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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Cine Dica: Programação do CineBancários de 16 a 22 de outubro

 ESTREIAS:


UMA MULHER DIFERENTE

França/ Drama/ 2025/100 min.

Direção: Lola Doillon

Sinopse: Katia é uma documentarista brilhante de 35 anos que demonstra uma abordagem única para seus relacionamentos, todos mais ou menos caóticos. Sua participação em um novo documentário finalmente a leva a aceitar suas diferenças. Essa revelação abalará uma vida já complicada.

Elenco: Jehnny Beth, Thibaut Evrard, Mireille Perrier, Irina Muluile, Philippe le Gall


THIAGO E ISIS - E OS BIOMAS DO BRASIL

Brasil /90 min /Ficção - Classificação LIVRE

Direção: João Amorim

Sinopse: Em uma jornada repleta de descobertas e aventuras, os irmãos Thiago e Ísis percorrem três biomas brasileiros ao lado do pai, o cineasta João. A cada parada, precisam ajudar um animal em risco — e, com isso, revelam os segredos e a importância do Cerrado, do Pantanal e da Mata Atlântica.


EM CARTAZ:

MALÊS

Brasil/Drama/2024/ 113min.

Direção: Antonio Pitanga

Sinopse: O filme retrata uma jornada de resistência e coragem, ambientada na vibrante Salvador de 1835. Durante seu casamento, dois jovens muçulmanos são arrancados de sua terra natal na África e vendidos como escravos no Brasil. Separados pelo destino cruel, ambos lutam para sobreviver e se reencontrar, enquanto se veem envolvidos na maior insurreição de escravizados da história do Brasil: a Revolta dos Malês. 

Elenco: Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Antonio Pitanga, Samira Carvalho, Patricia Pillar, Edvana Carvalho, Bukassa Kabenguel


DIA 22, ÀS 19H30, HAVERÁ SESSÃO COMEMORATIVA AOS 40 ANOS DA OCUPAÇÃO DA FAZENDA ANNONI COM ENTRADA FRANCA. FILME: TERRA PARA ROSE, DE TETE MORAES.


TERRA PARA ROSE

Documentário, 1987, 84 min.

Direção: Tete Moraes

Documentário. Retrata a trajetória de Rose, agricultora sem-terra que, com 1.500 famílias, participou da ocupação de uma terra improdutiva, a fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul, realizada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Rose deu à luz à primeira criança nascida no acampamento. O filme aborda a sensível questão da reforma agrária no Brasil, no período de transição do regime militar para a democracia.


HORÁRIOS DE 16 A 21 DE OUTUBRO

Não há sessões nas segunda

15h: THIAGO E ISIS – E OS BIOMAS DO BRASIL


17h: MALÊS

19h: UMA MULHER DIFERENTE


HORÁRIOS 22 DE OUTUBRO

15h: THIAGO E ISIS – E OS BIOMAS DO BRASIL

17h: MALÊS

19h30: TERRA PARA ROSE


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405

ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Tempo de Guerra'

Sinopse: Uma missão de vigilância dá errado para um pelotão de Navy SEALs em território insurgente no Iraque. 

Alex Garland é um dos cineastas mais enigmáticos que surgiram nos últimos tempos, já que ele consegue facilmente transitar entre diversos gêneros, mas sempre mantendo uma maneira incomum e peculiar de filmar como um todo. Durante a estreia de "Guerra Civil" (2024), o realizador havia dito que daria um tempo na direção, já que o filme lhe desgastou muito durante o processo de produção. Tomara que mude de ideia, pois "Tempo de Guerra" (2025) é um ótimo filme de guerra e cuja tensão somente aumenta na medida em que o tempo passa.  

Codirigido também pelo indiano Ray Mendoza, o filme é baseado em fatos verídicos quando ele liderava um pelotão e que se encontravam no meio de um fogo cruzado com tropas guerrilheiras iraquianas. Escondidos numa casa bem no centro da província ocupada pelas forças da Al Qaeda, os militares americanos vigiam as ruas em busca de seus inimigos. Quando uma granada inesperada explode o esconderijo do grupo, o caos se instala.  

Quando se é lançado um filme como esse muitos se perguntam o que ele quer dizer, principalmente se ele é a favor ou contra determinado conflito. A meu ver, os dois diretores nos passam a ideia que, independentemente de qual nação você irá servir, irá sofrer consequências de sua escolha e tudo o que lhe resta é sair vivo e procurar proteger a vida do seu colega ao lado. Se no prólogo vemos os protagonistas desocupados vendo garotas malhando na tv, logo esses mesmos irão encarar a realidade nua e crua e se darem conta que a guerra não é nada no que se via nos vídeos games que jogavam em suas vidas desocupadas anteriormente.  

Curiosamente, não há trilha sonora em nenhum momento durante a projeção, já que o silêncio é o fator dominante para gerar maior tensão, principalmente quando ecoa o barulho da explosão, ou quando soa o barulho dos tiros a todo momento. É então que o cenário onde se encontram os personagens centrais se transforma em um local claustrofóbico, com o direito de a tensão aumentar a cada minuto e gerando até mesmo angústia sobre o que ocorrerá em seguida. Ponto para os dois cineastas que souberam conduzir essas cenas como ninguém e fazendo não dever nada em termos de comparação a outros filmes com relação a guerra.  

Ao final não há mensagem conclusiva sobre o que nós assistimos, mas sim somente com relação ao fato que a união dos soldados é o que fez a diferença para terem saído vivos daquele inferno. Não é um filme que faz propaganda em favor ao Tio Sam, mas sim nos dizer que toda guerra que se preze irá ver perdas para ambos os lados e que quem acaba saindo ileso são os que se encontram em um grande salão oval que manda jovens inocentes para frente do front como gado. Infelizmente haverá outras histórias como essa a serem contatas um dia.

"Tempo de Guerra" é um retrato cru de uma parte de um grande conflito e do qual cada vez faz menos sentido conforme o tempo vai passando. 

Onde Assistir: Prime Vídeo.

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Cine Dica: Cinesemana de 16 a 22 de outubro de 2025

A cinesemana de 16 a 22 de outubro traz três estreias em nossa programação. Entre os títulos brasileiros, a novidade é NÓ, da diretora Laís Melo, vencedora do Kikito de melhor direção no Festival de Gramado. Da França vem UMA MULHER DIFERENTE, com a história de Katia, uma jovem que se descobre autista depois de muitos anos sofrendo com as questões cotidianas. Um raro exemplar da Arábia Saudita, O RETRATO DE NORAH é outro destaque da semana, trama sobre uma época em que qualquer manifestação artística era proibida no país.

Seguimos com dois relançamentos de sucesso: AMORES BRUTOS, filme que apresentou ao mundo o talento do diretor mexicano Alejandro Iñárritu, e PARIS, TEXAS, que voltou aos cinemas  em comemoração aos 80 anos cineasta alemão Wim Wenders e aos 40 anos da sua estreia.

Nossa programação se completa com nada menos que cinco produções brasileiras, revelando o potencial da atual safra de longas. RETRATO DE UM CERTO ORIENTE, com direção de Marcelo Gomes, é baseado na obra homônima de Milton Hatoum; ambientado em Novo Hamburgo, ESPIRAL é primeiro longa de ficção do diretor gaúcho Leonardo Peixoto; O ÚLTIMO EPISÓDIO, do mineiro Maurílio Martins, representa o cinema mineiro da produtora Filmes de Plástico; A REVOLTA DOS MALÊS coroa um projeto de muitos anos do ator e diretor Antonio Pitanga; e O ÚLTIMO AZUL, do diretor pernambucano Gabriel Mascaro, entra em sua sétima semana de exibição.

Confira a programação completa no site oficial da cinemateca clicando aqui. 

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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'ALDO BALDIN – UMA VIDA PELA MÚSICA'

Sinopse: A trajetória do talentoso tenor brasileiro Aldo Baldin desde um início humilde no interior do país até se tornar um dos maiores tenores líricos do mundo em sua época. Aldo cantou com os maiores maestros, se apresentou nas mais famosas salas de concerto e gravou mais de 100 álbuns. 

Durante 14 anos, pesquisas, viagens e emoções se entrelaçaram para compor “Aldo Baldin – Uma Vida pela Música”, em cartaz no Brasil. O filme, dirigido por Yves Goulart, já recebeu 24 prêmios em festivais pelo mundo, e foi um dos dez indicados a Melhor Documentário no Septimius Awards, que aconteceu no início de setembro em Amsterdã. Mais do que um retrato de uma voz única, o documentário é um símbolo de resistência.

Ao resgatar um artista ausente da memória popular, a obra convida à reflexão sobre arte erudita, democratização cultural e a necessidade de dar acesso à música clássica a uma nova geração. Aldo Baldin (1945-1994) foi um tenor brasileiro de projeção internacional, considerado um dos intérpretes mais importantes da música erudita do século 20 no Brasil. O cantor nasceu em Urussanga, que também é a cidade natal do cineasta Yves Goulart. Mas o diretor só conheceu a história de seu conterrâneo quando já estava morando nos Estados Unidos.

A viúva de Aldo, Irene Fleisch Baldin, foi quem abriu todas as portas para Yves e assina como diretora musical. Entre os tesouros encontrados, está uma fita cassete gravada por Aldo três dias antes de sua morte precoce, aos 49 anos, na qual deixou sua história contada por sua própria voz, com as pessoas que fizeram parte de sua trajetória. No documentário é possível ouvir Aldo e também ver pessoas citadas por ele, peças-chave da música clássica brasileira e mundial, dando depoimentos sobre a importância do artista pouco conhecido do grande público.

O longa conta com depoimentos emocionados de quem conviveu com o tenor: o maestro Isaac Karabtchevsky, a pianista Lilian Barretto, o compositor Edino Krieger e os cantores Maria Lucia Godoy e Fernando Portari compartilham memórias que revelam não apenas o músico excepcional, mas o homem por trás da arte – dedicado, amigo, generoso e profundamente ligado às suas origens.

Mais do que um tributo, o documentário é um reencontro com um legado artístico que merece ser redescoberto. Para os amantes da música de concerto, é uma chance única de entender a dimensão de um brasileiro que elevou o nome do país no cenário erudito internacional. Para o público geral, uma oportunidade de se encantar com a história de um menino do interior que, com talento e persistência, tornou-se artisticamente imortal.


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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 16 a 22 de outubro de 2025

 MOSTRA DESTACA A PRESENÇA DAS MULHERES NO CINEMA TCHECOSLOVACO

Entre os dias 17 de outubro e 02 de novembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Mulheres do Cinema Tchecoslovaco, um panorama com mais de 40 filmes em torno da presença das mulheres na produção cinematográfica do país europeu. Na sessão sessão de abertura, sexta, às 19h30, serão exibidos dois filmes: Algo Diferente, o primeiro longa-metragem de Věra Chytilová, e o curta-metragem de animação Dinheiro, de Jana Blechová. Entrada franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/9305/mulheres-do-cinema-tchecoslovaco/


CINEMA COLOMBIANO EM DEBATE

Na terça-feira, 22 de outubro, às 19h, a Cinemateca Capitólio recebe a sessão especial do drama político colombiano Novembro, dirigido por Tomás Corredor. O diretor participa de um debate após a projeção, com mediação da professora e pesquisadora Cristiane Freitas.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9338/novembro-debate/


BICHO MONSTRO EM CARTAZ

A partir de quinta-feira, 16 de outubro, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio a produção gaúcha Bicho Monstro, dirigida por Germano de Oliveira. Seu Cavalcanti, de Leonardo Lacca, segue em exibição até o dia 22.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9332/bicho-monstro/


GRADE DE HORÁRIOS

16 a 22 de outubro


16 de outubro (quinta-feira)

15h – Seu Cavalcanti

17h – Bicho Monstro

19h – A Queda do Céu


17 de outubro (sexta-feira)

15h – Seu Cavalcanti


17h – Bicho Monstro

19h30 – Dinheiro + Algo Diferente


18 de outubro (sábado)

15h – Tonka da Forca

17h – Eva Está Aprontando

19h – Jaroslava Havettová: a primeira dama da animação eslovaca


19 de outubro (domingo)

15h – Pioneiras: Červenková. Rautenkranzová, Týrlová e Dodalová

17h – Uma História Comum + Celebração no Jardim Botânico

19h – Eu Não Sou Tudo o Que Eu Quero Ser


21 de outubro (terça-feira)

15h – Seu Cavalcanti

17h – Eu Não Sou Tudo o Que Eu Quero Ser

19h – Novembro + debate


22 de outubro (quarta-feira)

15h – Seu Cavalcanti

17h – Bicho Monstro

19h30 – Os Amores de uma Loira

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Coração de Lutador - The Smashing Machine'

Sinopse: O filme traz a poderosa e real história de uma lenda do UFC que, no auge da fama, precisa enfrentar seus maiores combates fora do octógono: o vício, a pressão pela vitória, o amor e a lealdade.  

Desde que largou os ringues para se tornar um astro de cinema Dwayne Johnson sempre buscou não parar e se manter como herói de filmes de ação. Porém, foi no filme "O Acordo" (2013) que eu senti que o intérprete poderia ir mais longe e se desafiar ao incorporar personagens que poderiam distanciá-lo da imagem que havia lhe construído. " Coração de Lutador - The Smashing Machine" (2025) é uma boa tentativa do astro em se reinventar, mesmo que frustre os fãs que esperavam algo a mais.

Dirigido por Benny Safdie, do ótimo "Bom Comportamento" (2017), o filme conta a história real sobre a trajetória física e emocional do lutador de MMA Mark Kerr. A trama explora os altos e baixos da carreira do esportista, falando sobre sua luta contra o vício, suas vitórias e seu relacionamento com a sua esposa durante o auge da fama no UFC. Mark Kerr foi um dos maiores nomes do esporte nas décadas de 90 e 2000, mas ainda lhe faltava algo como grande desafio a ser enfrentado.

Apesar de ser responsável por poucos títulos na cadeira da direção, é preciso reconhecer que Benny Safdie se tornou especialista em extrair a melhor atuação de determinado intérprete. Se no já citado "Bom Comportamento" ele provou que Robert Pattinson era um ótimo ator, por outro lado, em "Joias Brutas" (2019) ele surpreendeu o mundo ao extrair a melhor atuação de Adam Sandler e provando que ele não se limitava somente no gênero da comédia. Isso vale agora neste filme estrelado por  Dwayne Johnson, onde o cineasta consegue capitar toda a doçura que o personagem tem em meio a toda força bruta e violência deste universo do esporte que é o MMA.

Porém, é preciso dar muito crédito a  Dwayne Johnson, já que o próprio simplesmente se entregou ao personagem, ao não somente conseguir se parecer com o verdadeiro Mark Kerr, como também ter a proeza de nos esquecermos que estamos diante de um personagem que se distância daqueles que o astro havia construído ao longo dos anos. Não há como negar que os melhores momentos do intérprete em cena não são aqueles mostrados no ringue, mas sim quando ele luta contra os vícios e o medo de uma eventual derrota que ele não consegue aceitar de maneira alguma. Um personagem que transita na sua dedicação esportiva, fraquezas e medos que serão necessários serem confrontados na medida em que o tempo passa.

Além disso, as atuações dos demais personagens secundários tem o seu merecido destaque, como no caso da mulher de Mark Kerr, interpretada de forma intensa pela atriz Emily Blunt, sendo que a sua personagem procura o seu lugar no mundo na vida do seu marido e não querendo ser um mero objeto decorativo. As cenas de ambos juntos geram momentos de pura tensão, já que estamos diante de um casal que procura se entender, mas passando a ideia também que cada um ali precisa enfrentar os seus próprios demônios interiores, nem que para isso gere um caminho sem retorno. Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer o bom desempenho de Ryan Bader, ao interpretar o melhor amigo do protagonista e se sentindo mais do que à vontade, já que na realidade ele foi realmente lutador da MMA, mas aqui dá sinais de que poderá ter uma ótima carreira cinematográfica.

Mas o que faz o filme ganhar opiniões divisíveis seja talvez a própria direção de Benny Safdie, já que ele faz com que as lutas nos ringues fiquem em segundo plano e destacando mais o lado emocional destes personagens envolvidos neste esporte como um todo. Talvez a intenção do realizador esteja mais na intenção de extrair a principal luta dos personagens fora dos ringues, onde cada um se pergunta qual é o seu papel no mundo e do temor pessoal que cada um ali precisa ser enfrentado. Ao mesmo tempo, o realizador improvisa uma transição entre ficção e lado documental, sendo que isso acontece na reta final e cuja essa transição é outro ponto alto da obra como um todo.

Acima de tudo, o filme lida com o medo do protagonista com relação a derrota, sendo que o mesmo procura a perfeição e o equilíbrio necessário para se manter no topo. É neste ponto, por exemplo, que não vemos somente Mark Kerr em cena, como também o próprio astro Dwayne Johnson ao saber lidar com o peso de sua escolha ao tentar ser um ator mais versátil e não somente um herói de filme ação que todos nós conhecemos. Portanto, a sua cena final se torna algo bem anti-hollywoodiano, já que não vemos somente o personagem abraçar o seu principal medo, como também vemos o ator aceitando esse novo trajeto.

"Coração de Lutador - The Smashing Machine" não é somente sobre a vida de um dos principais lutadores da MMA, como também sobre a luta em saber lidar com as fraquezas humanas e fazendo se sentirem mais vivos do que nunca. 


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Cine Dica: Cinema Marginal Brasileiro

 INSCRIÇÕES ABERTAS

Curso

 CINEMA MARGINAL BRASILEIRO 

de Leonardo Bomfim

* Datas: 15 e 16 / Novembro (sábado e domingo)

* Local: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)

* Horário: 14h30 às 17h30

 * APROVEITE O 1º LOTE PROMOCIONAL *


 Apresentação

A década de 1960 foi marcada pelo fenômeno dos Novos Cinemas. Em todos os continentes, movimentos marcados por filmes ousados e inovadores, dirigidos por jovens cineastas, promoveram rupturas sedutoras, transformando para sempre a paisagem do cinema mundial. Outro fenômeno notável daquele período turbulento da história foi o surgimento das rupturas dentro de rupturas: a partir da segunda metade da década, obras ainda mais radicais – dirigidas por nomes ainda mais jovens – foram lançadas em diversos países, estabelecendo novas possibilidades para a invenção cinematográfica.

No Brasil não foi diferente. No início da década, o Cinema Novo de Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra e cia. estabeleceu-se como a grande referência da vanguarda cinematográfica. A partir da segunda metade dos anos 1960, o panorama foi chacoalhado por jovens incendiários. Filmes de realizadores como Rogério Sganzerla, Júlio Bressane, Neville D’Almeida, Ozualdo Candeias, entre vários nomes, ganharam as telas e assumiram um protagonismo no panorama cinematográfico brasileiro. Com essa geração transgressora, surge o chamado Cinema Marginal, nomenclatura ingrata, maldita, recusada pelos próprios diretores, que se consideravam marginalizados.


Objetivos

O curso CINEMA MARGINAL BRASILEIRO, ministrado por Leonardo Bomfim, propõe um mergulho num dos momentos mais inventivos da história do cinema brasileiro, contextualizando os filmes em relação à cinematografia nacional e às influências das rupturas modernas dos anos 1960.


 Ministrante: Leonardo Bomfim

Jornalista e Doutor em Comunicação Social (PUCRS), Natural do Rio de Janeiro, Brasil. É Programador da Cinemateca Capitólio, espaço dedicado à preservação e difusão cinematográfica localizado em Porto Alegre. Foi programador do Cine P. F. Gastal, na mesma cidade, entre 2013 e 2017. Foi curador das mostras Cinema Marginal (2008), Cinema Novo: Brasil em Transe (2017) e Cinema de Invenção (2019). Realizou trabalhos de programação para festivais brasileiros como Olhar de Cinema, Gramado e Brasília. Publicou textos em revistas como Archive Prism (Coreia do Sul), Cahiers du Cinéma (França), La Vida Útil (Argentina) e Teorema (Brasil). Já ministrou os cursos Novos Cinemas dos Anos 60; Brian De Palma: O Poder da Imagem; Lumière, Méliès & Outros Pioneiros e A Gênese da Nova Hollywood pela Cine UM.


Informações / Inscrições

https://cinemacineum.blogspot.com/2025/10/cinema-marginal-brasileiro.html