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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Cine Dica: Spaghetti Western



Apresentação

Em certo momento do século passado, o Cinema europeu vivenciou um acontecimento surpreendente. Jovens cineastas italianos, entre eles Sergio Leone e Sergio Corbucci, ousaram apresentar a sua visão do mais americano de todos os gêneros: o Western.


Na Alemanha, na Espanha e até mesmo na Itália, durante os primeiros anos da década de 1960, as tentativas de emular o Velho Oeste haviam fracassado pela falta de personalidade própria. Mas Leone, Corbucci e outros grandes nomes, imprimiram sua marca inserindo no Western a turbulência cultural que sacudiu o mundo naquele período. Saem de cena as caravanas de pioneiros, mocinhos e bandidos, em uma clara divisão entre o bem e o mal, para dar lugar à brutalidade, à ganância e à ambiguidade que não distingue heróis e vilões.


O termo "spaghetti western", que revelava originalmente um caráter depreciativo, foi criado pela crítica estrangeira que considerava estas produções inferiores aos genuínos westerns norte-americanos. Grande parte dos filmes foram feitos com orçamentos muito baixos, no entanto, ainda assim, inovaram por sua estética e linguagem que definitivamente renovaram um gênero então em decadência nos Estados Unidos, terra natal dos "filmes de caubói".


Objetivos

O curso Era Uma Vez o Spaghetti Western, ministrado por César Almeida, tem como objetivo analisar, divulgar, valorizar e retomar o debate sobre este influente ciclo produzido na Itália (também chamado de "Bang Bang à italiana" no Brasil). Este peculiar subgênero do Western cinematográfico que tanto revolucionou a Sétima Arte nas décadas de 1960 e 1970 e que, em sua época, foi praticamente ignorado pela crítica especializada, está sendo redescoberto pelas novas gerações através da obra de cineastas como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.    



Conteúdos

Aula 1

1) Breve história do Western
.
2) O Western e a Europa: da turnê europeia de Buffalo Bill ao sucesso nos cinemas.
3) O começo dos anos 1960: as incursões alemãs, espanholas e italianas no Western até a explosão provocada por Sergio Leone e seu Por um Punhado de Dólares.
4) 1964-1968: a ascensão e o auge do gênero com o surgimento de personagens simbólicos como Django, Ringo e Sartana. Destaca-se o impacto do Western político e os confrontos com a censura em vários países.



Aula 2

1) 1968-1972:
 continua o sucesso comercial, mas os primeiros sinais de desgaste começam a aparecer. A comédia passa a ocupar o maior destaque no começo dos anos 1970 com a série Trinity.
2) 1972-1979: a decadência criativa e comercial do Western na Itália, que também originou alguns grandes filmes abordando uma estética mais sombria e pessimista, como o clássico tardio Keoma.
3) 1979 até os dias atuais: os últimos suspiros do gênero até as homenagens e projetos da atualidade.
4) Curiosidades.

Ministrante: CÉSAR ALMEIDA
Publica artigos sobre cinema desde 2008. Lançou, em 2010, o livro "Cemitério Perdido dos Filmes B", que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012, organizou "Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation" com textos próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor e tradutor. Já ministrou para a Cine UM os cursos Mestres e Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema; Sam Peckinpah – Rebelde ImplacávelBlaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70 e Zumbis no Cinema – Eterno Retorno.


Curso
ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN
de César Almeida

DATAS: 14 e 15  / Maio (sábado e domingo)
HORÁRIO: 15h às 18h
DURAÇÃO: 2 encontros (6 horas / aula)
LOCAL: Santander Cultural
(Rua Sete de Setembro, 1028 - Porto Alegre - RS)
INVESTIMENTO: R$ 80,00
(Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)
FORMAS DE PAGAMENTO: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)
MATERIAL: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714

Santander Cultural

PARCERIA
Espaço Vídeo

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Cine UM
Produtora Cultural

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: O FUTEBOL



Sinopse: Acompanha o reencontro do próprio diretor com seu pai, Simão, que ele não via há mais de 20 anos. O filme se passa em junho de 2014, quando o diretor deixa a Espanha para acompanhar a Copa do Mundo em sua cidade natal, São Paulo.


Embora tenhamos títulos famosos como Eleno e Linha de Passe, é interessante observar que mesmo no Brasil, com a sua tradição fiel em amar o futebol, não se tenha inúmeros títulos cinematográficos que explorem a união dos dois mundos completamente diferentes um do outro. Não que não houvesse tentativas, mas talvez o que falta é saber qual a melhor maneira de agradar, tanto aqueles que vivem assistindo os dribles dentro do gramado, como também aqueles que desejam ver e ouvir uma boa trama na tela. Dito isso, é interessante essa proposta vinda do filme O Futebol, onde se usa os dias da Copa do Mundo de 2014 do Brasil para se criar a trama, mas servindo apenas como desculpa para a reconstrução de uma relação entre pai e filho.
Para começar, esse é o primeiro longa de ficção de Sergio Oksman, mas ao mesmo tempo ele pode ser interpretado como um documentário, pois ele decide filmar o reencontro dele com o seu pai Simão que a muito tempo não o via. A partir desse encontro eles decidem acompanhar do começo ao fim os jogos da Copa do Mundo que acontecem em nosso país. Ao mesmo tempo se cria gradualmente uma relação paternal há muito tempo adormecida.
Assim como filmes como a produção gaúcha Castanha, Sergio Oksman usa essa fórmula ficção/documentário e o cineasta introduz a sua forma própria de filmar dentro do gênero, como os planos sequências dentro do carro como exemplo. Não fica muito claro o do por que dos dois protagonistas terem se desentendido, mas isso acaba se tornando o de menos, já que o que nos atrai na trama é forma como eles vão se entendendo. A conversa entre ambos tudo gira em torno do futebol e através desse esporte que, vão não só se interagindo, como também criam uma retrospectiva de suas próprias vidas. 
Em uma das cenas em que os dois estão assistindo um dos jogos pela tv (nunca fica claro os locais em que eles assistem), por exemplo, Simão se assusta com os vários anos que já se passaram após ele ter assistido um determinado jogo. No princípio ambos ficam questionando quanto tempo já se passou, calculando que já se foram vinte ou trinta anos. No final da conversa, Simão se dá conta que já se passaram cinco década e se horrorizando pelo fato do tempo ser implacável e de não nos darmos conta de como o tempo passa rápido.
O assunto vai e assunto vem, mas o futebol está ali sempre de pano de fundo, como se fosse uma terceira pessoa, para impedir que eles jamais discutam certas feridas, mas sim apenas joguem conversa fora para se criar algo novo. Com relação aos jogos, o cineasta  quase nunca mostra as imagens do evento, mas sim explorando, não somente a reação dos protagonistas, como também das demais pessoas em volta. Seja de um grupo de pessoas sentados em um bar, ou quando enfermeiros param para assistir a tv, se percebe como esse esporte influencia os sentimentos das pessoas, gerando tanta felicidade como também tristeza.
Claro que nessa altura do campeonato todo mundo já sabe como a nossa seleção terminou a sua participação na última Copa. Mas devido a isso, Sergio Oksman cria uma situação inusitada na trama, da qual sintetiza o sentimento que muitos brasileiros sentiram naquele fatídico dia. Embora mórbido, é um encerramento corajoso, do qual nos põem a prova sobre os sentimentos que nós estávamos sentindo por aqueles personagens e suas conversas descontraídas.
O protagonista segue em frente, da mesma forma que a maioria dos brasileiros seguiu após o encerramento da copa. Não há flores ou felicidades para esse encerramento, mas também nos diz para seguirmos em frente e guardar as boas lembranças que, embora poucas, valeram por uma vida inteira.  


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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO RECEBE MOSTRA APTC 2016

Entre os dias 3 e 11 de maio, a Cinemateca Capitólio recebe a Mostra APTC 2016, evento que comemora os 31 anos da Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul. A mostra reúne um panorama das três últimas décadas do cinema produzido no Estado, com a exibição de 20 longas e 50 curtas-metragens. O evento acontece em três cinemas do Centro da capital, com sessões no CineBancários, na Sala Eduardo Hirtz da Casa de Cultura Mario Quintana, e na Cinemateca Capitólio. A atividade tem curadoria da Associação de Críticos de Cinema do RS (ACCIRS). A entrada é franca.

Na Cinemateca Capitólio, serão exibidos filmes importantes da história do cinema realizado no Rio Grande do Sul como Anahy de las Misiones (1997), de Sergio Silva, Tolerância (2000), de Carlos Gerbase e Houve uma Vez Dois Verões (2002), de Jorge Furtado, entre outros. No domingo, 08 de maio, acontece uma sessão de O Cárcere e a Rua comentada pela diretora Liliana Sulzbach.

"A intenção desta Mostra APTC 2016 é mostrar a diversidade da produção gaúcha nestes 31 anos de existência da entidade, contemplando um audiovisual que está em transformação, principalmente nestes últimos dez anos, com a produção em formatos digitais", explica o atual presidente da entidade, Davi de Oliveira Pinheiro.

A Cinemateca Capitólio é um equipamento da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação CinemaRS – FUNDACINE.

FILMES

Anahy de las Misiones
Ficção, 1997, 110 minutos
Direção: Sergio Silva
Sinopse: 1839, interior do Rio Grande do Sul. Anahy (Araci Esteves) é uma mulher forte dos pampas, mãe de quatro filhos, todos de pais diferentes. Carregando uma carroça, ela luta para sobreviver em plena Revolução Farroupilha. Indiferente às paixões políticas, seu objetivo é sobreviver mascateando com caramurus (defensores do Império) e farrapos (revolucionários) o que consegue pilhar dos mortos nos combates.

Antes que o Mundo Acabe
Ficção, 2009, 100 minutos
Direção: Ana Luiza Azevedo
Sinopse: Daniel é um adolescente crescendo em seu pequeno mundo com problemas que lhe parecem insolúveis: como lidar com uma namorada que não sabe o que quer, como ajudar um amigo que está sendo acusado de roubo e como sair da pequena cidade onde vive. Tudo começa a mudar quando ele recebe uma carta do pai que ele nunca conheceu. Em meio a todas essas questões, ele será chamado a realizar suas  primeiras escolhas adultas e descobrir que o mundo é muito maior do que ele pensa.

Extremo Sul
Documentário, 2005,  92 minutos
Direção: Monica Schmiedt e Sylvestre Campe
Sinopse: Atraídos pelo desafio e pelo desconhecido, um grupo de cinco alpinistas sul-americanos planeja uma expedição para escalar o Monte Sarmiento, uma montanha de difícil acesso situada na Terra do Fogo. Uma equipe de cinema viaja junto com eles para documentar a escalada. Porém, afetados pelo isolamento, pelo clima severo e pela visão dos assustadores paredões de gelo, o grupo se depara com novos e inesperados obstáculos que mudam radicalmente o rumo da expedição e do filme. Antes de encarar a montanha, alpinistas e cineastas precisarão enfrentar seus próprios medos e rancores. Os diretores Monica Schmiedt (Antártida, O último Continente) e Sylvestre Campe (Ascent of the Lhotse Shar) não desciam as câmeras e registram uma trama densa de superações e impotências. Cheio de belas imagens, Extremo Sul é um corajoso documentário em que o cinema de aventura e o drama psicológico se fundem numa história implacavelmente real, na qual os mistérios da natureza e da alma humana têm papel igualmente decisivo.

Houve uma vez dois verões
Ficção, 2002, 75 minutos
Direção: Jorge Furtado
Sinopse: Chico, adolescente em férias na "maior e pior praia do mundo", encontra Roza num fliperama e se apaixona. Transam na primeira noite, mas ela some. Ao lado de seu amigo Juca, Chico procura Roza pela praia, em vão. Só mais tarde, já de volta a Porto Alegre e às aulas de química orgânica, é que ele vai reencontrá-la. Chico quer conversar sobre "aquela noite", mas Roza conta que está grávida. Até o próximo verão, ela ainda vai entrar e sair muitas vezes da vida dele.

O Cárcere e a Rua
Documentário, 2004, 80 minutos
Direção: Liliana Sulzbach
Sinopse: Cláudia, presidiária mais antiga e respeitada da Penitenciária Madre Pelletier, deve deixar o cárcere em breve. Assim como Betânia, que vai para o regime semi-aberto, e ao contrário de Daniela, que recém chegou na prisão e aguarda julgamento. Enquanto Daniela busca proteção na cadeia, Cláudia e Betânia vão enfrentar as incertezas de quem volta para a rua.

O Mentiroso
Ficção, 1988, 95 minutos
Direção: Werner Schünemann
Sinopse: Quatro pessoas caem na estrada, sem dinheiro e sem convicções. Fazem de uma pequena viagem de fim de semana o princípio das possibilidades de libertação. Uma desastrada discussão com a polícia rodoviária leva o grupo a ter certeza de estar sendo perseguido. De pequenos furtos para poderem comer, dormir e prosseguir viagem, os quatro acabam se envolvendo com mentirosos profissionais.

Tolerância
Ficção, 2000, 110 minutos
Direção: Carlos Gerbase
Sinopse: História de um casal que confronta suas civilizadas teorias sobre o sexo e a política com a realidade, descobrindo que nem o mundo, nem eles mesmos, ainda são suficientemente civilizados.

Curtas Programa 35mm - 81 minutos

Barbosa
Ficção, 1988, 13 min
Direção: Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
Sinopse: Trinta e oito anos depois da Copa do Mundo de 1950, um homem volta no tempo a fim de impedir o gol que derrotou o Brasil, destruiu seus sonhos de infância e acabou com a carreira do goleiro Barbosa.

Sargento Garcia
Ficção, 2000, 16 minutos
Direção: Tutti Gregianin
Sinopse: Baseado no conto homônimo de Caio Fernando Abreu, narra o encontro de um jovem e um sargento na década de 70.

Deus é Pai
Animação, 1999, 4 minutos
Direção: Allan Sieber
Sinopse: Lançado com sucesso no Festival de Gramado de 1999, o curta é praticamente responsável pelo nascimento da Toscographics. As vozes foram gravadas em uma tarde no estúdio dos chapas Flu e Fornazzo e o filme levou quinze dias para ficar pronto. A primeira produção para o cinema feita seguindo os preceitos do DOGMA 1,99, manifesto lançado em 1999 e concebido por Allan Sieber e Fabio Zimbres. A voz do psicanalista do filme foi feita pela produtora Denise Garcia. No verão de 2000, o filme abriu as sessões brasileiras do longa “Dogma” de Kevin Smith.

Ilha das Flores
Doc/Fic, 1989, 14 minutos
Direção: Jorge Furtado
Sinopse: Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.

Três minutos
Ficção, 1999, 6 minutos
Direção: Ana Luiza Azevedo
Sinopse: Três minutos. O tempo de passar o bastão e correr 1600 metros. De cozinhar um ovo. O tempo de tomar uma decisão que pode mudar a sua vida, antes que caia a ficha.

Quintana dos 8 aos 80
Documentário, 1998, 18 minutos
Diretor: Antônio Carlos Textor
Sinopse: Obra que utiliza efeitos de computação gráfica e composições plásticas elaboradas sobre imagens de Mário Quintana, em narrativa de alto conteúdo poético.

Início do Fim
Ficção, 2005, 7 minutos
Direção: Gustavo Spolidoro
Sinopse: Um homem desiste.


GRADE DE PROGRAMAÇÃO
03 a 11 de maio de 2016

03/05
18h - Curtas - Programa 35mm
20h - O Mentiroso

04/05
18h - Tolerância
20h - Anahy de las Misiones

05/05
18h - Antes que o Mundo Acabe
20h - Extremo Sul

06/05
18h - Curtas - Programa 35mm
20h - Tolerância

07/05
18h – Concerto Capitólio
20h - Houve uma Vez Dois Verões

08/05
18h - O Cárcere e a Rua, com a presença da diretora Liliana Sulzbach
20h - Tolerância

10/05
18h - Anahy de las Misiones
20h - Antes que o Mundo Acabe

11/05
18h - O Mentiroso
20h - Extremo Su
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