Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: SHERLOCK HOLMES: O JOGO DAS SOMBRAS

LIVRE DAS AMARRAS DO FILME ANTERIOR, GUY RITCHIE CRIA UM FILME CONTAGIANTE E CHEIO DE ENERGIA!
Sinopse: Quando o príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto a prova interpretada pelo Inspetor Lestrade aponta para suicídio. Mas Sherlock Holmes deduz que o príncipe tenha sido vítima de um assassinato um assassinato que é apenas uma peça de um quebra-cabeça maior e muito mais portentoso desenhado pelo Professor Moriarty o mais novo e maior gênio do crime.
Quando eu assisti ao primeiro filme do Homem Aranha comandando pelo Sam Raimi, percebi que aquilo não parecia um filme do diretor. Tudo bem que o filme era ótimo, mas parecia que o cineasta estava totalmente preso em não fazer seus tipos de cena que tanto gostava de fazer em filmes como a trilogia Uma Noite Alucinante. Bastou então o filme estourar nas bilheterias, para então ter liberdade total no segundo filme e mostrar todas as suas marcas registradas (a cena do vilão onde mata todos os médicos é um bom exemplo).
Pegando esse exemplo lá atrás, ele é um retrato de como as franquias atualmente do cinema americano funcionam. Pega um diretor com sua visão própria (ou autor), coloque ele no primeiro filme comandando, mas ao mesmo tempo com a mão no freio, e se o filme funcionar, que fique livre para deitar e rolar na seqüência. Essa tese se fortalece na nova aventura de Sherlock Homes, comandada novamente por Guy Ritchie (Jogos Trapaças e Dois Canos Fumegantes) que se no primeiro filme, parecia mais estar namorando com seu modo de se criar cinema, aqui ele está totalmente solto para usar e abusar das cenas de ação luta e comedia, numa verdadeira montanha russa visual cheia de emoção e humor na medida certa.
Comparado a Quentin Tarantino no inicio de carreira, Guy Ritchie ganhou luz própria em filmes em que ele usou todos os seus ingredientes que usava no tempo que fazia vídeo clipes (câmera lenta e acelerada, com uma montagem frenética) e nos seus filmes para o cinema, criou- se diálogos afiados e espertos nos quais o publico se amarra em cada segundo que passa. Tudo isso, esta nesta seqüência, das aventuras do detetive mais famoso do mundo, interpretado de uma forma afiada e segura pelo ator Robert Downey Jr (que apartir do Homem de Ferro, realmente a carreira renasceu das cinzas) que ao lado do personagem Watson (Jude. Law) tem uma das melhores duplas de aventura e humor dos últimos anos. A cada cena que ambos contracenam, é um espetáculo de interpretação de ambos os atores, com um humor que contagia o espectador que assiste e que acaba sendo até mesmo difícil escolher qual a melhor cena dos dois (a minha favorita fica com a cena da chegada ao casamento, hilária). E se a dupla funciona, é porque tudo se deva ao diretor em saber exatamente o que esta fazendo com os seus atores, criando um vinculo muito bem executado, tanto nos diálogos, como nas cenas de luta que exige mais da dupla, mas que torna tudo um verdadeiro balé coe grafado, que não deve em nada aos musicais da era de ouro do cinema. O mesmo se pode dizer das cenas de ação, que surpreendentemente, se tornam cada uma delas como se fosse a ultima de um ato final grandioso (a cena da perseguição da floresta é espetacular), em que o diretor usa como nenhum outro, seqüência de câmera lenta, onde mostra os mínimos detalhes de um determinado ponto da cena, como um tiro de raspão por exemplo. Embora a trama seja cheia de informações (não pisque os olhos) eu particularmente achei muito divertido que certos detalhes, antes insignificantes, se tornem tão importantes depois. Isso graças à montagem do diretor, na qual usa e se diverte com elas, para se criar então os flashbacks e mostrar cada detalhe que o protagonista arquitetou anteriormente por exemplo.
Com tantos atrativos, é uma pena que o grande vilão da trama, Professor Moriaty se torne meio que apagado em alguns momentos, mesmo com todo o esforço e refinamento ardiloso que passa o ator Jared Harris ao representar o seu personagem. O mesmo vale pela talentosa atriz Noomi Rapace (do original Sueco Milênio: Os Homens que não amavam as mulheres) que pouco pode fazer perante a tanta técnica e interpretação dos outros atores, embora a sua presença em cena não seja ignorada.
Com um ato final que reserva surpresas (e gargalhadas até o ultimo segundo) Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras, é um belo de exemplo de como a maquina do cinema americano funciona com relação a franquias atualmente, que é “faça com cuidado o primeiro filme, e se fizer sucesso, faça do seu jeito no próximo filme”. Nolan, Raimi e principalmente Ritchie entenderam bem a proposta, e nas seqüências, esbanjam suas visões próprias. Nos, só temos que agradecer!


Me Sigam no Facebook e Twitter:

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 11

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

HAMMER: A CASA DE HORROR E MEDO!
Durante algum tempo, (entre fins dos anos 40 e 50) o fãs de filmes de horror estavam órfãs, sem os seus personagens preferidos, que tanto a Universal popularizou, mas que acabou desgastando a imagem de todos eles. Mas foi perto do final dos 50, que um pequeno estúdio Inglês (Hammer) teve a idéia de criar filmes de baixo orçamento e que resgatasse os monstros do cinema de antigamente. Eis que a formula funcionou, não só trazendo de volta os velhos conhecidos monstros, como também injetando, mais sangue, violência e sensualidade, coisas que a Universal se restringia em mostrar, devido às leis da censura nos EUA.
Durante um bom tempo, (fins dos anos 50, aos anos 60 e 70) Hammer se tornou exemplo de filmes de terror de qualidade, apesar de que toda boa formula acaba tendo o seu desgaste, e quando o estúdio começou apelar demais para o terror mais explicito e sexo, o estúdio fechou suas portas aos filmes de terror no final dos anos 70. Mas nem por isso seus filmes foram esquecidos, tanto, que muitos sentem uma pura nostalgia, sempre quando revisitam esses filmes, que resgatarão e deram mais fôlego ao gênero de horror gótico.
Abaixo, deixo matérias que eu já publiquei sobre o estúdio, (cliquem nos títulos para acessarem as matérias).












Me Sigam no Facebook e Twitter:

Cine Especial: Cinema 2012: O que vem por ai: Parte 7

VALENTE

Sinopse: A história acompanha Merida (Kelly Macdonald), a princesa de um reino governado pelo rei Fergus (Billy Connolly) e a rainha Elinor (Emma Thompson). Determinada em seguir o seu próprio caminho na vida, Merida desafia um antigo costume sagrado que coloca em perigosa o reino e a vida de sua família. Então ela parte em busca de uma velha sábia para tentar consertar seu erro.
O que eu acho? Depois do seu primeiro passo em falso (e tomara que seja o ultimo) com Carros 2, Pixar retorna esse ano com um filme que explora um terreno que está fértil atualmente no mundo do cinema, que é a fantasia!. Pela primeira vez, o protagonista é uma jovem garota aventureira, com arco e flecha, em meio a grandes aventuras que irá enfrentar. O primeiro trailer já da água na boca e passa uma grande expectativa, para que seja um belo espetáculo.
Resta saber se o filme como um todo cumpre as expectativas, mas acredito que Carros 2 foi só um erro de percurso, assim eu espero!


Me Sigam no Facebook e Twitter:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 10

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

HORROR E FICÇÃO: A PARANOIA DOS ANOS 50!

Neste especial de hoje, darei espaço a um assunto que eu escrevi bastante no ano passado que é sobre os filmes B. Feitos de baixo orçamento, ou no principio, relegados aos pequenos estúdios, os filmes B possui inúmeros clássicos que se tornaram obrigatórios ao longo da historia, e dentro desses filmes, rolou todo o tipo de gênero, tanto da ficção, como do horror.
Quando os filmes de terror entrarão em decadência (dos anos 40 aos 50), era também um reflexo do que o publico estava sentindo. Não havia mais porque sentir medo dos monstros da Universal, e sim em assuntos mais realistas como a Guerra Fria, Guerra nuclear, paranóias e invasões por terra ou pelo ar. Vendo esse cenário, os estúdios americanos logo trataram de levar esses assuntos para o cinema, em filmes como invasão de discos voadores, alienígenas, mutações que geravam grandes monstros e etc.
Os anos 50 foram fartos neste tipo de assunto, mas tudo e mais, eu falei nos especiais Filmes B que Amamos, que relacionava ao curso que seria feito no ano passado, mas que acabou não aconteceu.

Leiam tudo sobre esse período clicando aqui!


Me Sigam no Facebook e Twitter:

Cine Dica: Em DVD: HOMENS E DEUSES

Sinopse: Década de 90. Um grupo de oito monges franceses vive em um mosteiro localizado no alto de uma montanha na Argélia. Liderados por Christian (Lambert Wilson), eles vivem em perfeita harmonia com a comunidade muçulmana local. O exército oferece proteção contra as ameaças que surgem, mas os monges a recusam. Preferem levar sua vida de forma simples, dando continuidade à sua missão independente do que vier a acontecer com eles.
Vencedor do grande prêmio do Júri em Cannes, Homens e Deuses revisita o assassinato de oito monges do mosteiro cristão Tibhirine. Para os informados, fica já claro o destino deles, mas até lá, é interessante a química dos personagens uns com os outros e o filme rende espaço para uma boa construção de personalidade de cada um dos protagonistas.
A mensagem que passa o filme, é que a fé move montanhas, mesmo que por vezes a situação soe inevitável. É um filme contemplativo, em cada cena que passa, com alguns momentos de tensão onde os personagens se sentem encurralados e nada podem fazer, a não ser abraçar a sua fé (a cena do helicóptero é um belo exemplo).


  Me Sigam no Facebook e Twitter:

domingo, 15 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 9

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e administrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: FINAL


Por fim, encerro minhas matérias referentes aos filmes de horror da Universal, mas o especial da Historia do Cinema de Horror continua, portanto aguardem para as próximas matérias!

O Gato Preto
Sinopse: Após um acidente, um casal recebe a hospitalidade de um morador local, que vive sozinho em um enorme castelo. Não vai demorar para que ambos percebam que aceitar o convite não foi uma boa idéia, pois o anfitrião é um adorador do demônio e pretende utiliza-los, em especial a esposa, em seus rituais macabros.
Em meio a filmes de monstros da época, esse filme foi bem contra a maré, numa trama que explora temas de satanismo e rituais, sendo que tais elementos seriam mais explorados anos mais tarde. Mesmo sendo pouco a frente a sua época, o publico comprou a proposta e o filme se tornou o maior sucesso do estúdio em 1934, e fortaleceu ainda mais as carreiras, tanto de Karloff como de Lugosi.
É de se deleitar quando ambos estão contracenando frente a frente, porque tanto dentro como fora da produção, os dois sempre se digladiavam um contra o outro para ver quem era o melhor interprete, sendo a típica historia de amigos e rivais nos bastidores. Portanto não é de se estranhar, que quando Karloff está à mercê de Lugosi em determinado momento do filme, da para perceber que o velho Drácula esta adorando o momento. Talvez, o melhor filme que retrate essa rivalidade de dois grandes titãs do cinema de horror!  
    
A Casa Sinistra
Sinopse: Em busca de abrigo para fugir de uma tempestade, um casal de viajantes é acolhido na velha mansão da estranha família Femm.
De todos os diretores que passaram na Universal, James Whale é o melhor que sobressaiu, principalmente em filmes de terror que tanto investia na época. Em A Casa Sinistra, o clima de tensão, embalado com seqüências sombrias, bem ao estilo gótico, é o que moldam o filme. Dentre os personagens excêntricos desta casa, está o eterno Boris Karllof, em inicio de carreira, mas dando sinais de que iria longe.
Na época, o filme não se saiu bem na bilheteria como o estúdio esperava, mas com certeza se deve pelo fato do filme possuir um conteúdo um pouco a frente daquele tempo, e com isso, a produção foi redescoberta anos mais tarde!


O LADRÃO DE CORPOS
Sinopse: Na Edinburgo de 1831, o Dr. MacFarlane contrata um taxista para desenterrar corpos e trazê-los para que possa fazer suas experiências. Com o aumento da segurança nos cemitérios, o taxista torna-se um assassino para conseguir os corpos e Joseph, um vigia, flagra uma das mortes e aborda Gray, o qual sugere uma parceria para que não o entregue às autoridades.
Quem assisti a esse filme, parece até mentira que ele foi dirigido por Robert Wise, diretor que se tornou super conhecido por musicais como Amor Sublime Amor e Noviça Rebelde, provando então, o quanto era versátil. Na época que esse filme foi lançado (1945) a Universal estava afim de mudar de ares com relação a filmes de horror, e pode se dizer que esse foi um belo exemplo, já que explora o terror psicológico e como as pessoas ficam perante a um beco sem saída, devido a chantagem. Boris Karloff faz aqui um dos seus melhores papeis de sua carreira, com um personagem sem escrúpulos para conseguir o que quer, mas é interessante que ao mesmo tempo, passe uma certa ambigüidade para o que assiste, sendo que não temos certeza se devemos detestá-lo ou gostar dele lá no fundo.
O filme ainda tem a participação de Bela Lugosi, mas pouco ele pode fazer perante a interpretação de seu maior rival no mundo cinematográfico.


Me Sigam no Facebook e Twitter:

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 8

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: Parte 3


Se vcs acham que foram os heróis da Marvel que começaram essa onda de se encontrarem num filme (culminando em Vingadores neste ano) fiquem sabendo que essa idéia de encontros no cinema não começou agora. Entre anos 30 e 40, a Universal era rei em fazer filmes de monstros, e em certa época, decidiu reuni-los inúmeras vezes em um filme só, mas toda idéia, tem tanto o seu auge, como o seu declínio!

O Filho de Frankenstein
Sinopse: Após passar um grande tempo vivendo nos Estados Unidos e na Europa, o barão Wolf von Frankenstein (Basil Rathbone), filho do Dr. Frankenstein, toma posse do castelo do seu ancestral acompanhado por Elsa (Josephine Hutchinson), sua mulher, e Peter (Donnie Dunagan), seu filho. O barão considera seu pai uma boa pessoa, que teve o azar de ter um assistente que deu à criatura (Boris Karloff) o cérebro de um assassino. O barão é recebido friamente pela população do lugarejo próximo ao castelo. No laboratório destruído de seu pai o barão conhece Ygor (Bela Lugosi), que lhe mostra em um compartimento secreto o monstro em estado de coma. Tentando limpar o nome da família, o barão tenta fazer uma criatura "boa" no qual é ajudado por Ygor e acredita ter fracassado. Mas durante um jantar um relato de Peter faz o barão entender que a criatura está viva. Ele deseja continuar as pesquisas, pois apesar de vivo o monstro ainda tem o cérebro de um assassino, mas Ygor, que controla a criatura, não gosta da idéia e logo misteriosas mortes começam a acontecer.
Pode não ser tão bom quanto o filme anterior (A Noiva de Frankenstein), mas esta entre os melhores filmes seqüências que a Universal investiu na época. Muito se falou que o filme anterior possuía muito do visual do expressionismo alemão, mas esse aqui não fica atrás, pois o visual da casa de Frankenstein esta entre os melhores de toda a cine serie. O filme ainda contaria com a interpretação magistral de Boris Karloff, sendo que aqui, o ator se despede do papel que o consagrou (nos filmes seguintes, o personagem iria decair cada vez mais sem Karloff).
Mas a grande surpresa fica na presença de Bela Lugosi como Ygor, numa interpretação que distancia completamente de seu desempenho mais famoso (Drácula), sendo que toda vez que ele entra em cena, ele rouba o filme.
Com o sucesso de O Filho de Frankenstein, a Universal percebeu o potencial dos filmes seqüências, mas infelizmente, toda formula de  sucesso tem o seu fim!


Frankenstein Contra o Homem Lobo

Sinopse: O Homem-Lobo está vivo e com a ajuda de uma cigana, um médico e a única descendente da família Frankenstein tenta morrer de vez, transferindo a sua energia para o monstro de Frankenstein.
Querendo lucrar com a cine serie de monstros, a Universal tomou na época uma atitude inusitada, que era reunir dois personagens de cine series diferentes e reuni-los em um único filme. É bem da verdade, que ao assistir a produção, a trama foca mais no homem lobo em busca de sua cura (ou na tentativa de morrer) para desvencilhar de sua maldição, enquanto o monstro de Frankenstein fica em segundo plano. O inicio é fantástico, onde mostra inúmeros detalhes do cemitério, onde esta enterrado o homem lobo (aparentemente ele viria a morrer no final do primeiro filme) e com certeza essa seqüência serviria de base para outros filmes em que mostrasse cemitérios com o visual bem gótico.
Lon Chaney Jr está a vontade como sempre no personagem que o consagrou, agora, é de se lamentar a forma que Bela Lugosi interpreta o monstro Frankenstein. Todo mundo sabe, que antes do primeiro filme da franquia, Lugosi foi sondado para ser a criatura, mas ele menosprezou, abandonando o papel, que acabou caindo no colo de Karloff, e o resto é historia. Somando dois mais dois, Lugosi correu com certeza atrás do prejuízo, mas quando era para caprichar, acaba por transformar seu desempenho como a criatura, numa forma caricata e sem vida, em que teima ficar com os braços esticados a todo o momento de uma forma ridícula, muito distante do grande desempenho de Karloff.
Uma  pena, pois tirando esse deslize de Lugosi, o filme esta entre os melhores da fase de encontros de monstros da Universal!


 A Casa de Frankenstein
 Sinopse: Um perturbado cientista, Gustav Niemann (Boris Karloff), escapa da prisão e toma conta da direção de uma câmara de horrores. Tirando a estaca de um esqueleto, ele ressuscita o famoso Conde Drácula (John Carradine) e o ordena a assassinar o homem responsável pela sua prisão. Mais tarde ele encontra Frankenstein (Glenn Strange) e o Lobisomen (Lon Chaney Jr.) congelados e enterrados nas ruínas do laboratório de Frankenstein. Quando ele os traz de volta à vida, o Monstro incontrolável o arrasta até uma sepultura.
Com o sucesso do filme anterior (Frankenstein Contra o Homem Lobo) a Universal decidiu abusar da sorte, e reuniu todos os monstros do estúdio em um único filme. Portanto, temos em cena um cientista louco, o lobisomem, Frankenstein, Drácula e de brinde, um Corcunda de notre Dame transgênico e que não tem nada haver com o clássico de Victor Hugo. O filme marca a volta de Karloff no universo de Frankenstein, mas dessa vez, como um cientista louco, obcecado pela ressurreição da criatura (aqui, o gigantesco Glenn Strange o interpreta). É interessante que em determinado momento da trama, é criado uma espécie de desculpa, para se criar uma sub trama, em que o protagonista é Drácula, interpretado pela primeira vez por John Carradine (Rastros do Ódio), que embora se esforce para convencer como vampiro, seu desempenho fica aquém do esperado, se comparado o que Lugosi fez no filme de 31.
Apesar de tantos personagens reunidos em um só filme, é de se espantar que a historia convença, dando espaço para construção bem definida de cada um dos personagens, e até dando um final digno para cada um deles, como no caso do homem lobo.
Como era de se esperar, o filme foi um grande sucesso, mas era preciso o estúdio parar por ai, mas o dinheiro falou mais alto!


A Casa do Drácula
Sinopse: Os veteranos do terror Lon Chaney (Lobisomem) e John Carradine (Drácula) chegam ao laboratório do Dr. Edelman (Onslow Stevens) para implorar uma cura para seus instintos assassinos. Mas apesar da sinceridade do Lobisomem, Drácula na verdade procura apenas se aproximar da enfermeira (Martha O'Driscoll), quem ele pretende convencer a se tornar uma de suas "princesas das trevas". A loucura chega a seu extremo quando o doutor descobre o corpo de Frankenstein e faz tentativas de trazê-lo de volta à vida. Esses fatos são mais do que os moradores das vilas vizinhas podem suportar, levando-os a se unir para impedir as loucuras que ameaçam a segurança de suas famílias e moradias.
É aqui que a porca torce o rabo. A produção é precária se comparado aos filmes anteriores (o estúdio com certeza estava em tempo de vacas magras) e trama por vezes soa ridícula, pois é inverossímil ver Drácula usando uma desculpa esfarrapada (de tentar se curar de sua maldição) para se aproximar de uma medica que ele deseja. John Carradine retorna ao papel, mas assim como no filme anterior, seu desempenho é esquecível, apesar de seu esforço.
Outro grave defeito no filme é trazer de volta o homem lobo (Lon Chaney Jr) sem dar uma explicação plausível de como ele retorna, pois os eventos do filme anterior davam entender que não tinha mais volta para ele. Mas nada se compara a pálida participação do monstro Frankenstein, sendo que está ali, só para encher a lingüiça da trama, numa participação curta e lamentavel. 
Por fim, A Casa de Drácula marca o fim da boa fase dos monstros da Universal, sendo uma pena, que tenham se retirado de cena de uma forma tão mal feita!


Me Sigam no Facebook e Twitter: