Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Cine Especial: 'Drácula de Bram Stoker' - 30 Anos Depois

Sinopse: O jovem advogado inglês Jonathan Harker aceita um trabalho em uma vila sombria nas brumas da Transilvânia, na Romênia. Ele é capturado e aprisionado pelo vampiro Drácula, que viaja para Londres inspirado por uma fotografia da noiva de Harker, Mina Murray. 

Bram Stoker havia lançado o seu livro "Drácula" em 26 de maio de 1897 e se tornando uma das obras literárias de maior sucesso de todos os tempos. O cinema, por sua vez, ganhou os seus primeiros passos oficiais dois anos antes em 28 de dezembro de 1895, quando os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram de Cinematógrafo. O evento causou comoção nos trinta e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária.

A sétima arte e esse personagem literário se alinharam nos primeiros anos do século vinte, quando os estúdios já estabelecidos decidiram explorar o universo dos vampiros e cuja a adaptação de Drácula seria algo inevitável. "Nesferatu" (1922) de Murnau é considerado por alguns como a melhor adaptação já feita do personagem, mesmo que a própria na época não tenha sido autorizada pela viúva do escritor. Já no início dos anos trinta Hollywood fez a sua primeira adaptação sonora do conto em 1931 e estrelado por Bela Lugosi. O filme inaugurou uma longeva franquia de monstros do estúdio Universal, do qual se desgastou com a chegada dos anos cinquenta, porém, o estúdio inglês Hammer revitalizou Drácula e os demais monstros no final da mesma década.

Ouve diversas adaptações, mas quem lê o livro percebe que muitos desses filmes poucos são fieis a sua fonte original. Porém, coube a Francis Ford Coppola tirar um antigo projeto da gaveta, ao levar para o cinema a adaptação mais próxima da obra de Stoker, mas ao mesmo tempo entrelaçando com elementos do Drácula histórico, ou seja, Vlad, o Empalador. Assim nasceu "Drácula de Bram Stoker" (1992), filme que, não somente respeita a sua fonte, como também revigorou ao máximo o sangue desse grande personagem.

A trama começa no século XV, onde um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando está se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto. Assim, perambula através dos séculos como um morto-vivo e, ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.

Com um prólogo e epílogo especialmente criados para adaptação, o filme é sem sombra de dúvida o mais fiel em termos de comparação. Em determinados momentos, por exemplo, há personagens que estão narrando a história ou escrevendo sobre a mesma através de cartaz, sendo exatamente da maneira como escritor Stoker havia criado a sua obra literária. Além disso, Coppola aproveitou ao máximo todos os recursos antigos de se fazer cinema e criando assim um verdadeiro espetáculo visual que revisto hoje em dia não envelheceu em hipótese alguma.

Não usando os primeiros recursos digitais da época, o realizador optou em realizar o filme em grandes cenários feitos a mão, mas ao mesmo tempo usando pequenos truques de câmera que fizesse parecer algo maior do que estávamos assistindo. Bom exemplo é a cena do cocheiro de Drácula que puxa Jonathan para dentro da carruagem com a mão e sem sair do acento do veículo. A cena surpreende pelo fato de não haver cortes, mas realizada com velhos recursos e tornando ela ainda mais verossímil.

Com uma fotografia que remete os tempos do technicolor, além de uma edição de arte de encher os olhos, o filme possui um dos mais belos figurinos de todos os tempos, onde estilista japonesa Eiko Ishioka criou cores vibrantes para as roupas dos personagens, especialmente para Drácula quando tem a sua primeira grande cena como o vampiro da noite. Não é à toa que a mesma viria ganhar um Oscar pela categoria e de uma forma mais do que justa. Porém, os pontos positivos da parte técnica não param por aí.

Existe muitas cenas sobrepostas a outra, como por exemplo um diário aberto e ao fundo um trem passando com o pôr do sol iluminando o cenário. Existe diversos detalhes em cena, ao ponto que sempre quando eu revejo o filme há um ou outro detalhe que me havia passado desapercebido. Belo exemplo disso é a cena de uma sombra à espreita indo atrás de Jonathan, sendo anterior a cena em que o mesmo possui uma passagem pra lá de erótica com as noivas de Drácula.

Já a trilha sonora é outro show à parte, já que Coppola fez questão de contratar um compositor de música clássica para o projeto. O compositor polonês Wojciech Kilar foi o escolhido para realizar uma trilha que remetesse os tempos da era de ouro do cinema, fazendo com que ela nos soasse familiar, mas nos passando elementos até então inéditos para época. O resultado é uma trilha assustadora, épica e que soa a palavra Drácula nas entrelinhas.

É claro que tudo isso não funcionaria se não houvesse um grande elenco e Coppola escolheu ele a dedo. Porém, nem tudo são flores, sendo Keanu Reeves como Jonathan foi uma das piores escolhas e fazendo me perguntar até hoje o que levou o cineasta a escolher ele. Porém, Winona Ryder se sai muito bem como Mina, sendo que a sua personagem transita entre a inocência e o desejo que a sua personagem começa obter uma vez que conhece Drácula. Já a personagem Lucy foi interpretada com intensidade pela atriz Sadie Frost,  cuja a mesma passa uma intensidade gritante e fazendo eu lamentar por não vela em outros filmes.

Mas o filme pertence mesmo ao interprete Gary Odlman que aqui cria um Drácula que fugiu da imagem convencional e muito mais próxima da versão literária. Mesmo tendo enfrentado uma maquiagem pesada em boa parte do projeto, Oldman se sobressaiu de todas as formas, ao criar um Drácula assustador, mas que não esconde a imensa dor que carrega ao longo dos séculos e tendo total consciência de ser alguém condenado a sugar o sangue das suas vítimas até o final dos tempos. Embora tenha tido atritos com o cineasta durante as filmagens, Oldman é um daqueles talentos em que decide criar o seu personagem da sua maneira, para que não fosse meramente esquecido ao longo da história e que servisse de exemplo para outros que tivessem coragem de interpretar o personagem logo em seguida.

Como eu disso acima, tanto a arte cinematográfica como o personagem quase nasceram juntos na mesma época. Pensando nisso, Coppola criou o que é talvez não somente uma das melhores versões do personagem, como também a forma de prestar uma homenagem de como se fazia cinema de antigamente. E se alguém dúvida disso reparem na cena onde Drácula está caminhando em Londres, sendo que o cineasta a filmou usando uma câmera comum dos tempos do cinematografo e o resultado é mais do que surpreendente.

"Drácula de Bram Stoker'" não é somente uma das melhores adaptações sobre o famoso vampiro, como também uma belíssima homenagem ao cinema em si como um todo. 


Onde Assistir: DVD, Blu-Ray, Youtube, Amazon, Google Play Filmes e HBO MAX. 

   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: CINE ESQUEMA NOVO DE 17 A 23 DE NOVEMBRO

Um resgate da memória de 19 anos de história. A partir de 17 de novembro, o público poderá conferir a mostra Cine Esquema Novo em Acervo, uma edição especial promovida pelo Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira (CEN) apresentando, através de parte do Acervo do festival, um recorte temporal de 32 obras exibidas ao longo das 14 edições do evento, conhecido por estabelecer o diálogo entre cinema e artes visuais, somadas a obras de 9 artistas que integram o acervo do Museu de Arte Contemporânea do RS, em parceria inédita entre os dois acervos.

Com realização do CEN, da Cinemateca Capitólio - Prefeitura Municipal de Porto Alegre e do MACRS - Governo do Estado do Rio Grande do Sul a mostra, que contará com sessões no Capitólio e exposição na Galeria Sotero Cosme, é uma atividade que antecede a 15ª edição do festival, que ocorrerá em 2023.

O recorte temporal, com curadoria de Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo, sócios do CEN, tem início em 2003, ano da primeira edição do projeto, quando o festival “buscava ser janela de exibição para obras inovadoras, ousadas, disruptivas, e que tinham no suporte digital a ferramenta ideal para a experimentação - ainda que a mesma ocorresse também em película, principalmente super 8 e 16mm”, revela Jaqueline, diretora do Cine Esquema Novo.

Ao longo dos anos, e como decorrência natural deste foco curatorial, o festival assumiu um perfil de hibridismo entre cinema e artes visuais, expandindo os espaços e formas de exibição: “passamos das sala de cinema, para as galerias, ruas, internet, um barco em movimento, monumentos públicos, prédios; buscando sempre a reflexão sobre o que vemos. Somadas à experimentação visual, de formato, ou de narrativa, as questões sociais e políticas da nossa sociedade voltaram a ser, cada vez mais, catalisadoras de grande parte dessa produção audiovisual - o que, na arte, potencializa a força da reflexão sobre os tempos vividos”, afirmam os curadores.

Pensando na preservação do audiovisual e na reflexão sobre estas obras de diversas estéticas, temáticas, conceitos e espaços, o festival criou o Acervo CEN com o intuito de instigar artistas e público a repensarem suas próprias experiências através do audiovisual. Este acervo vem a público pela primeira vez nesta mostra em que é possível assistir uma pequena parte das obras que o constituem. Entre os artistas integrantes do acervo e cujas obras serão exibidas estão nomes que transitam com seus filmes em festivais e salas de cinema, como Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, Anita Rocha da Silveira, Felipe Bragança e Marina Meliande, Fabio Rodrigo, e artistas cujas obras encontramos em bienais, galerias, ou ainda que transitam entre espaços, como Carlos Nader, Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, Jonathas de Andrade, Romy Pocztaruk, Welket Bungué.

A mostra abre diálogo com o acervo de videoarte do MACRS, que conta com a curadoria de Roger Lerina para esta seleção. A proposta para a realização na Galeria Sotero Cosme foi a de exibir obras do acervo do museu que se relacionassem diretamente com obras do acervo do festival, integrantes da programação. “O acervo de obras audiovisuais do MACRS é um precioso apanhado de experimentações em diversos formatos criadas por artistas brasileiros desde a década de 1970. A parceria proposta pelo CEN proporciona um rico cotejamento de estéticas, poéticas e ideias entre criadores que exploram as potências da visualidade”, explica o curador.

Dentre as 41 obras exibidas, 13 estarão expostas na Galeria Sotero Cosme. O restante contará com exibições na Cinemateca Capitólio de 18 a 20 de novembro com entrada franca. No sábado, 19 de novembro, às 19h, o Capitólio recebe uma conversa sobre acervos audiovisuais com a presença de Marcus Mello (Cinemateca Capitólio), Adriana Boff (MACRS) e Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo (Cine Esquema Novo). 

Todas as atividades contam com entrada franca. O Cine Esquema Novo em Acervo é uma realização do Cine Esquema Novo, Cinemateca Capitólio - Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Museu de Arte Contemporânea do RS - Governo do Estado do RS, com apoio do Goethe-Institut Porto Alegre e Associação dos Amigos do Museu de Arte Contemporânea do RS. Informações sobre a programação, acesse 

www.cineesquemanovo.org | https://www.instagram.com/cine_esquema_novo/ | http://www.capitolio.org.br/ | https://www.instagram.com/cinematecacapitolio/   |    https://www.instagram.com/contemporanears/        |    https://www.instagram.com/acontecenaculturars/


Cine Esquema Novo em Acervo


Abertura: 

Quinta, 17 de novembro de 2022, 18h 

Visitação: De 18 a 23 de novembro, das 10h às 18h

Galeria Sotero Cosme, 6º andar, MACRS, Casa de Cultura Mario Quintana. (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

Entrada gratuita 


Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico)

De 18 a 20 de novembro 

Entrada gratuita


Debate:

19/11 às 19h seguido de sessão às 20h - Cinemateca Capitólio

Conversa sobre acervos audiovisuais com Marcos Mello (Cinemateca Capitólio), Adriana Boff (MACRS) e Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo (Cine Esquema Novo)


ARTISTAS  - Acervo Cine Esquema Novo

Felipe Bragança e Marina Meliande / Camila Leichter, Mauro Espíndola e Ali Khodr / Leonardo Mouramateus / Karen Akerman e Karen Black / Pablo Lobato / Daniel Caetano, André Sampaio, Guilherme Sarmiento, Samantha Ribeiro e Cynthia Sims / Welket Bungué / Fabio Rodrigo / Melissa Dullius & Gustavo Jahn / Roney Freitas & Isael Maxakali / Guto Parente e Pedro Diógenes / Jonathas de Andrade / Íris Alves Lacerda / Ricardo Alves Júnior / Yuri Firmeza / Diego Paulino / Filipe Matzembacher e Márcio Reolon / Anita Rocha da Silveira / Dirnei Prates / Leonardo Sette / Marcelo Pedroso / Carlos Nader / Lia Leticia / Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira / Marcela Ilha Bordin / Cristiano Lenhardt / Tavinho Teixeira / Mariah Teixeira / Clarissa Campolina / Guerreiro do Divino Amor / Bárbara Wagner e Benjamin de Burca / Juliana Rojas e Marco Dutra / Romy Pocztaruk

ARTISTAS - Acervo MACRS

Rebeca Stumm / Manuela Eichner / Elaine Tedesco / Rafael Berlezi / James Zortea Gomes / Luiz Roque / Regina Silveira / Denise Gadelha / Eliane Chiron 


PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO


DIA 18/11-  SEXTA-FEIRA

PROGRAMA 1 / 16h

Sentinela - Cristiano Lenhardt

O vampiro do meio-dia - Anita Rocha da Silveira

A Alergia - Felipe Bragança e Marina Meliande


PROGRAMA 2 / 18h30

Inferninho - Guto Parente e Pedro Diógenes


PROGRAMA 3 / 20h

Solon - Clarissa Campolina

Per Capita - Lia Leticia

Antes do Azul - Romy Pocztaruk

Um Ramo - Juliana Rojas e Marco Dutra

Princesa Morta do Jacuí - Marcela Ilha Bordin


DIA 19/11-  SÁBADO


PROGRAMA 4 / 15h

Acossada - Karen Akerman e Karen Black

Éternau - Melissa Dullius & Gustavo Jahn

Conceição - Autor Bom é Autor Morto - Daniel Caetano, André Sampaio, Guilherme Sarmiento, Samantha Ribeiro e Cynthia Sims


PROGRAMA 5 / 17h

A Chuva Acalanta a Dor - Leonardo Mouramateus

Pan-Cinema Permanente - Carlos Nader


DEBATE / 19h

Conversa sobre acervos audiovisuais com Marcos Mello (Cinemateca Capitólio), Adriana Boff (MACRS) e Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo (Cine Esquema Novo)


PROGRAMA 6 / 20h

Cerrar a Porta - Pablo Lobato

Pacific - Marcelo Pedroso


DIA 20/11-  DOMINGO

PROGRAMA 7 / 15h


Nada É - Yuri Firmeza

Jogos Dirigidos - Jonathas de Andrade

Grin - Roney Freitas & Isael Maxakali


PROGRAMA 8 / 17h

Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta - Welket Bungué

A Casa - Camila Leichter (realizadora); Mauro Espíndola e Ali Khodr (co-realizadores)

Majur - Íris Alves Lacerda

Material Bruto - Ricardo Alves Júnior

Entre nós e o Mundo - Fabio Rodrigo

Perifericu - Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira


PROGRAMA 9 / 19h

Swinguerra - Bárbara Wagner / Benjamin de Burca

O Último Dia Antes de Zanzibar - Filipe Matzembacher e Márcio Reolon

Sol Alegria - Tavinho Teixeira, Mariah Teixeira


PROGRAMAÇÃO GALERIA SOTERO COSME - MACRS - 17 a 23/11


Obras Acervo CEN

Negrum3 - Diego Paulino

Ocaso - Dirnei Prates

cidente - Leonardo Sette

Supercomplexo Metropolitano Expandido - Guerreiro do Divino Amor


Obras Acervo MACRS

Trilhos - Rebeca Stumm 

When the Desert Comes - Manuela Eichner 

Cadê Você? - Elaine Tedesco 

Bruma # - Rafael Berlezi

Especulativo-Móvel - James Zortea Gomes

The Triumph -  Luiz Roque 

Uma Trama Azul - Regina Silveira

Work in Progress - Denise Gadelha

La Mer e High Noon -  de Eliane Chiron 


FICHA TÉCNICA DA EXPOSIÇÃO

Curadores Cine Esquema Novo em Acervo: Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo 

Curadoria das obras acervo MACRS: Roger Lerina 

Realização: Cine Esquema Novo, Cinemateca Capitólio - Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Museu de Arte Contemporânea do RS - Governo do Estado do RS

Apoio: Goethe-Institut Porto Alegre, Associação dos Amigos do Museu de Arte Contemporânea do RS 

Produção Executiva: Adauany Zimovski e Jaqueline Beltrame

Design Gráfico: Adauany Zimovski

Comunicação: Bruna Paulin – Assessoria de Flor em Flor

Montagem: Felipe Quevedo

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (17/11/2022)

 BARDO, FALSA CRÔNICA DE ALGUMAS VERDADES

Sinopse: Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades conta a história de um renomado jornalista e documentarista mexicano que retorna ao seu país de origem para enfrentar sua identidade, seus afetos familiares, o absurdo de suas memórias, bem como o passado e a nova realidade de seu país. O personagem busca respostas em seu passado para reconciliar quem ele é no presente.



KOBRA AUTO-RETRATO

Sinopse: Em uma noite de insônia, Kobra revê sua vida desde a infância difícil na periferia até o sucesso mundial como muralista. Os acontecimentos se desenrolam entre a realidade e o sonho. Nessa trajetória de vida, do grafite ilegal nas ruas de São Paulo até pintar grandes murais em mais de 30 países, Kobra, um artista singular que representa tantos outros em suas batalhas, passa a entender a arte de rua como voz política e democrática. Obs: Dia 19/11 às 14:00 - Sessão para professores cadastrados e aberto ao público.


NADA É POR ACASO

Sinopse: Marina (Giovanna Lancellotti) volta de uma viagem com cinco milhões de reais em sua conta. Agora, ela só quer seguir em frente sem olhar para trás e encarar o que fez. Contudo, os encontros constantes entre Marina (Giovanna Lancellotti), Maria Eugênia (Mika Guluzian), Henrique (Tiago Luz) e o filho do casal, não podem ser apenas uma coincidência. As duas mulheres vão descobrir que estão unidas por laços de amor e amizade que remontam para além dessa vida


   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 17 A 23 DE NOVEMBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

OS BRAVOS NUNCA SE CALAM


AVISO DA SEMANA

A SALA PAULO AMORIM ESTÁ FECHADA PARA REFORMA.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


15h – KEVIN (SESSÕES SOMENTE NOS DIAS 18 E 22) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 85min). Documentário de Joana Oliveira. Embaúba Filmes, 12 anos.

Sinopse: É a primeira vez que Joana, uma brasileira, visita sua amiga Kevin na Uganda. Elas se tornaram amigas há 20 anos quando estudaram juntas na Alemanha e faz muito tempo que não se veem. A partir desse encontro, o filme tece a fina trama que é uma conversa entre duas amigas: as histórias do passado, os desejos, os caminhos trilhados, os diferentes modos de encarar a matéria do vivido e um elo de amor e sororidade que resiste à distância e ao tempo.


17h15 – COM AMOR E FÚRIA

(Avec Amour et Acharnement - França, 2022, 120min). Direção de Claire Denis, com Juliette Binoche, Vincent Lindon, Grégoire Colin. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Sara e Jean estão juntos há 10 anos e têm um bom relacionamento. Mas Sara começa a questionar sua vida quando François reaparece – ele foi uma antiga paixão dela e é um dos melhores amigos de Jean. Prêmio de melhor direção no Festival de Berlim 2022.


19h30 – CAVALO DE SANTO *ESTREIA*  Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 70min). Documentário de Mirian Fichtner e Carlos Caramez. Cubo Filmes, 14 anos.

Sinopse: O filme é resultado de dez anos de pesquisas em terreiros gaúchos e retrata o universo religioso afro-brasileiro no Rio Grande do Sul. Considerado um dos estados mais “brancos” do Brasil, o RS tem uma presença africana marcante e diversa em seus rituais religiosos, com características regionais e que revelam diferenças do que ocorre no restante do Brasil. “Cavalo de Santo” é baseado no livro homônimo da fotógrafa Mirian Fichtner e venceu o prêmio de melhor filme na mostra gaúcha do Festival de Gramado em 2021.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


SESSÕES ESPECIAIS DA SEMANA

SESSÃO DE CINEMA INCLUSIVO

Exibição com recursos de Libras, legendagem e audiodescrição.


DIA 19, SÁBADO    ENTRADA FRANCA


15h – CONTOS DO AMANHÃ

(Brasil, 2020, 85min). Direção de Pedro de Lima Marques, com Bruno Barcellos e Duda Andreazza. 14 anos.

Sinopse: Em 2165, o sequestro de uma jovem coloca em guerra o último reduto da civilização humana. O problema é que, para salvar a humanidade, será necessário contar com a ajuda de um adolescente que vive em 1999. Mas como salvar o futuro com internet discada e um provedor de péssima qualidade?


FESTIVAL CINEMA NEGRO EM AÇÃO


DIA 20, DOMINGO    ENTRADA FRANCA

15h30 – Lançamento do documentário “Oliveira Silveira, o Poeta da Consciência Negra” (25min), com direção de Camila de Moraes.


DIAS 23, 24 E 25, QUARTA, QUINTA E SEXTA    ENTRADA FRANCA

13h30 – 17h - Mostra de curtas, videoclipes, videoarte e longas-metragens de realizadores negros selecionados para o festival.


DIA 23, QUARTA    ENTRADA FRANCA

19h30 – Exibição do documentário PITANGA, dirigido por Beto Brant e Camila Pitanga. A sessão terá a presença do ator Antonio Pitanga, homenageado nesta edição do Festival Cinema Negro em Ação.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


14h – NOITES DE PARIS (NÃO HAVERÁ SESSÃO NO DIA 23) Assista o trailer aqui.

(Les Passagers de la Nuit - França, 2022, 110min). Direção de Mikhaël Hers, com Charlotte Gainsbourg, Quito Rayon Richter, Noée Abita. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: No início dos anos 1980, a eleição do socialista François Mitterrand é festejada com esperança pelos franceses - mas Elizabeth acaba de se separar do marido e precisa cuidar sozinha dos dois filhos adolescentes. O emprego noturno em uma rádio surge como fonte de renda alternativa e também como uma possibilidade de recomeçar, principalmente depois que a protagonista decide levar para casa uma jovem problemática chamada Talulah. O filme faz várias citações à obra do cineasta francês Jacques Rivette (1928 - 2016), que Hers considera seu grande mestre.


16h – CONTRATEMPOS Assista o trailer aqui.

(A Plein Temps – 90min, 2022). Direção de Eric Gravel, com Laure Calamy, Anne Suarez, Geneviève Mnich. Bonfilm, 14 anos. Drama.

Sinopse: Julie luta sozinha para criar seus dois filhos no subúrbio e manter seu emprego em Paris. Quando ela finalmente consegue uma entrevista para um cargo que corresponde às suas expectativas, uma greve geral paralisa todo o transporte. Ela embarca, então, em uma corrida frenética para salvar seu emprego e sua família. Vencedor dos prêmios de melhor direção e atriz no Festival de Veneza.


17h40 – OS BRAVOS NUNCA SE CALAM *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 104min). Direção de Marcio Schoenardie, com Duda Meneghetti, Edu Mendas, José Rubens Chachá. Lança Filmes, 12 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Dias antes de lançar seu novo livro sobre um grande esquema de corrupção, o autor é encontrado morto. Durante a despedida, os filhos se reencontram e o que parecia ser uma morte acidental se transforma em um possível caso de assassinato. Seguindo rastros e pistas, os atrapalhados “detetives" se veem cercados por inimigos, ameaças e falsos relatos, descobrindo que nem tudo é o que parece.


19h35 – O CLUBE DOS ANJOS (NÃO HAVERÁ SESSÃO NOS DIAS 22 E 23) Assista o trailer aqui.

(Brasil/Portugal, 2022, 100min). Direção de Angelo Defanti, com Otávio Müller, Matheus Nachtergaele, Paulo Miklos, Marco Ricca, Augusto Madeira, André Abujamra. Vitrine Filmes, 16 anos.

Sinopse: Sete amigos mantêm, há anos, o Clube do Picadinho, com encontros mensais regados a bom vinho e boa comida. Quando acham que a confraria já não faz mais sentido, surge um cozinheiro misterioso que começa a preparar banquetes inesquecíveis. O filme é baseado na novela homônima obra de Luis Fernando Verissimo.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


SESSÃO ESPECIAL DA SEMANA

ENTRADA FRANCA


DIA 22, TERÇA

19h30 – SESSÃO ESCOLA DE CINÉFILOS

Exibição de The Slumber Party Massacre (1982), de Amy Holden Jones, na abordagem do Cinema de Gênero.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).

CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

https://linktr.ee/cinematecapauloamorim

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Cine Especial: Próxima Sessão Clube de Cinema Porto Alegre - 'A Mãe'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana


SESSÃO CLUBE DE CINEMA 

Local: Cine Bancários, Casa dos Bancários

Data: 19/11/2022, sábado, às 10:15 da manhã


"A Mãe"

Brasil, 2022, 80 min, 14 anos

Direção: Cristiano Burlan

Elenco: Marcelia Cartaxo, Mawusi Tulani, Helena Ignêz


Sobre o Filme: 

Na reta final do filme "Tropa de Elite 2" (2010) o protagonista Capitão Nascimento (Wagner Moura) fala em alto bom som que a Policia Militar do Rio precisa acabar. Mais de dez anos após o lançamento muitas pessoas do mundo real desejam que realmente acabe, pois ela ao invés pôr em prática a paz nas periferias elas somente aumentam ainda mais a violência e morte de ambos os lados desse conflito infinito. "A Mãe" (2022) fala sobre mulheres que perderam os seus filhos sem ao menos saber o porquê e que ao mesmo tempo tentam sobreviver para continuar a lutar.

Dirigido por Cristiano Burlan, vencedor do prêmio de melhor Diretor no último festival de Gramado por esse filme, a história é sobre Maria (Marcelia Cartaxo), uma mãe solo que vive na periferia de São Paulo. Ao voltar para casa à noite ela não encontra seu filho adolescente. Depois de uma busca ininterrupta pela vizinhança, ela começa a ameaçar a tranquilidade dos traficantes locais que decidem contar que Valdo foi assassinado pela Polícia. Incrédula ela começa uma busca vertiginosa pela verdade.

Tendo crescido nas periferias de São Paulo, o cineasta Cristiano Burlan sabe o que é perder entes queridos devido a truculência vinda dos dois lados da moeda deste conflito. Tendo perdido o irmão e posteriormente a mãe, o mesmo realizou duas obras das quais ele pudesse exorcizar as suas dores interiores que foram "Mataram Meu Irmão" (2013) e "Elegia de Um Crime" (2019). Ao retomar o tema sobre a perda, ele não fala somente sobre o que ele passou, como também sobre diversas mães que não tiveram nem sequer a chance de enterrar os seus próprios filhos.

Tudo isso é representado na imagem de Maria, que se vê diante de uma situação da qual ela tenta buscar uma solução, independente de qual situação irá encontrar o seu filho, ou seja, vivo ou morto. Antes disso vemos a mesma lutar pelo seu dia a dia, desde em vender produtos Paraguaios, como também em burlar a fiscalização para não ser presa devido a isso. A protagonista, assim como as demais pessoas da periferia, não esperam por soluções vindas do governo, já que os mesmos não esperam por milagres vindo dos governantes que lançam promessas, mas das quais somente ficam na mesa.

O filme também é uma verdadeira crítica ácida sobre o sistema falido das instituições, que veem o desaparecimento do filho da protagonista somente como mais um número e não como um ser humano. Ao mesmo tempo, ela busca informações dentro da periferia onde ela mora, mas tudo que recebe é informações de pessoas com medo, ou daqueles que não desejam em hipótese alguma a entrada da polícia no local. Se tem então uma luta para ela continuar com a lucidez que ainda lhe resta.

Protagonista do clássico "A Hora da Estrela" (1985) e do recente "Pacarrete" (2020), Marcelia Cartaxo obtém aqui mais uma extraordinária atuação, da qual lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no último festival de Gramado e méritos é o que não faltam. A interprete consegue construir para a sua personagem uma pessoa que transita entre a fragilidade e uma força interior para se manter em pé mesmo quando o mundo lhe dá todos os exemplos para que ela venha a desistir. Uma personagem que nos identificamos, pois é no seu olhar que enxergamos o seu lado sofrível, porém, verdadeiro.

Ao mesmo tempo, Cristiano Burlan surpreende ao criar uma ficção, mas que transite com o mundo real através de participações especiais. Em um determinado ponto, por exemplo, vemos a protagonista conversar com a Débora Maria da Silva, fundadora do Mães de Maio, movimento formado pelas famílias das vítimas dos ‘Crimes de Maio’, onda de conflitos violentos que, em 2006, fez mais de 600 vítimas, entre assassinados e desaparecidos. Débora entra no filme como uma personagem que conversa com Maria, mas nada do que ela diz é inventado. “Uma coisa é representar essa dor, outra é estar de frente com essa mãe, com a dor dela. É ela me chamando para a luta, isso me emocionou bastante”, relembrou Marcélia durante uma entrevista pelo site AdoroCinema.

Curiosamente, o cineasta também cria momentos em que há uma transição e sem cortes de cena entre o presente e o passado. Belo exemplo disso é quando vemos a protagonista estender a sua roupa, porém, a câmera, segue para o outro lado do local e vemos a mesma sendo ajudada pelo filho em um determinado ponto do passado. Uma cena que sintetiza o fato que o passado estará sempre ali de corpo presente e fazendo com que jamais se esqueça de tempos mais alegres, mas dos quais jamais voltam.

O ápice disso se encontra no momento em que o filme vem e volta no tempo para revelar o que realmente havia acontecido com o seu filho e a revelação nos deixa impotentes perante a dura revelação. Ao final, não nos resta mais nada a dizer, a não ser de não baixarmos a cabeça perante um sistema falido, que somente coleciona corpos de uma forma tão desumana e que somente serve para aumentar a separação de classes entre as pessoas devido ao medo e que muitos nem ao menos sabem o que realmente acontece nesta realidade sofrível. "A Mãe" fala sobre muitas mães do Brasil que não tiveram nem ao menos a decência de enterrar os seus próprios filhos e fazendo com que elas lutassem por justiça e pelas demais que buscam pelo mesmo. 



   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 17 A 23 DE NOVEMBRO

 MARIGHELLA

A MÃE

Brasil/ drama/ 80min

Direção: Cristiano Burlan

Sinopse: Maria, uma mãe solo que vive na periferia de São Paulo, volta para casa à noite e não encontra seu filho adolescente. Depois de uma busca ininterrupta pela vizinhança, ela começa a ameaçar a tranquilidade dos traficantes locais que decidem contar que Valdo foi assassinado pela Polícia. Incrédula ela começa uma busca vertiginosa pela verdade.

Elenco: Marcelia Cartaxo, Mawusi Tulani, Helena Ignêz


PALOMA

Brasil/ Drama/ 104 min.

Direção: Marcelo Gomes

Sinopse: Paloma é uma agricultora que sonha com um casamento tradicional na igreja. Ao procurar o padre local para realizar a cerimônia com seu namorado Zé, tem seu pedido recusado. Mas Paloma, que é uma mulher trans, vai lutar para realizar seu sonho.

Elenco: Suzy Lopes Kika Sena Anita de Souza Macedo Samya De Lavor


PROGRAMAÇÃO SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA:

O CineBancários, através de sua programação, procura ao logo de todo o ano, combater permanentemente o racismo e a desigualdade social, fazendo da nossa tela, nossa ferramenta de luta.  Desta forma, considerando a importância  da Semana da Consciência Negra, elegemos tres filmes recentes que tratam dessa temática de forma diversa e consistente, Medida Provisória, marighella e M8- Quando a morte socorre a vida, que estarão em cartaz na sessão das 19h, de 17 a 23 de novembro. 


M8- QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA

Direção: Jeferson De

Brasil/Drama/2019/ 88min

Sinopse: Em M8 - Quando a Morte Socorre a Vida, Maurício (Juan Paiva) acabou de ingressar na renomada Universidade Federal de Medicina. Na sua primeira aula de anatomia ele conhece M8, o cadáver que servirá de estudo para ele e os amigos. Durante o semestre, o mistério da identidade do corpo só poderá ser solucionado depois que ele enfrentar suas próprias angústias.

Elenco: JUAN PAIVA, RAPHAEL LOGAM, MARIANA NUNES, ZEZÉ MOTTA, AILTON GRAÇA


MEDIDA PROVISÓRIA

Direção: Lazaro Ramos

Brasil/ drama/ 2022/ 94min

Sinopse:Em um futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória, em uma iniciativa de reparação pelo passado escravocrata, provocando uma reação no Congresso Nacional. O Congresso então aprova uma medida que obriga os cidadãos negros a migrarem para a África na intenção de retornar a suas origens. Sua aprovação afeta diretamente a vida do casal formado pela médica Capitú (Taís Araújo) e pelo advogado Antonio (Alfred Enoch), bem como a de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora com eles no mesmo apartamento. Nesse apartamento, os personagens debatem questões sociais e raciais, além de compartilharem anseios que envolvem a mudança de país. Vendo-se no centro do terror e separados por força das circunstâncias, o casal não sabe se conseguirá se reencontrar.  O longa é uma adaptação de "Namíbia, Não!", peça de Aldri Anunciação que o diretor e ator Lázaro Ramos dirigiu para o teatro em 2011.

Elenco: Taís Araújo,Alfred Enoch, Seu Jorge


MARIGHELLA

Direção: Wagner Moura

Brasil/ Drama/ 2019/155min.

Sinopse: Neste filme biográfico, acompanhamos a história de Carlos Marighella, em 1969, um homem que não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Marighella era político, escritor e guerrilheiro contra à ditadura militar brasileira.

Elenco: Seu Jorge,Adriana Esteves,Bruno Gagliasso


HORÁRIOS DE 17 A 23 DE NOVEMBRO

(não há sessões nas segundas-feiras)


15h: A MÃE

17h: PALOMA

19h: SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Dia 17: MEDIDA PROVISÓRIA

Dia 18: MARIGHELLA

Dia 19: M8-QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA

Dia 20: MEDIDA PROVISÓRIA

Dia 22: MARIGHELLA

Dia 23: M8-QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA 


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: (51) 34331205

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Com Amor e Fúria'

NOTA: Filme exibido para os associados no último Sábado (12/11/22).   

Sinopse: A vida de uma mulher fica fora de controle quando ela se envolve em um intenso triângulo amoroso. 

Os cineastas autorais possuem certa predileção em usar determinado interprete e fazer dele o seu álter ego em seus respectivos filmes. Belo exemplo é no caso de Claire Denis, que nos últimos tempos decidiu fazer de Juliette Binoche a sua musa em suas últimas obras, que vai desde "Deixe a Luz do Sol Entrar" (2017) para a ficção "High Life" (2018). Agora, ambas retornam a parceria em "Com Amor e Fúria" (2022), filme que fala sobre a complexidade dos relacionamentos contemporâneos e que nos levam em um percurso indefinido.

Na trama, Juliette Binoche interpreta Sarah, que possui um relacionamento estável e feliz com Jean (Vincent Lindon). Porém, do passado surge François (Grégoire Colin), que oferece um emprego para Jean que se encontra desempregado e tendo dificuldade de contato com o seu filho que é cuidado pela avó (Bulle Ogier). Ao mesmo tempo, descobrimos que Sarah tinha um relacionamento com François no passado e fazendo despertar nela novamente o desejo de reencontra-lo.

Juliette Binoche possui o dom de carregar para si uma espécie de doçura, mas que ao mesmo tempo carregada de uma certa selvageria e da qual ela libera de acordo com os tipos de personagem que ela interpretou ao longo da carreira. Com Claire Denis ela consegue nos passar uma complexidade ainda maior, pois acredito que ambas compartilham de sentimentos similares e fazendo com que na tela eles se alinhem. Sua personagem Sarah transita entre a razão e o desejo incontrolável em retornar para o seu amante, mas tendo a consciência das consequências que irão vir em seguida caso caia nesta rede.

Como todo bom filme francês recente, ele possui uma certa carga política com relação em alguns assuntos, que vai desde a extrema direita que anda avançando pelo mundo, como também com relação ao preconceito aos imigrantes que perdura até nos dias de hoje. Neste último caso isso serve como subtrama com relação ao filho de Jean, do qual tenta se encontrar no mundo, mas que para isso precisa da presença do pai para obter determinado caminho. Brilhantemente interpretado por Vicent Lindon, Jean não é inocente com relação a realidade em sua volta, tanto no fato de ter a consciência de não conseguir educar o seu filho, como também na possibilidade de sua esposa se encontrar ainda presa ao passado.

O filme brilha não somente pela direção segura da cineasta, como também ao fato do seus interpretes conseguirem elevar os seus respectivos personagens em novos patamares na medida em que a trama avança e fazendo com que cada um revele uma nova faceta. Porém, esses sentimentos sempre estiveram ali, mesmo que reprimidos, uma vez que eles não fazem desses personagens bons ou ruins, mas sim somente seres humanos que cada vez mais se encontram envolvidos por sentimentos e desejos que nem ao menos eles entendem como chegaram a tal ponto. Sarah, por exemplo, está cansada de esconder os seus desejos, mas ao mesmo tempo demonstrando o interesse de recomeçar a vida do zero e bater as azas uma vez que ela nunca antes havia obtido tal feito.

O ato final reserva momentos conflitantes e até mesmo de puro suspense, já que revelações são colocadas a prova, palavras dolorosas são ditas ao vento e levando os personagens a um caminho cada vez mais nebuloso. Ao final da projeção nos sentimos esgotados, já que nos identificamos com os personagens logo de imediato e fazendo a gente se perguntar se agiríamos do mesmo jeito. Um filme que exala um alto grau de verossimilhança com relação aos sentimentos humanos em tempos de hoje indefinidos.

"Com Amor e Fúria" vemos os protagonistas transitarem entre o amor e a desilusão, pois os contos de fadas de antigamente não se encaixam mais em uma realidade em que os sentimentos humanos estão sempre em mutação. 


   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.