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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 5 de novembro de 2019

Cine Dica: Neville d'Almeida, A Cidade dos Piratas, Meu Nome é Daniel e Legalidade (7 a 14 de novembro)

NEVILLE D’ALMEIDA É HOMENAGEADO NA MOSTRA CINEMA DE INVENÇÃO MEU NOME É DANIEL E A CIDADE DOS PIRATAS EM CARTAZ  SESSÃO COMENTADA DE LEGALIDADE
MANGUE BANGUE

O grande homenageado da mostra Cinema de Invenção da Cinemateca Capitólio Petrobras é o cineasta Neville D’Almeida, que vem a Porto Alegre participar de sessões comentadas. O realizador mineiro apresenta três obras centrais de sua filmografia: Jardim de Guerra, seu longa de estreia; Mangue Bangue, filme experimental dado como perdido até meados dos anos 2000; e a sua versão de Matou a Família e Foi ao Cinema.
A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra, e Meu Nome é Daniel, de Daniel Gonçalves ganham exibições até o dia 14 de novembro. Na segunda-feira, 11 de novembro, às 19h, o longa Legalidade ganha exibição seguida de bate-papo com o diretor e roteirista Zeca Brito, o roteirista Leo Garcia, o diretor de fotografia Bruno Polidoro e a diretora de arte Adriana Borba.

FILMES
JARDIM DE GUERRA
100 min, 1968, p&b, digital
Direção: Neville D’Almeida
Um jovem amargurado e sem perspectivas apaixona-se por uma cineasta e é injustamente acusado de terrorista por uma organização de direita que o prende, o interroga e o tortura.

MANGUE BANGUE
60 min, 1971, cor, digital
Direção: Neville D’Almeida
Filmado no Mangue, uma zona de prostituição no Rio de Janeiro, o filme acompanha a loucura de um homem em meio ao milagre econômico na década de 1970, na mesma época da liberdade sexual, uso excessivo de drogas e a censura.

MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA
100 min, 1991, cor, digital
Direção: Neville D’Almeida
Jovem assassina pai e mãe e vai ao cinema, onde assiste a varias mortes anunciadas por manchetes de jornais sensacionalistas, entremeadas por cenas de um homem que rouba calcinhas de mulheres.

MEU NOME É DANIEL
Brasil, 2018, 83 minutos, DCP
Direção: Daniel Gonçalves
Distribuição: Olhar
Daniel de Castro Gonçalves nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar. No documentário em primeira pessoa o jovem relembra sua infância, por meio de registros de família, para tentar entender sua condição, enquanto no presente busca novas respostas para sua doença.

A CIDADE DOS PIRATAS
Brasil, 2018, 85 minutos, DCP
Direção: Otto Guerra
Distribuição: Lança Filmes
Qual o sentido de fazer um longa-metragem sobre Piratas que navegam pelo Rio Tietê atrás de vítimas para saquear e torturar quando, entre a ideia de fazê-lo até a consumação do fato, passam-se décadas, o mundo entra no século XXI e o Brasil se vê diante de um enredo que supera qualquer ficção? Há um bom e grande motivo: o projeto escrito a partir desses personagens foi finalmente viabilizado. Em meio a isso, Laerte, o autor da história, assume sua troca de gênero, começa a renegar seus antigos personagens, os Piratas do Tietê, e a criar outras narrativas interessantes. O Diretor do filme, perdido com essa nova realidade e decidido a ser fiel aos seus caprichos após se ver diante da morte, resolve contar seu drama misturando-se à trama, criando um caótico labirinto entre a ficção e a vida real.

LEGALIDADE
Brasil, 2019, 120 minutos, DCP
Direção: Zeca Brito
Distribuição: Boulevard Filmes
Em 1961, o governador Leonel Brizola lidera um movimento sem precedentes na história do Brasil: a Legalidade. Lutando pela constituição, mobiliza a população na resistência pela posse do presidente João Goulart. Em meio ao iminente golpe militar, uma misteriosa jornalista pode mudar os rumos do país.

INGRESSOS
Mangue Bangue: entrada franca
Cinema de Invenção: R$ 10,00
Legalidade: R$ 16,00
A Cidade dos Piratas: R$ 16,00
Meu Nome é Daniel: R$ 16,00

GRADE DE HORÁRIOS
7 a 14 de novembro de 2019

7 de novembro
14h – Kinoclube: Túmulo dos Vagalumes
16h – A Cidade dos Piratas
18h – O Jardim das Espumas
20h – Bandalheira Infernal

8 de novembro
14h – Meu Nome é Daniel
16h – A Cidade dos Piratas
18h – Hitler III Mundo
20h – Projeto Raros: Mangue Bangue + debate com Neville d’Almeida

9 de novembro
14h – A Cidade dos Piratas
16h – Matou a Família e Foi ao Cinema (1991)
18h – Jardim de Guerra + debate com Neville d’Almeida

10 de novembro
14h – Meu Nome é Daniel
16h – Curtas de Edgard Navarro
18h – O Monstro Caraíba
20h – A Miss e o Dinossauro + Sem Essa, Aranha

11 de novembro
19h – Legalidade + debate
12 de novembro
16h – A Cidade dos Piratas
18h – Meu Nome é Daniel
19h30 – Riocorrente (Mostra Brasil Contemporâneo)

13 de novembro
14h – Meu Nome é Daniel
16h – A Cidade dos Piratas
18h – Riocorrente (Mostra Brasil Contemporâneo)
19h30 – Diz a Ela que me Viu Chorar + debate (Mostra Brasil Contemporâneo)

A Cinemateca Capitólio Petrobras conta, em 2019, com o projeto Cinemateca Capitólio Petrobras programação especial 2019 aprovado na Lei Rouanet/Governo Federal, que será realizado pela FUNDACINE – Fundação Cinema RS e possui patrocínio master da PETROBRAS. O projeto contém 26 diferentes atividades entre mostras, sessões noturnas e de cinema acessível, master classes e exposições.

Cine Dica: Em Cartaz: 'A Fera na Selva' - Isso não é um filme

Sinopse: João e Maria vivem uma vida inteira juntos. Ele é professor de português, ela de literatura inglesa. João é atormentado pela obsessão que uma coisa extraordinária vai acontecer em sua vida. Maria aceita esperar com ele A Fera na Selva, que um dia chegará avassaladora. 

Na recente versão de "O Beijo no Asfalto", de Murilo Benício, vemos a transição perfeita entre o teatro e o cinema e fazendo do filme uma obra única. Mas esse feito somente foi obtido graças ao perfeccionismo do diretor e além de nunca esquecer de fazer cinema de verdade para ser visto na tela grande. Não é o caso de "A Fera na Selva", uma adaptação que sofre por estar presa em sua fonte de origem e fazendo assim perder a sua própria identidade.
Dirigido por Eliane Giardini, Paulo Betti e Lauro Escorel, o filme é baseado livremente na obra do escritor norte-americano Henry James, que narra a história de um homem (Paulo Betti) que vive na esperança de presenciar em algum momento de sua vida um acontecimento extraordinário, sem enxergar as pequenas maravilhas de seu cotidiano. Ele compartilha os seus pensamentos com Maria (Eliane Giardini) e assim começa a nascer uma forte amizade entre os dois. Os anos passam e logo essa relação ganha vários desdobramentos.
Na medida em que a trama avança se percebe que ela poderia ocorrer em um único cenário, mesmo com as transições perceptíveis do tempo, pois o que se tem aqui é uma produção presa a sua fonte de inspiração que é no caso o teatro. Por conta disso, acaba se tornando perceptível, por exemplo, que os diálogos tenham sido extraídos dessa fonte e fazendo com que a dupla principal da trama fiquem travados em suas atuações e sem ter muito o que acrescentar. Tecnicamente, ao menos, o filme é feliz em suas reconstituições de diversas épocas onde se passa a trama, mesmo com os poucos recursos que os realizadores tinham em mãos durante a realização. O filme só consegue manter a nossa atenção graças a dupla principal, mesmo com os problemas de produção citados acima. Embora seja um dos grandes talentos do cinema e da televisão, Paulo Betti se encontra aqui num verdadeiro piloto automático, como se estivesse apenas repetindo algo já dito por outro ator dos palcos em que foi encenado essa trama. Ao menos Eliane Giardini colabora para que as cenas de ambos interpretes não sejam tão desperdiçadas e levando boa parte do filme nas costas. Mas, talvez, uma das piores coisas da produção seja mesmo a narração off, da qual além de não ajudar em nada, nos trata como se fossemos ingênuos com relação ao que realmente está acontecendo em cena. Além de tornar tudo muito artificial, faz com que o os derradeiros minutos finais se tornem tão sem graça que fazem evaporar todo o peso de significados que poderia ter naquele momento. "A Fera na Selva" não é cinema, mas sim uma produção presa em suas próprias regras e se tornando uma produção aquém do que se esperava.  


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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Uruguai Na Vanguarda' - Um país em que o Brasil está longe de ser

Sinopse: História de como os movimentos sociais no Uruguai colocaram na agenda do presidente José Mujica reivindicações como a legalização da maconha, o matrimônio igualitário, o aborto e a lei de cotas para afrodescendentes, assuntos que posicionam o país na vanguarda da luta pela justiça social no século XXI.

Dizer que o Brasil de hoje é um país democrático e laico pode estar correndo um sério risco de ser rotulado como mentiroso, pois nos últimos anos surgiu sinais explicitos de retrocessos e que levará muito tempo para nos recuperarmos desse prejuizo. Se por um lado a Ditadura Militar havia acabado nos anos oitenta, do outro, foi nos primeiros anos desse século vinte um que a  igreja evangélica e a extrema direita se tornaram peças fundamentais para que o Brasil não avançasse mais. Portanto, é triste quando assistimos ao  documentário "Uruguai Na Vanguarda", onde testemunhamos o governo vizinho verdadeiramente democrático e fazendo a gente constatar que o  nosso se tornou uma verdadeira piada de mal gosto.
Dirigido e produzido por Marco Antonio Pereira, o documentário revela um Uruguai onde se há  garantias de direitos trabalhistas, lei de cotas, equidade de gêneros, reconhecimento político da diversidade sexual, matrimônio igualitário, interrupção voluntária da gravidez, regulamentação do uso da maconha – todas essas conquistas do povo uruguaio nos últimos trinta anos estão na pauta no documentário. Com a participação de cientistas políticos e sociais, historiadores, ativistas, educadores, políticos e artistas, o filme vai atrás das raízes desses movimentos que colocaram o pequeno país da América do Sul na linha de frente da justiça social no século XXI.
Após doze anos de Ditadura Militar, iniciada em 1973, o governo usou diversos meios para que o país se tornasse genuinamente laico, mas que nenhuma dessas religiões obstruisse ou até mesmo entrasse no governo para atrasar as pautas que das quais beneficiaria o povo. Com depoimentos e registros históricos, o documentárista Marco Antonio Pereira deixa bastante claro que essa foi uma de muitas peças  fundamentais para que a democracia prevalecesse e que pudesse ouvir todas as classes. Criou-se assim as bases de uma sociedade reformista, progressista e dos quais prevalecem até mesmo hoje em dia.
Outro fato determinante dos avanços foi o  agrupamentos reivindicatórios que  começaram a se articular e se fortalecer mutuamente, estimulados pela vitória da Frente Ampla esquerdista em 1990. Estava aberto o caminho para os futuros governos de Tabaré Vasquez (2005-2010 / 2015-2020) e José Mujica (2010-2015). Os movimentos sociais levavam, enfim, suas causas das ruas para as agendas do poder político.  Com isso, não somente os direitos trabalhistas avançaram, como também do papel das mulheres no mercado do trabalho, os direitos LGBT, a luta contra discriminação racial, aprovação do aborto e legalização da maconha.
Todos esses avanços tem um único objetivo, que é ouvir e dialogar com aqueles que se sentem excluidos perante a sociedade e conseguissem assim os mesmos direitos de ir e vir no dia a dia. A questão do aborto, por exemplo, foi aprovada para combater as clinicas clandestinas e que faziam das várias jovens correrem um sério risco de vida. E se há uma maneira mais simples de extinguir a violência  do tráfico de drogas, o governo do Uruguai, por sua vez,  prova sim que isso é possivel, eliminando o preconceito e legalizando assim a maconha controlada pelos meios autorizados.
Com todo esse quadro diante dos nossos olhos, constatamos o quanto que o Uruguai trabalhou para que os erros do passado não ecoassem no presente e que não fizesse com que  o país retrocedesse novamente. A partir do momento em que deram ouvido as vozes nas ruas se criou um exemplo de democracia e reconhecida até mesmo mundialmente. Se por um lado é maravilhoso testemunharmos esse retrato social, do outro, é triste constatar o quanto nós brasileiros  teremos que avançar diversas casas desse tabuleiro retrógrado e que, infelizmente, convivemos com ele em um pesadelo continuo.
"Uruguai Na Vanguarda" é um retrato de um país verdadeiramente democrático e do qual o Brasil dificilmente chegará a esse estágio enquanto estiver sendo governado por conservadores, golpistas e milicianos da vida.  

Confira o trailer clicando aqui.


Em Cartaz: Cinebancários. R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horário: 19horas.   



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Cine Dica: Caminhoneira trans e supremacia branca são temas da nova programação da Sala Redenção

Euller Miller entre Dois Mundos 

Pela terceira vez,  a Sala Redenção recebe a Mostra Sesc de Cinema durante o mês de novembro com uma programação recheada de novas tendências e  temáticas nos 50 filmes incluídos, permeando produções nacionais e regionais, assim como aquelas voltadas para o público infantil. O projeto, no intuito de contribuir na difusão da produção cinematográfica brasileira e incentivar a linguagem audiovisual, arrecada filmes do país todo, nas modalidades curta, média e longa-metragem. Dessa maneira, a proposta possibilita reconhecimento, visibilidade e janelas de exibição às produções, encontrando no Cinema Universitário espaço acolhedor e parceiro dessa ideia. 
Para estrear a semana, as telas mostram as aventuras da caminhoneira Fabiana, pelo olhar da diretora Brunna Laboissière, na produção que leva o mesmo nome da protagonista. Ela, mulher trans, se depara com os tempos solitários e, ao mesmo tempo, desafiadores da aposentadoria. 
Vivendo uma fase da vida completamente diferente, o longa Euller Miller entre Dois Mundos (2017), com direção de Fernando Severo, conta os dilemas enfrentados pelo jovem indígena Euller ao deixar sua tribo no interior do Mato Grosso do Sul para cursar Odontologia na capital paranaense. Enquanto uma personagem precisa deixar a estrada, a outra está apenas começando o longo trajeto que está a sua frente.
Já na quarta-feira, a obra recente de Tai Linhares, Parda (2019), nos convida a uma distopia  de um regime autoritário, que planeja instaurar a supremacia branca no Brasil. Numa medida radical, o governo exige o retorno de todos os brasileiros brancos que vivem no exterior. Em meio ao caos político, Tai precisa provar que não é branca, mas se depara com a própria incerteza sobre sua identidade racial. Na mesma sessão, a nostalgia e o sonho tomam espaço, através do filme A Câmera de João (2019). Dirigido por Tothi Cardoso, a história acompanha as descobertas e as paixões do garoto João pela fotografia, ao ressurgir as memórias e heranças do seu avô Zeca. 
E, como cinema também é coisa de criança, não poderia faltar atração para os pequenos. De Poética de Barro (2019) ao Vivi Lobo e o Quarto Mágico (2019), os curtas trazem experiências de como lidar com as incógnitas da vida com animação e muita diversão. A fantástica histórica de Cravo, Lírio e Rosa (2018) nos prova que solidão, assédio e vulnerabilidade do corpo são temas que podem ser discutidos também com as crianças. A vida de Cê e sua irmã Sara convida todos para trabalhar essas questões com seriedade e muita descontração, ao mesmo tempo. 

Veja a programação do site oficial clicando aqui.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (31/10/19)

A Cidade Dos Piratas
Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

A Família Addams 

Sinopse: Os Addams são uma família rica e excêntrica, que adora o macabro e que, ao mesmo tempo, não se dá conta, ou simplesmente não se importa, que outras pessoas os achem bizarros ou assustadores. 

A Odisséia Dos Tontos 
Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

Amor Em Jogo 

Sinopse: Ami Shushan, jogador de futebol israelense, é forçado pelo chefe da máfia local a se passar por homossexual como punição por flertar com sua namorada.

Intruso 

Sinopse: Tudo parecia tranquilo para uma família do subúrbio, até que seus integrantes são obrigados a receber um visitante misterioso que estabelece regras bizarras, como proibir que as pessoas saiam de casa.
Maria do Caritó

Sinopse: Cansada da vida solitária que leva, Maria sonha em encontrar um verdadeiro amor. Prometida pelo pai para ser entregue virgem a São Djalminha, um santo de quem ninguém nunca ouviu falar, só mesmo um milagre poderia ajudar. 

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio 
Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

Papicha 

Sinopse:  Em 1997, a Argélia se encontra controlada por grupos que desejam transformar o país num arcaico Estado Islâmico. Nedjma, estudante universitária apaixonada pela moda, quer lutar contra a opressão que o governo exerce sobre mulheres.    

Rogéria: Senhor Astolfo Barroso Pinto 

Sinopse: O documentário conta a vida e a trajetória artística de Rogéria, abordando uma dualidade entre o artista e a personagem. 

Segredos Oficiais

Sinopse: Depois de passar anos trabalhando como tradutora de mandarim, Katharine Gun se tornou famosa ao expor segredos confidenciais da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos e da britânica Government Communications Headquarters.


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Cine Dica: Em Cartaz: 'A Odisseia Dos Tontos' - 8 Hermanos e Um Segredo

Sinopse:  é uma história situada em um pequeno povoado da província de Buenos Aires (Argentina), ao final de 2001. Um grupo de amigos e vizinhos perde o dinheiro que havia conseguido reunir para recuperar uma antiga cooperativa agrícola.

América latina é farta de altos e baixos com relação ao cenário político, mas dos quais servem para inspirar os cineastas na realização de suas obras ao longo do tempo. Walter Salles, por exemplo, havia lançado em 1996 "Terra Estrangeira" e do qual sintetizava o estado de espirito do brasileiro daqueles tempos e sem nenhuma boa expectativa. Já recentemente, mais precisamente no país vizinho, chega o filme "A Odisseia Dos Tontos" que fala do jogo de gato e rato de um grupo de amigos da argentina e que tentam driblar os problemas vindos da crise política.
Dirigido por Sebastián Borensztein, que havia dirigido "Um Conto Chines" (2011), o filme conta a história de uma cidade distante na província de Buenos Aires. Durante a crise econômica, um grupo de moradores decide reunir a quantia de dinheiro necessária para comprar alguns sitios abandonados em uma propriedade agroindustrial. Mas, mesmo antes de poderem executar o projeto, um golpe faz com que eles atinjam o fundo do poço e reajam diante da injustiça.
Embora o primeiro ato comece lentamente, o filme avança na medida que as adversidades começam a surgir em cena. Transitando entre o humor e o drama, o filme ganha vida graças aos personagens extremamente humanos e cuja as adversidades vistas na tela acabam sendo até mesmo familiares para os nossos olhos. Não deixa de ser curioso, por exemplo, a crise política da argentina no início do século vinte e um vista na tela e cuja a situação não é muito diferente do que foi da nossa durante a década de noventa.
Mas é a partir do momento em que os personagens centrais se unem para fazer justiça que o filme realmente engrena. Sai de cena os momentos dramáticos e dando lugar para situações de humor simplório, porém, muito gostoso de ser assistido. Na medida em que a trama avança, o filme se transforma em um verdadeiro "11 Homens e Um Segredo" (2001), mas tendo para si a sua identidade própria como um todo.
Logicamente, Ricardo Darín rouba a cena, ao fazer um personagem não muito diferente dos que ele já havia interpretado recentemente, mas que os fãs certamente irão adorar. Dos demais da ala masculina, cada um se destaca da sua maneira, cuja as suas caracteristas são universais e facilmente identificaveis para nós. Mas se por um lado o filho de Ricardo Darín fica devendo em termos de atuação, em contrapartida, as atrizes Verónica Llinás e Rita Cortese se destacam mesmo em poucos momentos em cena.
O ato final reserva diversos momentos de pura emoção, do qual o filme presta uma boa homenagem ao subgênero de filmes de roubos e cujo os minutos finais são extremamente acelerados. Embora previsivel em aguns momentos, o filme consegue o feito de nos entreter, mesmo em uma trama que tinha todos os igredientes para se transformar em um melodrama político."A Odisseia Dos Tontos" é divertido do seu começo ao fim mas permitindo também que a gente possa refletir com humor sobre as adversidades dos tempos atuais. 


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Cine Dica: Noites na Cinemateca: Cinema & Horror

MADRUGADA DE HORROR NO DIA DOS MORTOS

A quarta e última edição 2019 do projeto Noites na Cinemateca, que promove maratonas cinematográficas temáticas na madrugada, ocorre no sábado, 02 de novembro, às 23h59. Coincidindo com o Dia de Finados, o tema desta noite será Cinema & Horror, apresentando produções como os longas-metragens A Bruxa de Blair, de Eduardo Sánchez e Daniel Myrick, que celebra 20 anos em 2019, Os Olhos da Cidade são Meus, clássico do terror metalinguístico do espanhol Bigas Luna, e um filme surpresa (o primeiro – e sangrento – longa-metragem de um dos principais nomes de Hollywood). A programação também destaca três importantes curtas-metragens do gênero realizados no Rio Grande do Sul: Paulo e Ana Luiza em Porto Alegre, de Rogério Brasil Ferrari, Ne Pas Projeter, de Cristian Verardi e um filme surpresa.
O Noites na Cinemateca faz parte das ações do projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – Programação Especial 2019. Entre os meses de março e novembro deste ano, a Cinemateca Capitólio Petrobras promove uma programação especial com 26 atividades com patrocínio master da Petrobras através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal e produção da Fundacine e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura/Coordenação Cinema e Vídeo.
O ingresso para o Noites na Cinemateca tem o valor de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), para estudantes e idosos, e é válido para as três sessões da maratona. Entre uma sessão e outra, haverá pequenos intervalos para os espectadores dispostos a atravessarem essa madrugada de terror para poderem recarregar suas energias. Caso haja disponibilidade de lugares, também serão colocados à venda ingressos para quem desejar assistir a apenas parte da programação. A bilheteria abre 30 minutos antes de cada sessão.

A Cinemateca Capitólio Petrobras fica na Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Esq. com Borges de Medeiros. Mais informações (51) 3289 7453 http://www.capitolio.org.br/ | https://www.facebook.com/cinemateca.capitolio

FILMES
Paula e Ana Luiza em Porto Alegre
Brasil, 1998, 15 minutos, 35mm
Um simpático casal portoalegrense. Gostam de viagens, discos antigos, gastronomia. Inventam jogos... Jogos estranhos.

A Bruxa de Blair
(The Blair Witch Project)
Estados Unidos, 1999, 105 minutos, HD
Direção: Eduardo Sánchez e Daniel Myrick
Um grupo de três jovens cineastas desaparece ao entrar em uma floresta de Maryland para gravar um documentário sobre uma lenda local conhecida como A Bruxa de Blair. Anos depois, a câmera que usavam é encontrada.

Ne Pas Projeter
Brasil, 2015, 13 minutos, HD
Direção: Cristian Verardi
Um projecionista de cinema tem sua rotina afetada de forma drástica após encontrar uma misteriosa lata de película contendo as advertências: "Não abrir. Não projetar".

Os Olhos da Cidade São Meus
(Angustia)
Espanha, 1986, 86 minutos, HD
Direção: Bigas Luna
John é funcionário de uma clínica de oftalmologia, mas acaba perdendo o emprego por causa de sua incompetência profissional. Ele vive sob os domínios de sua estranha mãe, uma velha psicótica e vingativa, que o hipnotiza e ordena que saia pelas ruas coletando olhos humanos. Todos os olhos da cidade serão nossos, ela profetiza. A partir daí, mergulhamos num delirante estudo sobre o poder hipnótico do cinema, quando a violência nas telas confunde-se com acontecimentos da vida real.

Curta Surpresa (11 minutos)
Importante curta-metragem de horror produzido no Rio Grande do Sul.
Longa Surpresa (91 minutos)
O primeiro – e sangrento! – longa-metragem de um dos mais prestigiados diretores de Hollywood, um mestre contemporâneo do cinema de fantasia. 

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
23h59
Paula e Ana Luiza em Porto Alegre + A Bruxa de Blair
02h30
Ne Pas Projeter + Os Olhos da Cidade São Meus
04h30
Curta Surpresa + Longa Surpresa