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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cine Clássico: O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (1934)

Sinopse: Casal de ingleses tem sua filha seqüestrada após um agente secreto lhes contar, instantes antes de morrer, de um plano contra um importante diplomata inglês. Em Londres, os dois tentam recuperar sua filha, ao mesmo tempo em que devem dizer o que sabem as autoridades.
A maioria conhece somente a refilmagem de 1956, estrelada pelo James Steward e Doris Day nos respectivos papeis principais, mas essa primeira versão ganha em muitos pontos se comparado a versão americana. Ao começar pelo clima mais sombrio e opressivo, no qual Hitchcock usava como ninguém na época. Um dos primeiros grandes sucessos da carreira do diretor, do inicio do cinema falado, ainda no seu país natal. Assim como na refilmagem, nesta versão também consta a famosa seqüência final do concerto no Royal Albert Hall, onde o toque do címbalo dá a senha para o assassino (embora, nesta cena, eu prefira mais a versão americana). Curiosamente, este foi o primeiro papel no cinema inglês, do ator austríaco Peter Lorre. Para aqueles que não sabem, foi um dos grandes vilões do cinema, atuando como psicopata em M de Fritz Lang. Aqui, ela da um verdadeiro show de interpretação, fazendo o líder do bando de sabotadores.


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Cine Dica: Estréias no final de semana (02/12/11)

E ai gente cinéfila. Dia 2 de dezembro, inicio do ultimo mês desse ano e já sinto o clima de despedida, de um ano que até se saiu bem melhor que no ano anterior, mas deixemos para falar disso numa outra ocasião. Com relação a esse final de semana, duas surpresas, um candidato a Cult, nostalgia e filme para toda a família. Com relação às duas surpresas, me refiro a dois filmes, que já se encontram em DVD, mas que voltam em cartaz. Minhas Tardes com Margueritte, por exemplo, é justo o filme ter o seu momento numa sala de cinema, pois é um filme pequeno, que reserva inúmeros momentos deliciosos de serem assistidos, e antes tarde do que nunca em ter chegado em uma sala daqui da capital, mais precisamente no ótimo Guion Center (sala 3). Quanto Minha Terra África, a produção de Claire Denis ganha nova chance com o publico cinéfilo daqui, na sala Santander Cultural.
Com relação a candidato a Cult, me refiro ao elogiado O Garoto da Bicicleta, sucesso de critica e bastante comentado pelo publico, antes mesmo do filme estrear. Quanto a nostalgia, me refiro ao retorno dos Muppets no cinema, apesar de que, quando me lembro deles, sempre me vem na cabeça o genial desenho, nas versões deles como crianças, e que passava no SBT, entre os anos 80 e 90, bons tempos aqueles. E por ultimo, como o natal esta chegando, não podia faltar um filme para toda a família e soltar aquela sensação festas natalinas, e a bola da vez, é Operação Presente. Confira todas as estréias:

Minhas tardes com Margueritte
Confira a minha critica, já publicada, clicando aqui.


Minha Terra África
Confira a minha critica, já publicada, clicando aqui.

O Garoto da Bicicleta
Sinopse: Cyril é um garoto de 12 anos que está em busca de seu pai, que o abandonou em um lar para crianças. No seu caminho encontrará Samantha, uma mulher que lhe oferece abrigo e carinho.



Os Muppets ‎ ‎
Sinopse: Gonzo é contratado para dirigir um filme mas acaba gastando toda a verba no primeiro dia. Ele precisa então terminar a produção sem dinheiro apenas contando com a ajuda de seus amigos fantoches.



Operação Presente
Sinopse: A história revela a incrível e nunca antes vista resposta à pergunta de toda criança: Como é que Papai Noel entrega todos os presentes em uma noite?. A resposta: Uma operação emocionante e utltra-high-tech do Papai Noel escondida sob o Pólo Norte. Mas o coração do filme é uma família em um estado de disfunção e um herói improvável Arthur que tem uma urgente missão que deve ser concluída antes do amanhecer.

Amanhã nunca mais
Sinopse: O filme conta a história de uma noite extraordinária na vida de um homem que não sabe dizer não. Walter precisa buscar o bolo de aniversário de sua filha e o que parecia ser uma tarefa simples se mostra fora de todos os costumes. Aquela noite de sexta-feira nunca será esquecida e Wagner nunca mais será o mesmo.


Os Nomes do Amor
Sinopse: Bahia Benmahmoud (Sara Forestier) é uma jovem tão comprometida com seus ideais que não se importa nem um pouco de transar com seus opositores, no intuito de convertê-los à sua visão. Ela costuma ser bem sucedida em suas investidas, até o dia em que conhece Arthur Martin (Jacques Gamblin).


Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim
Sinopse: Casados há mais de 30 anos, Adam e Mary passaram mais da metade de suas vidas juntos, criando seus filhos - que já saíram de casa há muito tempo - e encararando altos e baixos. Agora, aguardam a chegada de uma fase mais tranqüila. Mas ela não chega. Adam, antes um bem-sucedido arquiteto, vê sua carreira e situação financeira não serem mais prósperas como antes, enquanto Mary está com problemas de memória, o que pode ser um indício de demência. Lentamente, Adam e Mary começam a se afastar – até a separação parecer inevitável.

Os Especialistas
Sinopse: Baseado no livro de Ranulph Fiennes Os Especialistas mostra um grupo de antigos membros das forças especiais britânicas que passa a ser caçado por uma equipe de assassinos.


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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 7

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

QUEM MATOU LEDA?
Sinopse: O negociante Henri Marcoux (Dacqmine) tem um caso amoroso com uma bela e jovem vizinha (Lualdi), bem debaixo do nariz da sua esposa Thérèse (Robinson). A linda filha de Henri, ao conhecer o húngaro (Belmondo) fica apaixonada, enquanto o filho voyeur de Henri começa a ter liberdades com a amante do pai. Com o amadurecimento das paixões na família, deslumbra-se uma tragédia.
Este é o terceiro filme de Chabrol, e seu debute no thriller psicológico, gênero também de seus dois filmes seguintes, que foram, Les Bonnes Femmes e LEnfer. Usando com perícia os flashbacks e vinhetas, Chabrol cria um perturbador enredo de infidelidade, obsessão e assassinato num vinhedo em Provença. Não tem como não deixar de lembrar-se da atuação de Jean-paul Belmondo, sendo que, todo elenco está perfeito, mas é Belmondo que da o show, criando seu personagem de uma forma irônica e cômica, onde suas palavras, por mais chocantes que sejam, são a mais pura verdade..
Assim como Luis Buñuel, Cabrol faz uma critica a família burguesa, num verdadeiro retrato de desconstrução dessa imagem de família perfeita, tanto, que o suspense e o mistério da morte de Leda acontece bem depois, sendo que a própria, aparece só meia hora  de projeção.
Após a entrada de Leda, o clima vai mais para o lado melodramático e a tensão começa a pesar, auxiliada com uma bela fotografia, que faz até amenizar o clima pesado, mas não o suficiente, para a derradeira seqüência do filme, que passa na casa de Leda, numa seqüência de flashback incrível e muito bem dirigida. É nesta seqüência, que Chabrol demonstrou ser um pequeno discípulo de Hitchcock. Uma obra prima e que vale a pena ser procurada.


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Cine Clássico: FRENESI

DE VOLTA A SUA TERRA NATAL, HITCHCOCK RENOVA
SEUS INGREDIENTES DE SUCESSO
 

Sinopse: Londres está sendo aterrorizada por um serial killer que está atacando as mulheres atrás de sexo. A polícia tem um principal suspeito, Richard Blaney, e este fará de tudo para provar sua inocência.
Depois de quase vinte anos, o mestre do suspense retorna para Londres, para criar uma trama repleta de suspense e humor negro de muito bom gosto. Baseado no romance de Arthur La Bern, o filme possui todos os ingredientes que moldaram os melhores momentos do diretor durante a sua carreira, como inúmeras reviravoltas na trama, e mais, o diretor tentou com êxito, se inovar na criação de determinadas cenas, injetando mais violência, sangue e até mesmo estupro, coisa até então inédita na carreira do diretor. Até hoje, muito se perguntam até onde o diretor iria chegar caso continuasse filmando e ousando, para atrair novos fãs. Atenção para a espetacular seqüência dentro de um caminhão cheio de batatas, onde o assassino, tenta recuperar um broche, que está preso justamente na mão da sua vitima anterior. O impressionante nesta cena é de Hitchcock fazer com que o espectador, fique com o sentimento dividido com relação ao assassino. Sabemos que ele é um monstro, mas nesta seqüência, sentimos até mesmo pena dele, por estar dando tudo errado, ao ponto, que nem sequer a mão da vitima já morta, colabora para o personagem se safar, num momento de puro humor negro que choca, mas não tem como não rir. Se esse filme fosse o ultimo do diretor (o derradeiro foi Trama Macabra) Hitchcock teria encerrado sua carreira com chave de ouro e com louvor.


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Cine Curiosidade: De Godard a Renais

NOVO CURSO DO CENA UM É DESTAQUE NO JORNAL DO COMÉRCIO


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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 6

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

Pickpocket
Sinopse: Introspectivo e revoltado com a estrutura social, o jovem Michel começa a bater carteiras pelo prazer e a emoção de roubar. Com o tempo, o hábito torna-se uma compulsão. Michel é preso e, na cadeia, reflete sobre seus atos ao perceber o forte choque causado em sua família e amigos. Ainda assim, ao ser solto, une-se a um ladrão veterano e volta ao crime. Sua consciência pesa novamente, agora por ter se apaixonado por Jeanne, vizinha que cuida de sua mãe. Entre os dois nasce uma relação afetuosa, capaz de motivar o protagonista a abandonar a compulsão ao roubo. O filme é uma concretização das teorias de Bresson acerca do cinema: o diretor buscava acentuar a distinção da linguagem cinematográfica em relação a todas as outras.
Levemente inspirado em "Crime e Castigo" de Fiodor Dostoievski, Pickpocket (ou Batedor de Carteiras), é uma das grandes obras de Robert Bresson, que se separa do romance do escritor russo, para abordar dois temas que o cineasta bastante recorreu na sua carreira, a questão da culpa e da redenção.
Os melhores momentos do filme ficam sendo quando o protagonista rouba as carteiras de uma forma artística e bem aventurada. Sendo com atores pouco conhecidos, o filme vai mais para lado natural e cru, ao mesmo tempo é rico em detalhes, (como olhos, gestos, enquadramentos), que conta a história de um ladrão de carteiras, que vai do seu auge há queda, para então encontra o amor e a redenção. Tive o prazer de ver esse filme em abril desse ano  no cinebancários, e em minha opinião, pode tranquilamente estar ao lado de Acossado, Incompreendidos e dentre outros, como um dos melhores representante do Nouvelle Vague.




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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Capitão America: O Primeiro Vingador

Leia a minha critica, já publicada, clicando aqui.  


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Cine Clássico: OS OLHOS SEM ROSTO

Sala de Cinema P.F. Gastal apresenta obra prima do horror, para uma nova geração.
  Sinopse: Um famoso cirurgião, após desfigurar a filha num acidente de carro, lança-se no desenvolvimento de uma nova forma de transplante facial a partir de uma doadora viva, fato que o levava a matar suas pacientes para roubar-lhe os rostos. A técnica funcionou na sua assistente, mas o corpo da filha rejeita sucessivamente os novos rostos implantados, causando uma série infindável de crimes que logo chama a atenção da polícia, dando início às investigações.
Durante vários dias, OS OLHOS SEM ROSTO foi o grande destaque da mostra "Dialogo com o novo de Almodóvar" na Sala de Cinema P.F. Gastal, da Usina do Gasômetro, sendo então, redescoberto por uma nova geração de cinéfilos gaúchos, que até então a maioria, desconhecia sobre esse filme. Lançado em 1960 na França, essa produção faz parte da galeria de filmes que, embora obscuros para o grande público, são idolatrados por uma minoria de cinéfilos interessados em filmes de horror com originalidade. Só para se ter uma idéia, esse filme foi o primeiro longa-metragem de um dos fundadores da lendária Cinemateca Francesa, “Les Yeux Sans Visage”, porém, na época a produção não despertou muito interesse em seu lançamento, obtendo as piores criticas possíveis. Mas, como eu sempre prego, é o tempo que justifica os meios, pois o trabalho de Georges Franju vai além da simples proposta de pregar sustos na platéia, e sim, vai construindo um clima fantasmagórico e inquietante, no qual o publico jamais esquece tão cedo.
Embora tenha fracassado, o filme de Franju foi resgatado graças a opinião da crítica norte-americana Pauline Kael, que na época, era o nome de maior atividade na profissão durante os anos 1960 e 1970, Kael conseguiu ver neste filme, algo mais do que um mero filme de terror. Para Kael, o filme tinha uma qualidade etérea que transcendia os encantos do gênero. Como acontecia com freqüência, a crítica percebeu, antes de resto do mundo, que estava diante de uma obra original, um filme capaz de mesclar elementos de gêneros díspares – o surrealismo, o thriller policial e o naturalismo macabro do teatro Grand Guignol – para construir algo único.
OS OLHOS SEM ROSTO é um filme construído sobre uma imagem fascinante de Catherine, que se torna uma figura fantasmagórica, com sua máscara branca de porcelana e os seus vestidos brancos, vagando sem rumo pelos amplos corredores da mansão gótica, afastada da capital francesa, onde vive com o pai. Os enormes e expressivos olhos claros da atriz Edith Scob ajudam a transformar a figura de trágica de Christiane numa personagem complexa, de nuances que vão muito além das palavras. De fato, OS OLHOS SEM ROSTO é um filme lento, repleto de seqüências sem diálogos, e isso pode incomodar alguns espectadores, mas funciona a favor do filme, no sentido em que contribui para a construção de uma atmosférica lúgubre.
A grande fotografia do polaco Eugen Schüfftan (responsável pelos efeitos especiais do clássico “Metrópolis”, de Fritz Lang) vai além do mero contraste claro/escuro que sempre caracterizou o expressionismo alemão. A câmera busca ângulos que acentuam o isolamento da família Génessier, bem como a progressiva perturbação emocional de pai e filha. Há pelo menos três belas seqüências filmadas à noite, perturbadores por captar um senso agudo de desolamento e solidão. Schüfftan usa os cômodos do casarão da família (especialmente o sinistro porão) para dar um toque levemente macabro a Christiane, cujo guarda-roupa – observe que ela usa sempre vestidos claros e compridos, que a fazem parecer flutuar como um fantasma, ao invés de caminhar – completa o trabalho brilhantemente.
Pedro Almodóvar, que é grande fã dessa obra, fez recentemente, o seu mais novo sucesso, (A pele que Habito), se inspirando em elementos vistos nesta obra francesa. Com isso, muitos cinéfilos sabendo disso, foram correr atrás desse clássico, e atualmente, não me admira que a obra comece a ganhar mais e mais fãs gradualmente.


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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cine Dica: CLOSE 2011 - Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual

ENTRADA FRANCA
Semana que vem, de terça a domingo, estará acontecendo aqui em Porto Alegre a segunda edição do CLOSE - Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual. Esse ano, o festival aumenta sua duração para seis dias, e segue com uma programação de filmes e debates muito bacana, dividida em três salas de cinema: CineBancários, Eduardo Hirtz (CCMQ) e Memorial do RS . A maioria dos filmes exibidos no CLOSE são inéditos no Rio Grande do Sul, e não estão disponíveis nem em locadoras ou internet. Assim, são oportunidades únicas de assistir a esses filmes, e que, na maioria das sessões contam com debates após as exibições.
Já na sessão de abertura, teremos o longa Meu Amigo Cláudia, e debate com seu diretor, Dacio Pinheiro. Uma retrospectiva do cinema LGBT brasileiro é feita no média-metragem Cinema em Sete Cores, com a presença do diretor Filipe Tostes. A co-produção Brasil/Dinamarca Rosa Morena é um dos destaques, que contará com o ator Pablo Rodrigues. A Mostra Corpo Militar, através dos filmes Sebastiane (Derek Jarman e Paul Humfress) e Brigada Pára-Quedista (Evaldo Mocarzel) visa abordar a retratação do corpo militar no cinema através de uma perspectiva homoerótica. Ainda vale ressaltar o polêmico Bocage - O Triunfo do Amor (Djalma Limongi), considerado o Calígula brasileiro; e a estréia em Porto Alegre do intenso documentário Olhe Pra Mim de Novo (Kiko Goifman); entre outros. Todos esses filmes c ompõe a Mostra Informativa, de curadoria do paulista Christian Petermann, crítico de cinema da revista Junior.
Por fim, a sempre aguardada Mostra Competitiva de curtas, com curadoria de Marcus Mello, traz os filmes recentes de maior destaque no país dos últimos dois anos, que concorrem a dez prêmios, que serão entregues na noite de encerramento.
E o melhor de tudo: toda a programação do CLOSE é inteiramente GRATUITA! Aumentando, assim, a democratização e o acesso à cultura.
Uma realização do Grupo SOMOS - Comunicação, Saúde e Sexualidade (www.somos.org.br), com produção da Avante Filmes (http://www.avantefilmes.com/).

Mais informações sobre o evento, pelo Cinebancários clicando aqui.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 5

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”


HIROSHIMA MEU AMOR
Onde hollywood não teve coragem  


Sinopse: Hiroshima, 1959. Uma atriz francesa casada (Emmanuelle Riva) veio de Paris para trabalhar num filme sobre a paz. Ela tem um affair com um arquiteto japonês (Eiji Okada) também casado, cuja esposa está viajando. Nos dois dias que passam juntos várias lembranças vêem à tona enquanto esperam, de forma aflita, a hora da partida dela. Ela conta que foi "tosquiada", pois se apaixonou por um alemão (Bernard Fresson) quando tinha apenas 18 anos e morava em Nevers, sendo libertada no dia em que seu amor foi morto, já no final da 2ª Guerra Mundial. Por ter amado um inimigo ela foi aprisionada por sua família numa fria e escura adega e agora, 14 anos depois, novamente sente o gosto de viver um amor quase impossível.
Uma historia, aparentemente, de difícil entendimento, para um publico especifico, que foi baseada nos escritos e com roteiro e dialogo de Marguerite Duras. Bela fotografia, com tons cinzas, de Sacha Vierny, e a musica romântica de Giovanni Fusco e George Delerue, que realçam o realismo poético desta fita de Alain Resnais. Até hoje, está na lista de filmes que serviram de base para influenciar os jovens intelectuais engajados politicamente, nos anos 60. E como os EUA jamais tiveram coragem de criar um filme que retratasse uma de suas maiores manchas do passado, coube o cinema Francês dar conta do recado de uma forma poética e jamais vista. Atenção para o uso do flashbacks, que foi usado de uma forma inovadora para a época.


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Cine Dica: OS MONSTROS

NOTA: Filme que ficou exibido somente nos dias 22 e 27 desse mês no Cinebancários.
Sinopse: A história de dois amigos que trabalham com a captação de áudio e um terceiro que “toca”, totalmente desafinado, uma espécie de clarineta. Os dois primeiros estão insatisfeitos na nova empreitada e a esposa do "instrumentista" o coloca para fora de casa. Assim, os três se reaproximam.
Exibido no Cinebancários de Porto Alegre, o filme fez parte dos títulos que integra a série de lançamentos da Sessão Vitrine, projeto de distribuição de filmes brasileiros independentes implantados pela distribuidora paulista Sílvia Cruz (que também ocorre na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro). O filme é protagonizado pelos próprios diretores, que por sua vez, criam o que chamam de “cinema de observação”, onde a câmera fica parada durante vários minutos, observando os protagonistas em determinada situação, que por vezes, pode soar cansativo para o publico geral,
Assistir a esse filme, levado pelo titulo (achando que pode ser um filme de terror) é que nem cair numa ratoeira, pois o filme nada tem de fantasmagórico nem nada, unicamente mostra a amizade de três amigos, em meio as suas vidas se afundando ao comodismo, apesar de jamais quererem largar o que mais gostam que, é a musica e a parte técnica do cinema. Então porque o titulo Os Monstros? Seria uma forma de julgar eles, por serem pessoas deslocadas, indo contra a maré e não saberem mais o que fazer na vida a não ser o que gostam e aonde realmente sentem certo prazer? Talvez seja mais ou menos por ai. Mas a pessoa comum que for embarcar nesta historia, é preciso ir com a mente aberta e ter fôlego para digerir certas cenas, e não estou falando de certas cenas fortes nem nada, mas sim, me referindo ao que falei no inicio do texto, que há seqüências que ficam durante vários minutos focando uma terminada situação, que por vezes não acontece nada, e, portanto, exige a paciência da pessoa comum, que vai para o cinema unicamente se entreter, mas que acaba dado de cara com o cinema mais experimental e (por que não) original.
Mas vale a pena assistir? Com toda a certeza. Porque vai contra as nossas expectativas, principalmente por ser um filme que passa uma imagem crua do dia a dia de pessoas em busca dos seus sonhos, mas que nunca alcançam, e já que não há outro jeito, então se entregar ao prazer do seu hobby. A cena final, alias, é um exemplo disso, tanto, que por alguns momentos sentimos o prazer que os protagonistas sentem enquanto tocam a musica com os seus instrumentos, e ao termino do ensaio, parecem todos cansados, como se tivessem saído de uma orgia. Uns ficaram anestesiados, outros vão até rir por ter pagado para assistir isso, mas todos terão a certeza, que assistiram algo bem diferente do convencional.


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sábado, 26 de novembro de 2011

Cine Curiosidade: Documentário sobre a canção "Você não soube me amar"

Daniel Accioly está produzindo, junto com alguns parceiros, um documentário sobre a canção "Você não soube me amar". É uma história muito legal para músicos e para aqueles que gostam de música ou mesmo de uma boa história. Estão buscando parceiros para finalizar o doc e colocar ele em festivais. O único apoio que tiveram é de uma produtora que  emprestou equipamentos em troca de propaganda. Estão enviando para os principais veículos de comunicação para tornar o projeto conhecido e, assim, quem sabe atrair apoios. Estão trabalhando para lançar o filme em 2012, ano em que se comemorará 30 anos do lançamento do primeiro disco da Blitz.

Veja o trailer:

 curta eles no Facebook clicando aqui.

Leia mais sobre eles no portal do jornalista Sidney Rezende clicando aqui.

Para contato: Daniel Accioly Produtor - Mais de três foi o diabo que fez: (21)8635-5144.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 4

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

DESPREZO
BARDOT, BARDOT, BARDOT

Sinopse: O Desprezo conta a história da crise de um casal em uma viagem à Itália que acaba mal. Camille (Brigitte Bardot) tem a impressão de que seu marido não lhe ama mais. Paul Javal, seu marido, é um roteirista que, para garantir o conforto da esposa e evitar o rompimento da relação, aceita escrever uma nova adaptação da obra grega "A Odisséia" para o cinema. Primeiro, nascem à dúvida e o desprezo em Camille e depois vem a incompreensão e a raiva de Paul. Diferente do livro de Homero, não é Ulisses que vai embora e abandona sua amada Penélope.
Baseado no romance de Alberto Moravia, um dos filmes mais fáceis de Godard, com uma narrativa linear e tratamento de tragédia grega. Bardot no auge da beleza tem o seu corpo generosamente dissecado pela câmera e ao mesmo tempo nos apresenta um dos seus melhores papeis de sua carreira bem sucedida. Assim como em Acossado, Godard explora a relação amorosa de um casal em um único cenário, mas em vez de somente um quarto, vemos o casal central andando em vários cômodos da casa, discutindo sua relação que está à beira do fim, enquanto a câmera somente segue ambos, assim como o espectador. O filme em si, também é uma homenagem ao próprio cinema que Godard faz, principalmente com a cena inicial totalmente inusitada, mas que da uma vaga idéia do que vira a seguir. Atenção para participação para lá de especial do diretor Fritz Lang, (Metropolis) fazendo ele propio em meio às gravações de Ulisses. Uma homenagem de um mestre para outro mestre.


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Cine Dica: Estréias no fnal de semana (25/11/11)

Chegamos a mais um final de semana e com diversas opções no cinema, apesar de que ainda (e por um bom tempo) o circuito está tomado pelo novo capitulo de Crepúsculo, que apesar de ter faturado alto, tanto aqui como lá fora, esta rendendo as piores criticas de toda a serie. Uns se arriscam a assistir, mesmo não sendo fã, outros não querem nem pensar em assistir, nem que a namorada chore por querer ver. Quem for esperto, opções não faltam, como Happy Feet 2, que apesar de ser um seqüência dispensável, é ideal para toda a família ir junto. Destaco também, o grande numero de documentários que estrearam em nossas salas, e se você ver embaixo, verá que há inumeras opções. Provando que o genero não se vive apenas de Michael Moore. 
Lembrando, que além de toda essa lista ai embaixo, até domingo, tem exibição O Monstro, no Cinebancários, e Dialogo com Almodóvar, na Usina do Gasômetro, que reúne dois grandes clássicos dos filmes de horror, e que serviu de base para o novo filme de Almodóvovar. 
Como vêem, quem esta a fim de ficar longe de vampiros florescentes, opções é o que não faltam. Confiram:


Happy Feet 2: O Pinguim 3D
Sinopse: Seqüência do sucesso ganhador do Oscar de Melhor Animação Happy Feet 2 leva o público de volta às paisagens magníficas da Antártica. Mano e Gloria agora tem um filho Erik que se esforça para encontrar seus próprios talentos no mundo do Pinguim Imperador. Porém novos perigos ameaçam a nação pingüim e todos vão precisar trabalhar e dançar para salvá-la.


Assalto em dose dupla
Sinopse:Tripp caminha em um banco quando duas gangues diferentes uma claramente feita por profissionais e a outra por uma dupla de palhaços involuntariamente aparecem para um assalto. Tripp aborda a bonita caixa do banco Kaitlin para protegê-la. O sistema de segurança do banco inicia o bloqueio do final do dia e tranca todos dentro do prédio. Durante a noite um hilariante jogo de gato e rato segue enquanto Tripp e Kaitlin tentam salvar o dia.



Não Sei Como Ela Consegue
Sinopse: Kate é o exemplo perfeito da mulher moderna: trabalha fora de casa educa dois filhos cuida do marido e de si mesma. Tudo vira de cabeça para baixo com o chegada de um novo e charmoso colega de trabalho Jack. E agora conciliar amor trabalho e família: será que ela consegue?


Evóe - Retrato de um Antropógrafo


Sinopse: Um filme que mistura de forma labiríntica depoimentos recentes e imagens históricas da carreira do o diretor, ator e dramaturgo Zé Celso, do Teatro Oficina. O documentário adquiriu o seu verbo principal em quatro viagens a pontos chave da trajetória do Zé: Sertão da Bahia, Praia de Cururipe em Alagoas (onde o Bispo Sardinha foi devorado), Epidaurus e Atenas, na Grécia e o apartamento de São Paulo.Com acesso livre ao infindável e sempre crescente arquivo de imagens e sons do Grupo Oficina, misturados com imagens contemporâneas,constrói-se aqui uma visão muito particular de uma das maiores personalidades das artes do Brasil de todos os tempos. O filme pode ser exibido de forma cíclica, pois não tem um começo e com certeza nunca terá fim.


Dawson Ilha 10
Sinopse: Em 1973, o general Pinochet lidera o golpe de estado que depõe o governo democrático de Salvador Allende no Chile. Os ministros e autoridades depostas tornam-se presos políticos dos militares e são levados para a ilha Dawson, no extremo sul do país, utilizada como campo de concentração da ditadura chilena. Lá os presos políticos são submetidos a violentos interrogatórios, trabalhos forçados, constantes torturas físicas e psicológicas. Dawson Ilha 10 representa um momento histórico que se propagou por toda América do Sul.




O Dia Em Que Eu Não Nasci
Sinopse: Durante uma passagem por Buenos Aires, Maria reconhece uma canção de ninar e estranhamente se sente familiarizada com a cidade, ao comentar sobre esse sentimento com seu pai ela fará uma descoberta que mudará sua história.



O Jardim das Folhas Sagradas
Sinopse: Salvador. A expansão imobiliária da cidade, decorrente de sua modernização, faz com que o candomblé, tradicional religião afro-brasileira ligada à natureza, seja afetada. A causa é que o candomblé pede a existência de lugares amplos e naturais, para a realização de sua liturgia. É neste contexto que Miguel Bonfim (Antônio Godi), um ex-bancário que é filho de uma yalorizá e um jornalista de esquerda, decide criar o Jardim das Folhas Sagradas. Sem conseguir um local na cidade, ele decide montá-lo na periferia. Por questionar o sacrifício de animais, Bonfim resolve fazer um terreiro modernizado e descaracterizado. Só que esta decisão lhe traz graves conseqüências.


Prova de Artista
Sinopse: Prova de Artista acompanha o dia-a-dia de cinco jovens e talentosos músicos em suas audições, estudos e ensaios para orquestras de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. O filme revela os conflitos, a paixão e a disciplina envolvidos na escolha de seguir a vocação artística.


REIDY, A CONSTRUÇÃO DA UTOPIA
Sinopse: O documentário aborda a trajetória do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, nascido em Paris e radicado no Rio de Janeiro, desde os anos 1930 até a construção do Aterro e Parque do Flamengo, em que retorna à cidade como tema central de sua arquitetura. Textos do próprio arquiteto mostram suas alegrias, decepções e vitórias, além de sua contribuição para o Rio de Janeiro nos tempos modernos. Sua obra é debatida nas entrevistas exclusivas do urbanista Lucio Costa, para quem Reidy era o mais elegante e civilizado de sua geração.


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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 3

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”


Jules e Jim — Uma Mulher para Dois
OS DESEJOS INTIMOS DE TRUFFAUT 

Sinopse: O filme conta a história de Jules, um alemão ingênuo, e Jim, um francês do tipo elegante e sedutor. Eles são amigos e se apaixonam pela mesma mulher.
Ao lado de Os Incompreendidos, esse, talvez, seja a maior obra prima de François Truffaut. Aqui ele cria um triangulo amoroso inusitado e a frente da sua época, que criara situações de proporções arrasadoras, em meio a uma fotografias primorosa e cenas inesquecíveis (a cena do trio correndo juntos é inesquecível). Henri Serre, Oskar Werner e Jeanne Moreau fazem seus papeis como se fossem os últimos de suas vidas e Moreau é a que mais se sobressai, numa interpretação completa e intensa. Uma das musicas temas do filme foi cantada pela própria atriz, numa determinada cena, e se tornou clássica. Se muitos quiserem embarcar no cinema francês comece por esse então, pois anos mais tarde, o filme serviu até mesmo de base para a criação de outros filmes posteriormente, como o filme Três Formas de Amar, dos anos 90.

Curiosidade: Refilmado como Willie e Phil - Uma Cama Para Três (1993).


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