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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 4 de março de 2025

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 06 A 12 DE MARÇO

 ESTREIA:

AINDA ESTOU AQUI

DESSA ARTE EU SEI UM POUCO

Brasil/ Documentário/ 2024/80 min

Direção: Cled Pereira

Sinopse: Mestre Paulo dos Anjos, foi um dos mais importantes mestres de capoeira da sua época. Através das memórias de três de seus discípulos, suas afinidades e divergências com o velho mestre, tentamos entender como se deu a transmissão desse legado. “Dessa arte eu sei um pouco” tenta trazer um pequeno fragmento desse imenso universo de conhecimento que é a capoeira, buscando manter vivo na memória não só um grande mestre, mas também todo um modo de se viver essa arte. É um filme sobre capoeira, mas é também um filme sobre solidariedade e companheirismo entre homens negros, que encontraram na capoeira um ambiente agregador que transformou suas vidas.


EM CARTAZ:

AINDA ESTOU AQUI

Brasil/ Drama/2024/135min

Direção: Walter Salles

Sinopse: Ainda Estou Aqui se passa no Brasil, em 1970 e é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. Na trama, uma mulher casada com um importante político precisa mudar sua vida completamente depois que ele é exilado durante a ditadura. A dona de casa se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.

Elenco: Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro


ALMA DO DESERTO

Brasil-Colômbia /Documentário/ 2024/87 min.

Direção: Mónica Taboada-Tapia

Sinopse: Vencedor do prestigiado Queer Lion no 81º Festival de Veneza, ALMA DO DESERTO narra a emocionante história de Georgina, uma mulher trans da etnia Wayúu, que luta pelo direito à sua identidade reconhecida. Após perder seus documentos em um incêndio criminoso, ela embarca em uma jornada de coragem e resiliência para recuperá-los.



HORÁRIOS DE 06 A 12 DE MARÇO (não há sessões nas segundas-feiras):

15h: DESSA ARTE EU SEI UM POUCO

17h: ALMA DO DESERTO

19h: AINDA ESTOU AQUI


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.


CineBancários/ Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre/ (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br

C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

Cine Dica: Em Cartaz - 'Meu Verão com Glória'

Sinopse: A trama acompanha a pequena Cleo, de seis anos, uma menina completamente apaixonada por Gloria, sua babá, desde que perdeu sua mãe.

Os nossos primeiros anos de infância são momentos mágicos e dos quais enxergamos como tempos cada vez mais dourados. Porém, por mais precoce que seja, o amadurecimento acaba surgindo perante as dores emocionais que precisamos enfrentar logo cedo e para que assim estejamos mais preparados perante o mundo. "Meu Verão Com Glória" (2023) fala sobre o amor que nós sentimos pelos nossos entes queridos quando éramos crianças, mas que precisamos aceitar enfrentar a realidade mesmo quando eles não se encontram mais presentes.

Dirigido por Marie Amachoukeli, a história é sobre amor e amizade entre uma criança e sua cuidadora. Aos seis anos, Cleo é apaixonada por sua babá Glória, que a cria e cuida desde seu nascimento. Um dia, após uma notícia trágica, Gloria precisa retornar urgentemente ao seu país natal Cabo Verde, onde vivem sua família e seus filhos. Não demora muito para que Cleo tenha a chance de visitá-la, mas conhecendo um outro lado da vida de Glória do qual desconhecia.

O filme gira quase 90% sobre a perspectiva de Cleo, onde pelo seu olhar inocente observa cada detalhe de sua realidade e fazendo com que compreendêssemos os seus sentimentos em determinados momentos. Vale destacar as passagens em que testemunhamos as suas lembranças, sendo elas emolduradas em animação feita a mão e sintetizando o seu lado infantil com relação a como ela enxerga esse mundo ao lado de Glória. São passagens como essa que faz do filme se tornar mais rico, pois é sempre interessante o protagonismo de uma criança e da forma como ela enxerga a sua própria vida como um todo.

A relação de Cleo e Glória é a força matriz do filme. onde cada gesto e olhar simbolizam essa relação quase de mãe e filha e da qual dificilmente é desvencilhada. A separação das duas, por exemplo, serve como catalisador para que ambas revelem suas reais naturezas, seja com relação ao que ambas escondiam uma para outra, como também as suas perspectivas com relação a própria vida. Do segundo ato em diante vemos uma Cléo tentando compreender as verdadeiras raízes de Glória e criando-se assim um mosaico de informações com relação à própria.

Se por um lado Glória é uma pessoa vivida perante os obstáculos que a fizeram tornar a mulher que ela é, por outro lado, Cléo se encontra ainda na superfície e que será preciso nadar de forma mais persistente para compreender sobre a realidade adulta ainda desconhecida. Ao mesmo tempo, a sua inocência faz com que revele o seu lado mais inconsequente, mas tendo que desvencilhá-lo antes que seja tarde. Portanto, a sua cena em que ela quase comete um ato horrível, logo dá lugar a sua redenção como um todo e sabendo lidar com o fato que nem sempre podemos ter o que mais desejamos.

Tanto a pequena Louise Mauroy-Panzani como a veterana Ilça Moreno Zego estão ótimas em seus respectivos papéis, onde cada olhar que elas constroem para as suas respectivas personagens simboliza uma doçura verossímil e da qual não esqueceremos tão cedo. Portanto, a cena final entre ambas as personagens é de cortar o coração, pois o amor ali é real e simboliza o fechamento de um ciclo entre elas. Um filme que facilmente nos identificamos, já que todos nós fomos um dia inocentes e que deseja ter os nossos entes queridos com a gente desde sempre.

"Meu Verão Com Glória" é sobre a inocência perante os dilemas em que a vida nos traz e de como é difícil amadurecer. 

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segunda-feira, 3 de março de 2025

Especial: Clube de Cinema - 'Trilha Sonora para um Golpe de Estado'

 Nota: Filme exibido para os associados no dia 01/03/25

Sinopse: O Cinecineasta Johan Grimonprez examina as maquinações políticas por trás do assassinato do líder congolês Patrice Lumumba em 1961. 


Os erros do passado servem como exemplo para que os mesmos não se repitam em nosso presente. Infelizmente nas últimas décadas parece que de nada se aprendeu com relação a guerras, preconceito e o desejo das superpotências dominarem outros povos. "Trilha Sonora para um Golpe de Estado" (2024) é uma análise de como a Democracia se torna um mero sonho quando ela nasce como uma mera desculpa para um país começar a ser saqueado.

Dirigido por Johan Grimonprez, o documentário reconstitui os últimos meses antes de Patrice Lumumba, primeiro presidente eleito democraticamente do Congo, ser assassinado em 1961. Em protesto, os músicos Abbey Lincoln e Max Roach invadem o Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, Louis Armstrong é enviado para o país como uma cortina de fumaça dos planos norte-americanos de depor Patrice.

A Guerra Fria pode ser considerada uma espécie de 3ª Guerra Mundial silenciosa, já que muitos países sofreram com alterações ou até mesmo golpes de estado indiretos vindo das superpotências e usando a ONU como uma grande alavanca. Os países Africanos, por exemplo, foram locais severamente colonizados, mas dos quais chamaram atenção das potências como os EUA que se diziam os salvadores e que vendiam a ideia da Democracia para todos. O país do Congo foi uma espécie de laboratório do que se estenderia não somente para outros países daquele continente, como também dos demais pontos do mundo.

O cineasta Johan Grimonprez capricha em uma edição através de várias cenas de arquivos guardados há muito tempo, mas sendo o suficiente para construir um mosaico de informações que nos conduzem aos principais eventos políticos dos anos cinquenta e sessenta. Curiosamente, é notório o quanto tudo estava interligado, desde a revolução Cubana, como até mesmo os golpes de estados orquestrados contra os países Sul-americanos após Fidel Castro fazer a diferença em seu país como um todo. O documentário pode ser sobre tempos difíceis do Congo, mas não sendo muito diferente do que o próprio Brasil viveu nos tempos de Chumbo.

Porém, o ápice do longa se encontra através das figuras ilustres da música, mais precisamente no ramo do jazz e cujo os seus artistas usavam as suas obras musicais como uma espécie de discurso contra a opressão. Curiosamente, esses momentos emolduram o documentário como um todo, fazendo com que tudo se torne mais dinâmico e ao mesmo tempo sintetize o calor de tempos mais politizados e onde a música tinha um papel de grande peso. Infelizmente pessoas ilustres como Louis Armstrong somente serviram como uma espécie de cortina de fumaça para esconder os verdadeiros propósitos, seja dos poderes vindos dos EUA, como também da ONU diante do caso do Congo.

Em seu ato final, o documentário nos revela de uma forma nua e crua que a ideia da Democracia pode se tornar algo frágil quando há motivos escusos vindo de outros poderes, desde colonizar o estado para obter as suas riquezas, como também expandir essa ideia de forma camuflada e estendendo para os demais continentes. Uma vez assistindo ao documentário, logo percebemos que o papel da ONU pode se tornar, tanto primordial, como também uma grande piada de mal gosto e custando a vida de milhares de pessoas e do qual poderia ser evitado. Infelizmente a ideia da colonização e a execução de determinados líderes pelo globo se estende até os dias de hoje e nos dá a entender que nada foi aprendido em mais de meio século.

"Trilha Sonora para um Golpe de Estado" nos revela quando Democracia se torna um mero sonho enquanto houver potências colonizadoras pelo mundo. 



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Cine Curiosidade: Oscar 2025 - confira a lista completa de vencedores

Domingo histórico para o Brasil. A pausa no Carnaval rendeu ao cinema nacional o Oscar de Melhor Filme Internacional, que contou com Walter Salles no palco do evento para homenagear Eunice Paiva. Entretanto, Anora ficou com a estatueta de Melhor Filme e Mikey Madison, por esse filme, Melhor Atriz.

Apesar das duas derrotas, a obra, inspirada na vida de Eunice Paiva e Rubens Paiva, voltou para casa com o primeiro Oscar do Brasil e tornou a noite ainda mais especial. Para acompanhar tudo o que aconteceu em Los Angeles. Após conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama, Fernanda Torres recebeu a tão aguardada indicação ao Oscar, mas foi derrota por Mikey Madison (Anora), As duas concorreram com outros grandes nomes, como Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez), Demi Moore (A Substância) e Cynthia Erivo (Wicked).

Já Ainda Estou Aqui, produção de Walter Salles, garantiu um lugar na disputa de Melhor Filme Internacional e fez história ao levar o Brasil pela primeira vez à categoria de Melhor Filme. A estatueta ficou com Anora, que venceu outros quatro prêmios durante a noite e bateu os concorrentes Conclave, O Brutalista, Duna: Parte 2, Nickel Boys, Wicked, Emilia Pérez, Um Completo Desconhecido e A Substância.

Vale lembrar que Walter Salles esteve no Oscar de 1999 com Central do Brasil, também indicado a Melhor Filme Internacional. Naquela edição, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, ficou entre as finalistas na categoria de Melhor Atriz por sua atuação. Na ocasião, Montenegro perdeu a estatueta para Gwyneth Paltrow.


Confira a lista completa de vencedores do Oscar 2025


Melhor Filme

Anora – VENCEDOR

O Brutalista

Um Completo Desconhecido

Conclave

Duna: Parte Dois

Emilia Pérez

Ainda Estou Aqui

Nickel Boys

A Substância

The Wicked


Melhor Diretor

Sean Baker (Anora) – VENCEDOR

O Brutalista (Brady Corbet)

Um Completo Desconhecido (James Mangold)

Jacques Audiard (Emilia Pérez)

Coralie Fargeat (A Substância)


Melhor Ator

Adrien Brody (O Brutalista) – VENCEDOR

Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido)

Colman Domingo (Sing Sing)

Ralph Fiennes (Conclave)

Sebastian Stan (O Aprendiz)


Melhor Atriz

Mikey Madison (Anora) – VENCEDORA

Cynthia Erivo (Wicked)

Karla Sofía Gascón (Emilia Perez)

Demi Moore (A Substância)

Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)


Melhor Ator Coadjuvante

Kieran Culkin (A Verdadeira Dor) – VENCEDOR

Yura Borisov (Anora)

Edward Norton (Um Completo Desconhecido)

Guy Pearce (O Brutalista)

Jemery Strong (O Aprendiz)


Melhor Atriz Coadjuvante

Zoe Saldaña (Emilia Pérez) – VENCEDORA

Mônica Barbaro (Um Completo Desconhecido)

Ariana Grande (Wicked)

Felicity Jones (O Brutalista)

Isabella Rossellini (Conclave)


Melhor Roteiro Original

Anora – VENCEDOR

O Brutalista

A Verdadeira Dor

September 5

A Substância


Melhor Roteiro Adaptado

Conclave – VENCEDOR

Um Completo Desconhecido

Emilia Perez

Nickel Boys

Sing Sing


Melhor Filme Internacional

Ainda Estou Aqui (Brasil) – VENCEDOR

The Girl with the Needle (Dinamarca)

Emilia Perez (França)

The Seed of The Sacred Fig (Alemanha)

Flow (Letônia)


Melhor Filme de Animação

Flow – VENCEDOR

Divertida Mente 2

Memoir of a Snail

Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl


Robô Selvagem

Melhor Documentário de Longa-Metragem

No Other Land – VENCEDOR

Black Box Diaries

Porcelain War

Soundtrack to a Coup D’etat

Sugarcane


Melhor Documentário de Curta-Metragem

The Only Girl in the Orchestra – VENCEDOR

Death by Numbers

I Am Ready, Warden

Incident

Instruments of a Beating Heart


Melhor Curta-metragem em Live Action

I’m Not a Robot – VENCEDOR

A Lien

Anuja

The Last Ranger

The Man Who Could not Remain Silent


Melhor Curta-metragem de Animação

In the Shadow of the Cypress – VENCEDOR

Beautiful Men

Magic Candies

Wander to Wonder

Yuck!


Melhor Trilha Sonora

O Brutalista – VENCEDOR

Conclave

Emilia Pérez

Wicked

Robô Selvagem


Melhor Som

Duna: Parte 2 – VENCEDOR

Um Completo Desconhecido

Emilia Pérez

Wicked

Robô Desconhecido


Melhor Canção Original

El Mal (Emilia Perez) – VENCEDOR

Mi Camino (Emilia Perez)

The Journey (The Six Triple Eight)

Like a Bird (Sing Sing)

Never Too Late (Elton John: Never Too Late)


Melhor Fotografia

O Brutalista – VENCEDOR

Duna: Parte Dois

Emilia Pérez

Maria

Nosferatu


Melhor Efeito Visual

Duna: Parte Dois – VENCEDOR

Planeta dos Macacos: O Reinado

Alien: Romulus

Better Man

Wicked


Melhor Figurino

Wicked – VENCEDOR

Um Completo Desconhecido

Conclave

Gladiador II

Nosferatu


Melhor Edição

Anora – VENCEDOR

O Brutalista

Conclave

Emilia Perez

Wicked


Melhor Maquiagem e Penteados

A Substância – VENCEDOR

Um Homem Diferente

Emilia Pérez

Noferatu

Wicked


Melhor Design de Produção

Wicked – VENCEDOR

O Brutalista

Conclave

Duna: Parte Dois

Nosferatu

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domingo, 2 de março de 2025

Cine Dica: "Rosa Chumbe", do diretor peruano Jonatan Relayze, na próxima sessão do Cineclube Torres, segunda dia 3 de março, às 20h.

 Sessão especial na semana do Dia Internacional da Mulher, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, do Cineclube Torres, junto da Up Idiomas Torres.

Completando uma imaginária trilogia feminina das últimas sessões, começada com "A Camareira", passando pelo mundo onírico da "Família Submersa", o ciclo de filmes de expressão Ibero-americana continua com mais um retrato atual e realista de uma mulher latino americana. Rosa, policial veterana com problemas de jogo e bebida, mora com a sua filha e o seu neto. Um dia, depois de uma briga, a jovem sai de casa deixando Rosa e a criança para trás.

O drama familiar é representado, com fotografia vibrante e excelente desenho de som, em estreita articulação com a caótica e fervilhante vida urbana de Lima. O filme foi finalizado para festivais em 2015 (ganhando o prêmio FIPRESCI no Montreal World Film Festival), mas foi lançado em salas só em 2017, selecionado como representante de seu país aos Oscar de 2018, não chegando a ser nomeado pela academia.

"Rosa Chumbe pode ser considerado um dos melhores filmes nacionais da última década pelo seu impecável acabamento técnico ou pelas suas excelentes atuações centrais, mas principalmente, pela forma intimista e credível como representa a nossa Lima contemporânea." (Sebastian Zavala Kahn, Me gusta el cine). A sessão, com entrada franca, integra o 10° Ciclo de filmes de expressão ibero americana, realizado na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

Serviço:

O que: Exibição do filme "Rosa Chumbe" de Jonatan Relayze (Peru) - 1h15m

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, 3/3, às 20:00

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur


CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Brutalista'

Sinopse: Arquiteto visionário foge da Europa pós-Segunda Guerra e chega aos Estados Unidos para reconstruir sua vida, carreira e casamento. Sozinho em um novo país, ele se estabelece na Pensilvânia, onde um rico e proeminente industrial reconhece seu talento.

O lado autoral se encontra nas mais diversas artes e onde se vê o lado perfeccionista e obsessivo dos seus realizadores. No cinema, por exemplo, há sempre um cineasta que anseia para que o seu filme seja exatamente da forma como ele queria, mesmo quando os engravatados dos estúdios insistem em dar a última palavra. "O Brutalista" (2025) é uma metáfora sobre os mestres das artes, mas como os mesmos podem ser mastigados pelo sistema capitalista que comanda as engrenagens do mundo.

Dirigido por  Brady Corbet, do filme  "Vox Lux - O Preço da Fama" (2019), o filme começa a partir de 1947, onde arquiteto o arquiteto húngaro László Toth (Adrien Brody) e sua esposa Erzsébet (Felicity Jones) que fogem da Europa devastada pela guerra e que buscam por um recomeço nos EUA. O talento do arquiteto chama atenção do industrial milionário  Harrison Van Buren (Guy Pearce) que oferece a László a chance de construir um monumento arquitetônico que representa a terra das oportunidades e daqueles que buscam pelos seus sonhos em território americano. Porém, a cruzada pela realização desse feito possui um alto preço para se pagar ao longo do percurso.

Embora pareça baseado em fatos reais, o diretor Brady Corbet cria uma história original do qual representa inúmeros imigrantes talentosos que buscam realizar os seus objetivos na terra das oportunidades, mas encontrando lá obstáculos que envolvem o poder do dinheiro. É curioso observar, por exemplo, que o longa possui muito em comum com a última obra de Francis Ford Coppola, "Megalópolis" (2024), sendo que em ambos os casos os protagonistas desejam a realização de suas visões e das quais anseiam pela perfeição. Se tira o projeto da construção de monumentos e se tem dois protagonistas que seriam uma espécie de alter egos  dos próprios cineastas contadores de histórias.

Com uma ótima reconstituição de época, onde se destaca a sua fotografia e edição de arte,  Brady Corbet cria o seu épico pessoal sobre quem são realmente as pessoas que construíram os pilares que ergueram o império americano, mas que na maioria dos casos são menosprezados e sendo acusados até mesmo de invasores por aqueles que se dizem que os acolheram. Se no clássico "O Poderoso Chefão: Parte II" (1974), vemos os imigrantes italianos testemunharem todo o glamour desse sonho através da Estátua da Liberdade, aqui a mesma encontra-se invertida e simbolizando a descida ao inferno do protagonista.

Vencedor do Oscar de melhor ator pelo "O Pianista" (2002), Adrien Brody obtém aqui o melhor desempenho de sua carreira, onde o seu  László Toth não esconde as suas cicatrizes emocionais do passado, mas usando as mesmas como ferramentas para emoldurar o que realmente havia testemunhado. Destaque também para Guy Pearce ao interpretar um rico empresário que busca transmitir humanidade para os demais em cena, quando na verdade já se encontra consumido pelas engrenagens que movimentam a sua riqueza. Porém, é Felicity Jones que se sobressai da metade para o final do filme, ao dar vida a esposa do protagonista e cujas cenas transitam entre a fragilidade e a força interior de alguém que sentiu na pele o horror de uma guerra insana.

Com mais de três horas de duração, o filme pode ser acusado facilmente de ser pretensioso, pois o enredo não é algo universal ou que fará com que a maioria se identifique durante a projeção. Ao meu ver, o filme vem em um momento em que a palavra final de um artista pode acabar ficando em segundo plano, pois o dinheiro fala muito mais alto, independente de qual área certos talentos se encontram trabalhando. Em suma, a identidade própria acaba se perdendo e cabe aqueles que apreciam os verdadeiros talentos manterem eles vivos para serem sempre lembrados.

"O Brutalista" é um filme desafiador para um público acostumado ao convencional e que não consegue enxergar o significado da palavra autoral. 

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Cine Dica: Sessão Clube de Cinema (01/03): "Trilha Sonora para um Golpe de Estado" na Cinemateca Paulo Amorim


Neste sábado, nosso encontro será às 10h na Cinemateca Paulo Amorim para assistir "Trilha Sonora para um Golpe de Estado", indicado ao Oscar 2025 de Melhor Documentário. O filme de Johan Grimonprez se move de forma errática, imprevisível e infinitamente criativa, tal qual uma música de jazz. Misturando documentário e vídeo-ensaio, essa experiência cinematográfica torna-se absolutamente impressionante.


Confira os detalhes abaixo:


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

Data: 01/03/2025, sábado, às 10:00 da manhã

"Trilha Sonora para um Golpe de Estado" (Soundtrack to a Coup d'État)

2024, 150 min, 14 anos


Direção: Johan Grimonprez

Artistas: Eva Gabor, Louis Armstrong, Malcolm X, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Miles Davis, John Coltrane, Duke Ellington

Sinopse: Jazz e descolonização se entrelaçam nessa montanha-russa que reescreve um episódio crucial da Guerra Fria. O filme revisita a jornada dos músicos Abbey Lincoln e Max Roach, que levaram a revolta ao coração da ONU em protesto contra o assassinato de Patrice Lumumba. Uma experiência imersiva que mescla arte e política em ritmo pulsante.

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