vai oferecer um panorama da carreira dessa figura imprescindível da história do cinema, do início da década de 1950 até os dias de hoje, mais de 400 filmes depois. Vai comentar também as mudanças pelas quais passou a indústria do entretenimento ao longo desse período, como o fim da era dos grandes estúdios, o surgimento da televisão, a TV paga e os formatos de vídeo.


Objetivos

O curso Roger Corman: O Homem dos 400 Filmes, ministrado por Marcelo Severo, objetiva apresentar a obra do diretor / produtor cronologicamente, através dos filmes mais importantes dessa vasta filmografia. Analisará também a influência do cineasta na indústria e o seu legado para Hollywood, principalmente no que diz respeito aos profissionais que apresentou ao longo das últimas sete décadas.


Conteúdo programático

Aula 1

Anos 1950
Roger Corman antes do cinema
Primeiros contatos profissionais com a indústria
Começo da carreira
American International Pictures
Principais produções do período


Anos 1960
Ciclo Edgar Allan Poe
O Intruso
Contracultura
Nova Hollywood
Principais produções do período


Aula 2

Anos 1970
New World Pictures
Filipinas
Blockbusters
Distribuição
Principais produções do período


Anos 1980 até hoje
Concorde/New Horizons
Última Direção
Período mais prolífico, menos criativo
Filmes mais recentes
Principais produções do período



Ministrante: Marcelo Severo
Formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador de cinema; escreve sobre filmes, quadrinhos e rock’n’roll desde os anos 1990. Ministra cursos e oficinas no "Fantaspoa", sempre relacionados à ficção científica, ao horror e ao cinema fantástico em geral.


Curso
ROGER CORMAN: O HOMEM DOS 400 FILMES
de Marcelo Severo


Datas: 03 e 04 / Dezembro (sábado e domingo)

Horário: 15h às 18h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 70,00

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714


Realização

Patrocínio
B&B Games

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