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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Cine Dica: Terra Vermelha em cartaz


A partir de sexta-feira, 10 de novembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a produção argentina Terra Vermelha, dirigido por Diego Martinez Vignatti, também conhecido como diretor de fotografia do premiado cineasta mexicano Carlos Reygadas em títulos como “Japón” (2002) e “Batalha no céu” (2005). Terra Vermelha foi co-produzido pela brasileira Panda Filmes.   

Cidade dos Sonhos, a obra-prima de David Lynch, segue em cartaz na sessão das 17h30.

O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.


TERRA VERMELHA
La Tierra Roja
Argentina/Bélgica/Brasil, 102 minutos
Distribuição: Imovision
Direção: Diego Martinez Vignatti

Pierre é um engenheiro belga, ex-jogador de rugby que trabalha para uma
multinacional de celulose. Vem para a Provincia de Misiones, na fronteira com
o Brasil, para devastar mais uma floresta nativa e plantar pinus. Os conflitos
locais e seu envolvimento com a comunidade criarão um impasse de grandes
proporções. Pierre precisa escolher seu lado. Exibição em DCP.

GRADE DE HORÁRIOS
9 a 15 de novembro de 2017

9 de novembro (quinta)
17h30 – Cidade dos Sonhos
20h – Sessão de lançamento Invisível (debate com o diretor)

10 de novembro (sexta)
17h30 - Cidade dos Sonhos
20h – Terra Vermelha

11 de novembro (sábado)
15h30 – FITA
17h30 - Cidade dos Sonhos
20h – Terra Vermelha

12 de novembro (domingo)
15h30 – FITA
17h30 - Cidade dos Sonhos
20h – Terra Vermelha

14 de novembro (terça)
15h30 – Terra Vermelha
17h30 - Cidade dos Sonhos
20h – Sessão de lançamento do documentário Gabeira

15 de novembro (quarta)
17h30 - Cidade dos Sonhos
20h – Terra Vermelha

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Cine Clássico: O Estigma de Satanás (1971)


Sinopse: Num vilarejo na Inglaterra do século 17, as crianças locais lentamente são convertidas em adoradores do diabo.


No final dos anos 60, o cinema de horror inglês, sendo esse comandado por estúdios como Hammer e Amicus, estavam entrando em decadência. Vampiros e lobisomens não assustavam tanto como antigamente. Era preciso então inovar, mas que ao mesmo tempo se comunicasse com o mundo real daquele tempo.
Porém, eis que o clássico O Bebê de Rosemary (1968) deu a ideia para o surgimento de um novo tipo de horror, onde o foco eram seitas demoníacas, sejam elas comandadas por fanáticos ou até mesmo por bruxas. O Estigma de Satanás é um título curioso dessa leva que, embora tenha envelhecido em alguns aspectos, surpreende pela ousadia em alguns momentos chaves da trama. O Estigma de Satanás é um dos expoentes da onda de horror pastoral que afluiu no cinema britânico dos anos 70 e que fez surgir títulos indispensáveis como O Homem de Palha (1973).
Criado pela produtora inglesa Tigo, e dirigido por Piers Haggard (O Diabólico Dr. Fu Manchu, 1980), o filme é interessante pelo seu olhar sobre o tema confuso que é o satanismo quando examinado sob uma ótica reducionista: em uma pequena comunidade rural da Inglaterra do século XVII, pessoas começam a desaparecer e cadáveres a surgir na mesma proporção. Enquanto isso, uma espécie de culto toma forma no interior das florestas que cercam o vilarejo.
O Estigma de Satanás é ligeiramente atmosférico em seu início, mas um tanto que frustrante ao se entregar em algumas soluções ligeiramente fáceis. Localizado em uma época profusa em obras parecidas, talvez tenha envelhecido um pouco mal por conta de seu flagrante conservadorismo e da falta de lidar com exatidão sobre o oculto. Contudo, o filme tem a sua importância histórica mais do que justificável, já que colaborou para aumentar esse subgênero que ainda hoje resiste em filmes indispensável como A Bruxa. Trata-se afinal de uma pequena obra que acabou sendo esquecida e que, ironicamente, colaborou para o surgimento dessa leva de filmes satânicos.  


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (09/11/17)



Invisível


Sinopse: Ely tem 17 anos e mora no bairro da Boca em Buenos Aires. Ela cursa o último ano do ensino médio e trabalha num petshop para completar a renda familiar. Ao descobrir que está grávida do Raúl, dono do Pet Shop, seu mundo interno entra em colapso. Enquanto tenta manter sua rotina diária como se nada tivesse acontecido ela é tomada pelo medo e angústia. A sociedade que a pressiona e o estado de saúde frágil da sua mãe a isolam e a obrigam a amadurecer precocemente. Tomar a decisão que mudará sua vida para sempre lhe permitirá ter um novo começo. 


Borg vs McEnroe

Sinopse:O jogador de tênis sueco Bjorn Borg (Sverrir Gudnason) é conhecido por sua calma. Já seu rival, o americano John McEnroe (Shia LaBeouf), faz fama pelo temperamento explosivo. Dentro e fora de quadra, os dois colocam a rivalidade num alto patamar, tornando as competições históricas.


Gosto se Discute

Sinopse: Um chef perde o paladar quando precisa fazer um novo cardápio para conquistar a jovem e bela gerente de seu restaurante.

 

No intenso agora

Sinopse: Documentário político que justapõe, através de imagens de arquivo, uma série de acontecimentos diferentes da década de 1960, como: a revolta estudantil em Paris, a Primavera de Praga em meio a dominação da União Soviética e a China de 1966 sob o regime de Mao, experienciado pela mãe do diretor na época.





O outro lado da esperança

Sinopse: Henlsinki. Os destinos de Wikhström, um cinquentão que decide mudar de vida, abandonando a esposa alcólatra e seu emprego para abrir um restaurante, se cruza com Khaled, um jovem refugiado Sírio que tem seu visto negado ao chegar na cidade. Tocado pela história do jovem imigrante, Wikhström decide o esconder em seu restaurante.



Um Perfil para dois



Sinopse: O viúvo Pierre não sai de casa há dois anos. Ele descobre as alegrias da internet graças a Alex, um jovem contratado pela filha para lhe ensinar informática. Em um site de encontros, Pierre se interessa por Flora. O problema é que, em seu perfil, o viúvo colocou a foto de Alex e não a sua.



Vazante



Sinopse: Brancos, afrodescendentes nativos e recém-chegados da África sofrem as mazelas derivadas da incomunicabilidade em uma fazenda imponente, na decadente região dos diamantes, em Minas Gerais, no início do século 19.


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Cine Curiosidade: Pauta: Filme sobre ditadura militar rodado em película concorre em São Paulo no Pop Corn Festival Sorocaba

"A Última Cena" de Rodney Borges foi exibido em 02 festivais na Itália e no Uruguai com atriz internacional Cris Lopes como protagonista
O Filme "A Última Cena" com direção de Rodney Borges fala dos últimos momentos de uma atriz de teatro perseguida pela ditadura militar no Brasil.
Rodado em película 8 mm, já foi selecionado e exibido em festivais internacionais: 2 na Itália e 1 no Uruguay, além dos festivais brasileiros, e agora está concorrendo em diversas categorias (Direção, Roteiro, Fotografia, Ator, Atriz, Edição) no Festival de Cinema Pop Corn 2017 realizado na UNIP em Sorocaba/São Paulo, que vai até o dia 10 de novembro e já está em sua 5a. edição.

A protagonista é a atriz internacional de cinema Cris Lopes que já recebeu 2 indicações na Categoria Melhor Atriz: recentemente no Curta Canedo 2017 e em 2015 recebeu Menção Honrosa como Atriz Destaque no Instituto Moreira Salles - Festcine Poços MG).
Cris acaba de retornar da Argentina onde esteve promovendo outro filme que também protagonizou (madame francesa em "AGS"), exibido em cinema em Buenos Aires na semana passada e já exibido também na Espanha, Uruguai e no Brasil. Na edição de 2016 do Festival Pop Corn em Sorocaba/São Paulo, AGS com direção de Rodney Borges recebeu prêmio de Melhor Roteiro (ator e roteirista Euler Santi).
Em breve a atriz Cris Lopes vai estrelar mais 2 filmes: 01 nacional e 01 internacional em espanhol, além das estréias dos longas e série que já atuou(USA/Canadá e Brasil) 
Assistir aqui trailer "A Última Cena" com atriz Cris Lopes: https://www.youtube.com/watch?v=fF06G--DA9c 
Curtir no Facebook Fan Pages do festival Pop Corn e fotos making of do filme: @popcornfestival   @aultimacenafilme  @crislopesoficial

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Terra Selvagem

Sinopse: Um caçador de coiotes e predadores traumatizado pela morte da filha adolescente encontra o corpo congelado de uma menina em um local ermo e decide iniciar uma investigação sobre o crime.


Embora Sicario – Terra de Ninguém tenha sido um trabalho genial nas mãos do cineasta Denis Villeneuve (Blade Runner 2049), o crédito merece ser dado também ao roteirista Taylor Sheridan. Não bastasse ter criado uma boa história sobre a guerra sem fim contra as drogas, eis que ele decidiu então escrever o roteiro do filme A Qualquer Custo, do qual chama atenção por parecer uma espécie de faroeste contemporâneo. Como uma espécie de fechamento de uma trilogia, Terra Selvagem marca a estreia do roteirista na direção, resultando então num trabalho do qual nos faz pensar sobre qual será os seus próximos trabalhos futuros. 
A trama se passa numa pequena comunidade dos Estados Unidos, onde há uma forte presença de descendentes de índios. É lá que vive o caçador Cory, interpretado por Jeremy Renner (Guerra ao Terror e Vingadores), do qual é convocado para dar cabo de um animal que vem dizimando o gado de um habitante, mas no caminho, ele acaba se deparando com o corpo de uma jovem. Em seguida, FBI precisa ser chamado e é então que entra em cena a agente Jane (Elizabeth Olsen, de Vingadores – A Era de Ultron), da qual se vê inexperiente naquele ambiente, mas que consegue ajuda de Cory para tentar solucionar o caso.
Mais de que um filme investigativo, o filme propõe fazer uma dura crítica contra o governo americano, do qual não dá voz ao povo indígena, sendo que as mortes desses não se encontram nas estatísticas. Os indígenas são o único grupo demográfico que não conta com recenseamento próprio no que tange às taxas de homicídio contabilizadas na América. Em tempos de "era Trump", do qual há um grande número de mortes por arma de fogo, fico me perguntando se esses números não seriam maiores ainda se esse povo, sendo os verdadeiros donos da terra, fosse realmente reconhecido nas estatísticas.
Embora o cenário possua um belo visual vindo da natureza, ela por sua vez não esconde o seu lado selvagem, mas não somente vindo dos animais, como também do próprio homem. Taylor Sheridan cria então um mosaico de personagens desgarrados, dos quais a maioria tenta criar a sua própria sorte, para que então não sejam consumidos pela violência vinda de outros ou da natureza gélida implacável. Uma espécie de faroeste contemporâneo, onde um crime acaba tendo consequências e afetando tudo e todos. 
Cory se apresenta então como um sobrevivente, do qual sabe como são feitas as regras nesse ambiente hostil, mas não escondendo as feridas internas dos quais ele guarda. Jeremy Renner novamente nos brinda em um trabalho competente, onde o seu personagem nos passa um ar sereno, mas não escondendo a dor de um passado doloroso e ainda não resolvido. E se Elizabeth Olsen se esforça (no bom sentido) ao passar autoridade como uma agente do FBI, Gil Birmingham (A Qualquer Custo) surpreende no papel do pai da vitima, sendo que suas poucas cenas já valem um Oscar.
Tecnicamente o filme não nos apresenta nada de novo, mas ao mesmo tempo há um realismo cru, aonde cada cena de ação que venha acontecer gerará então consequências imprevisíveis. Taylor Sheridan cria então no terceiro ato um cenário cheio de violência, sendo que ela ataca sem prévio aviso e fazendo a gente se perguntar o que estará por vir. Embora as soluções de tais atos possam soar um tanto que previsível isso não diminui o fato de que os personagens permanecem em sua busca pela paz interior naquele lugar opressor. 
Terra Selvagem é mais do que um filme sobre um crime, como também de inúmeros feitos pelo homem no passado e que ressoa num presente cada vez mais indefinido. 


 
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