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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: O SOM AO REDOR



Sinopse: A presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranqüilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho.

Nos primeiros minutos de projeção do filme O Som ao Redor, conseguimos ter a absoluta certeza, que as cenas falarão por si sobre o que acontece na trama, ou mais especificamente falando, a câmera irá nos mostrar o que acontece. O diretor Kleber Mendonça Filho demonstra do inicio ao fim nesse filme, uma paixão pelo cinema, pois ele usa a sua câmera como testemunho, sobre o que acontece no dia a dia de alguns moradores de um prédio, onde cada gesto, olhar fica registrado e fala por si.
Como próprio titulo entrega, existem sons durante o decorrer da trama, que muitos casos não fazemos a menor idéia de onde eles vêm, muito menos sabemos do seu propósito, mas estão ali para gerar certo desconforto e para a surpresa de alguns, até mesmo criar um clima de suspense. Todos esses ingredientes servem na realidade, para guardar as sete chaves, as reais intenções de alguns dos inúmeros personagens que surgem na trama.
Até lá, ficamos entretidos com a dona de casa, que fica incomodada com um cachorro que não para de latir. Do rapaz que vende os apartamentos e que começa uma relação com uma garota melancolia. Do dia a dia (e noite) dos seguranças que dão proteção aos moradores. Em meio a todas essas sub-tramas, da à sensação de que há um cenário que esta sendo armado no decorrer da historia, para daí então explodir num determinado ponto. Habilidoso como ninguém, Kleber Mendonça Filho cria inúmeros momentos tensos, que quando parece que são peças chaves que poderiam nos levar ao x da questão, eis que eles são apenas pequenos artifícios para aumentar o clima de suspense que o espectador começa a sentir. Se por um lado são momentos que apenas estendem a trama, por outro é uma prova de toda esperteza do cineasta, que consegue nos prender numa historia que poderia facilmente ser mais encurtada, mas que acabamos ficando fisgados até o final.
Quando as luzes da sala se acendem, temos a sensação de que fomos enganados, mas tudo de uma forma que saíssemos satisfeitos. Pois não é todo dia que interpretarmos de uma forma com relação a uma trama que assistimos, mas que na verdade era algo completamente diferente do que imaginávamos que fosse acontecer.  

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Cine Dica: Estreias no final de semana (25/01/13)


Lincoln

Sinopse: Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.


João e Maria: Caçadores de Bruxas

Sinopse:A história segue os passos dos personagens que ficaram conhecidos no Brasil como João e Maria. 15 anos após o traumático incidente envolvendo uma casa feita de doces, Hansel e Gretel (nomes originais) formam uma dupla de impecáveis caçadores de bruxas, que migram pelo mundo procurando e matando tais seres malignos. Estrelado por Jeremy Renner, Gemma Arterton e Famke Janssen.


O ELEVADOR

Sinopse: Na véspera do Carnaval, dois assaltantes, Carlos e Jhony, e sua vítima, o jovem empresário Héctor, ficam presos em um elevador de um prédio comercial. O edifício está vazio e permanecerá assim até que os três dias de festa terminem. Os três homens terão que aprender a conviver até que o resgate chegue, uma tarefa difícil dadas as diferenças que os separam. O Elevador é um dos raros exemplares da cinematografia boliviana a estrear no Brasil e foi sucesso de público no seu país de origem.

  
O Resgate

Sinopse: Will Montgomery (Nicolas Cage) acaba de sair da prisão após ter cumprido pena por roubar 10 milhões de dólares. Ele decide celebrar sua liberdade com a filha, que não vê há oito anos. Mas seu antigo parceiro no crime (Josh Lucas), dado como morto por todos, reaparece e sequestra a garota, colocando-a no porta-malas de seu carro. Ele deseja justamente recuperar os 10 milhões que acredita ainda estar com Will. Tendo perdido todo esse dinheiro, Will tem que roubar um banco para conseguir a soma exigida, enquanto o detetive que o prendeu (Danny Huston) torna a buscá-lo.

Sudoeste

Sinopse: Em uma cidade pacata e anônima, durante um dia apenas, Clarice (Simone Spoladore) vê sua vida se desenrolar de maneira circular, da morte ao nascimento, e depois à velhice mais um vez. Ela observa as pessoas ao seu redor, que não envelhecem, e que não entendem sua existência. Esta mulher deve compreender a importância de temas fundamentais como a vida, a morte, a maternidade e a violência.


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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cine Especial: Cinema 2013: Parte 8

HOMEM DE FERRO 3

Sinopse: Desde o ataque dos chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão e capturando Pepper. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir do fundo do mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e superar seu maior medo: o de fracassar.

Quem diria que o garoto problema dos anos 90 Robert Downey Jr daria uma volta por cinema tão positiva neste novo século. Nem bem começou a melhorar a carreira a partir de Beijos e Tiros e Robert já foi engatando o maior sucesso de sua carreira que foi Homem de Ferro, filme de abertura do universo Marvel criado pelo mesmo e que abocanhou horrores em bilheteria com Os Vingadores. Tudo isso talvez muito se deva ao próprio ator, pois o seu casamento de interprete e personagem é tão bem feito, que não resta menor duvida que ele nasceu para fazer o personagem.
Após Homem de Ferro 2 e Vingadores, Downey Jr novamente retorna para o personagem, mas pelo que foi mostrado pelo trailer, as coisas não serão nenhum pouco fáceis dessa vez. Para começar, finalmente sai das sombras o maior inimigo do personagem, o Madarim, que aqui é interpretado por ninguém mesmo Bem Kingsley, veterano do mundo do cinema, que sempre funciona, tanto como mocinho, como também para o mais maquiavélico dos bandidos. Resta saber se todo esse clima sombrio mostrado no trailer será posto por completo em todo filme. Se por um lado há um publico que deseje que o personagem passe por grandes apuros e aumente na carga dramática, por outro há pessoas que desejam que o lado do humor do personagem, que é tão contagiante, permaneça nesse filme.
Somente quando o filme chegar por aqui é que teremos uma idéia do resultado, que dessa vez é comandado pelo cineasta  Shane Black, que alias, já havia trabalhado com o astro em Beijos e Tiros. O filme estréia dia 23 de abril de 2013.              

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Cine Curiosidade: Adeus Nagisa Oshima



Morreu no ultimo 15 de Janeiro, Nagisa Oshima, que nos anos 70 sacudiu o mundo do cinema com o elogiado e polemico Império dos Sentidos. Abaixo, leiam mais um pouco desse clássico que deu o que falar quando foi lançado por aqui.    

O IMPÉRIO DOS SENTIDOS

Sinopse: Proibido na sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, esta obra-prima do erotismo, pe baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Esta é a história de uma ex-prostituta que acabou se envolvendo em um obsessivo caso de amor com o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como uma diversão casual, atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus limites.

Nagisa Oshima já era um veterano do cinema do Japão, tendo sido inclusive ter feito parte do grupo de jovens cineastas, que criaram ótimos filmes, no inicio dos anos 50, que muitos consideram esse período como "Nouvelle Vague" do cinema japonês. Mas foi somente em 1976, que Oshima ganhou os holofotes pelo mundo, através desse filme erótico, provocante e que tem muito a dizer.
Lembrando um pouco elementos de sucesso do clássico O Ultimo Tango em Paris, acompanhamos os encontros sexuais do casal central da trama, cujo os encontros vão evoluindo de tal forma ao longo da projeção, que culmina num dos momentos mais inesperados daquela época. Sexo, loucura e morte atravessam juntas a cada cena, numa espécie de ritual, onde cada ato não é o suficiente para saciar ambos. Devido a isso, o filme foi considerado em muitos países como obsceno e impróprio para ser assistido, mas devido a toda essa polemica, atraiu milhares de cinéfilos curiosos, para ver cenas eróticas até então limitadas ao mercado da pornografia.
Muitos tentam entender a mensagem que o filme passa. Talvez a mais valida seja, que a entrega dos protagonistas para um sexo sem limites tenha sido um símbolo de um final de uma época. Sendo que os anos de 1960, onde a paz, amor e o sexo sem limites dos jovens daquele tempo, estavam sendo ultrapassados por uma sociedade e política mais conservadora. Talvez a intenção do cineasta nunca tenha sido polemizar, mas sim criar um filme premonitório, embora outras teorias possam ser levadas mais a fundo.



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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: PARA ROMA, COM AMOR


Sinopse: O longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.

Pelo andar da carruagem, tão cedo Woody Allen não irá retornar para a sua amada Nova York, pois desde Match Point, o genial diretor vem fazendo inúmeros filmes no mundo a fora e bola da vez é Roma. Baseado no clássico "Decamerão", o filme acompanha inúmeras historias de pessoas sem nenhuma ligação uma com a outra, mas que passam por situações parecidas, desde há achar um novo rumo na vida, vidas amorosas em conflito, com direitos a teste de fidelidade e situações que beiram a surreais bem ao modo do diretor.
É claro que em todas as situações dos personagens são sempre as mesmas habituais que sempre nos vimos, desde os primeiros grandes sucessos do diretor, mas com um novo  revestimento e o que torna algo novo. Das inúmeras tramas, que mais lembram os velhos tempos de Allen é aquela que é protagonizada pelo próprio diretor, que embora seja um pouco esquecida na meia hora final, é uma das mais divertidas. E como sempre, quando  Wood Allen não está atuando em sua própria trama, sempre acha o seu alter ego a altura e a bola da vez é Roberto Benigni. Embora protagonize uma trama mais simples, acaba sendo uma das mais surreais, pois Benigni interpreta o típico sujeito que deseja uma vida normal, que de uma hora para outra vira tudo de cabeça para baixo, quando inexplicavelmente se torna famoso.
Com um elenco que inclui astros que já havia trabalho com o cineasta anteriormente como Penélope Cruz (mais linda e fogosa do que nunca), Para Roma, Com Amor pode não ter a mesma desenvoltura do seu filme anterior (Meia Noite em Paris), mas é uma prova de que o diretor neurótico está muito longe de fazer filmes que fiquem aquém de seu talento. A pergunta que fica é: Quando ele virá filmar no Brasil?


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: MARCADOS PARA MORRER


Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: AMOR




Sinopse: Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste.

“Pessimismo” é a palavra que melhor define a filmografia de Michael Haneke como um todo. Nos seus filmes, os seus personagens nos incomodam, nos fazer pensar e nos surpreendem pelas suas atitudes imprevisíveis, mas ao mesmo tempo humanas. Em Amor, embora seja um filme leve se comparado a outras obras do cineasta, não deixa de ser incomodo o fato, que o que vemos na tela nada mais é do que um retrato de uma situação que todos nos um dia iremos passar queira ou não.
O filme já começa com isso, onde vemos um grupo de bombeiros e policiais arrobando um apartamento, para então encontrar uma idosa, jaz morta em seu leito. Haneke já de cara nos prepara o terreno para o que estar por vir e mesmo à gente já sabendo o que irá acontecer, até lá, vemos a degradação psicológica e física que o casal de idosos protagonista passa, devido ao fato da esposa ter sofrido um derrame. Raramente outros personagens de fora contracenam com eles (a não ser um pianista ou a filha), sendo que aquele universo apresentado por nos é somente eles e o apartamento, que embora esse ultimo esteja cheio de riquezas culturais como livros e musicas, aos poucos se torna um cenário mórbido, mesmo não havendo nenhuma alteração
Não há salvação nem esperança, apenas as coisas vão acontecendo e vão piorando. Nestes momentos, é quando Jean Luis Trintignant e Emmanuelle Riva se sobressaem e principalmente ela, que nos surpreende no inicio do filme, onde a sua personagem da os  primeiros sinais de um mal que estará por vir. Mas não há como negar que  Trintignant  é quem rouba o filme da metade para o final, sendo que seu personagem começa a sentir o grande peso que é de ter que cuidar de sua esposa, que cada vez mais se distancia dessa vida. O ator  consegue passar para o espectador controle, mas ao mesmo tempo um desespero interior do seu personagem, que o leva a uma difícil decisão, que embora possa ser terrível para alguns olhos, fez na verdade por amor a esposa, por mais mórbido que seja.
Mesmo com esse retrato sobre o fim da vida de cada um de nos, Michael Haneke nos brinda com momentos nos quais nos da certa esperança, mas isso somente aflora dependendo de cada pessoa que for assistir, sendo crente ou não sobre os significados da vida e da morte. É um filme que vai junto com a gente quando nos saímos de dentro do cinema, que embora não nos traga nenhuma sensação agradável, sabemos que acabamos de assistir algo diferente e ao mesmo tempo familiar para todos nos.

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