Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Um
tumultuado relacionamento entre um médico jovem e arrogante e o piedoso diretor
da clínica. Toshiro Mifune, em seu último filme com Kurosawa, está em grande
forma e impecável como o ilustre professor que ensina a seu amargurado médico
residente a respeitar e apreciar as vidas de seus pacientes desamparados.
O Barba Ruiva, de
Kurosawa, é considerado um testamento divino para humanidade. Captando com
perfeição o visual e sentimentos do Japão do século XIX, esta obra é uma viagem
no tempo, nos locais e na emoção. Thoshiro Mifune, em seu último filme com Kurosawa,
está em grande forma e impecável como o ilustre professor que ensina a seu
amargurado médico residente a respeitar e apreciar as vidas de seus pacientes
desamparados.
Homem Mau Dorme Bem
Sinopse: Numa história que remete ao
“Hamlet” de Shakespeare, no Japão do pós-guerra, um jovem tenta se utilizar de
sua posição no coração de uma empresa corrupta para expor os homens
responsáveis pela morte de seu pai.
Uma história que
remete ao "Hamlet" de Shakespeare, no Japão do pós-guerra. Um roteiro
elegante a música de Sato, como sempre magnífica. Banhado por uma fotografia
toda sombria e boa trilha sonora, o roteiro de duas horas e meia, que começa
num thriller e termina num drama, virou um filme que funciona muito bem e te
pega de surpresa.
Com a chegada do mega evento
Vingadores que estréia neste final de semana, vamos recapitular o que já rolou no universo Marvel
no cinema, que antecede ao filme do super grupo:
THOR
Sinopse: A aventura épica se inicia no planeta Terra
nos dias de hoje até reino de Asgard. O Poderoso Thor é um arrogante guerreiro
cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo Thor é
enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui ele aprende o
que significa ser um verdadeiro herói depois que o vilão mais poderoso de seu
mundo envia as forças negras de Asgard para invadir o planeta.
Quando Kenneth
Branagh foi anunciado como diretor dessa produção, o mínimo que se esperava era
algo de diferente se comparado as outras produções que a Marvel levou para o
cinema, mas não é bem assim. Como já diz o ditado “em time que esta ganhando
não se mexe” o filme continua da mesma forma que os filmes do Homem de Ferro 1
e 2 e O Incrível Hulk, como uma boa aventura misturada com elementos de bom
humor na medida certa. O que talvez tenha levado a contratação do diretor foi
pelo fato da trama carregar momentos shakespearianos de traições, honra e
lealdade nas quais o diretor já experimentou e muito em filmes que ele dirigiu
como o épico Hamlet.
O primeiro ato é
magistral, mostrando como é o mundo de Asgard e suas origens. É neste ponto que
Branagh não se intimidou com a grandeza da produção que se envolveu e fez um
belo casamento com efeitos especiais, fotografia, edição de arte e figurino
(esse ultimo, o mais criticado, mas que no final das contas combinou com esse
universo criado). Já neste ato ocorrem umas melhores cenas de ação do filme
onde nosso herói (Chris Hemsworth a vontade no papel) com seus companheiros e
irmão loki (Tom Hiddleston ótimo) enfrentam os gigantes de gelo em uma
seqüência incrível e digna de ser comparada ao Senhor dos Anéis. Lembrando que
o inicio é todo dominado pelo ator Anthony Hopkins.que simplesmente nasceu para
ser Odin e pelo visto esta cada vez mais a vontade em super produções.
Ao chegar ao segundo
ato, a trama se transforma em outro filme ao mostrar o herói exilado em meio
aos seres humanos e em situações imprevisíveis e bem atrapalhadas, mas com
humor bem certeiro e que faz agente gostar da situação em que o personagem se
mete em meio as pessoas normais. Em contrapartida, os personagens coadjuvantes
que surgem ao lado do protagonista nesta parte pouco podem fazer na trama, nem
mesmo Natalie Portman (saída a pouco do filme que lhe deu o Oscar, Cisne Negro)
tem algo a acrescentar, apenas serve para amolecer o coração do herói.
Com um terceiro ato
cheio de efeitos especiais, ação e duelos de interpretação entre os principais
protagonistas, o filme termina fazendo agente se esquecer dos pequenos deslizes
do segundo ato e fazendo agente querer mais aventuras do herói Asgardiano que
podem ocorrer numa eventual seqüência ou então no esperado Vingadores. É
esperar pra ver.
Sinopse: Passado em
1973, em plena Guerra Fria, o longa gira em torno de George Smiley (Gary
Oldman), um veterano da divisão de elite do serviço secreto inglês conhecida
como Circo. Após a morte de seu ex-chefe e de alguns fracassos em missões
internacionais, ele é chamado para desvendar um mistério sobre a identidade do
agente duplo que, durante anos, trabalhou também para os soviéticos. Todos à
sua volta são suspeitos, mas, como bons espiões que são, foram treinados para
dissimular e trabalhar em condições de extrema tensão.
Foi um acerto, os
produtores desse elegante filme, buscar um diretor europeu para comandá-lo. Mais
precisamente, o trabalho caiu no colo do diretor Sueco Tomas Alfredson, que ainda
cole louros pelo seu trabalho cultuado internacionalmente, “Deixa Ela Entrar”.
E se naquele filme, ele deu um sopro de vida para o universo do sangue sugas,
aqui ele coloca um novo verniz para os filmes de espionagem, que atualmente estão
cada vez mais vertiginosos.
Baseado no livro de
Jhon Le Carré, o cineasta cria um clima de suspense gradual, onde os
personagens são muito bem construídos, junto com os seus conflitos e tendo um ótimo
casamento, com um roteiro bem elaborado. Outro ótimo lance é o fato da produção
estar recheada de coadjuvantes ilustres (onde Benedict Cumberbatch que se sobre-sai),
mesmo perante a uma das melhores interpretações de Gary Oldman (tendo sua
primeira indicação ao Oscar). Mas para aqueles que
buscam somente entretenimento, talvez a produção se torne um tanto que
aborrecida, já que tudo que acontece na trama está presa a inúmeros detalhes,
no qual o espectador tem que prestar atenção em dobro, mas fazendo isso, a sessão
se torna um deleite, tanto para aqueles desavisados, como para aqueles que
buscam algo de diferente.
Com isso, Alfredson
da um novo sabor ao gênero, sendo um filme para ser apreciado, tanto para
aqueles que curtiam os filmes de espionagem de antigamente, como para aqueles
que estão acostumados com a nova versão de 007 ou da cine série do desmemoriado
Borne.
Nos dias 05 e 06 de Maio, estarei
participando do curso “MARTIN SCORSESE – CINEMA, FÉ
& VIOLÊNCIA”, que será realizado no Museu da Comunicação,
criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema, Rodrigo
Fonseca. E enquanto a
atividade não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse
diretor, que deu sangue novo ao cinema americano nos anos 70 e ainda hoje.
Taxi
Driver
Sinopse: Em Nova York, um
homem de 26 anos (Robert De Niro), veterano da Guerra do Vietnã, é um solitário
no meio da grande metrópole que ele vagueia noite adentro. Assim começa a
trabalhar como motorista de taxi no turno da noite e nele vai crescendo um
sentimento de revolta pela miséria, o vício, a violência e a prostituição que
estão sempre à sua volta. Perde bastante noção das coisas quando leva uma bela
mulher (Cybill Sheperd), que trabalha na campanha de um senador, para ver um
filme pornô logo no primeiro encontro, mas tem momentos de altruísmo ao tentar
persuadir uma prostituta de 12 anos (Jodie Foster) para ela largar seu cafetão,
voltar para a casa de seus pais e ir para a escola. Porém, em contra-partida,
compra quatro armas, sendo uma delas um Magnum 44, e articula um atentado
contra o senador (que planeja ser presidente) e para quem sua amiga trabalha.
Muita violência neste
retrato nada simpático da cidade de Nova York e seus anônimos e reprimidos
habitantes, com uma soberba atuação de Robert De Niro. O roteiro é de Paul
Schrader (diretor de Mishima e O Gigolô Americano), e a trilha sonora é o
ultimo trabalho de Bernard Herrmann (autor de Um Corpo que Cai). Palma de Ouro
no festival de Cannes.
Curiosidade: Robert De Niro trabalhou durante 12 horas
como motorista de táxi ao longo de um mês, como preparação para seu personagem
em Taxi Driver.
TOURO
INDOMAVEL
Sinopse: O pugilista
peso-médio Jake LaMotta (Robert De Niro), chamado de "o touro do
Bronx", sobe na carreira com a mesma rapidez com que sua vida particular
se degrada, graças ao seu temperamento violento e possessivo.
Direção, roteiro e interpretação
extraordinários. Oscar de ator (De Niro, que engordou vinte quilos para fazer o
papel), e montagem. Foi eleito, em muitas publicações, como o melhor filme dos
anos 80. Reconstituição histórica perfeita, com uma belíssima fotografia em
preto e branco, que realça a extrema violência das lutas em cena.
Curiosidade: No roteiro
original havia uma cena que mostrava Jake LaMotta se masturbando na prisão.
Esta cena não chegou a ser rodada, sendo cortada ainda na elaboração da versão
definitiva do roteiro.
Sinopse: Japão.
Yoshiteru Miki (Akira Kubo) e Taketori Washizu (Toshirô Mifune) são os
comandantes do primeiro e do segundo castelo de um reino local, cuja sede fica
no Castelo das Teias de Aranha. Após defenderem seu senhor em batalha, eles
estão retornando para casa quando encontram um espírito que prediz o futuro de
ambos. Ele diz que Washizu em breve assumirá o trono e que o filho de Miki,
Yoshaki (Minoru Chiaki), o sucederá. Ao retornar para casa, Washizu comenta a
predição com a esposa, lady Asaji (Isuzu Yamada). Ela acredita no que o
espírito disse e incentiva o marido a agir quando o atual rei chega em seu
castelo, para passar a noite.
Kurosawa jamais escondeu sua simpatia por histórias ocidentais, em especial, as escritas
por William Shakespeare. Entretanto, ele sempre soube fazer uma ótima mistura
desses contos, quando fossem adaptados para a sua cultura. Sendo um diretor com
uma grande filmografia, é de se surpreender que na maioria dela, todos os seus
filmes são considerados como indispensáveis. Algo raro que agente vê em outras
filmografias, sendo que se vê algo parecido, somente na filmografia de Alfred Hitchcock
ou Stanley Kubrick. E Trono Manchado de
Sangue é mais uma de suas obras-primas. Nela, Kurosawa transporta para o Japão
feudal a história de Macbeth. O diretor se encontra em seu melhor momento da carreira. O
apuro visual, as cenas grandiosas, a fotografia deslumbrante, o elenco soberbo,
com destaque para Mifune, ator preferido do diretor. Tudo no filme funciona a
favor da história, que possui uma combinação das mais felizes. Shakespeare
visto por Kurosawa é arte pura.
Com a chegada do mega
evento Vingadores que estréia neste final de semana, vamos recapitular o que já rolou no
universo Marvel no cinema, que antecede ao filme do super grupo:
O INCRÍVEL HULK
Sinopse: Vivendo
escondido e longe de Betty Ross (Liv Tyler), a mulher que ama, o cientista
Bruce Banner (Edward Norton) busca um meio de retirar a radiação gama que está
em seu sangue. Ao mesmo tempo ele precisa fugir da perseguição do general Ross
(William Hurt), seu grande inimigo, e da máquina militar que tenta capturá-lo,
na intenção de explorar o poder que faz com que Banner se transforme no Hulk.
Em 2003, a Universal
investiu todas as suas fichas no filme do Hulk, nas mãos do diretor Oscarizado
Ang Lee. A intenção, logicamente, era fazer uma franquia, assim como aconteceu
com x-men e Homem Aranha, pegando na esteira os filmes da Marvel que estavam
fazendo sucesso, e como o personagem pertencia à editora, com certeza verdinha estavam
vindo por ai. Mas não foi isso que aconteceu.
Ang Lee é um diretor
artístico, que mesmo fazendo ótimos filmes de ação como o Tigre e o Dragão,
sempre deixou em primeiro plano a exploração do lado psicológico dos
personagens e isso ele explorou bastante no filme. Resultado: O filme
decepcionou muita gente que estavam esperando pancadaria do inicio ao fim. Em
vez de um filme repleto de ação, vemos um drama carregado de choques
traumáticos da infância do personagem e fez com que muitas pessoas ficassem
afastadas do cinema.
Sempre gostei da
versão de Ang Lee, mas o que ocorreu é que aquele filme estava à frente do seu
tempo e o publico não estava preparado para ele. Com isso, a Marvel agora
produzindo os seus filmes, investiu pesado de novo no personagem passando a
borracha com relação ao filme anterior.
Desta vez foi o
diretor Louis Leterrier (Cão de Briga) na direção, talentoso em filmes de
pancadaria, aliás, e escalou um elenco estelar, ao começar por Edward Norton
(Clube da Luta) como Bruce Banner que se transforma no Hulk. Liv Taylor Willian Hurt e Tin Hot completam o elenco. A historia começa num
rápido flashback contando rapidamente a origem do personagem. Imediatamente
somos levados a favela da Rocinha do Rio de Janeiro (nota: a cena que fazem uma
panorâmica na favela, do inicio ao fim é espetacular) onde Bruce trabalha numa
fabrica de refrigerante, e ao mesmo tempo, busca por uma cura.Enquanto isso
General Ross (Hurt) manda um combatente (Hot) ao encalço do personagem, e para
isso, fará de tudo para capturá-lo, chegando a um ponto em se tornar o temível
Abominável.
Mesmo sendo os mesmos
personagens, se comparar com o filme de 2003, da para notar que são filmes
completamente diferentes, sendo que esse é levado muito mais a ação, mas nunca
deixando de lado a construção dos personagens. Edward Norton, como sempre, faz
seu personagem com a maior competência, representando um homem que se sente
preso a uma fera interior. Com relação ao resto de elenco tudo ok, poderiam Ter
sido melhores, especialmente Hot, que acho um excelente ator desde Pup Fictiun,
mas também não faz feio. Mas assim como o filme de 2003, esta nova versão de
novo teve uma bilheteria relativamente baixa, principalmente se comparada a
outras produções que teve em 2008, como o filme irmão Homem de Ferro. Parece
que por mais que o filme seja bom, o publico não consegue se identificar com o
personagem, sendo que, outro ponto que negativo, é que o Hulk é um personagem,
que por mais perfeito que seja, é um personagem digital, e sinto que esse é um
dos muitos motivos que o publico não se identifica.
Contudo, torço para
que o personagem volte para o cinema novamente, pelo menos no filme dos
Vingadores que a Marvel está planejando e isso fica claro, pois tanto nesse
filme como do Homem de Ferro, as pistas ficam evidentes, principalmente no Hulk,
onde Tony Stark (Homem de Ferro) aparece em uma rápida ponta nos segundos
finais do filme.
Por fim, O Incrível
Hulk é entretenimento puro para aqueles que são tanto fãs dos quadrinhos como
fãs da série de tv, e referencias a aquela série clássica tem muitas, como uma
ponta hilária de Lou Ferrigno como segurança e até a musica tema série (tan
tan, tan tan), ou seja, um filme para se assistir curtindo ele, sem exigir
muito.
NOTA: A atriz
brasileira Débora Nascimento, famosa pelas novelas globais, faz uma ponta bem
no inicio do filme, mas o suficiente para chamar a atenção de muita gente,
principalmente pelos estúdios de Hollywood.