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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: TABU

UM  F.W.MURNAU EM PLENOS DIAS ATUAIS

Sinopse: Três mulheres a viver num prédio antigo na cidade de Lisboa: Aurora é uma idosa temperamental e excêntrica Santa a empregada cabo-verdiana e Pilar uma vizinha dedicada. Sentindo o fim a aproximar-se Aurora faz-lhes um pedido invulgar: quer encontrar-se com Gianluca Ventura alguém que até àquele momento ninguém sabia existir. Assim dispostas a cumprir o desejo da velha senhora Santa e Pilar acabam por descobrir que os dois viveram uma história de amor e crime no passado. Uma história que começou há 50 anos em Moçambique algum tempo antes da Guerra Colonial e reza assim: Aurora tinha uma fazenda em África no sopé do monte Tabu.

Tabu é mais um exemplo de que há cineastas atuais, que decidiram olhar um pouco para traz, sendo mais precisamente em resgatar as maneiras de como se fazer cinema de antigamente e o resultado final deixa o espectador maravilhado. Dirigido pelo cineasta Miguel Gomes, ele já havia conquistado o coração da critica através de filmes como o premiado Aquele Mês de Agosto, que foi eleito o melhor longa metragem pela critica na mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Embora Tabu possua um ritmo lento em alguns momentos, a trama consegue fisgar o espectador mais desacostumado (mas curioso) com a forma que ele apresenta a trama, mas ao mesmo tempo conquista o cinéfilo mais atento e isso graças a inúmeras referencias que ele faz a outros filmes.
Para começar, a produção é explicitamente uma homenagem ao cineasta F.W.Murnau (Nosferatu), não só da forma como ele filmava, como também é uma espécie de releitura de um dos seus filmes, Tabu de 1931. Mas para não soar como uma espécie de refilmagem, Gomes cria a trama através de dois capítulos e mais um prólogo: Paraíso e Paraíso Perdido, sendo que no original a trama seguia em linha reta, mas aqui Gomes vai numa direção contraria e que o torna bastante original.   
A primeira parte de Tabu acontece em  Lisboa atual e apresenta a personagem Pilar, uma mulher de meia idade, mas que não se intimida em ajudar o próximo, aja o que houver.  De início, da entender que ela será a protagonista da trama, mas para a nossa surpresa, logo percebemos que será a vizinha Aurora (nome que é uma referencia clara ao primeiro filme americano de Murnal), uma idosa, viciada até o pescoço em jogos e paranóica com relação a todos que a rodeia. Ela divide o apartamento com sua empregada Santa, uma mulher  que segue à risca as ordens  da filha de sua patroa, que sendo assim, suas atitudes há frente da idosa a tornam uma personagem seca, mas ao mesmo tempo com  humor peculiar que nos contagia.   
Graças há um dos inúmeros devaneios de Aurora, conhecemos o seu antigo amor proibido: Ventura. A partir daí, embarcamos em um grande flashback, onde acabamos pousando na África Colonial. A partir desse momento, os toques de humor vistos no capitulo anterior, são substituídos com toques mais dramáticos, que graças ao prólogo, já temos uma vaga idéia de como terminara, onde boa parte da trama é narrada pela voz de Ventura.    
É neste ponto que Miguel Gomes não só fortalece a sua homenagem a F.W.Murnau, como também ao período do cinema mudo: não ouvimos as palavras dos protagonistas, sendo que somente os seus gestos e movimentos dos lábios é o que falam por si e em boa parte das cenas é o som do ambiente que domina a trama (o que me lembrou muito O Som ao Redor). Embora num primeiro momento isso possa assustar um marinheiro de primeira viagem, isso não prejudica o entendimento da historia e faz com que o cinéfilo se lembre de como o cinema mudo tinha o seu charme e de imensas qualidades.   
Além de tudo isso, o longa foi filmado de uma maneira, para que a gente se sentisse que estivesse assistindo o filme em pleno anos 20: em janela 4:3, com um granular diferenciado e totalmente em preto em branco, além de partes em 16mm. Todos estes recursos foram usados com perfeição e são justificados em cada cena vista na tela. Com isso, o final nos deixa com água na boca e desejando que a trama continuasse para a gente sentir mais o gostinho de como era ir ao cinema de antigamente.
Em tempos em que os criadores da sétima arte estão olhando mais para trás, para saber como era assistir um filme no cinema de antigamente (vide O Artista e o recente Branca de Neve), Tabu é uma sessão obrigatória para qualquer fã de cinema de verdade que se preze.   

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Cine Dica: Jacques Rivette: Já não somos inocentes


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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: G.I.JOE: RETALIAÇÃO

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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Cine Dicas: Estréias no final de semana (02/08/13)

Tabu 

Sinopse: Três mulheres a viver num prédio antigo na cidade de Lisboa: Aurora é uma idosa temperamental e excêntrica Santa a empregada cabo-verdiana e Pilar uma vizinha dedicada. Sentindo o fim a aproximar-se Aurora faz-lhes um pedido invulgar: quer encontrar-se com Gianluca Ventura alguém que até àquele momento ninguém sabia existir. Assim dispostas a cumprir o desejo da velha senhora Santa e Pilar acabam por descobrir que os dois viveram uma história de amor e crime no passado. Uma história que começou há 50 anos em Moçambique algum tempo antes da Guerra Colonial e reza assim: Aurora tinha uma fazenda em África no sopé do monte Tabu.


RED 2 - Aposentados e ainda mais perigosos 

Sinopse: Frank Joe Marvin e Victoria voltam da aposentadoria para lutar contra uma ameaça. 

Os Smurfs 2 

Sinopse: O malvado feiticeiro Gargamel continua determinado em roubar a Essência dos Smurfs e criou para esse efeito duas pequenas criaturas que são muito semelhantes às adoráveis criaturas azuis no entanto as suas semelhanças físicas não são suficientes para os aproximar da misteriosa essência porque esta pertence única e exclusivamente ao Mundo dos Smurfs e só pode ser controlada pelos verdadeiros Smurfs.

      Confissões de um Jovem Apaixonado 

Sinopse: Em 1830, na cidade de Paris, Octave (Peter Doherty) vive depressivo, desde que foi abandonado por sua amante. Quando seu pai morre, ele volta ao seu país de origem, onde encontra Brigitte (Charlotte Gainsbourg), uma viúva dez anos mais velha do que ele. Octave se apaixona perdidamente, mas não consegue se entregar facilmente a este amor.

                      Hannah Arendt 

Sinopse: Hannah Arendt é o retrato do gênio que sacudiu o mundo com sua descoberta da banalidade do mal. Depois de participar do julgamento do nazista Adolf Eichmann em Jerusalém Hannah Arendt ousou escrever sobre o Holocausto em termos nunca antes ouvidos. Seu trabalho instantaneamente provocou escândalo mas Arendt continuou forte mesmo sendo atacada igualmente por amigos e inimigos. Porém ao mesmo tempo em que os emigrantes judeu-alemães lutam para superar suas dolorosas associações com o passado o filme expõe a sedutora mistura de arrogância e vulnerabilidade de Hannah Arendt revelando uma alma definida e marcada pelo exílio.

Contos da Noite 

Sinopse: Todas as noites, um garota, um garoto e um senhor idoso se encontram em um pequeno cinema, que aparenta estar abandonado. Lá dentro, os três criam histórias, escrevem, desenham, vestem fantasias... Eles criam diversas histórias mágicas passadas em uma noite onde tudo é possível.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: Parte 4

Com o Homem de Aço nos cinemas, irei recapitular aqui um pouco sobre as melhores adaptações que Superman teve no cinema ao longo de sua historia.

SUPERMAN LIVES: O FILME QUE NÃO FOI.

 Em 1996, Kevin Smith propôs fazer um filme Superman de Jon Peters e um ano depois, ele escreveu um roteiro, baseado no Death and Return of Superman série, intitulado "Superman Lives". Peters aprovou o roteiro sob três condições ímpares que Kevin Smith vagamente aceitou - 1. Superman tem que usar um traje todo preto 2. Superman não voa no filme 3. Superman luta contra uma aranha gigante no final. O script pode ser lido aqui- http://www.script-o-rama.com/movie_scripts/superman-lives-script.html
Tim Burton foi contratado para dirigir o filme e 30 milhões dólares foram investidos no projeto. No entanto, Superman Lives foi abandonado principalmente devido a diferenças criativas com Peters. Burton passou a dirigir A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, e sempre diz que e ele  perdeu um ano inteiro com Superman Lives. Houve também uma briga entre Kevin Smith e Tim Burton.

  
Aqui está como o filme teria sido de elenco: 

Superman-Nicholas Cage
Lex Luther-Kevin Spacey
Brainiac-Tim Allen
Lois Lane-Courtney Cox
Jimmy Olsen, Chris Rock

Abaixo, deixo o possível enredo do que poderia ter sido o filme naquela época. 

O navio do crânio de Brainiac está viajando pelo espaço quando ele pega uma transmissão enviada por Lex Luther. Brainiac é acompanhado por seu capanga robô L-Ron. Lex está procurando ajuda extraterrestre para derrotar Superman. Brainiac, que sua missão é a de absorver a tecnologia possuída pelo Erradicador (uma entidade AI na forma do navio que trouxe Kal-el para a Terra), vai para o nosso planeta. De volta à Terra, Superman frustra uma situação de reféns que foi orquestrada por Pistoleiro.
Brainiac e Luthor se encontram na Lexcorp e eles concordam em trabalhar juntos para derrotar o seu inimigo comum, Superman. Os dois vêm com o ShadowCaster, uma grande rede como escudo que quando colocar no espaço, ele bloqueia a luz do sol, que é claro dar Superman seus poderes. Luthor empresta sua tecnologia e a ShadowCaster se torne operacional.
Superman pede a Lois  em casamento, mas ele é rejeitado. Ele se sente enfraquecido, mas ele vem para investigar um pouso forçado em Metrópoles. Ele confronta Doomsday que foi enviado por Brainiac. Superman e Doomsday tem um confronto mortal até o ponto do herói ser derrotado. Superman é declarado morto e tem um funeral para ele em que há uma aparição feita por ninguém menos que o Batman! O corpo de Superman acaba na Fortaleza da Solidão, onde ele está sendo revivido pelo Erradicador.  Superman tem uma seqüência de sonho onde conversa com o pai e descobre que o Erradicador foi programado para esta ocasião.
Durante a ausência de Superman, Lex Luthor tenta fazer Brainiac o novo "herói" da Terra. Usando um holograma para exibir uma frota alienígena, Lex engana o público a pensar que o ShadowCaster está escondendo a Terra de uma armada alienígena. Lex ainda ostenta uma camisa ridícula com "Eu sou um maníaco por Brainiac" nele. Lois e Jimmy Olsen estão céticos. Superman está de volta e seus pés o Erradicador se transforma em uma armadura que simula os poderes do  Superman e é um modelo preto e prata. Superman então encontra Brainiac.
Lois e Jimmy desativam a geração de holograma que revela ao público que a armada era uma farsa. Superman, então, mostra-se no fato com o Erradicador. Em seu excesso de confiança, Brainiac inadvertidamente revela como destruir o ShadowCaster. Superman em seguida, voa para o espaço.O Erradicador se sacrifica para tirar o Sistema ShadowCaster. Com a luz solar que atinge a Terra mais uma vez, Superman tem seus poderes de volta. Brainiac está chateado, ele se transforma em como uma aranha mecânica e, em seguida, é hora da batalha.

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Cine Dica: SESSÃO AURORA APRESENTA OBRA-PRIMA POLÍTICA DE JOHN CARPENTER

A Sessão Aurora apresenta neste sábado, 3 de agosto, às 18h, na Sala P. F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro), Eles Vivem, uma das principais obras de John Carpenter. Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora e do Zinematógrafo.

O filme parte da chegada de John Nada (Roddy Piper) a uma Los Angeles de conflitos estéticos, onde miséria e riqueza contrastam nas esquinas, nas lojas e nos supermercados. A concentração do poder, através da mídia, do capital econômico e cultural, se faz presente no cotidiano de todos os habitantes, mesmo que de forma invisível. John, trabalhador autônomo, andarilho das cidades em busca de empregos para seguir se alimentando, é o retrato da mão de obra braçal das metrópoles em meio ao desenvolvimento vertical. Enquanto trabalha na construção civil, o protagonista logo percebe a movimentação de um pequeno grupo que age no submundo da cidade para tentar revelar a grande farsa pela qual a classe dominante exerce seu poder. Utilizando óculos especiais, ele consegue ver o que realmente está por trás de cada imagem que compõe o cenário da cidade.
Fruto de uma década consagradora para o cinema de Carpenter – momento em que o cineasta lança filmes como A Bruma Assassina, Christine, o Carro Assassino, Enigma do Outro Mundo e Fuga de Nova York –, Eles Vivem é um de seus trabalhos mais abertamente políticos, dono de uma ironia crítica fulminante que transcende as questões mais pontuais de sua época. Do ponto de vista estético, para além de seu conteúdo ideológico, o filme também é sintomático na obra do americano, com destaque para a célebre e longa sequência na qual dois personagens trocam socos e pontapés em um beco de Los Angeles.

Eles Vivem (They Live), EUA, 1988, cor, 93 minutos. Direção: John Carpenter.
Com Roddy Piper, Keith David, Meg Foster, George 'Buck' Flower, Peter Jason, Raymond St. Jacques.
O filme será exibido em DVD com legendas em português.

 
SESSÃO AURORA
Eles Vivem, de John Carpenter
Dia 3 de agosto – às 18h
Sala P. F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro)
Entrada Gratuita



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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: WOLVERINE: IMORTAL

FOX APRENDE COM OS ERROS DO PASSADO E CRIA UMA TRAMA QUE RESPEITA A ESSÊNCIA DO HERÓI.  

Sinopse: Esta aventura épica cheia de ação leva Wolverine o mais icônico personagem dentro do universo X-men ao Japão moderno. Em um mundo desconhecido ele enfrenta seu nêmesis definitivo e uma batalha de vida ou morte que o deixará marcado para sempre. Vulnerável pela primeira vez pressionado até o limite ele confronta não apenas o mortal aço samurai mas sua própria imortalidade que emerge mais forte do que ele jamais viu.

Sempre quando começa a fazer muito frio aqui no RS, me faz me lembrar de uma HQ de Wolverine nº 28 da editora Abril, em que no inicio da trama o herói está no Canadá, dentro de uma lagoa, nu e caçando peixe. Embora simples a trama, é o que melhor sintetiza o que é o personagem, que embora seja mutante com poderes incríveis, ele não deixa de ser um ser humano, que prefere as coisas mais simples como viver na natureza e ao lado dos animais que o cercam como os lobos. Felizmente essas características finalmente surgem no inicio do filme Wolverine: Imortal, que após os trágicos eventos de X-Men 3, vemos o herói (Hugh Jackman, mais a vontade do que nunca com o personagem) abatido, como um eremita e sem nenhum rumo, mas apenas usando a natureza como o seu conforto.   
Limando por completo dos erros que cometeram em Wolverine: Origens, a Fox decidiu levar mais á sério a sua pepita de ouro e decidiu explorar um lado mais sombrio e humano do personagem. Para isso, decidiram adaptar a essência principal da clássica HQ Eu, Wolverine, em que vemos um personagem mais humano, se apaixonando pela personagem Mariko e tendo que encarar inúmeros samurais no sol nascente. Para isso, a idéia do personagem querer ser um mortal e ter a oportunidade de alcançar isso, através de alguém que ele salvou na explosão de Nagasaki (numa seqüência espetacular) é uma mera desculpa para o protagonista mudar de cenário e ter que encarar novos desafios até então inéditos para ele.
Vale lembrar que um dos principais problemas de Origens a meu ver, foi o acumulo desenfreado de inúmeros personagens inseridos ali sem propósito, mas que aqui é diferente, sendo que eles surgem por um motivo e por nossa sorte são muito bem explorados. Para nossa surpresa, a personagem Yukio (Rila Fukushima) é quem rouba a cena, ao se tornar uma espécie de companheira mirim de Logan e nos fazendo nos lembrar de suas parceiras jovens dos quadrinhos (vide Jubileu e kitty pryde). Os seus momentos em que contracena com o herói, principalmente num intenso momento no final do segundo ato da trama, estão entre os melhores momentos do filme.
Porém, a força matriz do filme está no relacionamento que Logan começa a ter com Mariko (Tao Okamoto), sendo que o nascimento de um possível amor entre eles nos convence, mesmo quando ela no principio demonstra certa frieza perante o protagonista. É interessante observar, que embora seja um filme de aventura e ação estrelado por um dos personagens mais populares das HQ, o filme não se intimida ao se entregar aos momentos de calmaria, onde o casal se mistura com a cultura japonesa e rendendo momentos singelos e muito bem construídos. Mas ao mesmo tempo em que isso soa positivo para o filme, acaba se tornando meio que estranho, quando de uma hora para outra surge às cenas de ação cheia de adrenalina (como as do trem) e fazendo a gente ter a sensação que os personagens entraram em outro filme completamente diferente do que a gente estava assistindo.
Além disso, o terceiro ato da trama acaba meio que se entregando ao esquema de entreter a todo o custo o espectador, sendo que a ação incessante desvirtuou um pouco a proposta inicial da trama. Para piorar, a vilã Víbora, mesmo perigosa em alguns momentos, não nos convence com suas caras e bocas pra lá de canastronas, que são vindas da atriz sem sal Svetlana Khodchenkova. Pelo menos, os minutos finais nos brindam com revelações importantes de certos personagens e da um novo rumo ao protagonista, que por fim, consegue vencer os seus demônios interiores (representado por certa ruiva conhecida nossa).  
Embora não tendo a perfeição de X-Men 2 e tão pouco de X-men: Primeira Classe, Wolverine: Imortal pelo menos respeita a nossa mentalidade em boa parte das mais de duas horas de projeção e comprova que os estúdios estão cada vez mais querendo melhorar através dos seus próprios erros. Resta saber se o equilibro de boa historia e entretenimento terá longa vida nas adaptações de HQ a seguir.

NOTA: Não deixe de ver o inicio dos créditos, pois nela há uma importantíssima cena extra, que da uma deliciosa dica do que virá ano que vem em X-Men: Dias do Futuro Esquecido. 


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