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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 08 a 14 DE DEZEMBRO

 ESTREIA:

ÊXTASE

Brasil/ Documentário/ 2022/80 min.

Direção: Moara Passoni

Sinopse: Clara enfrenta o medo e a vulnerabilidade criando um mundo onde ela se sente capaz de controlar tudo, até privar-se de alimento. Mas uma vida feita de restrição e tortura pode aparentar o seu contrário e ser extremamente sedutora. Até que esse delírio aprisionante se rompa, a menina levará seu corpo até o limite.



EM CARTAZ:


DEUS TEM AIDS

Direção: Gustavo Vinagre e Fabio Leal.

Brasil/ Documentário/2021/ 82 min.

Sinopse: Deus Tem Aids é um documentário que explica e dá luz a uma nova perspectiva sobre a AIDS. Sete artistas e um médico ativista dão depoimentos, marcando quarenta anos após o início da pandemia do vírus no Brasil e buscando o enfrentamento da sorofobia nos dias de hoje.

Elenco: Carué Contreiras, Ernesto Filho, Flip Couto, Kako Arancibia, Marcos Visnadi, Micaela Cyrino, Paulx Castello, Ronaldo Serruya


BREVE HISTÓRIA DO PLANETA VERDE

Direção: Santiago Loza

Brasil/Argentina/Alemanha/Drama/2019/75min.

Sinopse:"Nós somos um pouco estranhos”, diz Pedro na presença de Daniela e Tania. Eles estão prestes a revelar para alguém o que há dentro da maleta que carregam: um alienígena do tamanho de uma criança, com coloração roxa e grandes olhos pretos. Os três amigos estão passando por uma fase de diversos desencantos em suas vidas e estiveram nos últimos dias seguindo um mapa deixado pela avó de Tania, que acabou de falecer. Seu último desejo era de que o alien retornasse ao lugar onde aparecera na Terra. Levemente surpresa, mas relativamente despreocupada com a descoberta de que sua avó passara os últimos anos de sua vida como cuidadora de um fofo alienígena, Tania, uma mulher trans, embarca com seus amigos em uma jornada através de uma pequena cidade argentina. Com o desenrolar de sua viagem, o vazio emocional que vivem dá lugar a uma força recém-descoberta.

Elenco:Romina Escobar (Tania), Paula Grinszpan (Daniela), Luis Soda (Pedro)


HORÁRIOS DE 08 A 14 DE DEZEMBRO:

(não há sessões nas segundas-feiras)


15h: BREVE HISTÓRIA DO PLANETA VERDE

17h: DEUS TEM AIDS

19h: EXTASE


ATENÇÃO; DIA 8, ÀS 19H, APÓS A SESSÃO HAVERÁ UM DEBATE COM A DIRETORA MOARA PASSONI E CONVIDADOS. 


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

Cine Dica: Clássicos na Cinemateca [ PROGRAMAÇÃO DE 8 a 14 de dezembro de 2022]

 Cinemateca Capitólio tem semana com filmes clássicos e abre mostra que celebra a era de ouro do VHS

Blade Runner


PROGRAMAÇÃO DE 8 a 14 de dezembro de 2022

Mais uma semana movimentada na Cinemateca Capitólio, com uma programação que comemora vários aniversários importantes. Como o ano está prestes a acabar, os 80 anos de lançamento de Casablanca, de Michael Curtiz, e Soberba, de Orson Welles (ambos lançados em 1942), os 60 anos de O que Terá Acontecido a Baby Jane? (lançado em 1962) e os 40 anos de Blade Runner – O Caçador de Androides (lançado em 1982) não irão passar em branco, com sessões que prometem atrair um grande número de espectadores apaixonados por este quarteto de clássicos do cinema.

Na terça-feira, dia 13/12, acontece a abertura da última mostra do ano, A Era do VHS, que será dividida em duas partes, se estendendo até janeiro de 2023. A mostra foi concebida para relembrar o impacto revolucionário que a chegada ao mercado do homevideo, no começo da década de 80, provocou, tanto em termos técnicos, culturais e comportamentais. O primeiro player de VHS fabricado no Brasil foi lançado em 1982, sendo esta considerada portanto a data oficial do nascimento do VHS no país, embora antes disso aparelhos importados e fitas piratas já estivessem circulando em menor escala. A mostra inaugura na terça-feira, dia 13 de dezembro, às 19h, com a exibição de Videdrome – A Síndrome do Vídeo, de David Cronenberg. A divulgação completa da mostra que será enviada nos próximos dias.

 Já o cinema gaúcho continua em cartaz com Os Bravos Nunca se Calam, de Marcio Schoenardie, que no domingo, dia 11, às 18h30, terá sessão comentada por integrantes da equipe do filme.


SINOPSES DOS FILMES


Soberba

The Magnificent Ambersons (R$10,00)

Direção de Orson Welles

EUA, 1942, 88 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Isabel Amberson (Dolores Costello), uma jovem herdeira de uma das famílias mais ricas de Indianápolis, recebe uma proposta de casamento do belo e impetuoso Eugene Morgan (Joseph Cotten). No entanto ela escolhe se casar com o tedioso Wilbur Minafer (Don Dillaway). Anos se passam e, após a morte do marido de Isabel, Eugene, hoje um rico fabricante de automóveis, tenta se reaproximar dela. No entanto, George (Tim Holt), o filho de Isabel e Wilbur, se opõe a essa união. O segundo e magnífico longa de Orson Welles, realizado após a sua controversa estreia com Cidadão Kane no ano anterior (1941). Adaptação do premiado romance de Booth Tarkington, o filme acompanha a saga da família Amberson, do esplendor à decadência, e foi mutilado pelos produtores.


O que Terá Acontecido a Baby Jane?

What Ever Happened to Baby Jane? (R$ 10,00)

Direção de Robert Aldrich

EUA, 1962, 134 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Jane Hudson (Bette Davis) é uma ex-estrela infantil idosa, que cuida de sua irmã Blanche (Joan Crawford), também uma ex-atriz de sucesso que teve sua carreira interrompida por um acidente de carro e agora está presa a uma cadeira de rodas. Obcecada por recuperar a fama, Jane tenta esconder a existência de Blanche de médicos, visitantes e vizinhos, enquanto planeja uma maneira de se livrar da irmã. O filme que ressuscitou as carreiras de Davis e Crawford, em um duelo de atuações como poucas vezes se viu na tela.


Casablanca

Casablanca (R$ 10,00)

Direção de Michael Curtiz

EUA, 1942, 102 minutos

Classificação indicativa: livre

Durante a Segunda Guerra, um exilado norte-americano (Humphrey Bogart) encontra refúgio na cidade de Casablanca, no Marrocos, e passa a administrar uma casa noturna. Ele reencontra uma antiga paixão (Ingrid Bergman), que agora está casada e precisa de ajuda para fugir dos nazistas. Clássico absoluto do melodrama hollywoodiano, é um dos filmes mais populares e influentes da história do cinema.


Videodrome – A Síndrome do Vídeo

Videodrome (R$ 10,00)

Direção de David Cronenberg

EUA, 1983, 87 minutos

Classificação indicativa: 18 anos

Max Renn (James Woods), dono de uma pequena emissora de televisão a cabo, capta imagens de pessoas torturadas e mortas. Logo, ele descobre que a transmissão se chama Videodrome, é gerada em Pittsburgh e é muito mais que um programa sensacionalista em busca de espectadores mórbidos. Trata-se de um experimento que usa a televisão para alterar permanentemente as percepções das pessoas, causando sérios danos cerebrais. Obra-prima do diretor canadense David Cronenberg, Videodrome é um dos títulos que melhor sintetiza as suas obsessões estéticas, e conta com a participação da cantora Blondie no elenco.


Mamãe é de Morte

Serial Mom (R$ 10,00)

Direção de John Waters

EUA, 1994, 95 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Beverly Sutphin (Kathleen Turner) tem uma vida familiar feliz, com seus filhos e seu marido dentista. Porém, quando a professora despreza um de seus meninos, a esposa perfeita desenvolve um gosto insaciável por assassinatos, a começar pela educadora de seu filho. Hilariante comédia negra de John Waters, com grande atuação de Kathleen Turner.


Blade Runner – O Caçador de Androides

Blade Runner (R$ 10,00)

Direção de Ridley Scott

EUA, 1982, 117 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de recompensas. Seu trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance surge ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte. O clássico da ficção científica que consolidou as carreiras de Harrison Ford e Ridley Scott e tornou-se uma obra de culto desde a sua estreia.


GRADE DE HORÁRIOS

8 a 14 de dezembro de 2022


8 de dezembro (quinta-feira)

15h – Os Bravos Nunca se Calam

17h – Os Bravos Nunca se Calam

19h – Soberba

9 de dezembro (sexta-feira)

19h – O que Terá Acontecido a Baby Jane?


10 de dezembro (sábado)

15h – Soberba

17h – Os Bravos Nunca se Calam

19h – Casablanca


11 de dezembro (domingo)

16h – O que Terá Acontecido a Baby Jane?

18h30 – Os Bravos Nunca se Calam (sessão comentada com a equipe do filme)


13 de dezembro (terça-feira)

15h – Casablanca

17h – Os Bravos Nunca Se Calam

19h – Sessão de abertura da mostra A Era do VHS, com a exibição de Videodrome – A Síndrome do Vídeo, de David Cronenberg


14 de dezembro (quarta-feira)

15h – Mostra A Era do VHS (Mamãe é de Morte)

17h – Os Bravos Nunca se Calam

19h – Mostra A Era do VHS (Blade Runner – O Caçador de Androides)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Cine Dica: Streaming - 'Você Não Estará Só'

 Sinopse: Uma jovem é sequestrada e transformada em bruxa na Macedônia do século 19 por um espírito antigo. Curiosa sobre a vida humana, essa nova entidade assume a forma de uma de suas vítimas. 

Os contos de fadas originais criados pelos Irmãos Grimm possuem um teor muito mais sombrio do que nós imaginamos e que muitos não possuem esse conhecimento por conhecerem mais as suas adaptações orquestradas pelo estúdio Disney ao longo das décadas. Porém, "A Bruxa" (2015) é um exemplo de como se explora a raiz original destes contos, cujo o seu folclore possui algum fundamento e alinhado com os mistérios da natureza que até hoje o homem não sabe ao certo como explicar por completo. "Você Não Estará Só" (2022) vai ainda mais além, ao mostrar a cruzada de uma jovem bruxa em meio a selvageria, pureza e os costumes da vida humana.

Dirigido por Goran Stolevski, a trama se passa na Macedônia do século 19, onde um bebê é sequestrado pela sua própria mãe para não ser pega por uma velha bruxa local. Porém, a bruxa encontra a criança e a liberta para conhecer o mundo, porém, carregando dentro de si os dons que ela havia passado. Curiosa sobre a vida humana, a jovem bruxa acidentalmente mata uma camponesa na aldeia vizinha e depois assume a forma de sua vítima para viver em sua pele. Sua curiosidade então acende, e ela decide continuar a exercer esse poder terrível para entender o que significa ser humano.

Se resumirmos o filme dessa forma ele pode ser facilmente mal interpretado, pois a produção de Goran Stolevski vai muito além disso. Para começar o filme é cru, onde a fantasia transita com o realismo e faz com que o gênero fantástico inserido dentro da trama se torne um mero detalhe, mas ao mesmo tempo essencial para o desenvolvimento da trama. Na medida que a jovem bruxa vai adentrando os costumes dos seres humanos ela logo vai aprendendo sobre as suas regras, costumes e ao mesmo tempo o lado selvagem que se encontra dentro deles.

Goran Stolevski opta em fazer com que a sua câmera se torne uma espécie de nosso guia, ao acompanhar essa jovem confusa que vai aos poucos adentrando ao mundo ainda desconhecido para ela e fazendo com que cada detalhe, seja vindo do ser humano ou da natureza, se torne algo complexo e que merece ser explorado. Em alguns momentos, por exemplo, o filme me lembrou do maravilhoso "A Arvore da Vida" (2011) de Terrence Malick, pois em ambos os casos se fala sobre a cruzada do ser humano no decorrer da vida, sobre o qual é o seu papel no mundo e perante a teia cheia de regras criada pelo mesmo.

O filme também não esconde uma crítica ácida sobre o papel da mulher de ontem e hoje, da qual muitas foram queimadas vivas na fogueira ao serem taxadas meramente de bruxas, quando na verdade algumas estavam somente desfrutando da riqueza vinda da natureza. O papel da igreja, aliás, somente serviu em tempos mais antigos como esse aqui retratado em embebedar a sociedade com diversas crendices e simplificando o papel da mulher em simplesmente parir e servir ao homem. Aqui no caso, vemos a protagonista compreender o melhor e o pior desses dois lados da moeda e ao mesmo tempo tentando caminhar a sua própria jornada e não obedecendo as regras, seja elas vinda da velha bruxa, ou da humanidade que a fez ficar curiosa em conhece-la.

Em tempos em que o "Pós-Terror" está obtendo passos largos dentro do gênero, é sempre interessante observar quando surge filmes como esse, ao se apresentar como uma trama fantástica, mas sabendo se alinhar com questões que nos faz pensar após a sessão do cinema. Se hoje o cinema comercial anda cada vez mais preso em sua velha fórmula de se fazer dinheiro, ao menos, um pequeno filme como esse que surge do nada acaba se tornando, enfim, um grande alívio para os nossos olhos e pensamentos. Representante da Austrália para o próximo Oscar, "Você Não Estará Só" é um dos mais belos e interessantes filmes do ano, cuja a sua trama nos enfeitiça e fazendo até mesmo a gente se esquecer do lado mais fantasioso e sombrio de sua história.  

Onde Assistir: Google Play Filmes 

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Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - A Acusação

Segue a programação do próximo final de semana. A sessão será no domingo para evitar colisão com jogos da Copa do Mundo.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA


Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 11/12/2022, domingo, às 10:15 da manhã


"A Acusação" (Les Choses Humaines)

França, 2022, 138 min, 14 anos


Direção: Yvan Attal

Elenco: Ben Attal, Suzanne Jouannet, Charlotte Gainsbourg, Mathieu Kassovitz, Pierre Arditi


Sinopse: Alexandre é um jovem educado e inteligente que estuda em uma concorrida universidade americana. Quando vai a Paris, por motivos familiares, Alexandre conhece Mila, a filha do novo namorado de sua mãe. Os dois jovens vão juntos a uma festa e, no dia seguinte, Mila denuncia Alexandre por estupro. Toda a aparente harmonia familiar desaparece e tem início um complexo julgamento que apresenta verdades opostas. O filme é adaptado do romance homônimo da francesa Karine Tuil.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Cine Dica: Streaming - 'Sorria'

Sinopse: Após um paciente cometer um suicídio brutal em sua frente, a psiquiatra Rose é perseguida por uma entidade maligna que muda de forma. Enquanto tenta escapar desse pesadelo, Rose também precisa enfrentar seu passado conturbado para sobreviver. 

Em tempos em que as super produções de Super Heróis domina o mercado cinematográfico como um todo é sempre bom ver o fato que, ao menos, o gênero de horror sobrevive e com força nestes últimos tempos. Embora ainda usando alguns clichês básicos de sucesso é interessante observar que a reciclagem de algumas ideias anteriores pode ainda dar certos frutos desde que sejam bem dirigidos. "Sorria" (2022) é um desses casos em que a trama não traz algo muito de novo dentro do gênero, mas se sustenta pela sua direção, a boa atuação do elenco e nos momentos assustadores que nos fazem pular da poltrona instantaneamente.

Dirigido por Parker Finn, o filme conta a história da Dra. Rose Cotter (Sosie Bacon), cuja a sua vida muda drasticamente, após uma paciente morrer de forma brutal em sua frente, e ela testemunhar o incidente bizarro e traumático no consultório. A partir daí, ela começa a experimentar ocorrências assustadoras que ela não consegue explicar, mas que de alguma forma, se relacionam com a morte que ela presenciou. Para entender o fenômeno que não sai de sua cabeça, a Dra. irá atrás de respostas, mesmo que o mal também já esteja perseguindo-a, e tudo que ela mais quer, é também fugir.

A trama me fez lembrar do ótimo "A Corrente do Mal" (2015), em que os personagens transavam e transmitiam durante o ato uma entidade diabólica que os assombrava a todo momento. Aqui, trocasse o ato carnal para o assassinato, mas tendo alguns pontos semelhantes dentro da história, com o direito de a protagonista ir atrás de respostas do porque estar acontecendo tudo isso com ela e possuindo também algumas pinceladas dentro da trama que me fizeram lembrar do ótimo “Arraste-Me para o Inferno” (2009) de Sam Raimi. Porém, diferente dos filmes citados, aqui o mal tem a representação de um rosto maligno sorridente e quando ele surge na abertura do filme é desde já um dos momentos mais assustadores que eu vi nos últimos tempos.

Vale salientar que a obra possui um clima mórbido, do qual nos transmite um realismo claustrofóbico para a protagonista e da qual lida, não somente com um assunto inexplicável, como também de uma tragédia pessoal e da qual não soube lidar ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, é interessante observar como o roteiro lida com os demais personagens em volta da protagonista, já que quase todos não sabem lidar com as suas ações e agem de uma forma mesquinha e que não querem lidar com isso em hipótese alguma. Uma pequena, porém, certeira crítica acida com relação a sociedade atual, cada vez menos humilde e querendo somente lidar com os seus afazeres pessoais ao invés de se envolver em ajudar alguém.

Embora um pouco conhecida para a maioria do público Sosie Bacon é aquela típica atriz que se entrega de corpo e alma em uma atuação que exige tanto o físico como também saber transmitir a confusão mental em que a sua personagem está passando. O seu desempenho, aliás, me lembrou bastante da extraordinária atuação da atriz Essie Davis do incrível "O Babadook" (2014), já que ambos os filmes as protagonistas transitam entre a lucides e a loucura e quase não sabendo lidar com as situações que fogem de qualquer lógica. Logicamente, o filme se encerra com a possibilidade grande de uma continuação, mas isso não enfraquece o seu final, já que ele é corajoso, forte e que foge do convencional dentro do gênero.

"Sorria" pode até usar ideias já exploradas em outros filmes, mas que não deixa de ser uma obra assustadora e que nos desconcerta com as suas imagens mórbidas. 

Onde Assistir: Prime Vídeo. 

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Cine Dica: Cineclubes gaúchos exibem sessões comentadas na Sala Redenção

Os Incompreendidos 


Partindo do pressuposto de que pensar o cinema é tão importante quanto fazê-lo, a Sala Redenção apresenta a “Mostra Cineclubes”, de 7 a 13 de dezembro. Cinco cineclubes ativos do Rio Grande do Sul foram convidados para participar da programação: Cinedrome, Clube de Cinema de Porto Alegre, Academia das Musas, Luz Vermelha e Zero4. Cada um desses grupos, que reúnem pessoas interessadas em conversar sobre cinema, ficou responsável por escolher os filmes e comentar as sessões.

A seleção busca representar os ideais de cada cineclube, levantando discussões, por exemplo, sobre a democratização do acesso ao cinema e a presença das mulheres no audiovisual. Do Brasil à União Soviética, passando por França e Venezuela, os filmes apresentam uma diversidade de locais de produção, de gêneros e temáticas. São eles: “Reverón” (1952), “Os incompreendidos” (1959), “Histórias que o nosso cinema (não) contava” (2017) e “Cuidado com o carro” (1966). Além disso, na sessão proposta pelo cineclube Zero4, são exibidos seis curtas-metragens do diretor brasileiro Lincoln Péricles.

A programação prevê sessões de segunda a sexta-feira, às 16h e às 19h, com entrada franca e abertas à comunidade em geral. O cinema universitário está localizado no campus central da UFRGS, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333. 


TEXTO CURATORIAL


FILME NÃO EXIBIDO É OBRA MORTA

Pensar cinema é tão importante quanto fazer cinema. Isto é, para que realizar um filme se ninguém vai ver? A arte não existe em um espaço vazio; o filme se torna aquilo que o espectador faz dele. Quem assiste e quem faz cinema estão em constante diálogo. Essa conversa, na verdade, pode ser a principal graça do cinema. Puxe um papo com seu amigo ao sair da sala, poste um tuíte engraçado ou comece um debate profundo em uma mesa de bar – um filme bom só nos deixa quietos durante a projeção. É a partir desse impulso que surgem os cineclubes. 

Cineclubes existem por causa da vontade de falar sobre cinema. Então, a Sala Redenção quer conversar também. Chamamos 5 cineclubes ativos do Rio Grande do Sul (Cinedrome, Academia das Musas, Zero4, Luz Vermelha e Clube de Cinema) e propomos um desafio: escolham filmes que vocês gostem (o que vocês quiserem!), debater é a única exigência.


Manu Couto – Bolsista da Sala Redenção

PROGRAMAÇÃO MOSTRA CINECLUBES


REVERÓN

(dir. Margot Benacerraf | Venezuela | 1952 | 23 min)

Documentário sobre o artista Armando Reverón, sua obra e o ambiente ao seu entorno.

07 de dezembro | quarta-feira | 19h – Sessão comentada pelo cineclube Cinedrome

13 de dezembro | terça-feira | 16h – Caso não tenha jogo do Brasil na Copa do Mundo


OS INCOMPREENDIDOS

(dir. François Truffaut | França | 1959 | 99 

Um garoto de 14 anos se rebela contra o autoritamin)rismo na escola e o desprezo dos pais. Rejeitado, passa a faltar aulas para frequentar cinemas ou brincar com os amigos. E como ele foge de casa, para viver é obrigado a fazer pequenos roubos.


07 de dezembro | quarta-feira | 16h


MUITO ALÉM DO JARDIM

(Dir. Hal Ashby | EUA | 1979 | 130 min)

Chance, um homem ingênuo, passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Quando seu patrão morre, é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, acidentalmente, é atropelado pelo automóvel de Benjamin Rand, um grande magnata que se torna seu amigo e chega a apresentá-lo ao Presidente. Curiosamente, tudo dito por Chance é considerado genial. Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance.

13 de dezembro | terça-feira | 19h – Sessão comentada pelo Clube de Cinema de Porto Alegre


CURTAS DE LINCOLN PÉRICLES

Carta de Interesse (2013 | 10 min)

O que é uma orquestra?

+

Filme dos Outros (2014 | 20 min)

Filme realizado a partir de imagens retiradas de cartões de memória que estavam em equipamentos de filmagem roubados.

+

Aluguel – O Filme (2015 | 16 min)

A reunificação pacífica não acontecerá.

+

Ruim é ter que trabalhar (2015 | 10 min)

Alguns dias antes da Copa do Mundo no Brasil, um operário reflete sobre seu trabalho.

+

Enquadro (2016 | 24 min)

Eles falam sobre seus trabalhos e sobre a polícia. Matéria fantasmagórica.

+

Filme de Domingo (2021 | 28 min)

Domingo de sol na quebrada. Um tio babão, uma mãe zika, uma criança artista.

08 de dezembro | quinta-feira | 16h

09 de dezembro | sexta-feira | 19h – Sessão comentada pelo Cineclube Zero4


HISTÓRIAS QUE O NOSSO CINEMA (NÃO) CONTAVA

(dir. Fernanda Pessoa | Brasil | 2017 | 79 min)

Uma releitura histórica sobre o período da ditadura militar no Brasil retratada por meio de imagens e sons exclusivos da pornochanchada, o gênero mais visto e produzido no país durante a década de 1970.

08 de dezembro | quinta-feira | 19h – Sessão comentada pelo cineclube Academia das Musas

12 de dezembro | segunda-feira | 16h


CUIDADO COM O CARRO

(dir. Eldar Ryazanov | URSS | 1966 | 90 min)

Detochkin é um vendedor de seguros procurado pelo roubo de vários carros. Ele, que rouba apenas pessoas de caráter questionável, conhece o investigador Maxim, e acaba descobrindo que ele está trabalhando no seu caso. Ambos dividem a paixão pelo teatro amador e os palcos na interpretação de “Hamlet”.

09 de dezembro | sexta-feira | 16h

12 de dezembro | segunda-feira | 19h – Sessão comentada pelo Cineclube Luz Vermelha


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'A Metamorfose dos Pássaros'

Sinopse: O filme-ensaio afetivo retrata a família de Catarina Vasconcelos e sua avó Beatriz, que se casou com um oficial da marinha chamado Henrique aos 21 anos. Beatriz cuidou de seis filhos sozinha com o marido no mar, entre eles, o pai da cineasta, Jacinto

Exibido no Festival de Berlim de 2020, "Metamorfose dos Pássaros" é um documentário cuja a complexidade de contar a sua trama se compara com a beleza na sua construção visual. A obra da portuguesa Catarina Vasconcelos parte de uma análise sobre a jornada da vida do casal Beatriz e Henrique para se tornar uma obra bastante enigmática, que alia enredo com imagens líricas e que resulta sobre a cruzada da vida humana. Vasconcelos obtêm o desempenho de manter nos trilhos a narração alinhada com reflexões sobre os dilemas familiares e, acima de tudo, fazendo com que a gente se identifique com ela.

Embora seja em narração off, ela nunca soa de forma gratuita, mas sim se tornando uma peça central e da qual se casa de forma pura e simples com as suas imagens. Porém, a voz não é vista como uma espécie de guia, já que as imagens exibidas pela realizadora obtêm a chance de usar o texto narrado para feitos muito mais elevados. Sendo assim, o filme se mantém por questões corriqueiras da vida, sobre a existência humana e de como ela pode ser maravilhosa através das mais simples situações do seu dia a dia.

As cenas de umas crianças que comenta sobre a sua perspectiva sobre a vida de outros seres, desde ao inseto que pode viver somente algumas horas como também no caso de espécies como as tartarugas que chegam a ter mais de duzentos anos de vida. Em termos de comparação, a vida humana acaba se tornando tão rápida e passageira, mas da qual a mesma possui a chance de construir uma jornada que possa até mesmo servir de exemplo para as próximas gerações que virão a seguir. Portanto, as imagens dos riachos, folhas, campos e montanhas chegam para definir a ideia da realizadora.

O palco principal é justamente o mundo em que passamos, do qual muitos vem e vão em um piscar de olhos e cujo o cenário prossegue o mesmo para vinda de outros. Na reta final, concluímos que tudo é uma metamorfose, onde a mudança acaba se tornando inevitável, onde a perda dá lugar ao nascimento de uma nova vida e cujo o ciclo prossegue independente do que aconteça. "Metamorfose dos Pássaros" demonstra com clareza como, no final das contas, o que fica da passagem humana é a memória e da qual quando olhamos para trás se torna cada vez mais dourada. 

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