No próximo sábado, dia 23 de junho, às 17h, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) realiza o lançamento da revista eletrônica Aurora, resultado de uma pesquisa iniciada em 2011 pelo Grupo de Estudos em Cinema (www.grupodecinema.com). Nesta sua primeira edição, a revista traz entrevistas e uma série de artigos sobre a mise en scène cinematográfica, estabelecendo o diálogo fundamental com a pintura, o teatro, a literatura e a televisão. Do cinema clássico às possibilidades contemporâneas, os textos exploram a questão da mise en scènepropondo abordagens de fôlego, dedicadas a lançar novos olhares sobre o tema.
Quem sou eu

- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Pesquisar este blog
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Cine Dica: NOVA REVISTA DE CINEMA TEM LANÇAMENTO NA SALA P. F. GASTAL
No próximo sábado, dia 23 de junho, às 17h, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) realiza o lançamento da revista eletrônica Aurora, resultado de uma pesquisa iniciada em 2011 pelo Grupo de Estudos em Cinema (www.grupodecinema.com). Nesta sua primeira edição, a revista traz entrevistas e uma série de artigos sobre a mise en scène cinematográfica, estabelecendo o diálogo fundamental com a pintura, o teatro, a literatura e a televisão. Do cinema clássico às possibilidades contemporâneas, os textos exploram a questão da mise en scènepropondo abordagens de fôlego, dedicadas a lançar novos olhares sobre o tema.

Cine Especial: O Cinema Surrealista de Luis Buñuel: Parte 4
No dia 30 e 1º de Julho, estarei participando
do curso O Cinema Surrealista
de Luis Buñuel, criado pelo CENA
UM e ministrado pelo critico
e escritor Mário Alves
Coutinho. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um
pouco sobre o que eu sei, desse corajoso cineasta, que batia de frente com a
igreja católica e que se dizia ateu "graças a Deus".
O Discreto Charme da Burguesia
Sinopse: Um jogo
surrealista e cheio de arte. Seis pessoas de classe média se reúnem para
jantar, mas são constantemente interrompidos, devido a estranhos
acontecimentos. Mistura de situações reais da história com os sonhos e
devaneios dos personagens, o filme se passa apenas durante uma tarde e é uma crítica
feroz e feita com bastante humoràs situações e a hipocrisia da vida social
burguesa, dirigido pelo mestre Luis Buñuel, vencedor do Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro de 1972
Buñuel brinca de
sonhos dentro de sonhos no mundo da alta burguesia. O Discreto Charme da
Burguesia é uma sátira surrealista do cineasta, construída sobre uma
narrativa, que mistura as situações reais da história com os sonhos e devaneios
dos personagens. Uma crítica à classe
privilegiada, satirizando as situações e a hipocrisia nos encontros sociais da
burguesia. Vale nota os momentos em que o espectador é enganado em determinadas
situações, que tudo não passava de um sonho, ou então quando um determinado
personagem estava sonhando dentro de outro sonho de outra pessoa. Buñuel sem
duvida foi um gênio que aqui soube criar humor, critica e surrealismo na medida
certa.
Curiosidade: Prêmios:
Academia de Hollywood - Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
O Fantasma da Liberdade
Sinopse: O filme
critica padrões da sociedade através de uma série de situações surreais, como o
homem que mostra fotos "pornográficas"' para duas crianças; o
atirador que mata as pessoas do topo de um prédio; a falta de educação à mesa,
os monges e sua sexualidade; e assim por diante.
Foi mais uma parceria
de Buñuel com o roteirista Jean Claude Carriére. Trama surreal e livre, uma sátira
onírica e nonsense na qual o diretor apela para a total inversão dos valores no
ataque á religião, á pátria e a família. Com doses de humor negro e violência na
medida certa.

Cine Dicas: Estréias no final de semana (22/06/12)
Chegamos a um final de
semana, no qual estarei envolvido até o pescoço em atividades. Para começar,
estarei no evento Multiverso da Comic Com, aqui na capital gaucha. Pela
primeira vez na vida, estarei num lugar onde se encontrará em abundancia, a minha segunda maior paixão, que é HQ, além de
o evento trazer noticia com relacionada a filmes como O Espetacular Homem
Aranha e o tão aguardado Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Se o evento
não me prender muito por lá (por ser contagiante), estarei na P.F Gastal (Usina
do Gasometro), para o lançamento da revista eletrônica de cinema Aurora e para
desfrutar de uma sessão (com debate) do filme Senhorita Oyu (1951).
Fora isso tudo, tentarei ver algumas
das estréias abaixo, que chegam agora nas nossas salas. Para todos um ótimo final
de semana e curtam ao máximo.
Sinopse: Adaptação do
seriado norte-americano exibido entre 1966 e 1971, o filme traz Depp no papel
de Barnabás, um playboy amaldiçoado e transformado em vampiro pela bruxa
Angelique (Eva Green). O crime? ter machucado seu coração ao se apaixonar por
outra. Enterrado vivo, Barnabás é resgatado 200 anos depois. Na nova realidade,
ele conhece os membros remanescentes de sua família.
E ai, já comeu?
Sinopse:
A trama acompanha três amigos de infância que tentam entender o papel do homem
diante da nova mulher, cada um em um momento diferente da vida.
Fernando (Mazzeo) acaba de
se divorciar e conhece uma adolescente linda, que foge clichê da ninfeta
ingênua. Honório (Palmeira) é jornalista, um esquerdista à moda antiga, que
suspeita que está sendo traído pela esposa. Já Fonsinho (Emilio) é um escritor
e conquistador de mulheres, que nunca se casou nem conseguiu terminar um livro.
Americano
Sinopse: Martin vive
em Paris com sua esposa, até que sua mãe morre na Califórnia e Martin precisa
voltar à cidade de sua infância para lidar com as formalidades que envolvem sua
herança. Em Los Angeles, ele é recebido por Linda, uma amiga da família que se
oferece para ajudá-lo nesse momento de dificuldade. Ela o leva até o
apartamento da mãe dele, numa região que ele conhecia bem quando moravam
juntos. Imagens de sua infância ressurgem e perturbam.
Hasta lá vista
Sinopse: Três jovens de vinte anos apaixonados por vinho,
virgens e com os hormônios à flor da pele resolvem viajar para a espanha com a
desculpa de conhecer a vinícolas, mas com outro objetivo principal: perder a
virgindade.

quinta-feira, 21 de junho de 2012
Cine Especial: Historia do Cinema Brasileiro: EXTRA
Por falta de tempo,
acabei não me lembrando de fazer uma matéria especial, sobre os 115 anos do
cinema brasileiro, que foram completados neste mês de Junho. Mas por coincidência
(ou não), a data consistiu com a minha participação, no curso sobre o cinema
Brasileiro criado pelo CENA UM. Para aqueles que me acompanham por aqui, sabem
muito bem que antes de participar de uma dessas atividades, sempre faço matérias
especiais com relação ao assunto, e com esse não foi diferente.
Com relação ao curso,
o jornalista Franthiesco Ballerini nos colocou numa viagem de altos e baixos
sobre o nosso cinema, com uma analise profunda e critica, desde as raízes do
nosso cinema mudo, até ao nosso cinema contemporâneo. Abaixo, segue todos os
posts do especial que eu escrevi(antes do curso), mais uma analise pessoal que eu fiz sobre o cinema brasileiro
atual.
Historia do Cinema Brasileiro: Partes: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 e Xingu, Meirelles e o cinema brasileiro atual e suas dificuldades.

Cine Especial: O Cinema Surrealista de Luis Buñuel: Parte 3
No dia 30 e 1º de
Julho, estarei participando do curso O Cinema Surrealista de Luis Buñuel,
criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico e escritor Mário Alves Coutinho.
E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o
que eu sei, desse corajoso cineasta, que batia de frente com a igreja católica
e que se dizia ateu "graças a Deus".
OS ESQUECIDOS
Sinopse: Retrata o
cotidiano de um grupo de jovens delinqüentes, entre eles Jaibo, recém fugido do
reformatório, e Pedro, um garoto rejeitado pela mãe que acaba se envolvendo em
um assassinato.
Luis Buñuel cria aqui
o verdadeiro retrato das classes pobres esquecidas pela civilização. Após a
fase francesa (Cão Andaluz e A Era do Ouro) o diretor embarcou na sua melhor
forma na sua fase mexicana. O diretor aqui cria um verdadeiro retrato de um
mundo marginalizado e sem esperanças para um grupo de crianças que fazem de
todo o possível para sobreviver nem que para isso custem suas vidas. Misturando
momentos de realismo com surrealismo, o diretor da um verdadeiro soco no
estomago para aqueles que esperam um final mais reconfortante.
Curiosidade: Os
Esquecidos recebeu uma indicação ao BAFTA de melhor filme e deu a Buñuel o
prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes, em 1951.
O ALUCINADO
Sinopse:Francisco mantém uma imagem de
homem tranqüilo, conservador e religioso. Durante uma missa, conhece Glória,
noiva de um amigo. Em pouco tempo, consegue separá-los e casar-se com a jovem.
Depois do casamento, passa a ser um homem paranóico, ciumento e atormentado.
Fascinante drama psicológico marcado por crítica feroz à burguesia e ao
clericalismo.
Um retrato sobre os princípios
rígidos, que podem levar um homem a loucura. Na sua fase no México, Buñuel
sempre continuou firme e forte com seu lado autoral próprio e aqui neste filme
não é diferente. O personagem Francisco, interpretado pelo inesquecível Arturo de Córdova, nada mais é do que um
homem preso pelos princípios do certo e errado, criados pela igreja, (ou seja,
alfinetada do diretor perante a religião católica novamente) e com isso, começa
a ter inúmeras paranóias com relação a sua esposa o que desencadeia inúmeros
momentos de pura tensão (como da catedral por exemplo). Final pessimista, mas
que da a que pensar.

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 12
UM ESTRANHO NO NINHO
Sinopse: Randle
Patrick McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro, simula estar insano para não
trabalhar e vai para uma instituição para doentes mentais, onde estimula os
internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe
Ratched (Louise Fletcher). Mas ele não tem idéia do preço que irá pagar por
desafiar uma clínica "especializada".
Parábola ao mesmo
tempo divertida e apavorante sobre as engrenagens de poder e marginalização,
aliado a interpretações brilhantes de Jack Nicholson e Louise Flethcer nos
papeis principais e direção perfeita de Milos Ferman, que só retornaria a fazer
um feito parecido em Amadeus. O filme também marcaria o primeiro sucesso da
carreira de Michael Douglas (que na época era mais conhecido como filho do lendário
Kirk Douglas), sendo que aqui, estréia no cinema como produtor de produção.
Assistindo atualmente, é de se espantar como o filme não envelheceu nenhum
pouquinho, onde nem mesmo a estética e estilo dos anos 70 é muito sentida,
fazendo parecer com que o filme tivesse sido feito nos dias de hoje. Se por um
lado é dispensável dizer que Jack Nicholson está espetacular em seu papel, é
preciso indispensavelmente lembrar sobre a assustadora atuação de Louise
Flethcer, que muitos cinéfilos consideram a sua personagem (a enfermeira-chefe
Ratched) como uma das melhores vilãs da historia do cinema, mas que
infelizmente, a atriz jamais faria outro desempenho tão memorável como esse.
Estranho no Ninho também
pertence a pequena lista (completada com Aconteceu Naquela Noite e Os Silencio
dos Inocentes), de ter conseguido os cinco principais Oscars (melhor filme,
diretor, roteiro, ator e atriz).
Curiosidade: Existem
rumores de que Jack Nicholson sumiu dois meses antes do início das filmagens e
só foi encontrado quando o elenco chegou ao hospital psiquiátrico onde o filme
seria rodado. O ator se internou como se fosse um paciente com o intuito de se
preparar para o personagem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012
Cine Especial: O Cinema Surrealista de Luis Buñuel: Parte 2
No dia 30 e 1º de Julho, estarei
participando do curso O Cinema Surrealista de Luis Buñuel, criado pelo CENA UM
e ministrado pelo critico e escritor Mário Alves Coutinho. E enquanto os dois
dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei, desse
corajoso cineasta, que batia de frente com a igreja católica e que se dizia
ateu "graças a Deus".
VIRIDIANA
Sinopse:
Pouco antes de ser ordenada freira, Viridiana faz uma visita
ao seu solitário tio, que está à beira da morte. O homem, pervertido e obcecado
pela sua beleza, tenta seduzi-la de todas as formas, antes de morrer
repentinamente. Com a sua morte, acaba desistindo de ser freira, passando a
morar na casa deixada pelo tio. Decide transformá-la em um albergue, movida
pelo seu sentimento cristão de piedade e solidariedade, mas os mendigos que lá
abriga, acabam lhe mostrando as verdadeiras facetas dos seres humanos.
Sempre dizendo que
era ateu “graças a Deus" Buñuel
não poupou em nada em escandalizar com esse filme na época. No governo Franco na Espanha, o filme foi proibido
por vários anos, sendo somente exibido em 1977, dois anos após a morte de Franco. No geral, é um filme sobre a
quebra de valores perante as tentativas frustradas, na ajuda ao próximo, que
aqui na visão do diretor, não rende exatamente frutos, principalmente se
seguindo as leis de Deus.
Apesar de tudo, a polêmica
não foi o suficiente para o filme deixar de ser um grande sucesso de critica na
época e ganhar a Palma de Ouro em Cannes naquele período. Destaco a ótimo desempenho
de Silvia Pinal como Viridiana.
O Anjo Exterminador
Sinopse: Depois de uma festa, os convidados
simplesmente não conseguem deixar o local, sem que haja uma explicação racional
para isso. Conforme o tempo passa, as máscaras dos antes bem relacionados
começam a cair e revelar suas verdadeiras e mais profundas facetas.
Uma das mais estranhas e enigmáticas produções de todos
os tempos.
Difícil
dizer qual a maior obra prima de Buñuel, mas se eu escolhesse uma, seria essa
produção de 1962. O diretor cria um retrato da desagregação da alta classe
por meio de uma simples situação: Os protagonistas simplesmente não saem do
lugar e não sabem por quê. Ao longo do tempo, o filme se divide entre os
motivos que levam essas pessoas a não saírem do lugar e ao mesmo tempo, as
vemos chegando à beira da loucura. Anos se passam e inúmeras pessoas buscam símbolos
e teorias escondidas neste enigmático filme.

Assinar:
Postagens (Atom)