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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: OS MISERÁVEIS



Sinopse: Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe).

De vez em outra, o gênero musical volta com tanta força, que parece que haverá uma nova leva de filmes musicais no cinema, o que não acontece na verdade. O que talvez tranque a retomada por completo seja o preconceito de certa parte do publico, que não vê sentido algum dos personagens cantando em determinada parte do filme. Ora, isso é cinema, cinema é magia e, portanto pode-se facilmente se quebrar essa realidade “pé no chão” que tanto o publico de hoje gosta, para embarcar numa historia mágica, no qual os personagens, mesmo no momento mais angustiante de suas vidas, comecem a cantar.
Os Miseráveis  é mais do que um musical, é um verdadeiro super espetáculo do começo ao fim, em que já no inicio temos uma vaga idéia do estará por vir. Baseado mais na peça musical da Broadway, do que do livro clássico de Victor Hugo, acompanhamos a cruzada de Jean Valjean (Hugh Jackman) na sua busca de paz e redenção, depois de ficar vários anos preso injustamente, mas em seu encalço estará o implacável inspetor Javert (Russel Crowe), que não medira esforços para capturá-lo. Nestes primeiros minutos de projeção, temos o maior acerto e o maior erro na escolha do elenco: Hugh Jackman se entrega de corpo e alma para incorporar o protagonista Jean Valiean, onde ele consegue transmitir a cada momento todo o desejo em buscar uma paz interior e ao mesmo tempo sempre seguir uma linha reta para o caminho da luz. Já não é a mesma coisa com relação a Russell Crowe, que não consegue passar a persistência, teimosia e tão pouco a justiça cega que carrega o inspetor Javert. Para piorar, Crowe mostra que não nasceu para cantar, pois chegamos até mesmo a nos contorcer quando ouvimos o ator soltando a voz.
Mas se por um lado temos esse passo em falso, por outro testemunhamos mais escolhas certeiras e Anne Hathaway é uma delas. Embora a sua Fantine apareça pouco em cena, é mais do que suficiente para Hathaway colocar o filme no seu bolso, já que sua interpretação é assombrosa, onde ela passa o verdadeiro peso do mundo em que a sua personagem sente nas costas. A cena em que ela canta e desaba em lagrimas (numa das melhores canções do filme) é digna de levar vários prêmios e o diretor Tom Hooper (O Discurso do Rei), foi habilidoso em criar esse incrível momento numa seqüência sem cortes, onde vemos a atriz nos brindar com um dos melhores momentos de sua carreira. Mas por mais que desejamos que ela continuasse em cena, a trama precisa seguir novos rumos e é ai que o filme se torna um tanto que irregular, principalmente quando entra em cena o casal de trambiqueiros vividos por Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen, que são tutores da filha de Fantine. Embora eles cumpram com louvor os momentos cômicos da trama, tem-se a impressão de que eles saíram de outro filme e embarcaram aqui como penetras. Principalmente Bonham Carter, na qual a sua personagem lembra por demais a sua outra encarnação em Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet.
Após isso tudo, o filme embarca em sua segunda parte, no qual a Revolução Francesa do século XIX se torna a alma dominante. Se por um lado esse fato histórico pouco nos interessa, por outro, o publico já está mais do que fisgado pelos protagonistas e pela sua riquíssima reconstituição de época, onde edição arte, fotografia e trilha falam por si. Surpreendentemente, embora o filme chegue perto da casa de três horas de projeção, uma vez que o publico é conquistado, não sente nenhum pouco de cansaço, principalmente com a montagem rápida, no qual sempre da à sensação de que algo está acontecendo a todo o momento (embora as cenas inclinadas tenham me incomodado um pouco até o final). Em meio a todas essas inúmeras sub-tramas, todos os personagens (sejam eles grandes ou pequenos), irão se colidir no ato final da historia e selará o destino de cada um deles. Embora o romance açucarado dos personagens Cosette (Amanda Seyfried) e Marius (Eddie Redmayne) seja um tanto que forçado demais, ele é essencial para colocar um ponto final na busca de redenção do personagem  Jean Valjean.
Embora a trama se encaminhe para algo previsível, somos todos compensados por minutos finais grandiosos, no qual  Hugh Jackman brilha como ninguém e o filme se encerra da maneira como começou, de uma forma espetacularmente grandiosa e que nos faz até mesmo nos esquecer de alguns momentos que ficaram aquém do esperado. Com o resultado mais do que positivo, não me admiraria que alguns dos envolvidos puder futuramente embarcar em mais um filme musical que é baseado num grande clássico. O Corcunda de Notre Dame seria sem sombra de duvida uma ótima pedida. 


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Cine Curiosidade: ENTREVISTA/MÁRIO ALVES COUTINHO » Literatura em celuloide-João Paulo‏

Livro reúne entrevistas com principais especialistas franceses na obra do cineasta Jean-Luc Godard 



João Paulo
Estado de Minas: 02/02/2013 

O crítico, ensaísta e tradutor Mário Alves Coutinho sempre teve uma relação intensa com o cinema de Jean-Luc Godard. Das sessões de filmes e debates no Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) à pesquisa detida da obra do cineasta, que resultou em doutorado defendido na França e no livro Escrever com a câmera: a literatura cinematográfica de Jean-Luc Godard, a trajetória de Godard ocupou muitos anos da atenção do crítico. O livro que Coutinho está lançando pela Editora Crisálidas é mais uma etapa nesse percurso sem fim. Godard, cinema, literatura reúne entrevistas com nomes de ponta da crítica e da pesquisa acadêmica sobre a obra do cineasta franco-suíço. O tema que constitui o núcleo dos debates é a relação de Godard com a literatura. Não se trata de uma pesquisa do uso da ficção e das narrativas literárias nos filmes do cineasta, mas da forma como, por meio de elementos cinematográficos, linguísticos e retóricos, Godard faz literatura e, mais especificamente, poesia com a câmera. 

Mário Alves Coutinho colheu consensos e polêmicas em diálogos com especialistas, quase todos autores de livros canônicos sobre Godard. A partir de um roteiro prévio ele se abre a outras questões, de acordo com o perfil do entrevistado. O resultado é um livro que se acompanha como a uma boa conversa, que vai ganhando consistência à medida que o leitor vai se assenhorando dos temas e da linguagem dos críticos. 


Além de Godard, cinema e literatura, as conversas de Coutinho com seus interlocutores atravessam outros temas, como a crítica de filmes e o jornalismo cultural, emergindo daí um retrato sociológico sobre as publicações francesas do período da Nouvelle Vague e dos Cahiers du Cinéma. Não faltam observações finas sobre intelectuais como Lévi-Strauss e Jean Cocteau, que ampliam o espectro do tema central do livro. Os entrevistados foram Jacques Aumont, Phillipe Dubois, Alain Bergala, Michel Marie, Jean Douchet, Jean-Louis Leutrat, Jean-Michel Frodon, Marie-Thérèse Journot, Francis Ramirez, Jean Collet e Marie-Claire Ropars-Wuilleurmier. Confira a seguir trechos da entrevista de Mário Alves Coutinho ao Pensar.


O livro é resultado de suas pesquisas sobre a presença da literatura na obra de Godard. Como chegou aos nomes escolhidos para os diálogos?

O critério para escolher os entrevistados foi simples: competência no tema que eu queria abordar, que era exatamente a presença ou não da literatura na obra cinematográfica de Jean-Luc Godard. Ele é autor de vários livros: roteiros dos seus filmes, críticas de cinema, entrevistas, os textos de Histórias do cinema, que editou em quatro volumes pela Galimard; mas eu queria examinar a literatura nos seus filmes, e não nos seus livros. Quase todos os entrevistados escreveram livros sobre Godard – desde Jean Collet, que publicou o primeiro da extensa bibliografia godardiana, passando por Jacques Aumont e Philippe Dubois, até Alain Bergala, que escreveu sobre e editou obras do próprio Jean-Luc – ou então, ensaios importantes sobre sua obra e seus filmes. Francis Ramirez, por outro lado, era especialista em literatura e Jean Cocteau: ora, é conhecida a influência especial de Jean Cocteau em Godard. Já Jean-Michel Frodon, por exemplo, entrevistei-o devido à posição que ocupava: diretor de redação da revista Cahiers du Cinéma, lugar onde Godard escreveu, e onde conheceu André Bazin (ninguém passava pela órbita de Bazin impunemente). Além disso, quase todos eles eram professores na Paris 3, Sorbonne Nouvelle, universidade na qual fiz minhas pesquisas, e onde segui alguns cursos.


Quais as principais conclusões de seu trabalho sobre a relação entre a literatura e o cinema em Jean-Luc Godard?

Que Godard teve o desejo de fazer literatura primeiro, quando adolescente, mas que adotou o cinema, talvez por este ser, para sua família (altamente literária, com contatos diretos com Paul Valéry, André Gide e Rainer Maria Rilke), uma arte vulgar e interdita. Segundo ele, tentou escrever um romance, antes de dirigir qualquer filme, mas não passou da primeira frase. A literatura que ele quis publicar na Galimard, ele a imprimiu no celuloide. Além disso, com a minha tese de doutorado e meus livros Escrever com a câmera: a literatura cinematográfica de Jean-Luc Godard e agora Godard, cinema, literatura, cheguei a algumas outras conclusões, que venho confirmando, estendendo e escrevendo em trabalhos posteriores: realmente existe um cinema moderno que faz literatura e poesia através das imagens e das palavras, e cujo exemplo mais radical (mas não o único) é Jean-Luc Godard. Outros exemplos, até mesmo óbvios: grande parte da Nouvelle Vague, Michelangelo Antonioni, Ingmar Bergman, Jean-Marie Straub e Danielle Huillet, Abbas Kiarostami, Satyajit Ray... 


Esse tema tem ressonância no cinema brasileiro? Que cineastas você destacaria como participantes dessa tradição?
Apresentei um trabalho em outubro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, exatamente sobre como se faz literatura no cinema brasileiro. Vou me ater a alguns poucos nomes. Glauber Rocha fez literatura no cinema, e da maior qualidade. Como? Não estou me referindo ao seu romance, Riverão Sussuarana, lançado em 1977, pela Record, enquanto ele ainda estava vivo. Nem ao seu livro Poemas eskolhydos, póstumo, editado pela Alhambra, em 1989. Estou me referindo a Deus e o diabo na terra do sol, esta suntuosa ópera poética. Desde a concepção até a efetiva realização do filme, Deus e o diabo transpira literatura, em todas as sequências, em todos os planos, em todas as cenas, em todos os detalhes. A começar pelos diálogos, que são uma verdadeira partitura verbal, com a fala cadenciada, ritmada quase no metrônomo, de todos seus personagens e com a música das palavras tudo comandando: podemos falar de uma dicção abertamente poética. Nelson Pereira dos Santos foi mais convencional, mas não menos genial: simplesmente adaptou, com a mesma qualidade, a obra-prima de Graciliano Ramos, Vidas secas. Luis Rosemberg tem uma obra que também é escrita com a câmera: Crônica de um industrial, e mais recentemente, O discurso das imagens, Desertos e As últimas imagens de Tebas são filmes soberbos, poesia escrita com palavras e imagens. Um outro que atua nesta área é Ricardo Miranda: seu Djalioh, baseado numa novela juvenil de ninguém menos do que Gustave Flaubert, é o que todas as adaptações deveriam ser e raramente são: tão inteligente, sutil e criativa como a própria obra literária. Ricardo Miranda está prometendo, aliás, um outro filme, baseado noutra novela juvenil de Flaubert.   

Por que, em sua avaliação, não temos hoje revistas e centros de estudos de destaque na crítica cinematográfica, como em outros momentos relativamente recentes da cultura brasileira?
Editar revistas e manter centros de estudos na crítica cinematográfica nunca foi uma tarefa fácil, mas um esforço de poucos e abnegados produtores culturais. Como por exemplo a Revista de Cinema e o CEC, Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais, que sempre tiveram períodos difíceis, quando as suas atividades tinham que ser paralisadas, por falta de dinheiro e condições mínimas. Pode-se dizer, por isso mesmo, que nenhuma dessas atividades teve uma história de vida sem problemas: sempre teve uma fase em que elas estavam fechadas. Não sei se isto é exatamente positivo, mas tudo agora passa pelo computador: filmes que nunca veríamos nas telas, ou então muito dificilmente, estão a um toque de dedo na internet. Igualmente, inúmeras revistas e jornais virtuais (do mundo inteiro, em várias línguas), com crítica e ensaios de cinema, podem ser acessados por qualquer um, a nenhum custo. Isso, por um lado, é muito positivo. Por outro lado, o debate presencial e o filme de celuloide na tela do cinema são uma experiência insubstituível. O ideal era contar com todas estas maneiras de ver, discutir, ensinar e aprender cinema. 

É possível, hoje, com as pressões da indústria e da mídia, fazer poesia no cinema? Que autores você destacaria como herdeiros de Godard, na Europa, nos EUA e no Brasil?
É plenamente possível. A indústria em geral e a indústria cinematográfica em particular sempre existiram, assim como as pressões para a estandardização de todos os produtos e produções. A indústria é necessariamente assim... O que não impediu que sempre existissem poetas e poesia no cinema, desde os seus começos. Basta lembrar os inventores do cinema, os irmãos Lumière, seguidos de perto por Georges Méliès... Neste ponto sou dogmático: basta haver desejo, competência e coragem, e teremos poesia, em qualquer circunstância, mesmo na mais desfavorável. Aliás, diria que os tempos sombrios são os que mais precisam de poesia, e talvez por isso mesmo, os que mais a produzem. Quanto aos cineastas que fazem (ou fizeram, recentemente) um cinema digno de Jean-Luc Godard, eu diria que são Jean-Marie Straub, Theodoros Angelopoulos, Béla Tarr, Jacques Rivette, Wim Wenders (Europa), Jim Jarmusch, Terence Malick, Woody Allen (Estados Unidos), Luís Rosemberg, Ricardo Miranda, Julio Bressane, Andrea Tonacci, Geraldo Veloso, Nelson Pereira dos Santos (Brasil). 


Você concorda que os novos cineastas parecem ter muita cultura visual, mas não o mesmo potencial em termos filosóficos e literários dos artistas de linha godardiana?

Quando me lembro do cinema de Tarantino e de Spielberg, tendo a concordar com você: um conhecimento muito grande do cinema e um brilhantismo visual inegável, mas ao mesmo tempo um pensamento muito raso, para dizer o mínimo. O cinema, as imagens e o visual somente não bastam, e isto está sendo dito por alguém que já foi crítico de cinema por muitos anos e que sempre amou um certo cinema americano (Nicholas Ray, Vidor, Samuel Fuller, Walsh, Preminger), que foi descrito predominantemente como um cinema de imagens, o que não era muito correto: Fuller, por exemplo, era escritor e jornalista, e levou esta capacidade para seus filmes... 


O mundo está precisando dos filmes de Godard?
O mundo sempre precisou dos filmes de Godard: altamente inventivo, formalmente, ele foi aquele cineasta que sempre falou da atualidade, fazendo sempre reportagens etnográficas altamente filosóficas e sofisticadas, não só analisando e mostrando os temas mais relevantes de cada momento que viveu e vive, mas muitas vezes antecipando-os. Os melhores exemplos são A chinesa e Week-End à francesa: realizados em 1967, eles antecipavam, com exatidão inacreditável, o que seria o Maio de 68 na França. Além do mais, por definição, ele é um poeta, e os poetas, como disse Ezra Pound, são as antenas da raça. Finalmente, eles são ao mesmo tempo inexplicáveis (por mais explicações que tenhamos sobre suas obras) e insubstituíveis: suas obras sempre pressupõem a liberdade, a participação e a interpretação do público. Talvez seja este, finalmente, o grande segredo de Jean-Luc Godard.


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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Cine Dicas: Estreias no final de semana (01/02/13)

Começamos como o mês de fevereiro com boas estréias no cinema. Na verdade ocorreram tantas estréias boas que fica até difícil assistir todas, mas sempre quando der, escrevo por aqui para dizer o que achei de cada um dos filmes. Destas estréias desse final de semana, quem lidera é Os Miseráveis, filme que prova que o gênero musical ainda tem espaço no cinema, mas o genial O Lado Bom da vida também não fica muito atrás e se torna uma ótima pedida também. Confiram todas as estréias.

Os Miseráveis

Sinopse:  Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe).


O Lado Bom da Vida

Sinopse: Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros.

Caça aos Gângsteres

Sinopse: Los Angeles, final da década de 1940. Mickey Cohen (Sean Penn) é um dos líderes da máfia do Brooklyn. Quando ele decide expandir suas atividades pelo oeste dos Estados Unidos, um grupo especial da polícia, o Gangster Squad, é encarregado de capturá-lo. O filme conta com Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin, Emma Stone, Nick Nolte, e Giovanni Ribisi nos papéis principais.


Jorge Mautner - O Filho do Holocausto

Sinopse: O documentário O Filho do Holocausto traz à luz a vida e obra de Jorge Mautner. Filho de refugiados europeus (um judeu austríaco e uma católica iugoslava), ele aprendeu apenas três acordes e realizou uma importante obra, que transcendeu o campo musical e foi reverenciada por importantes nomes da cultura nacional, como Gilberto Gil e Caetano Veloso.


Inatividade Paranormal

Sinopse: Esta comédia pretende parodiar os filmes de terror em estilo "found-footage", ou seja, aqueles que usam imagens supostamente reais, com estilo amador, para criar impressão de realidade. A saga Atividade Paranormal é o principal filme parodiado, mas Filha do Mal, O Último Exorcismo e outros também são citados.

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Cine Dica: Em Cartaz: O ULTIMO DESAFIO



Sinopse: Após cair em desgraça em Los Angeles devido a uma operação fracassada, Ray Owens (Arnold Schwarzenegger) parte para o interior e assume a posição de xerife em uma pequena cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México. O que ele não esperava era que um poderoso chefão das drogas, que escapou recentemente da prisão, quisesse cruzar a fronteira exatamente na cidade onde trabalha. Para enfrentá-lo Ray precisa reunir todo o pessoal que tem à disposição.

Após o encerramento de sua vida política, Arnold Schwarzenegger começou a retornar gradualmente ao gênero que o consagrou no cinema, que é ação e aventura, mas claro que só conseguiu graças ao seu amigo de longa data Stallone, que com os seus filmes Os Mercenários, provou que esses dinossauros do cinema oitentista ainda tinham o seu lugar ao sol.
Não que Arnold esconda a sua idade, longe disso, pois no final das contas ele até brinca com isso durante a trama desta produção, mas prova que ainda consegue segurar o tranco, mas não quer dizer sozinho. Diferente do passado, neste filme Arnold divide as atenções com inúmeras caras conhecidas, que dentre elas está o nosso Rodrigo Santoro, que interpreta um ex soldado do Iraque brigão e que mesmo em pouco tempo em cena, acaba roubando a atenção do espectador e provando que esta cada vez mais a vontade em território do cinemão americano.
A trama em si não tem nenhuma originalidade, sendo que não é nenhum pouco diferente do que nos já vimos em filmes anteriores do gênero, mas pelo menos ela possui certo charme no modo em que a câmera desfila para apresentar certas cenas de ação bem boas. Isso se deve é claro ao ótimo diretor  coreano  Kim Jee-woon, que chamou atenção em  Os Invencíveis, filme prestava homenagem ao gênero faroeste e que não é a toa que O Ultimo Desafio possua alguns elementos também desse gênero.
O ato final da trama nos entrega inúmeras seqüências de ação, onde o diretor não tira o pé do freio em termos e sangue e violência, sendo alias elementos cada vez mais ausentes nestes tempos de politicamente correto, mas que talvez ainda tenha o seu publico que possa agradar.
Ainda é cedo afirmar se o bom e velho exterminador irá manter o pique e prosseguir no cinema, mas se continuar andando ainda nessa linha reta, acredito que o veremos novamente, mesmo em filmes como esse cuja a proposta seja somente nos divertir em menos de duas horas.  

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Cine Dica: Assista Online: O AVIÃO DE PAPEL

EXIBIDO ANTES DO FILME DETONA RALPH, DISNEY LANÇA ONLINE ESSE BELO CURTA METRAGEM.  
  
Sinopse: A trama acompanha um jovem solitário na Nova York do meio do século passado que conhece uma bela garota durante uma manhã no trem para o trabalho. Ele acaba se deparando com ela novamente na janela de um arranha-céu do lado oposto do seu escritório, e tenta desesperadamente chamar a sua atenção.   

Pelo visto os estúdios Disney andam aprendendo os bons costumes de sua aliada Pixar, pois só dessa maneira para explicar essa pequena, mas genial jóia que eles criaram. Anexado no mais novo sucesso do estúdio, Detona Ralph, o filme é uma bela homenagem ao cinema da era de ouro dos anos 40 e 50 e sem sombra de duvida uma singela pequena historia de amor que nasce a partir do que parece ser uma obra do destino.
Dirigida pela dupla John Kahrs e Kristina Reed, a animação é uma bela mistura de animação tradicional com a animação por computador em uma nova técnica chamada Meander. O resultado final é uma animação que passa fluidez, embalado com uma belíssima fotografia em preto e branco. Indicado ao Oscar de melhor curta desse ano, essa pequenina jóia já tem o meu voto e mesmo que não ganhe a estatueta na próxima cerimônia, já tem o que é mais importante: a simpatia do publico.

Abaixo, assista também como foi criado passo a passo o curta.


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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: RUBY SPARKS - A NAMORADA PERFEITA



Sinopse: O romancista Calvin (Paul Dano) sofre com perturbador bloqueio criativo que atrapalha o desenvolvimento de seu último livro. Com problemas também em sua vida pessoal, começa a criar uma personagem feminina poderia se apaixonar por ele. Daí nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan), que inicialmente é uma personagem dentro de uma história, mas que pouco depois ganha vida e passa a conviver e se relacionar com Calvin pessoalmente.

A trama lembra em alguns momentos, elementos de outros filmes como Mais Estranho que Ficção e até mesmo Mulher Invisível, mas o filme dirigido pelos cineastas independentes Jonathan Dayton e Valerie Faris (Pequena Miss Sunchine) fala por si. Isso muito se deve graças ao engenhoso roteiro escrito pela roteirista Zoe Kazan, que alias, atua no filme como a namorada perfeita do protagonista. Misturando elementos com absurdo e a realidade, a trama nos brinda com uma situação em que todos já nos paramos para nos perguntar: e se pudéssemos criar uma relação amorosa perfeita e de nossa maneira?
O que a primeira vista poderia ser um presente dos céus, acaba se tornando aos poucos um martírio para o protagonista (Paul Dano), que se a principio teve o seu sonho realizado de fazer o que bem entender com a sua namorada que criou no papel, por outro lado se da conta que não se pode criar uma relação da sua maneira e que os altos e baixos de um casal devem sim coexistir junto com os momentos de felicidades, mesmo quando aqueles nunca vêem. Curiosamente, o que poderia desenrolar para uma comedia romântica comum, o ato final acaba trazendo momentos dignos de nota, nos quais se cria até mesmo tensão para o espectador que assiste      
Embora oscile para momentos finais um tanto que previsíveis, é de se tirar o chapéu para um filme, que nos faz a gente se identificar rapidamente com o casal de protagonistas. Pois embora tenha momentos do gênero fantástico, nos também passamos por relações amorosas como essa, mesmo sem o poder de fazer o que bem entender com elas.         

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Cine Dica: Atividades sobre o mestre do suspense estão de volta em Porto Alegre.

Inscrições e mais informações, vocês conferem na pagina do CENA UM clicando aqui.    



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