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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CINE MÊS DAS BRUXAS: CINE TRASH: Parte 10

Neste mês das bruxas, vamos relembrar de umas das sessões de filmes que agente assistia na TV que mais deixou saudades, o Cine Trash. O programa comandado pelo saudoso Zé do Caixão exibia filmes de terror de baixo orçamento, mas muitos se tornaram pequenos clássicos do gênero e que muitos se lembram com bastante saudosismo.

Sexta-Feira 13 - Parte II
Sinopse: Cinco anos após o massacre no acampamento Cristal Lake, novos instrutores se instalam num acampamento próximo. Um a um, os jovens do grupo são atacados e brutalmente mortos, revivendo a lenda de Jason.
Nem levou um ano e logo foi lançada essa seqüência do sucesso de 1980, só que desta vez, estrelado por Jason, mas um pouco diferente daquele Jason que nos conhecemos. Aqui, Jason ainda é humano, se fere facilmente e tão pouco usa sua famosa mascara de Hóquei. Foi por causa disso, que quando assisti pela primeira vez a esse filme no cine Trash, achei que fosse uma versão alternativa de Jason, ou simplesmente uma copia barata e descarada. Para vocês verem, como a imagem icônica do Jason posterior marcou as pessoas.
A trama aqui é praticamente a mesma da anterior, ou seja, jovens com os hormônios estourando, somente servindo de vitimas para Jason fazer o que faz de melhor, para dai então, sobrar uma mocinha e acabar (aparentemente) com o vilão no final. Como sempre, há um grande gancho para eventual continuação, e por mais que nos saibamos como termina cada capitulo, sempre queremos saber qual será as próximas vitimas ou como Jason dribla sua própria morte. Esse é o poder dessa famigerada criatura.

Curiosidade: O filme possui uma das mais longas seqüência de créditos da história do cinema, que dura aproximadamente 15 minutos.


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Cine Clássico: Ghost World – Mundo Cão

UM FILME PARA SER REDESCOBERTO E JAMAIS ESQUECIDO
Sinopse: . Depois de terminarem o segundo grau, as adolescentes Enid (uma “opulenta” e “cult” Thora Birch, de “Beleza Americana”) e Rebecca (uma “magrinha” Scarlett Johansson em inicio de carreira), debruçam-se sobre o que vão fazer da vida, considerando arranjar empregos e alugar juntas um apartamento.
Todo mundo sabe que quando o primeiro filme dos X-men fez sucesso, imediatamente se criou inúmeras adaptações de HQ de super heróis. Comendo pelas beiradas, surgiram também adaptações cuja historias não era com os herois uniformizados, e sim, historias que se aproximavam mais do realismo, e com isso, surgiram obras como O Anti-Herói Americano, Marcas da Violência, Sin City, Estrada para a Perdição e dentre outros. Um desses primeiros filmes a ir para esse lado oposto, foi essa ótima produção independente dirigida por Terry Zwigoff, que é uma adaptação do “comic book” underground de Daniel Clowes, dos anos 90.
Abordando as dificuldades da transição da vida adolescente para o mundo dos adulto, que por vezes, chega a ser mais complicado do que se imagina. O filme é uma deliciosa viajem da dupla feminina protagonista em meio ao cotidiano do dia a dia, entre pessoas excêntricas, mas com muito significado e cheio de conteúdo cada uma delas.
A visão do mundo que nos apresenta, tem lá os seus momentos de humor, mas é extremamente irônica, pessimista e consistentemente sombria. Com um colorido “Nerd”, e carregado de referencias ao mundo pop, as protagonistas são coadjuvadas por Steve Buscemi (em um de seus melhores momentos de sua carreira) e sua trilha sonora contagiante. Fotografia a cargo do Brasileiro Affonso Beato.Com uma indicação para Oscar melhor roteiro adaptado, o filme jamais ganhou cartaz na época por aqui,  o que é uma pena, já que é considerado um dos melhores filmes do inicio da primeira decada do século 21. Uma pequena joia que não custa ser redescoberta.


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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CINE ESPECIAL: INGMAR BERGMAN: Parte 2

Nos dias 5 e 6 de novembro, estarei participando do curso, “INGMAR BERGMAN – O Cinema da Angústia Existencial”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme pertencente, a uma filmografia incomum, de um diretor incomum.  

A Fonte da Donzela
Sinopse: Na Suécia, século XIV, a população oscilava entre o cristianismo e o paganismo. Herr Töre (Max von Sydow) e Märeta Töre (Birgitta Valberg) formam um casal que tem uma propriedade rural. Eles são cristãos fervorosos e incumbiram Karin Töre (Birgitta Pettersson), sua filha, uma adolescente de quinze anos, de levar velas para a igreja da região e acendê-las para a Virgem Maria. Karin sonha em só se entregar para um homem quando estiver casada e esta posição é reforçada pois Ingeri (Gunnel Lindblom), uma serviçal que mora em sua casa, está grávida. No caminho da igreja Karin é estuprada e assassinada por dois pastores de cabras. Quando a noite chega ironicamente os criminosos vão pedir comida e abrigo para os pais de Karin. São recebidos cordialmente e Herr Töre lhes promete trabalho. Märeta está nervosa, pois a filha não retornou, mas o marido tenta tranqüilizá-la dizendo que em outras ocasiões Karin dormiu na cidade. Porém o temor da mãe se concretiza quando um dos pastores, sem imaginar, quer vender uma peça de roupa de Karin para sua mãe. Ela reconhece a roupa da filha, mas diz que vai pensar e logo que pode tranca a porta e fala ao marido. Eles já têm certeza do triste destino da filha, pois a peça está suja de sangue. O casal agora só pensa em se vingar.
Baseado numa lenda medieval, Bergman constrói aqui um drama poético de profunda ressonância moral, mesmo onde os protagonistas ficam diante da duvida com relação a sua fé em Deus. O filme possui momentos de tensão e angustia, como por exemplo, a cena do destino da protagonista, um verdadeiro terror físico e psicológico, mas muito bem filmado A dramaticidade da situação é muito bem reforçada pela bela fotografia em preto e branco do seu habitual colaborador Sven Nykvist. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.
 
Gritos e Sussurros
Sinopse: Em uma casa no campo uma mulher está bastante enferma e recebe cuidados de suas duas irmãs e de uma empregada da família, que precocemente perdeu sua filha e por isso extravaza seu amor de mãe dando o maior carinho possível para aquela moça tão debilitada. Dentro deste contexto lembranças, frustrações e imaginações em um misto de amor e ódio surgem no interior de cada pessoa..
Um retrato de amor e ódio perante a inevitável morte, que é difícil de aceita-la, embora ela tenha acontecer, para o bem ou para o mau. Aqui, Bergman está com a mão mais pesada e sem piedade para aqueles que forem assistir a esse filme, pois a trama possui cenas chocantes e desagradáveis, para pessoas mais sensíveis e que não estejam familiarizadas com o universo de Bergman. Mas o diretor se torna esplêndido ao saber captar os sentimentos humanos, mesmo em situações incomuns, embora realistas. O filme levou o Oscar de melhor fotografia, devido a sua brilhante forma que foi apresenta, com os seus tons vermelhos, criados (novamente) por Sven Nykvist.


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Kung-Fu Panda 2

(Leia minha critica já publicada clicando aqui)


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CINE MÊS DAS BRUXAS: CINE TRASH: Parte 9

Neste mês das bruxas, vamos relembrar de umas das sessões de filmes que agente assistia na TV que mais deixou saudades, o Cine Trash. O programa comandado pelo saudoso Zé do Caixão exibia filmes de terror de baixo orçamento, mas muitos se tornaram pequenos clássicos do gênero e que muitos se lembram com bastante saudosismo.

Sexta-Feira 13
Sinopse: No Lago Cristal, um acampamento de férias, dois adolescentes foram assassinados. Vinte anos após o crime o acampamento reabre, mas uma série de novas mortes acontecem novamente.
Não me lembro se esse primeiro filme, da já clássica cine série de terror dos anos 80, passou no cine trash, mas tenho certeza que o segundo e o terceiro passaram na sessão. Portanto não seria justo falar dos outros capítulos e deixar de fora o primeiro, que muitos consideram insuperável.
Dirigido por Sean Sexton Cunningham, o filme foi criado unicamente na época, para pegar carona com o sucesso do filme Halloween - A Noite do Terror (78) de John Carpenter, portanto formula é a mesma. Jovens, sem nada para fazer, ficam curtindo muito sexo e droga, para então, serem vitimas do assassino em questão e no final, somente sobrar uma mocinha, para dar cabo (aparentemente) do vilão. Pode ter se tornado o maior clichê, mas o filme funcionou como uma beleza, para a época e ainda hoje, pois há momentos de pura tensão e de surpresas, para fazer ficar preso na cadeira, como por exemplo, o ato final que reserva momentos imprevisíveis. Para aqueles que acreditam que essa cine série começou com Jason, fica espantando com o primeiro filme, e acaba se dando conta que não é bem assim, mas é preciso assistir, pois não serei eu aqui que estragarei a surpresa. O que eu posso dizer, é que o filme carrega muitos elementos que já foram usados em filmes como Psicose, só que aqui, numa ordem inversa, e com isso, criou-se algo original, e que fez escola.

Curiosidade: Em inicio de carreira, Kevin Bacon é uma das primeiras vitimas da cine série.


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terça-feira, 25 de outubro de 2011

CINE ESPECIAL: INGMAR BERGMAN: Parte 1

Nos dias 5 e 6 de novembro, estarei participando do curso, “INGMAR BERGMAN – O Cinema da Angústia Existencial”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme pertencente, a uma filmografia incomum, de um diretor incomum.  

O SÉTIMO SELO

Sinopse: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.
Sombria parábola sobre o mundo existencial e religiosa sobre a relação incerta que o homem tem  algumas vezes sobre determinados assuntos, que por vezes, aflige sua mente, como a existência de Deus ou o que há após a morte. Bergman passa todo esse desconforto, do inicio ao fim, de uma forma original e até hoje insuperável. Com um preto e branco belíssimo, onde cada cena parece um quadro pintado, de uma forma rica e lírica. Praticamente contemporâneo a Morangos Silvestres, outra grande obra prima do diretor (veja abaixo), o filme é fruto de uma das poucas concepções não realistas de sua carreira.

Curiosidade: O Sétimo Selo é uma referência ao capítulo 8 do Livro das Revelações.


MORANGOS SILVESTRES
Sinopse: O velho professor Isak Borg viaja de carro para uma universidade para receber uma homenagem. No caminho, depara-se com estranhos e parentes, o que faz ele reviver velhos momentos de sua vida e tentar descobrir o significado de estranhos sonhos que vinha tendo.
Um belo retrato sobre os significados da velhice e o vicio do ser humano pelas suas recordações de momentos que não voltam mais. Por ser uma obra séria, o filme é um tanto que dificil na primeira vista, mas numa segunda e terceira revisão, se torna um filme maravilhoso de se assistir, para então, observar os seus inúmeros símbolos, com seus significados ao longo da projeção. O grande destaque vai para os momentos de flashback, devido a sua ótima iluminação, graças a uma estupenda fotografia (de Gunnar Fischer), pela criativa direção de Bergman e pela incrível interpretação do antigo diretor Sjostrom, como o velho professor.

Curiosidade: Grande vencedor do urso de Ouro no festival de Berlim.


PERSONA
Sinopse: Atriz emudece e é internada por isso. Na verdade, apenas se nega a falar e passa a ser cuidada por uma enfermeira. As duas, isoladas, vão estabelecendo uma relação de intimidade e simbiose de personalidades.
Talvez, o melhor filme ao explorar o lado psicológico do ser humano. Um ensaio rápido e certeiro de Bergman, onde ele cria um verdadeiro tour de force para as duas grandes atrizes centrais, pois a câmera jamais as abandona de forma alguma, e com isso, conhecemos cada expressão das duas, e tendo uma ligeira idéia do que elas estão pensando. Eu digo ligeira, pois são múltiplas possibilidades do que elas estão pensando em cada cena.
Uma verdadeira tensão em cada seqüência, pois o que vemos, são duas mulheres de uma fortíssima personalidade cada uma, sendo que, ao se chocarem essas duas personalidades, há de surgir momentos inquietantes para o espectador que assistir. Um texto poético e perturbador, um dos melhores de Bergman.


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CINE MÊS DAS BRUXAS: CINE TRASH: Parte 8

Neste mês das bruxas, vamos relembrar de umas das sessões de filmes que agente assistia na TV que mais deixou saudades, o Cine Trash. O programa comandado pelo saudoso Zé do Caixão exibia filmes de terror de baixo orçamento, mas muitos se tornaram pequenos clássicos do gênero e que muitos se lembram com bastante saudosismo.

A BOLHA ASSASSINA
Sinopse:Arborville, EUA. Um velho passeia entre os arbustos da periferia quando encontra uma bolha gelatinosa que veio do espaço. Logo a bolha gruda em seu corpo, devorando-o em seguida. Uma amostra dela é levada a um médico, que não consegue identificar sua formação. A bolha cada vez necessita mais de nutrientes, o que faz com que ataque um teatro, um depósito de carnes e enfrente a população da cidade em campo aberto, devorando centenas de pessoas.
Momento de confissão. Não tenho certeza se esse filme passou no Cine Trash. Lembro-me que assisti numa tarde longínqua dos anos 90, só não me lembro se foi no Cine Trash ou no Cinema em Casa, pois a sessão de filmes do SBT gostava de passar filme de terror na época, como Carnossauros e Re-animator 2. Contudo, A Bolha Assassina possui todas as características dos filmes que passava na Band, portanto ta valendo.
Dirigido por Chuck Russell (O Maskara), o diretor conseguiu o inesperado. Essa refilmagem é considerada por muitos como muito superior ao clássico do cinema B (A Bolha) dos anos 50. Talvez isso se deva aos engenhosos efeitos visuais da época, bem eficazes, além de manter todas as características dos filmes de terror dos anos 80, como jovens sendo protagonistas, ligados ao sexo e a cultura pop, em meio ao terror explicito.

Curiosidade: Mais de uma centena de modelos da bolha foram usados nas filmagens, todos compostos por seda, látex, silicone e Methocil, um agente químico usado para tornar fast foods mais consistentes. - O diretor Chuck Russell aparece em uma pequena ponta, como o patrono do teatro. - Todas as cenas externas foram rodadas na cidade de Abbeville, na Louisiana. Estas cenas não foram rodadas na verdadeira Arbeville porque, na época das filmagens, a cidade estava coberta de neve.


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