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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Cine Dica: Filme sobre Lupicínio Rodrigues na Cinemateca Capitólio

 Filme Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor terá avant première no dia 15 de dezembro, na Cinemateca Capitólio

 A cidade de Porto Alegre recebe a avant première do filme sobre um dos nomes mais célebres da cultura do Rio Grande do Sul e do Brasil. Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, com direção de Alfredo Manevy e realizado numa coprodução Plural Filmes e Canal Curta!, terá sessão para convidados no dia 15 de dezembro, às 19h, na Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085).  Na ocasião, serão disponibilizados 50 ingressos para o público em geral, que podem ser retirados na bilheteria da Cinemateca Capitólio a partir das 18h30 do dia 15.

O documentário, que é o primeiro longa do diretor, resgata o legado musical e evidencia a contribuição artística e o contexto histórico/social do grande compositor, cujas músicas de sucesso ultrapassam gerações e foram interpretadas por alguns dos maiores nomes da Música Popular Brasileira. Lupi teve influências do samba e do tango, mas, versátil, passeou por diversos outros estilos em suas composições.

Em 92 minutos, o longa exibe vasto material de arquivos de jornais, entrevistas em programas de TV do próprio Lupicínio, além de personalidades e artistas que falam sobre a sua obra. Ícones da Tropicália (importante movimento cultural, na década de 60), Caetano Veloso e Gilberto Gil eram fãs de Lupicínio e estão nas imagens históricas do filme, que registra encontro entre os três em Porto Alegre. Também tropicalista, Gal Costa, falecida recentemente, protagoniza momento emocionante no documnetário. Tocando violão e flor no cabelo, numa imagem de 1973 (ainda na era da TV preto e branco), ela interpreta Volta, do autor gaúcho.

Ainda sobre divas, outra presença marcante no documentário é a de Elza Soares, que gravou Se Acaso Você Chegasse – a canção havia sido gravada inicialmente por Ciro Monteiro e foi o primeiro grande sucesso de Lupicínio. A composição chegou a ser trilha de Dançarina Loura, musical de Hollywood, e indicada ao Oscar em 1945. Porém, além de não ter sido consultado sobre a utilização da sua música, ele também não recebeu direitos autorais. Os versos de Lupicínio atravessaram fronteiras também na voz de Linda Batista, que gravou Vingança e, por conta desse sucesso, realizou turnê internacional. Aí, sim, vieram os direitos autorais e, com parte do dinheiro, Lupicínio comprou um belo carro que, segundo ele, era o mais bonito de Porto Alegre. Tudo isso está no filme.

Com linguagem ágil e precisa – e a narração na voz inconfundível do ator Paulo César Pereio –, Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor faz uma linha do tempo da vida do compositor, nascido em 16 de setembro bairro Ilhota, em Porto Alegre, numa família de 25 filhos – ele faleceu com 59 anos, em agosto de 1974. Boêmio, namorador, apaixonado pelo Grêmio Futebol Clube – é dele a autoria do hino oficial do time –, Lupicínio lançou mão do enorme talento como letrista e reescreveu o destino de homem preto, nascido na periferia, tornando-se o poeta que cantou o amor. Suas composições ficaram conhecidas como as canções das dores-de-cotovelo, já que a maioria delas eram verdadeiras crônicas sobre paixões, desencontros e corações partidos.

Para contar a história de Lupicínio no cinema, o diretor Alfredo Manevy traz para o filme os depoimentos de personagens como Zuza Homem de Mello, Elza Soares, Gilberto Gil, Jards Macalé, Arthur de Faria, Valéria Barcellos, Marcelo Campos, Linda Batista e Mutinho. Lupicínio Rodrigues Filho, o Lupinho, também está entre as personagens, além de ter sido consultor sobre o acervo pessoal do pai, para o filme.

"Alfredo Manevy e sua equipe são – como Verissimo, outro gaúcho de quatro costados (torcedor colorado e não gremista como Lupi, autor do hino tricolor) – devotos de Nossa Senhora do Contexto. O filme situa Lupicínio em seu tempo histórico e na geografia que o acolheu. Por isto, não vai ao anacronismo de ler seus versos, machistas aos olhos contemporâneos, com as lentes do agora". Essa análise é de Maria do Rosário Caetano, publicada em outubro, na Revista de Cinema, sob o título “Confissões de um Sofredor desenha potente retrato de Lupicínio Rodrigues”.


Força da ancestralidade negra

Entre as histórias da vida de Lupicínio, retratadas no filme, está a discriminação racial, que sofreu em Porto Alegre. Foi num bar, vazio, onde o compositor estava com um amigo e deixou de ser atendido por causa da cor de sua pele. Mas, para além desse episódio, o filme se propõe a levantar questões de fundo relacionadas com o racismo. Para esse propósito, a equipe de Manevy contou com o Grupo de Estudos sobre o Pós-Abolição (GEPA), da Universidade Federal de Santa Maria UFSM). O grupo atuou na assessoria histórica do filme com uma equipe de nove pesquisadores/historiadores gaúchos que possuem uma abordagem crítica sobre a história da escravidão e liberdade no Estado.

“Quem assistir Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor será impactado pela força da ancestralidade negra em lutas pela liberdade que ficam evidentes na experiências de homens e mulheres negros e negras que assim se definiram para além da escravidão contrariando imagens hegemônicas". O depoimento está em um texto escrito pela Professora Mestranda em História, Taiane Anhanha Lima,  e pela Professora Doutoranda em História, Franciele Rocha de Oliveira. Ambas são historiadoras e membros do GEPA UFSM.

Elas revelam que '"a produção do filme chegou até o grupo devido à importância da passagem do Lupícinio por Santa Maria, local que ele se referia como a "cidade que despertou o seu coração" e que proporcionou experiências nos clubes sociais negros onde conheceu o seu primeiro grande amor e Inah Pereira Soares, mulher negra, de quem foi noivo, mas também por quem foi preterido arrebatando o seu coração e tornando-se tema de várias canções.'"

Ainda segundo o relato das historiadoras, a pesquisa evoluiu " para um trabalho de campo e fôlego documental reunindo fontes diversas que tornaram possível reconstituir a genealogia familiar de Lupicínio, muito além do que tradicionais biografias apontam e até mesmo importantes estudos acadêmicos sobre sua vida e obra." No texto sobre o filme e a personagem do compositor, as professoras declaram:

O filme Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor traz, pela primeira vez, as origens mais remotas de Lupi, apontando sua ancestralidade africana a partir dos casais de seus pentavós, Antônio Benguela e Rosa Rebolo, e Pedro Benguela e Josefa Benguela, africanos nascidos no século XVIII traficados para o Brasil e escravizados por José Carneiro Geraldes, na cidade de Mostardas, litoral negro do Rio Grande do Sul. Território de concentração quilombola objeto de estudo da historiadora Cláudia Daiane Mollet (premiado pela CAPES, 2019). Lupi é descendente de africanos que tornaram-se livres desde a primeira década do século 19, a partir da morte de um senhor que não deixou herdeiros. Sua vida é parte das tradições diaspóricas e transatlânticas que atravessam o oceano e o tempo e ajudam a pensar a produção e as existências negras afro gaúchas do século XVIII até o extenso passado-presente pós Abolição.


Alfredo Manevy

Nascido em Campinas, em 1977, hoje vive em Florianópolis. Formado em Cinema pela Universidade de São Paulo, Manevy trabalhou em políticas de inclusão e formação de público para cinema, quando presidiu a Spcine e foi Secretário Executivo no Ministério da Cultura. Atualmente, é professor de Cinema na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor é sua estreia na direção de longas metragens.


Marcia Paraíso

É realizadora audiovisual, trabalhando com temáticas relacionadas à cultura e arte popular, populações tradicionais e questão agrária. Dirigiu e roteirizou as séries Invenções da Alma e Visceral Brasil, as Veias Abertas da Música, os longas documentários Sobre Sonhos e Liberdade, Terra Cabocla e A Maravilha do Século. Em ficção, dirigiu Lua em Sagitário e a série Submersos e Alegria do Amor, ainda não lançado.


Paulo César Pereio

Nascido em Alegrete (RS), já atuou em mais de 60 filmes e inúmeras peças teatrais. Foi dirigido no cinema por nomes como Glauber Rocha, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana, Ruy Guerra e Hector Babenco. É considerado um dos melhores narradores do país, e uma das vozes marcantes no meio publicitário brasileiro.


SERVIÇO

Avant première do filme Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor (sessão para convidados e imprensa)


QUANDO: 15 de dezembro de 2022, 19h

ONDE: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085, Porto Alegre, RS)


Assessoria de Imprensa

Linete Martins - 48 9 9129 5347

Luiza Coan - 48 9 8816 4376

Cine Especial: Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre -- 'A Acusação'

Nota: Filme exibido para os associados no último Domingo (11/12/22)

Sinopse: Alexandre é um ótimo filho e todos o consideram um garoto amável e responsável. Durante uma breve visita a Paris, ele conhece Mila, a filha do companheiro de sua mãe, e a convida para uma festa. No dia seguinte, Mila acusa Alexandre de estupro. A polícia logo começa uma exaustiva investigação, o que destrói a harmonia da família. 

Desde que o produtor de cinema Harvey Weinstein foi preso pelos crimes de estupro cometidos pelo mesmo a Hollywood atual tem cada vez mais tocado no assunto e lançando filmes como uma espécie de pedido de desculpas para todas mulheres que sofreram com essa barbárie. No recente "Ela Disse", por exemplo, talvez seja um dos primeiros filmes em retratar esse período turbulento que sacudiu a cidade do cinema, porém, esse assunto delicado não se limita somente no território cinematográfico norte americano, mas sim para o outro lado do oceano. O francês "A Acusação" (2021) vem em um momento para escancarar o fato que talvez a Justiça ainda coloca em panos quentes sobre esse assunto, pois ainda tenta proteger os mais afortunados.

Dirigido por Yvan Attal, "A Acusação" é baseado no livro de Karine Tuil. A família Farel é incrível, Jean (Pierre Arditi é um eurudita francês, sua ex- esposa, Claire (Charlotte Gainsbourg), uma escritora feminista radical, juntos eles têm Alexandre (Ben Attal), um filho perfeito. Uma família perfeita. Quando Jean vai à Paris visitar sua mãe, conhece Mila (Suzanne Jouannet), filha do novo parceiro de sua mãe, e decide convidá-la para uma festa. No dia seguinte Jean descobre que Mila fez um boletim de ocorrência contra ele alegando que foi estuprada, destruindo a harmonia da família e promovendo uma briga judicial e midiática.

Mais do que um filme que explora o crime sobre abuso sexual, os realizadores foram até mesmo corajosos na questão sobre até que ponto a mulher é realmente abusada de acordo com a visão da Justiça. Curiosamente, as cenas que servem de prelúdio para o possível crime são apresentadas de forma fragmentada, como se os realizadores quisessem que nós mesmos tiremos as nossas próprias conclusões. Tudo em forma de capítulos, para que cada personagem central da trama pudesse ser bem apresentado diante dos nossos olhos e para que então tenhamos uma noção da formação e caráter de cada um deles.

Jean, por exemplo, é alguém poderoso vindo da mídia, do qual se envolve com jovens mulheres, mas não se dando conta sobre até que ponto as suas investidas são realmente corretas. A cena, por exemplo, em que ele se envolve sexualmente com a sua futura e jovem esposa obtemos então uma noção do que ele pode, ou não, ter ensinado ao seu filho ao longo dos anos e colocando diante de nós a expressão do rosto da jovem após essa cena. Aliás, esse momento é ambíguo, pois ficamos nos perguntando qual será em seguida a reação dela após se envolver com Jean e cuja as respostas não vem muito a tardar.

Ao mesmo tempo, o filme explora como os dois lados da moeda, seja esquerda ou direita, ao tratar sobre o assunto do abuso sexual atual e do qual se estende com relação aos imigrantes que vão para a França e que muitos deles são de origem de governos Patriarcados. Por conta disso, Claire se apresenta como uma personagem complexa, do qual culpa os imigrantes pelo aumento dos números de abuso sexual pelo país, mas não observando o fato que esses atos cometidos podem acontecer independente de qualquer nacionalidade que seja. Ao ver diante da possibilidade de ter um filho abusador ela acaba, então, encarando o próprio veneno diante da proliferação dos mais diversos discursos vindos da internet.

O terceiro ato do filme faz com que obra entre facilmente na lista do subgênero "Filmes de Julgamentos" e dos quais fazem com que nós não piscamos os olhos. Na medida em que o julgamento avança, concluímos que talvez a culpa esteja não somente dentro desse crime em si, como também da possibilidade da própria sociedade ser responsável pela formação de uma geração que não busca uma noção sobre quais são os verdadeiros limites com relação ao sexo e cujo o abuso realmente acontece quando se atravessa esse limite e se tornando então um verdadeiro crime. A cena final por si só é emblemática, pois talvez não cabe a nós somente tirarmos as nossas próprias conclusões sobre o que realmente tenha acontecido, mas sim como também os próprios envolvidos durante o ato.

"A Acusação" fala sobre o papel da Justiça perante um crime do qual coloca em xeque o status atual de uma sociedade genuinamente abusiva e hipócrita. 

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Muito Além do Jardim'

Segue a programação do Clube de Cinema na próxima terça-feira.


CICLO NOVA HOLLYWOOD

Sessão comentada Clube de Cinema

(MOSTRA CINECLUBES - SALA REDENÇÃO)

ENTRADA FRANCA


Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 13/12/2022, terça-feira, às 19:00 horas

"Muito Além do Jardim" (Being There)

EUA, 1979, 130 min, legendado, 10 anos


Direção: Hal Ashby

Elenco: Peter Sellers, Shirley MacLaine, Jack Warden, Melvyn Douglas, Richard Dysart, Richard Basehart

Sinopse: Chance, um homem ingênuo, passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Quando seu patrão morre, é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand, um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente. Curiosamente, tudo dito por Chance é considerado genial. Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance.


Sobre o Filme: 

Hal Ashby foi um cineasta que possuía uma maneira incomum ao falar sobre as metamorfoses que os EUA estavam passando na década de 70. No seu longa "Ensina-me a Viver" (1971), por exemplo, fala sobre um casal inusitado em meio a uma sociedade norte americana alienada e que não sabia ao certo em que caminho trilhar em meio a tamanhas turbulências políticas e sociais. O seu clássico "Muito Além do Jardim" (1979) fala sobre um indivíduo que não possui nenhum peso sobre esse mundo do qual poderia carregar e fazendo com que ele se torne incomum aos olhos de uma sociedade cansada e mastigada pelo sistema que os mantem presos.

Baseado no livro do escritor polonês Jerzy Kosinski, o filme conta a história de Chance (Peter Sellers), um homem ingênuo, que passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Ele nunca entrou em um carro, não sabe ler ou escrever, não tem carteira de identidade, resumindo: não existe oficialmente. Quando seu patrão morre, é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand (Melvyn Douglas), um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente (Jack Warden). Curiosamente, tudo dito por Chance ou até mesmo o seu silêncio é considerado genial. Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance.

A primeira vez que eu assisti ao filme ele me fez lembrar de "Forrest Gump" (1994), já que ambos os protagonistas são inocentes perante a realidade em que vivem. Porém, Chance vai muito mais além, já que é uma pessoa que nunca havia tido contato com o exterior, a não ser através da TV e agindo de acordo com que viu ao longo dos anos através desse meio de comunicação. Curiosamente, o filme veio em um momento em que o cinema estava fazendo até mesmo uma crítica acida com relação aos meios de comunicação, pois basta pegarmos o clássico da época "Rede de Intrigas" (1976) para termos uma noção da dimensão sobre a manipulação que o indivíduo passava devido a disputa pela audiência televisiva.

Porém, Chance não é uma pessoa exatamente moldada por esses meios, mesmo sendo uma forma dele se comunicar com o mundo exterior, mas sim alguém que responde tudo de uma forma franca e fazendo os demais em volta se perguntarem de que buraco essa pessoa surgiu, ou se realmente existiu. Esses demais personagens em volta dele, por sua vez, já estão mais do que mastigados em meio as inúmeras informações, corrida contra o relógio, a busca pelo poder e uma chance pelo reconhecimento. Chance, por outro lado, age como se a recém tivesse nascido e agindo com naturalidade perante esse mundo louco.

Conhecido pelas comédias clássicas como "A Pantera Cor de Rosa" (1963) e da obra prima "Dr. Fantástico" (1964), Peter Sellers obtém aqui a melhor atuação de sua carreira, ao construir para si um personagem que transita entre a ingenuidade e ao mesmo tempo transmite uma sabedoria através de sua simplicidade para uma sociedade que começou a desconhecer a real beleza da vida mais simples. Se naqueles tempos essa mesma sociedade já estava mais do que presa ao jogo político ou um sistema capitalista ferrenho, o que dizer da geração de hoje cada vez mais presas em seus celulares e que se esquecem de apreciar o céu acima de suas cabeças.

O filme possui um elenco de peso, onde se destaca uma Shirley MacLaine mais bela do que nunca e cuja a curiosidade de sua personagem pelo protagonista irá leva-la para uma noite de amor inusitada. Aliás, é interessante como o filme descreve o sexo daqueles tempos, sendo uma sociedade que cada vez mais se encontra impotente devido ao estresse do dia a dia e procurando meios para obter o prazer há tanto tempo perdido. Isso rende situações hilárias, como no caso, por exemplo do Presidente do país que fica cada vez mais perdido sobre quem é Chance e não podendo satisfazer a sua própria mulher.

O filme possui também uma tocante interpretação do veterano Melvyn Douglas, que interpreta o empresário que acolhe o protagonista em sua casa, mas mal sabendo de sua verdadeira pessoa. Aliás, o mistério sobre a real natureza do personagem central resiste até o seu minuto final, quando vemos o mesmo caminhar calmamente em uma lagoa sem afundar e fazendo com que até hoje muitos tenham diversas interpretações sobre a enigmática cena. Ao meu ver, enquanto os demais personagens se encontram pesados e presos sobre os rumos da vida em que irão tomar no país, o protagonista, por outro lado, se encontra livre de toda essa bagagem e seguindo em frente sem nenhuma direção exata, mas que com certeza obterá uma nova aventura na vida.

"Muito Além do Jardim" é sobre alguém desprendido do mundo sistemático enquanto os demais já estão mais do que perdidos e presos em suas próprias ambições e o que fazem se tornarem menos humanos. 


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Cine Dica: Fora da Copa, Portugal e Brasil "Olham Pra Elas".

Nesta terça-feira, 13/12, o nosso documentário em longa-metragem "OLHA PRA ELAS" será exibido no Museu das Comunicações de Lisboa, como parte do FESTIn - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa. A exibição será às 18h locais e 15h de Brasília.  A entrada é gratuita, por ordem de chegada. A lotação da sala é de 100 lugares.

Estaremos representados presencialmente pelo argumentista e produtor Luca Alverdi, sócio gerente da Cabiria Productions, e pela produtora executiva Isabel Feix. Após a exibição do documentário será realizada uma videoconferência/Cinedebate transmitidos pelo canal do YouTube Falange TV. 

Participarão do debate os dois realizadores brasileiros, Tatiana Sager e Renato Dornelles (diretores e roteiristas), o italiano Luca Alverdi (coautor, coprodutor e editor do filme) e a Profa. portuguesa Dália Costa, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP).

 

Exibição "Olha Pra Elas" | Conexões Festin - https://www.youtube.com/watch?v=XiQCsbasmW4

Debate sobre o filme "Olha Pra Elas" | Conexões Festin - https://www.youtube.com/watch?v=MdRjvaI-93s

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Cine Especial: 'Casablanca' - 80 Anos Depois

Na era de ouro do cinema norte americano a toda poderosa Warner lançava, ao menos, um filme por semana e fazendo com que facilmente alguns deles entrassem para a história. Cada filme pertencia há um gênero, mas havia um ou outro que era muito difícil de ser classificado. A obra prima de Michael Curtis, "Casablanca" (1942) é um dos desses casos que muitos até hoje se perguntam de qual gênero o filme pertence, pois ele acabou se tornando algo único e que talvez não pertença em nenhum grupo especifico.

Nunca me esqueço, por exemplo, sobre uma lista dos melhores filmes de Guerra de todos os tempos, do qual a saudosa Revista Set de cinema havia lançado em uma edição e que "Casablanca" estava incluso. Não demorou para que muitos leitores começassem a questionar a escolha, já que na época quando se falava sobre filme de guerra muitos se lembravam de bombas, tiros e mortes e principalmente após o ótimo "O Resgate do Soldado Ryan" (1998). Talvez o questionamento nasça pelo fato que a maioria dos cinéfilos se lembrem de “Casablanca” unicamente pela sua história de amor e não pelo conflito global que servia de pano de fundo para a trama principal. Se formos pensar mais a fundo todos os personagens envolvidos se conhecerem através da invasão da Alemanha nos demais países Europeus e criando assim uma segunda guerra em que os personagens enfrentam, mais especificamente por sentimentos e conflitos internos não resolvidos.

Rick Blaine (Humphrey Bogart) se apresenta como um dono de um bar e de jogos na cidade Casablanca de Marrocos, local onde muitos Europeus estão fugindo devido a onda nazista que se alastra. Frio e calculista, o personagem baixa a sua guarda no momento em que revê um amor de seu passado, Ilsa Lund (Ingrid Bergman) e que hoje é casada com o francês Victor Laszlo (Paul Henreid) soldado da resistência contra os nazistas. Não demora muito para que, aos poucos, o roteiro nos revele o passado do casal central e dos quais os mesmos se conheceram um dia em Paris.

Basicamente é uma história de amor como tantas que a era de ouro poderia nos oferecer para a época, mas sendo incrementado elementos que fizeram a diferença. Com grande elenco, a produção possui uma das produções mais caprichadas naqueles tempos, tanto é pelo fato que os atores jamais pisaram em Marrocos, pois toda a trama foi rodada em estúdio, mas o perfeccionismo dos realizadores foi tamanho que muitos até hoje acreditam que realmente a trama foi rodada na verdadeira Casablanca. Vencedor de somente três Oscars na época, incluindo Melhor Filme, é pouco para uma produção que nos conquista pela sua beleza visual e de sua história de amor.

Vale salientar que o filme é carregado de diversas fórmulas de sucesso do "subgênero Noir", que na época estava em abundância e a escolha de Humphrey Bogart como protagonista era mais do que óbvia. Afinal, o astro recém havia obtido um grande sucesso com o clássico "O Falcão Maltes" (1941), obra máxima de John Huston e do qual Bogart provou que nasceu para interpretar um detetive durão e imprevisível. Embora longe de ser uma trama policial, não há como negar que visualmente o filme nos prega essa ideia e com o astro em cena essa sensação somente se acentua.

Fugindo das damas fatais da época, Ingrid Bergman apresenta a sua personagem Ilsa Lund como alguém que desde a sua primeira cena já constatamos que ela se encontra em desespero interno e que conhecemos um pouco dele através do personagem cantor e pianista Sam (Dooley Wilson), amigo de Rick e que toca o seu piano no bar local. No momento em que ambos se encontram Ilsa pede para Sam cantar a música "As Time Goes By" e é então que ela e Rick finalmente se reencontram. Vale destacar que essa música entrou para a história do cinema, ao ponto de se tornar um símbolo do estúdio Warner e fui conhece-la muito antes de assistir ao clássico, mais especificamente em um clipe em que reunia diversas cenas dos clássicos do estúdio e que se encontrava nas fitas de VHF que eu alugava.

Como todo grande clássico, há diversas cenas que fizeram o filme entrar facilmente para a história do cinema, mas nenhuma se iguala com a cena final da pista de voo de Casablanca. O protagonista sacrifica o seu amor por um bem maior e permite que Ilsa e Victor partam para os EUA para fugir dos nazistas. Neste momento, o protagonista está pronto para sofrer as consequências nas mãos da Gestapo, mas sendo salvo pelo Capitão Renault (Claude Rains). Ao fim, vemos o protagonista testemunhando o avião partir, mas tendo o consolo de formar uma bela amizade com Renalt e fazendo o filme se encerrar com chave de ouro.

"Casablanca" é aquele típico clássico onde você não conhece pela primeira vez quando o assiste, mas sim através de homenagens e referencias do mesmo dentro de outros filmes, desenhos e séries de tv. Portanto, se você testemunhar alguém tocando "As Time Goes By"  conhecerá uma parte da lenda antes mesmo de conhece-la. "Casablanca", não pertence a um gênero especifico, mas sim se encontra inserido nos simbolismos da sétima arte como um todo.

Nota: O filme terá Sessão Especial amanhã as 19 horas na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre. 

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (09/12/2022)

 ARMAGEDDON TIME

Sinopse: Em Armageddon Time, na Nova York dos anos 1980, antes de Ronald Reagan ser eleito presidente dos Estados Unidos, uma família vive no Queens e precisa passar por um processo profundamente pessoal. Traçando uma trajetória intensa de amadurecimento, o longa aborda a força da família e a busca que atravessa gerações pelo "sonho americano". 


CLARICE LISPECTOR – A DESCOBERTA DO MUNDO

Sinopse: Ensaio documental criado a partir de uma seleção de depoimentos da escritora, entrevistas com amigos e familiares em uma costura poética visual com trechos adaptados da sua obra. O filme contempla a exibição de material inédito e resgata a participação de Clarice Lispector no programa "Os mágicos" da TV Educativa, em dezembro de 1976.



ELA DISSE

Sinopse: Inspirado em eventos reais, a história de duas jornalistas do New York Times que mudou Hollywood. Megan Twohey e Jodi Kantor escrevem uma das histórias mais importantes de uma geração, que ajudou a lançar o movimento #MeToo e quebrou décadas de silêncio em torno do assunto de agressão sexual em Hollywood. 



IRMÃOS DE HONRA

Sinopse: Conta a história real de dois jovens pilotos de caça da Marinha dos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia. Jesse Brown (Jonathan Majors) e Tom Hudner (Glen Powell) são aceitos em um esquadrão de elite para treinamento e serão levados ao limite para se tornarem os melhores pilotos enquanto formam uma forte amizade, que será testada no campo de batalha.



MUCO: CONTRADIÇÃO NA TRADIÇÃO

Sinopse: Os primeiros princípios éticos do Yoga (Yamas) conduzem a trama do documentário Muco: contradição na tradição. O filme apresenta dois irmãos brasileiros que viajam à Índia a fim de entender as implicações que essa prática tem em nossa sociedade. Ao longo da jornada desvelam-se verdades ocultas da Índia que colocam em xeque a própria tradição do Yoga.



PRONTO, FALEI

Sinopse: Renato (Nicolas Prattes) é um jovem tímido e inseguro, que expressa o que verdadeiramente pensa apenas através de e-mails. Escreve para o colega de trabalho (Romulo Arantes Neto), para a namorada (Kéfera Buchmann), para os pais... não esconde nada, diz tudo o que pensa. Absolutamente tudo! E na hora de enviar... não envia. Grava na pasta de rascunhos. 



RUÍDO BRANCO

Sinopse: Ao mesmo tempo hilário e horripilante, RUÍDO BRANCO retrata o drama de uma família americana contemporânea que tenta lidar com os conflitos da vida cotidiana em meio a questões filosóficas e universais, como o amor, a morte e a possibilidade de felicidade em um mundo repleto de incertezas.


SOL

Sinopse: Um pai recém-separado, que não consegue se reconectar com a filha de dez anos, é obrigado a viajar com ela para o interior do País em busca do próprio pai que o abandonou quando criança e agora quer morrer. 



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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 8 A 14 DE DEZEMBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

BEM-VINDOS A BORDO 


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h45 – GOLIAS    ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Goliath - França, 2021, 120min). Direção de Frédéric Tellier, com Gilles Lellouche, Pierre Niney, Emmanuelle Bercot. Bonfilm, 14 anos. Drama.

Sinopse: Patrick é um advogado especializado em direito ambiental. France é uma professora que se torna ativista depois que o seu marido fica doente devido à exposição a um pesticida. E também há Mathias, um ambicioso lobista que trabalha para uma grande empresa química. Os destinos destes três personagens se cruzam à medida em que milhares de pessoas tentam se unir para impedir uma tragédia. Inspirado em uma história real, o filme fez parte da programação do Festival Varilux de Cinema Francês.


17h – BEM-VINDOS A BORDO    ESTREIA  Assista o trailer aqui.

(Rien à Foutre - França/Bélgica, 2021, 115min). De Emmanuel Marre e Julie Lecoustre, com Adèle Exarchopoulos, Alexandre Perrier, Mara Taquin. Synapse Filmes, 16 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Cassandre é comissária de bordo em uma companhia aérea de baixo custo. Ela dribla o salário baixo fazendo horas extras e sendo o mais eficiente possível – e compensa tudo com uma vida despreocupada. Quando a garota é demitida e precisa voltar para casa, surgem problemas que ela não queria enfrentar. O longa fez sua estreia na Semana da Crítica do Festival de Cannes.


19h – DEUS TEM AIDS (A PARTIR DE DOMINGO, DIA 11)  Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 80min). Documentário de Fábio Leal e Gustavo Vinagre. Vitrine Filmes, 18 anos.

Sinopse: Quarenta anos depois do início da epidemia de AIDS, sete artistas e um médico ativista - todos vivendo com o HIV -, oferecem novas imagens e perspectivas para lidar com a sorofobia no Brasil. O filme participou da mostra competitiva do 29º Mix Brasil e também ganhou os prêmios de melhor filme e de público no Queer Porto.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


15h – A ACUSAÇÃO Assista o trailer aqui.

(Les Choses Humaines - França, 2022, 138min) Direção de Yvan Attal, com Ben Attal, Suzanne Jouannet, Charlotte Gainsbourg, Mathieu Kassovitz, Pierre Arditi. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Alexandre é um jovem educado e inteligente que estuda em uma concorrida universidade americana. Quando vai a Paris, por motivos familiares, Alexandre conhece Mila, a filha do novo namorado de sua mãe. Os dois jovens vão juntos a uma festa e, no dia seguinte, Mila denuncia Alexandre por estupro. Toda a aparente harmonia familiar desaparece e tem início um complexo julgamento que apresenta verdades opostas. O filme é adaptado do romance homônimo da francesa Karine Tuil.


17h30 – KOBRA AUTO RETRATO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 85min). Documentário de Lina Chamie. Imovision. 10 anos.

Sinopse: Em uma noite de insônia, Eduardo Kobra revê sua vida desde a infância difícil na periferia até o sucesso mundial como muralista. Nessa trajetória de vida, do grafite ilegal nas ruas de São Paulo até pintar grandes murais em mais de 30 países, Kobra passa a entender a arte de rua como voz política e democrática.


19h15 – MOSTRA XIII BRAZILIAN FILM FESTIVAL

O ingresso para os filmes equivale a um brinquedo, que será doado para o Centro Social Madre Madalena.


09/12 (sexta) - 19h15 – A Última Floresta

10/12 (sábado) - 19h15 – Os Arrependidos

11/12 (domingo) - 19h15 – Pixinguinha – Um Homem Carinhoso


DIA 09, SEXTA

19h15 – A ÚLTIMA FLORESTA

(Brasil, 2021, 75min). Direção de Luiz Bolognesi.

Sinopse: Em um grupo Yanomani isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. + Acompanha o curta “Filhas de Lavadeiras” (22min), de Edileuza Souza.


DIA 10, SÁBADO

19h15 – OS ARREPENDIDOS

(Brasil, 2022, 83min). Direção de Armando Antenore e Ricardo Calil.

Sinopse: Em 1970, auge da repressão pela ditadura militar, cinco guerrilheiros presos vieram a público renegar a luta armada e elogiar o regime. Com a repercussão das declarações, o governo resolveu transformar as retratações em prática de Estado e passou a torturar opositores para que fizessem o mea-culpa. + Acompanha o curta “Fantasma Neon” (20min), de Leonardo Martinelli.


DIA 11, DOMINGO

19h15 – PIXINGUINHA – UM HOMEM CARINHOSO

(Brasil, 2021, 100min). Direção de Denise Saraceni e Allan Fiterman.

Sinopse: Cinebiografia sobre a vida e a obra de Alfredo da Rocha Vianna Jr, o Pixinguinha (1897–1973), considerado o pai da Música Popular Brasileira. Neto de escravos, foi um gênio musical muito à frente de seu tempo e ganhou o reconhecimento de artistas como Tom Jobim, João Gilberto e Caetano Veloso. Sua composição “Carinhoso” é a música brasileira mais gravada de todos os tempos. + Acompanha o curta “Belos Carnavais” (16min), de Tiago Mendonça.


DIA 13, TERÇA    ENTRADA FRANCA

19h30 – SESSÃO ESCOLA DE CINÉFILOS


Exibição de Curtas de Barbara Hammer, na abordagem do Cinema Queer.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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