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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Casa dos Prazeres'

Sinopse: Emma se muda da França para Berlim e decide entrar em um bordel para entender as prostitutas, tema de seu novo romance. 

O universo da prostituição é algo que foi revisitado diversas vezes dentro da história do cinema, seja maior ou de menor grau. Se por um lado já foi romantizado em clássicos como em "Bonequinha de Luxo" (1961), há também aqueles que revelam uma faceta mais crua, porém, humana no ramo como foi visto em "Bruna Surfistinha" (2011). Já em "A Casa dos Prazeres" (2022), vemos uma mulher atraída pela curiosidade com relação aquele universo, mas obtendo uma análise sensível sobre o universo feminino naquele ramo.

Dirigido por Anissa Bonnefont, "A Casa dos Prazeres "é um drama erótico francês que mostra a história de Emma (Ana Girardot), uma escritora de 27 anos que, para ajudar no processo criativo de seu próximo livro - sobre o mundo das prostitutas -, decide trabalhar em um famoso bordel de Berlim conhecido como La Maison. Porém, a aventura que deveria durar apenas algumas semanas acaba se estendendo por dois anos. Durante toda a jornada, Emma conhece mais sobre o mundo secreto das profissionais do sexo - mas, além de todo o encanto e poder, a profissão também esconde vários perigos voltados para a exploração da fantasia feminina.

Dito isso acima, se percebe que o conteúdo da trama irá render cenas quentes de sexo, por vezes, explícitos, mas que se casa com a proposta principal da obra que é revelar sobre até que ponto leva essas mulheres ao se submeterem a esse tipo de profissão. Uma vez as mesmas adentrando esse mundo começam a conhecerem melhor a faceta real do homem que de "Macho Alfa" não tem nada, mas sim se revelam serem pessoas frustradas, tanto na vida profissional como na pessoal e que veem nas garotas uma chance de esquecer o mundo real. A protagonista, por sua vez, começa a se fascinar por esse universo e sentindo um poder nas mãos em que ela até então desconhecia até certo ponto.

Ana Girardot se sai bem em um papel complexo como esse, onde a sua personagem não esconde em seu olhar um desejo constante de adentrar ainda mais neste tipo de ramo, nem que para isso os seus objetivos iniciais acabam ficando em segundo plano. Por outro lado, ela acaba encarando o fato de que, por mais que se mantenham fortes nesta profissão, algumas não se dobram perante o abuso vindo do homem e cujo ato revela a sua real face. Portanto, a cena em que ela provoca um possível abusador durante o trabalho, ela deixa se submeter a dor e sentir o que muitas mulheres passam no decorrer do tempo dentro da profissão.

Ao final, concluímos que as mesmas são pessoas comuns, onde cada uma possui um desejado sonho a ser conquistado mesmo quando ele se encontra distante em alguns momentos. A protagonista pode ter entrado neste mundo com o intuito de escrever somente um livro, mas levou consigo o verdadeiro universo feminino que passa por diversos percalços nas mãos de homens que se acham os donos do mundo. Com participação especial da musa de Pedro Almodóvar, Rossy de Palma, "Casa dos Prazeres" é um curioso retrato sobre o obscurantismo do mundo da prostituição, mas do qual revela o lado forte e ao mesmo tempo frágil dessas mulheres que buscam uma forma de sustento e um prazer ainda inédito.  

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Cine Curiosidade: Fintech brasileira investe em filme internacional

 Ambientado na Grécia, Swimming Home entrou na fase final de produção e pode gerar lucro a brasileiros. Modelo é exemplo para crescimento do cinema nacional

Carente de recursos e, muitas vezes, vítima de discussões acaloradas por parte daqueles que são contra políticas públicas de apoio à cultura como aconteceu com a Lei Rouanet nos últimos anos, o cinema brasileiro precisa encontrar novas fontes de financiamento que o afastem de embates políticos e ao mesmo tempo fortaleça essa indústria. Parte da solução já existe e é capaz de fomentar produções nacionais e internacionais como o filme Swimming Home.

Ambientado na Grécia, Swimming Home é baseado em obra literária homônima da escritora britânica Deborah Levy, finalista do Man Booker Prize de 2012, o mais importante prêmio literário da Grã-Bretanha. O filme conta com a participação de artistas de renome como o ator estadunidense Christopher Abbot (The Sinner, da Netflix), a atriz canadense Mackenzie Davis (Blade Runner 2049) e a atriz greco-francesa Ariane Labed, que participou da produção francesa Fidelio: A odisséia de Alice (2014). A produção é dirigida pelo roteirista e diretor de cinema Justin Anderson. 

Curiosamente, apesar de ser uma produção internacional, o filme em questão contou com uma parcela de financiamento proveniente do Brasil. A obra começou a ser gravada no ano passado apoiada pela brasileira Hurst, por meio da MUV, seu braço voltado à cultura. A cota financiada pela fintech foi transformada em ativo de investimento, com a promessa de retorno na forma de juros. Na época, o investimento mínimo era de R$ 10 mil.

Praticamente concluído e entrando na fase de distribuição, Swimming Home, volta agora a ser objeto de uma segunda fase de captação pela Hurst. Recursos necessários para a promoção do filme no mercado internacional. O fato de já estar todo gravado e em fase final de edição é um fator positivo porque reduz risco, já que os prazos e custos determinados para a produção foram cumpridos à risca. 

Em 2024, Swimming Home vai entrar no mercado por meio dos principais festivais internacionais de cinema, entre eles o Sundance Film Festival e o Festival de Berlim. A participação nestes eventos tem como objetivo atrair compradores, ou seja, as distribuidoras, que podem pagar pelo direito de exploração do filme em determinados territórios ou globalmente.

A exploração em questão é a exibição em diversas ou em todas as janelas existentes como cinemas, streamings ou TVs. E essas possibilidades aumentam o poder de barganha junto aos distribuidores, valorizando a produção e aumentando a rentabilidade da obra.  

A iniciativa da Hurst é pioneira no Brasil. A vantagem não se limita ao financiamento em si, essencial para a conclusão da produção, mas se estende à imagem do cinema que hoje é visto como deficitário e dependente de apoio governamental ou da “bondade” de doadores. “Ao transformarmos a produção cinematográfica em ativo de investimento, há uma troca com o objetivo do ganha-ganha. O cinema recebe o dinheiro de que precisa para concluir a produção e os investidores, ao final, recebem de volta o dinheiro acrescido da rentabilidade. Ninguém deve favor a ninguém, é um formato absolutamente profissional e independente”, comenta Arthur Farache, CEO da Hurst.

O modelo desenvolvido pela Hurst é simples de ser entendido e quase qualquer um pode investir. O aporte mínimo é de R$ 10 mil. A operação terá duração de 12 meses, e a expectativa é de rentabilidade de 28,24% ao ano dentro do cenário base. O filme conta com a participação de atores e atrizes de renome e está sob responsabilidade de produtoras premiadas internacionalmente. Isso ajuda a produção a ter boa aceitação no mercado.

“Entendemos que se trata de um bom investimento porque o audiovisual é descorrelacionado da bolsa de valores, o que o torna interessante para diversificação da carteira. A rentabilidade prevista é muito boa porque o filme, produzido lá fora, visa o mercado internacional, que é muito grande e lucrativo”, explica Ana Gabriela Pereira Mathias, diretora responsável pela operação. 

Para se ter ideia, somente o mercado global de streaming movimentou em 2022 US$ 445,45 bilhões. A previsão é que neste ano chegue a US$ 554,33 bilhões e, em 2030, atinja US$ 1,9 trilhão, o que equivale a um CAGR de 19,3% durante o período previsto. Os interessados em investir podem obter informações essenciais da oferta no próprio site da Hurst. (clique aqui). 

Uma vantagem dos tempos atuais é que os filmes não precisam apenas de um lançamento nos cinemas para ser considerado um sucesso. A pandemia de Covid-19 levou a um aumento de 10% no streaming de vídeo online, resultando em crescimento expressivo para plataformas como YouTube, Amazon Prime, Netflix e Disney +. “Após a crise sanitária o crescimento dessas plataformas continuou levando-as a ter uma participação de 44,5% nas receitas das produções audiovisuais”, explica Farache.


O filme 

Swimming Home é uma jornada surreal e sombriamente cômica aos traumas não resolvidos que espreitam nas sombras de todas as nossas vidas. Ele combina um fascínio de férias mediterrâneas com manifestações freudianas de morte e desejo. Seu enredo é baseado no casal Joe e Isabel, cujo casamento está em fase terminal.

É quando Kitti, uma estranha, é encontrada nadando nua na piscina de sua casa de férias e é convidada a ficar. Kitti coleta e come plantas venenosas, e Nina, a filha adolescente do casal, fica encantada com ela. Que tipo de alívio Kitti pode oferecer para esta crise familiar?  Trata-se de um filme cuja originalidade tem tudo para cativar o público em todo o mundo. E o investidor pode ganhar com isso.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Cine Especial: Revisitando 'Harry e Sally - Feitos um para o Outro'

Até o final dos anos oitenta as comédias românticas se sustentavam através da criatividade e de alguns filmes que davam um passo à frente para que o gênero sempre se renovasse. Woody Allen, por exemplo, foi um que soube incrementar o seu lado criativo com tramas românticas que fugiam do óbvio e fazendo com que servisse de inspiração para outros realizadores. É o caso de "Harry e Sally - Feitos um para o Outro" (1989), de Rob Reiner, do qual o mesmo soube captar a mensagem do seu colega e criando assim uma das melhores e mais divertidas comédias românticas de todos os tempos.

O filme começa no final dos anos setenta. No fim de sua formatura na Universidade de Chicago, Harry Burns (Billy Crystal) recebe a carona de Sally Albright (Meg Ryan), formanda amiga de sua namorada para uma viagem até Nova York. Os anos passam e eles continuam a se encontrar esporadicamente, mas a grande amizade que desenvolveram é abalada ao perceberem que na verdade estão apaixonados um pelo outro.

Ao longo da carreira Rob Reiner soube transitar o seu cargo como diretor em diversos gêneros bem distintos, pois tanto ele fez um incrível suspense como "Louca Obsessão" (1990), como também um ótimo filme de tribunal em "Questão de Honra" (1992). Porém, acredito eu que ele se sairia muito melhor se tivesse investido mais nas comédias românticas, pois esse aqui é uma verdadeira aula de roteiro bem construído, ao fazer dos seus dois personagens principais figuras carismáticas e das quais nós compreendemos os seus pontos de vista com relação aos relacionamentos amorosos. Enquanto Harry é mais prático com relação ao sexo, Sally procura ser mais idealista ao acreditar no amor verdadeiro.

Com o tempo, ambos vão aprendendo um com o outro os seus pontos de vista e formando assim uma amizade curiosa, mas da qual se encontra também um amor mútuo não correspondido devido ao medo de estragar esse relacionamento. O grande charme do filme se encontra justamente nas cenas em que eles conversam na mesa de uma cafeteria ou restaurante e nos brindando com cenas surpreendentes. A cena em Sally fingi um orgasmo na frente de Harry estão entre os momentos mais impagáveis da história do cinema.

Meg Ryan nos brinda com um dos seus melhores papeis de sua carreira e que fez com que a mesma se tornasse a queridinha da América. Na entrada dos anos noventa, por exemplo, fez parceria com Tom Hanks em "Sintonia no Amor" (1993) e "Mensagem para Você (1998), sendo ambos os títulos um enorme sucesso e fortalecendo ainda mais esse status. Portanto, é uma pena pensar que a própria imprensa norte americana quase destruiu a sua carreira da atriz unicamente porque ela teve um caso com Russell Crowe durante as gravações de "A Prova de Vida"(2000), sendo que na época ela estava casada com Dennis Quaid.

Já Billy Crystal teve uma carreira solida antes e pós a esse clássico. O ator já estava colecionando ótimos filmes de comédia durante os anos oitenta como "Jogue a Mamãe do Trem" (1987). Porém, é em "Harry e Sally" que ele nos apresenta um humor inteligente, por vezes ácido, mas que nos conquista de imediato. Por vários anos o ator se tornou também conhecido como apresentador da premiação anual do Oscar e sendo considerado até hoje como um dos melhores ao comandar a cerimônia.

Revisitando o filme recentemente percebo que o clássico também foi ousado em pausar a trama principal para ouvirmos determinados casais e de como eles se conheceram no passado. Quando eu assisti anos atrás essas cenas eu achava que era realmente "não atores" em cena, quando na verdade eram intérpretes que contavam histórias verídicas. Ponto para o diretor que conseguiu obter cenas verossímeis e que se casam com a cena final do filme como um todo.

O longa, portanto, pertence a uma época em que o gênero não estava sendo desgastado, mas sim nos brindando com tramas criativas mesmo quando a gente já tinha uma suspeita de como ela iria terminá-la. É então que chega os anos noventa, onde as fórmulas de sucesso dentro do gênero são usadas exaustivamente, ao ponto que hoje esse tipo de filme se encontra moribundo e aguardando para que surja alguém que venha reanimá-lo. Ao menos, sempre teremos o casal formado por Meg Ryan e Billy Crystal para podermos revisitá-los e desfrutarmos de diálogos que ainda hoje são insubstituíveis.

"Harry e Sally - Feitos um para o Outro" é um dos melhores e mais importantes filmes do gênero comédia romântica e que, infelizmente, logo enfrentaria o seu inevitável declínio. 

Onde Assistir: Telecine

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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 12 A 18 DE OUTUBRO DE 2023

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A Casa dos Prazeres


A cinesemana de 12 a 18 de outubro de 2023 tem uma ação especial para a Semana das Crianças e segue com sucessos de bilheteria!

ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ, documentário de Roberto de Oliveira, RETRATOS FANTASMAS, de Kleber Mendonça Filho e OLDBOY, de Park Chan-wook seguem em cartaz, acompanhados de PÉROLA, dirigido por Murilo Benício e de A CASA DOS PRAZERES, de Anissa Bonnefont. NOSTALGIA, de Mario Martone e PLAUTO, UM SOPRO MUSICAL, de Rodrigo Portela também continuam sendo exibidos.

A MOSTRA PRIMAVERA GAÚCHA chega em sua última semana de exibição.

No sábado, dia 14, às 14h, as crianças podem aproveitar uma programação especial! Será exibido o curta-metragem MISTÉRIO NO MAJESTIC, de Giordano Gio e, logo após a exibição, será realizada uma visita pela Casa de Cultura.

Confira nossa programação completa e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


15h – ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 100min). Documentário de Roberto de Oliveira. O2 Play, 12 anos.

Sinopse: Lançado em 1974, "Elis & Tom" é um dos discos mais importantes da história da música brasileira. As gravações deste encontro entre Elis Regina e Tom Jobim ficaram guardadas por mais de quatro décadas e ganham às telas dos cinemas depois de um cuidadoso processo de restauração e remasterização. Além de clássicos como “Águas de Março”, Chovendo na Roseira” e “Modinha”, o público vai conhecer os bastidores no estúdio, incluindo algumas tensões e um pouco do processo criativo destes monstros sagrados da nossa música. A produção é também um reencontro emocionante do diretor com amigos e com os artistas envolvidos no projeto.


17h – OLDBOY Assista o trailer aqui.

(Coréia do Sul, 2023, 120min). Direção de Park Chan-wook, com Choi Min-sik, Yoo Ji-tae, Kang Hye-jeong. Pandora Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Oh Dae-su passou 15 anos em um cativeiro, tendo somente uma televisão como entretenimento. Quando finalmente é liberto, ele tem cinco dias para identificar seu raptor e realizar sua vingança. Lançado há 20 anos, o filme foi um grande sucesso de público, ganhou muitos prêmios internacionais e abriu caminho para que outros títulos do cinema coreano ganhassem popularidade e estreassem pelo mundo afora. Oldboy volta a cartaz em cópia restaurada e remasterizada a partir do negativo original em 35mm, sob supervisão do próprio diretor Park Chan-wook.


19h30 – ESTRANHA FORMA DE VIDA Assista o trailer aqui.

(Strange Way Of Life - Espanha/França, 2023, 83min). Direção de Pedro Almodóvar, com Ethan Hawke, Pedro Pascal, Manu Rios. O2Play/Mubi, 14 anos. Drama.

Sinopse: Depois de 25 anos, o rancheiro Silva resolve visitar seu velho amigo Jake, que é o xerife de Bitter Creek. Eles passam uma tarde de intimidades, reconciliação e lembranças - mas, no dia seguinte, as conexões com um crime do passado sugerem que há muito mais no encontro entre eles. Na versão para os cinemas, o média-metragem de 30min será exibido junto com uma entrevista exclusiva de Pedro Almodóvar.

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA QUARTA, DIA 18)


SALA EDUARDO HIRTZ


15h15 – PÉROLA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 90min, 2023). Direção de Murilo Benício, com Drica Moraes, Leonardo Fernandes, Rodolfo Vaz. H2O Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: A notícia da morte da mãe pega Mauro de surpresa e serve de motivo para que ele acione as lembranças desta mulher bem-humorada e generosa. Pérola era uma mãe devotada aos filhos, controladora e que só queria o melhor para sua família – como, por exemplo, uma casa grande com piscina. O filme é uma adaptação para o cinema da peça de mesmo nome escrita por Mauro Rasi e que foi um grande sucesso dos palcos brasileiros nos anos 1990, então protagonizada por Vera Holtz.


17h15 – RETRATOS FANTASMAS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 91min). Documentário de Kleber Mendonça Filho. Vitrine Filmes, 12 anos.

Sinopse:  O quinto filme do diretor é uma visão pessoal sobre memória e cotidiano. A partir de materiais de arquivo, próprios e pertencentes a instituições, ele costura lembranças sobre o apartamento onde cresceu e sobre os antigos cinemas de rua de Recife, o que acaba revelando algumas verdades sobre a vida em sociedade. O documentário estreou no Festival de Cannes, em maio, e foi o filme de abertura do Festival de Cinema de Gramado 2023.


MOSTRA PRIMAVERA GAÚCHA

ENTRADA FRANCA


QUINTA, DIA 12 ÀS 19h 

A CIDADE DOS PIRATAS

(Brasil, 2018, 84min). Direção de Otto Guerra, com vozes de Laerte, Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Marcos Contreras. 16 anos. Drama.


SEXTA, DIA 13 ÀS 19h 

A CABEÇA DE GUMERCINDO SARAIVA

(Brasil, 2018, 95min). Direção de Tabajara Ruas, com Murilo Rosa, Leonardo Machado, Sirmar Antunes. 12 anos. Drama.

19h – ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ (A PARTIR DE SÁBADO, DIA 14)

(Brasil, 2022, 100min). Documentário de Roberto de Oliveira. O2 Play, 12 anos.

Sinopse: Lançado em 1974, "Elis & Tom" é um dos discos mais importantes da história da música brasileira. As gravações deste encontro entre Elis Regina e Tom Jobim ficaram guardadas por mais de quatro décadas e ganham às telas dos cinemas depois de um cuidadoso processo de restauração e remasterização. Além de clássicos como “Águas de Março”, Chovendo na Roseira” e “Modinha”, o público vai conhecer os bastidores no estúdio, incluindo algumas tensões e um pouco do processo criativo destes monstros sagrados da nossa música. A produção é também um reencontro emocionante do diretor com amigos e com os artistas envolvidos no projeto.


SALA NORBERTO LUBISCO


14h45 – A CASA DOS PRAZERES Assista o trailer aqui.

(La Maison - França, 2023, 89min). Direção de Anissa Bonnefont, com Ana Girardot, Rossy de Palma. Imovision, 18 anos. Drama.

Sinopse: Aos 27 anos, a escritora Emma decide dedicar um livro ao universo da prostituição. Para entender melhor a vida destas “mulheres que ninguém se atreve a olhar nos olhos”, ela começa a trabalhar em um bordel chamado La Maison. Além de elementos para uma crônica realista, a experiência de Emma traz reflexões sobre a condição feminina, sororidade e machismo. O filme é baseado na experiência pessoal da escritora francesa Emma Becker, que trabalhou em dois bordeis da Alemanha durante quase dois anos.


16h30 – PLAUTO, UM SOPRO MUSICAL Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 100min). Documentário de Rodrigo Portela. Lança Filmes, Livre.

Sinopse: O documentário mostra a trajetória de Plauto Cruz (1929 - 2017), um dos maiores músicos gaúchos e considerado um dos melhores flautistas do Brasil. O filme intercala arquivos históricos com imagens ficcionais que recriam a vida do músico, além de reunir depoimentos de familiares e da classe artística do Rio Grande do Sul.


18h30 – NOSTALGIA Assista o trailer aqui.

(Nostalgia - Itália, 2022, 118min). Direção de Mario Martone, com Pierfrancesco Favino e Tommaso Ragno. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse:  Depois de 40 anos, Felice volta ao lugar onde nasceu, no centro de Nápoles. Ele reencontra sua mãe, suas lembranças, alguns antigos amigos e descobre que muitos códigos do seu antigo bairro ainda são os mesmos. O filme é baseado no romance homônimo de Ermanno Rea e competiu pela Palma de Ouro no Festival de Cannes. Também foi o título indicado pela Itália para concorrer ao Oscar de filme internacional.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 12 A 18 DE OUTUBRO

 ESTREIA:


MEU NOME É GAL

Brasil/ 90 min

Direção: Dandara Ferreira e Lô Politi

Meu Nome é Gal acompanha de perto e de dentro o breve e efervescente momento da Tropicália, o principal movimento da contracultura no Brasil, responsável pela maior mudança musical e comportamental que o país já viveu. Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira e também toda uma geração, principalmente de mulheres. O filme mostra como ela e seus companheiros Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Wally Salomão, ainda muito jovens, enfrentaram a dificuldade de serem tão vanguardistas em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil.

Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lellis, Camila Mardila, Luis Lobianco, Dan Ferreira, Dandara Ferreira, Chica Carelli e George Saum



EM CARTAZ:


UM FILME DE CINEMA

Brasil, 2017, 84', INFANTIL

Direção: Thiago B. Mendonça

Sinopse: Bebel, filha de um diretor de cinema em crise, quer fazer um filme com seus amigos para um projeto escolar. A realização do filme se torna uma grande aventura e leva Bebel, sua família e seus amigos a uma viagem pela história do cinema.


ELIS E TOM - SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ

Brasil/Documentário/ 2023/101min.

Direção: Roberto de Oliveira      

Sinopse: "Elis & Tom" é o nome do álbum considerado um dos mais importantes na história da música brasileira. A gravação aconteceu em Los Angeles, no início de 1974, e as imagens foram registradas em película pela equipe de cineastas liderada pelo diretor Roberto de Oliveira, idealizador do encontro. Os rolos originais das filmagens ficaram guardados por 45 anos até serem restaurados e remasterizados em 2018. São essas imagens raras e inéditas que conduzem o documentário musical.

Elis e Tom, Só Tinha de Ser Com Você mostra os bastidores e todos os dramas e tensões que cercaram as gravações do álbum a ponto de o projeto quase ser interrompido. No fim, no entanto, a força da música se sobrepõe e conduz Elis Regina, Tom Jobim e um grupo de jovens músicos talentosos a uma obra-prima.

No documentário, o espectador é levado numa viagem no tempo, participando de momentos de conflito e também de pura alegria, revelando momentos íntimos do processo criativo e das personalidades extraordinárias desses artistas. A produção é também um emocionante reencontro do diretor com os artistas e o material filmado há quase cinco décadas.

Elenco: André Midani, Roberto Menescal, Roberto de Oliveira, Nelson Motta, Wayne Shorter, Ron Carter, Jon Pareles, João Marcelo Bôscoli, Cesar Camargo Mariano, Beth Jobim, Humberto Gatica, Hélio Delmiro, Paulo Braga.



HORÁRIOS CINEBANCÁRIOS 12 A 18 DE OUTUBRO (NÃO HÁ SESSÕES NAS SEGUNDAS-FEIRAS):


15h: UM FILME DE CINEMA

17h:  ELIS E TOM – SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ

19h : MEU NOME É GAL


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.


ATENÇÃO: NAS QUINTAS-FEIRAS TODOS PAGAM MEIA ENTRADA EM TODAS AS SESSÕES!


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

Cine Dica: Ida Lupino e Nicholas Ray na Cinemateca Capitólio (Programação 12 a 18 de Outubro de 2023)

PROJETO RAROS ESPECIAL NA SEXTA-FEIRA 13

Na sexta-feira, 13 de outubro, às 19h30, uma edição especial do Projeto Raros apresenta o programa duplo com Tara Diabólica (The Sadist, 1963), de James Landis, primeiro longa fotografado pelo lendário Vilmos Zsigmond nos Estados Unidos, e Malatesta's Carnival of Blood (1973), inventivo horror b dirigido por Christopher Speeth. Com apoio do Imaculada Pub e apresentação do crítico Cristian Verardi, a sessão tem entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6687/projeto-raros-especial-sexta-feira-13/


O CINEMA É NICHOLAS RAY E IDA LUPINO

A partir de 14 de outubro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra O Cinema é Nicholas Ray e Ida Lupino, com oito filmes dirigidos por dois nomes incontornáveis da virada moderna do cinema hollywoodiano, incluindo Johnny Guitar, No Silêncio da Noite, Cinzas que Queimam e O Mundo Odeia-me. Em novembro, uma segunda parte do ciclo apresentará mais filmes, com foco nos trabalhos de atuação de Ray e Lupino. 


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6682/o-cinema-e-nicholas-ray-e-ida-lupino/ 


SEGUNDA SEMANA DA MOSTRA BERLANGA & BARDEM

A mostra Berlanga & Bardem, dedicada a Luis García Berlanga e Juan Antonio Bardem, segue em cartaz até o dia 18 de outubro.

A programação é uma realização da Cinemateca Capitólio e do Instituto Cervantes de Porto Alegre, com apoio do Ministerio de Asuntos Exteriores, Unión Europea y Cooperación, e da Versátil Filmes. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6680/berlanga-bardem/


GRADE DE HORÁRIOS

12 a 18 de outubro de 2023


12 de outubro (quinta-feira)

15h – Bem-vindo, Mr. Marshall!

17h – Retratos Fantasmas

19h – A Corrupção de Chris Miller


13 de outubro (sexta-feira)

15h – O Carrasco

17h – Terra de Deus

19h30 – Projeto Raros Especial: Tara Diabólica + Malatesta’s

Carnival of Blood


14 de outubro (sábado)

15h – Plácido

17h – Retratos Fantasmas

19h30 – Cinzas que Queimam


15 de outubro (domingo)

15h – Aquele Casal Feliz

17h30 – OMAGGIO 100 anni ITALO CALVINO

19h – Johnny Guitar


17 de outubro (terça-feira)

15h – Morte de um Ciclista

17h – Terra de Deus

19h30 – O Mundo Odeia-Me


18 de outubro (quarta-feira)

15h – A Corrupção de Chris Miller

17h – Retratos Fantasmas

19h – No Silêncio da Noite

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Cine Dica: Cine Dica: Streaming - 'A Maravilhosa História de Henry Sugar'

Sinopse: Henry Sugar faz de tudo para dominar uma técnica extraordinária para trapacear nos jogos de azar. 

Wes Anderson vem chamando bastante atenção nestes últimos tempos com relação aos seus filmes, pois embora o mesmo mantenha a sua visão autoral, ao mesmo tempo ele está cada vez mais indo além com relação a transição entre o cinema com uma peça teatral. Para dizer a verdade não é nem bem a linguagem teatral que ele queira nos passar, mas sim usando recursos de antigamente para elaborar diversas histórias em uma e fazendo com que prestemos maior atenção aos seus desdobramentos vistos na tela. Foi assim o que aconteceu em "A Crônica Francesa" (2021) e intensificando ainda mais em "Asteroid City" (2023).

Claro que não faltou críticas por parte do público que não compreendeu essa proposta. Porém, esse mesmo público anda cansado dos cenários CGI dos filmes de super-heróis e optando por um cinema mais realista, menos fantasioso e que soe mais crível. No caso de Anderson ele se encontra no meio dessa transição sem escolher um lado, mas sim propondo para que o público desfrute de tramas em que o velho e o novo se cruzem para o nascimento de algo no mínimo diferente do que estamos acostumados. "A Maravilhosa História de Henry Sugar" e outros curtas (2023) é basicamente isso, onde o realizador intensifica ainda mais a sua proposta inserida em seus últimos filmes, queira o público ou não.

Os curtas adaptam diversos contos do autor britânico Roald Dahl - mais conhecido por A Fantástica Fábrica de Chocolate - com foco na história de Henry Sugar (Benedict Cumberbatch), um homem rico que acaba ganhando a habilidade de enxergar através de objetos e prever acontecimentos do futuro graças a um livro que roubou. Com os novos talentos, o homem bola um grande plano para trapacear em jogos de apostas. Com Ralph Fiennes, Ben Kingsley, Rupert Friend, Dev Patel e Richard Ayoade.

Uma vez que nos é apresentado a premissa Wes Anderson o mesmo já nos deixa claro para prestarmos bastante atenção com relação aos acontecimentos vistos na tela, principalmente pelo fato que os respectivos personagens quebram a quarta parede a todo momento e fazendo com que os próprios nos obriguem a entender o que eles estão dizendo. Se um determinado personagem interpretado por Ralph Fiennes começa a contar a história sobre Henry Sugar, esse último por sua vez começa a contar a história de um artista que vê tudo com os olhos fechados, sendo que a sua história é contada através de dois médicos e cujo mesmos ouvem outra história contada pelo artista. Ou seja, é como se descêssemos de um andar para o outro para testemunharmos novas histórias, mesmo quando as mesmas sejam interligadas.

E como não poderia deixar de ser, principalmente após o que foi visto em "Asteroid City", os cenários vão mudando a todo o momento, com o direito de técnicos surgindo sem nenhum aviso e nos apresentando um novo local em que dá continuidade a trama com os seus desdobramentos. O enquadramento, por sua vez, quase parece uma HQ em movimento o que faz não me surpreender se caso alguns desses momentos se tornarem até mesmo memes na internet em um futuro próximo. Como não poderia deixar de ser, a fotografia possui as velhas cores quentes que sintetiza toda a visão autoral do realizador, além de uma edição de arte cartunesca e que possui forte ligação ao que já foi visto na filmografia do cineasta.

Talvez muitos acusem Wes Anderson de se tornar repetitivo, mas em tempos em que poucos cineastas norte-americanos possuem carta branca para fazer tudo do seu jeito, é bom ver alguém como Anderson obter a chance de ter total liberdade de fazer algo diferente e que foge do buraco sem fundo da previsibilidade que o cinema hollywoodiano está passando atualmente. E olhe que estou falando de quatro curtas metragens lançados recentemente pela netlfix, mas que em termos de qualidade estão acima de qualquer outra produção lançada pelo streaming recentemente.

Acompanhado ainda pelos curtas “O Cisne”, “O Caçador de Ratos” e “Veneno”, "A Maravilhosa História de Henry Sugar" é Wes Anderson livre de quaisquer amarras e nos brindando com uma nova proposta de se apreciar cinema. 



Onde Assistir: Netlfix

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