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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cine Especial: Michelangelo Antonioni em Quatro Atos: EXTRA



Se encerrou ontem, o curso Michelangelo Antonioni em Quatro Atos, ministrado  pelo entendedor do assunto Henrique Marcusso. Durante dois dias, Marcusso simplesmente dissecou cada imagem dos quatro filmes e explicando os seus significados. Já outros eu que participaram da atividade, não ficamos muito atrás e demos as nossas opiniões, pois esses quatro filmes de Antonioni podem gerar inúmeros debates, onde cada um deles irá possuir um significado diferente.
Impressionado pela nossa participação, Marcusso enviou para cada um de nos, uma mensagem agradecendo e elogiando a nossa participação. E como eu gostei muito da maneira que ele liderou essa atividade, divido as palavras dele com vocês:        

Queridos,
Foi um imenso prazer conhecer vcs e sua bela cidade. Senti-me em casa, muito bem acolhido.
Espero que eu tenha contribuído para uma apreciação mais sensível de um autor tão importante na história do cinema.

Vcs foram maravilhosos, mergulhando fundo em questões tão complexas. Ajudaram-me bastante.
Obrigado! Se ainda quiserem comentar, discutir algo sobre os filmes fiquem à vontade.

Agradeço especialmente ao Jorge pela oportunidade e todo apoio. Este projeto de cursos de cinema da Cena Um é um privilégio. Parabéns! Se morasse em POA, também iria sempre. Aproveitem!!!

Se vierem a Sampa, me avisem para combinarmos algo, um café ou uma pizza heheheh...
Envio em anexo 2 fichas complementares: o elenco e a equipe da tetralogia. espero q consigam abrir.

Grande abraço...
Saudades!!!

As atividades do CENA UM é isso. Não só sabermos mais sobre cinema, mas fazermos novas amizades, que  compreendem o que nos cinéfilos curtimos. Será sempre bem vindo Henrique.  

Reveja os posts dos filmes A Aventura, A Noite, Eclipse e Deserto Vermelho

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domingo, 20 de maio de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Leia minha critica já publicada clicando aqui

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Cine Especial: VIII Edição Fantaspoa: CENTOPÉIA HUMANA 1 E 2



CENTOPÉIA HUMANA


Sinopse: Duas lindas meninas americanas estão em uma viagem pela Europa. Na Alemanha, elas acabam sozinhas à noite com um carro quebrado no mato. Eles procuram por ajuda e encontram uma moradia isolada. No dia seguinte, elas acordam aprisionadas no porão da casa, uma clínica improvisada assustadora, junto com um japonês. Um homem mais velho alemão identifica-se como um cirurgião aposentado especializado na separação de gêmeos siameses.No entanto os seus três “pacientes” não estão prestes a serem separados, mas unidos em uma operação horrível. Ele pretende ser a primeira pessoa a ligar as pessoas através do seu sistema gastrico, a sua fantasia doente de criar “a centopéia humana”.

Polemico do inicio ao fim, o filme de Tom Six é a típica historia de cientista louco, com o intuito de realizar o seu sonho macabro em criar algo único, mas diferente dos clássicos filmes da Universal, a coisa é muito mais bizarra do que parece. Quando o filme foi exibido no Fantaspoa de 2010, a produção já era conhecida pela sua polemica, e como já diz o ditado, “falem mal, mas falem de mim”. Foi justamente devido às pessoas que ouviram a trama bizarra, é que acabaram indo ao cinema assistir, e o que acabou fazendo do filme se tornar cultuado, mas de uma forma precipitada.
De inovador, a trama não tem muito a oferecer, principalmente que de cara, mostra os clichês básicos dos filmes de terror (garotas viajando, se perdem na floresta e acabam sendo acolhidas pelo cientista louco), onde esta bem escancarando, que o ambiente em que as protagonistas ficam não eram para estar. Após o vilão revelar suas reais intenções, começa uma sub-trama meio que desnecessária, das garotas tentarem fugir, e como todos sabem (antes de verem o filme), que isso de nada adiantara e que culminara com a terrível realização da criação centopéia em seguida.
O filme daria para ser feito como um curta metragem, mas devido ao enchimento da linguiça na trama, criou se um longa, que por sua vez gerou o bate boca de quem assistiu, acabou despertando a curiosidade de outras pessoas e deu no que deu. Se a proposta era para chocar, a mim, por exemplo, não me chocou muito, e não será somente por chocar que tornara um filme indispensável. E se era, para fazer uma critica aos nazistas (o cientista louco é alemão), já temos Os Meninos do Brasil!


CENTOPÉIA HUMANA 2
  
Sinopse: homem que se torna sexualmente obcecado pelo DVD do primeiro filme e imagina colocar a ideia da centopeia humana em prática.

Com certeza o diretor Tom Six deve ter ouvido muitas criticas do seu filme anterior, principalmente de psicólogos dizendo que seu filme seria perigoso para mentes fracas. Com isso em mente, ele cria uma trama que é exatamente isso, ao retratar o personagem Martin como uma pessoa perturbada, obcecada sexualmente pela idéia bizarra do filme anterior, que ele por sua vez tanto assistiu em seu trabalho, numa garagem de um prédio. A premissa até que é original, em mostrar o filme dentro de um filme, e o clima claustrofóbico aumenta, graças a fotografia em preto e branco, que por vezes lembra o clássico Eraserhead de David Lynch.
Mas o que começa como uma premissa interessante acaba descambando para o explicito, quando Martin, gradualmente vai seqüestrando suas vitimas na garagem do prédio, para nas escondidas de um deposito, criar uma centopéia humana com doze pessoas. Apartir daí, o filme é puro terror explicito graficamente, onde o único intuito, é mostrar a degradação, tanto de Martin, como de suas vitimas em meio a situação bizarra e asquerosa, com direito de fezes e sangue serem jogados na tela sem excitar.Começa melhor que o filme original, mas acaba se perdendo no caminho de uma forma bem pior.
A pergunta que fica é o que Tom Six irá inventar para tentar se superar num inevitável terceiro filme? Aja estomago forte!

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 6


Meu ódio será tua herança

Sinopse: Eles são os foras-da-lei mais perigosos que o Oeste já viu. A cada novo golpe, as chances de algo dar errado vêm aumentando, o que faz com que eles decidam que chegou a hora de parar. Só que um trem carregado de armas é uma remessa valiosa demais para passar despercebida pelos ladrões 'aposentados'.

Considerado por muitos como o melhor filme de  Sam Peckinpah (Sob o Domínio do Medo), sendo que aqui, também como co-roteirista. É um faroeste diferente, centrado na psicologia dos personagens e na estética da violência (os massacres e as lutas são marcados pelo uso da câmera lenta e da teleobjetiva). Excelente fotografia de Lucien Ballard, que se deixa seduzir pelas amplas paisagens, e elenco impecável, principalmente Willian  Holden e Robert Ryan.
O ato final é inesquecível, inesperado e difícil de sair de memória do cinéfilo. Sendo algo similar com os finais de Uma Rajada de Balas e Butch Cassidy, só que aqui, o dia do juízo para os personagens se a longa em minutos intermináveis. onde é apresentadas umas das sequências mais violentas de tiroteio da historia do cinema.  

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Cine Dicas: Estreias no final de semana (18 05 12)



To na pressa gente, portanto vamos as estréias desse final de semana:

O Corvo 
Sinopse: O escritor Edgar Alan Poe (John Cusack) está na caça de um assassino serial que imita os crimes de seus contos e ainda sequestrou sua noiva Emily (Alice Eve). Para ajudá-lo na investigação o detetive Emmet (Luke Evans) assume o caso e pretende dar um fim aos terríveis assassinatos quesão seguidos de charadas criadas pelo criminoso que desafia a inteligência do autor num jogo de gato e rato.


O Homem Que Não Dormia
Sinopse: Alguns habitantes de um lugarejo remoto são acometidos pelo mesmo pesadelo. A chegada de um peregrino de origem misteriosa irá deflagrar o conflito interno em que vivem determinando uma ruptura radical em suas vidas.

Plano de Fuga 
Sinopse: Capturado pela polícia do México quando fugia da policia americana na fronteira Driver é jogado em uma das prisões mais violentas do mundo. Lá ele receberá a ajuda de um garoto de 9 anos que lhe passará informações vitais para a sua sobrevivência.


Uma Longa Viagem
Sinopse: O documentário revela a história de três irmãos tendo como fio condutor a trajetória do mais novo que viaja para Londres em 1969 enviado pela família para que não participasse da luta armada contra a ditadura no Brasil seguindo os passos da irmã que acabou tornando-se presa política . Misturando depoimentos e memórias dos irmãos com nove anos passados no exterior pelo caçula o filme detalha cartas e também entrevistas com ele que chegou a ser internado em instituições psiquiátricas. Um relato triste e ao mesmo tempo bem humorado de um núcleo familiar e suas convicções. 


Romance de Formação
Sinopse: Romance de Formação acompanha jovens que carregam consigo a responsabilidade de crescer dentro de grandes instituições acadêmicas. Quatro estudantes vivem no dia-a-dia seus sonhos e anseios de uma vida e profissão de grandes realizações. Nesse percurso eles alcançam muitas conquistas e deixam para trás várias ilusões.


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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cine Especial: MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS: FINAL

Nos dias 19 e 20 de Maio, participarei do curso MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor de cinema Henrique Marcusso. Diferente dos cursos anteriores que eu já participei, Marcusso irá somente fazer uma analise minuciosa sobre a Tetralogia Existencial que Antonioni havia criado nos anos 60. Enquanto a atividade não chega, por aqui, falarei um pouco dos quatro filmes que serão abordados durante o curso.


O Deserto Vermelho

Sinopse: Chuva, neblina, frio e poluição assolam a cidade industrial de Ravenna, na Itália. Ugo, o gerente de uma usina local, é casado com Giuliana, uma dona de casa que sofre de problemas psicológicos. Numa viagem à Patagônia, ela conhece o engenheiro Zeller, o que pode mudar sua vida. Em O Deserto Vermelho, Antonioni, no auge de sua forma, aborda os temas centrais de sua filmografia: a incomunicabilidade e a solidão do homem contemporâneo.


O filme se tornou conhecido como uma espécie de epílogo para a Trilogia da Incomunicabilidade de Michelangelo Antonioni, que com o tempo, acabou se tornando a Tetralogia Existencial,  que havia começado com A Aventura (1960). Um dos grandes trabalhos de Monica Vitti, atriz com quem Antonioni foi casado. Ela faz a dona de casa angustiada, que não sabe direito de onde lhe vem tanto incomodo diante do mundo em que ela vive. A trilha sonora, a fotografia em cores de Carlo Di Palma, valem ao filme uma ambientação muito marcante e apreensiva. É mais uma tentativa de retratar a vida alienada na sociedade contemporânea daquele tempo, e que se comparado atualmente, não envelheceu nenhum pouco. Monica não sabe a razão da sua infelicidade. E essa é a tese de Antonioni, não sabemos o porquê, ele está oculto e faz parte da própria alienação que se alastra em todos os personagens.
Para além desse retrato da alienação, existe a matriz do desconforto que atravessa, tanto os filmes anteriores, como esse. Bem como os diálogos esparsos e os longos planos-sequência que ajudam a compor um quadro de seres humanos em relações truncadas consigo mesmo e, por consequência, com os outros. Por outro lado, no filme em questão, Antonioni utiliza as cores pela primeira vez, e essa decisão contribui decisivamente para transformar o filme em um denso estudo sobre vácuos de comunicação assinalados pela policromia. Tudo o que a câmera do cineasta filtrou em preto e branco nos filmes anteriores, se converte aqui em cores vibrantes, especialmente o vermelho do título. É interessante notar o trabalho cuidadoso da fotografia assinada por Carlo Di Palma, que, curiosamente, viria a clicar filmes de ninguém menos que Woody Allen, em títulos como Hannah e suas irmãs (Hannah and her sisters, 1986) e A era do rádio (Radio days, 1987). No caso de O deserto vermelho, suas lentes captam com acuidade os matizes dramáticos necessários ao dimensionamento do estado acachapante de Giuliana, deslocada de seu mundo. Um epilogo mais do que bem feito. 




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Cine Especial: VIII Edição Fantaspoa: CARNE CRUA


Sinopse: Quico e André viajaram a trabalho a uma casa de campo. Em pouco tempo, percebem-se envolvidos num culto de canibais liderado por Molly, uma antiga hippie especialista na preparação de kebabs feitos de carne humana. “Matar ou morrer?”, essa é a questão. E é aí que se percebe que, quando a vida está difícil, não há nada melhor do que carne crua.

Deveria se criar um gênero intitulado “filme clichê”, pois sempre uma hora ou outra, surgem filmes, que sempre quando agente assiste, imediatamente percebemos que já assistimos aquilo antes. Ou simplesmente, uma produção como essa nasce, unicamente para satisfazer os desejos do cineasta, em prestar homenagem aos filmes que ele assistiu ao longo da vida. Essa ultima descrição, bate exatamente com a intenção do cineasta Tirso Calero, que com um orçamento apertadíssimo e com apenas 20 dias de filmagem (onde o resultado não esconde a estética de um filme feito para a tv), cria um amontoado de momentos neste Carne Crua, que por vezes lembram qualquer tipo de filme de zumbi que surgiu nos últimos 50 anos, como também qualquer continuação de Sexta feira 13 vida. Até mesmo uma pequenina homenagem ao polemico Holocausto Canibal pode ser visto a milhares de quilômetros de distancia (desde que você seja uma pessoa antenada).
O filme em nenhum momento pode se levar a serio, pois a intenção (segundo o próprio diretor) nunca foi essa. A trama é recheada de diálogos, que oscilam entre o afiado e o tosco, com direito a piadas de humor negro, que fazem nascer certo sorriso no rosto, mas às vezes, algumas piadas soam até forçadas demais, com o direito há um dos personagens mencionar uma possível continuação para a historia. Ou seja, beira até para uma sátira, onde tudo que é largado na tela é absurdo, e sendo um filme clichê, não faltam também momentos de muito sangue, pedaços de gente, sexo e mulheres com grandes peitos para todos os gostos. Mas e o elenco como fica? Canastrice para todos os lados, onde quem se sai melhor na trama, é a “vitima protagonista”, vivido pelo esforçado Diego Arjona, que pelo visto, levou a produção bem a serio, pois nos simpatizamos com o (pasmem) drama que ele passa.
Divertido, nada imaginativo, mas que pode sim ser até apreciado na tela grande, embora não seja um filme para as massas e muito menos para aqueles que busquem algo de original. 


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