Sinopse: Este
documentário, financiado pelo Governo do Estados de São Paulo, traça um
panorama da diversidade sexual na noite paulistana, incluindo entrevistas da
drag queen Silvetty Montilla e do DJ André Pomba.
Com uma câmera na
mão, Lufe Steffen mergulha na noite de São Paulo, entrando em cada casa noturna
de festas gays e batendo um papo com cada pessoa com que ele cruza durante uma
semana toda de noitadas deste universo de paz e amor. O documentário responde
as perguntas do porque essas pessoas madrugam nesses lugares, usam roupas extravagantes,
falam gírias próprias, os rios de dinheiro que gastam numa noite, o que esperam
do amor do mesmo sexo e dão sua opinião sobre a política e a religião
conservadora. A câmera de Steffen é como se fosse um cientista geral, em que
tenta compreender esse universo, que cada vez está mais misturado, onde não se
distingue mais qual o sexo.
O grande atrativo do documentário
se encontra na maneira que é feita as entrevistas: nada é preparado, sendo tudo
uma forma descontraída e em alguns momentos bem humorada. As conversas são
feitas em inúmeros lugares, seja numa fila ou dentro da danceteria, onde em alguns
momentos o cineasta entrevista pessoas caindo de bêbadas devido à festa da
noite.
O resultado disso são
declarações espontâneas, sinceras e que falam por si. Essas pessoas não estão
preocupadas em impressionar no que vai dizer para câmera, tão pouco fingem, por
muitas vezes erram, mas se corrigem nas palavras em seguida.
Sem descanso, Lufe
Steffen vai entrevistando os mais variados tipos de gays durante a semana que
perambulou nas ruas de São Paulo: jovens se descobrindo, adultos saindo do armário,
pessoas mais velhas defendendo o que sente desde antigamente, homens, mulheres,
travestis, transexuais e grag quees. A lista é imensa, sendo que todos são
ouvidos e por muitas vezes algumas figuras vistas anteriormente retornam durante
o documentário para dar uma nova opinião sobre outro assunto diferente do
anterior.
Falando nos assuntos,
o filme levanta certas questões como a indefinição atual de diversos pontos. Como
no caso da indefinição da moda de se vestir que não existe, ou o que eles(as)
procuram na noite. Seria somente sexo? Algum compromisso? Ou somente se
divertir e beber? Uma das entrevistadas
responde o seguinte: “durante o dia a dia fico presa nos afazeres e a noite
decido soltar os meus demônios para não explodir”, concluiu!
No final das contas o documentário
não é sobre homenagens, tão pouco julgamentos, mas sim criar um mosaico sobre pessoas que vão
contra a maré, de uma sociedade atual politicamente correta e hipócrita. Essa consciência
de livre arbítrio vale não somente para a comunidade gay, como também para
todos aqueles que têm o desejo de ser o que realmente quiserem na vida e sem se
preocupar ou dar satisfação para outras pessoas que acham que tem o direito de
dizer o que é certo ou errado.
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