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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 13 de maio de 2012

Cine Especial: VIII Edição Fantaspoa: STUART GORDON



Aconteceu ontem no Cinebancários, a exibição do clássico Re-Animator, com a presença ilustre do diretor Stuart Gordon. Outros filmes do diretor foram exibidos ao longo da semana, como Do Além, A Fortaleza, Robot Jox , Piratas do Espaço, O Poço do Pendulo, Dagon, O Castelo Maldito e Bonecas Assassinas. Infelizmente não estive presente, muito menos na ocasião que o diretor estava, mas nem por isso, deixarei de prestar uma homenagem a esse grande diretor dos filmes de horror e ficção.
Abaixo, deixo minha opinião de dois grandes clássicos do cineasta, na época quando escrevi o especial sobre o Cine Trash.     
RE-ANIMATOR
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 3


SEM DESTINO

Sinopse: Dois membros da contra- cultura hippie no final dos anos 60 saem de Los Angeles e atravessam o país até Nova Orleans. Na viagem, encaram o espírito da liberdade, mas também muito preconceito.

Filme de estrada, que encarou o preconceito da época. Apesar de todos os seus defeitos (e vícios), Dennis Hopper criou o que talvez seja sua maior obra prima de sua vida. Sem Destino representou uma geração, que exigia acima de tudo, liberdade de expressão e o direito de ir e vir sem dar satisfação para um mundo preso as regras daquele tempo. Dennis Hopper e Peter Fonda se tornaram a dupla da vez e suas imagens aonde aparecem pilotando suas motos envenenadas entraram para a historia. O filme também tem a grata surpresa de mostrar uma pequena, porém, surpreendente participação de um jovem Jack Nicholson e que acabou ganhando sua primeira indicação ao Oscar, mostrando que aquele jovem ator iria longe.
A trama em si, é uma visão critica da sociedade America, denunciando suas manifestações de tolerância e vulgaridade. O mais vigoroso filme inconformista dos anos 60, realizado com um roteiro improvisado e orçamento baixíssimo. Premio em Cannes de melhor diretor estreante.      

Curiosidades: Sean Penn era a escolha inicial para interpretar o personagem Henry Chinaski. Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2005.
O orçamento de Factotum - Sem Destino foi de US$ 1 milhão.


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Cine Dica: Estreias no final de semana (11 05 12)

Pois é, chegamos a um final de semana sem muitas estréias, mas isso é uma questão de lógica, pois os cinemas, não só do estado, como também de todo o país, estão ganhando dinheiro como água graças ao filme dos Vingadores. Se bem que eu acho, que exista espaço para todos os tipos de filme, e não precisa necessariamente colocar o filme do momento em tantas salas assim. Depois um ou outro, reclama porque aquele determinado filme não faz sucesso, porque por mais que seja bom, acaba recebendo duas pífias salas, e para piorar, acaba tendo pouca divulgação na mídia, o que eu acho uma grande injustiça. Mas enfim, chegam as salas o dispensável A Batalha dos Mares, o imaginativo Piratas Pirados e o belo Flor da Neve e o Leque Secreto.
Lembrando, que neste final de semana estarei participando de uma das sessões do Fantaspoa e nos próximos finais de semana, estarei envolvido até o pescoço com os cursos do CENA UM. Portanto aguardem por novas matérias especiais. Confiram as estreias: 

Battleship - A Batalha dos Mares
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Sinopse: Alex Hopper (Taylor Kitsch) é um oficial naval do navio USS John Paul Jones comandado pelo almirante Shane (Liam Neeson). Alex é noivo de Sam (Brooklyn Decker) filha de Shane apesar de não ser bem visto por ele. Já em alto mar eles precisam unir forças com a tripulação do navio USSSamson comandado pelo irmão mais velho de Alex Stone (Alexander Skarsgaard) ao encontrar uma força alienígena desconhecida que ameaça a existência da humanidade. Um grupo de cientistas comandados por Cal Zapata (Hamish Linklater) e de especialistas em armas como Cora Raikers (Rihanna) também compõem a equipe. Acompanhando tanto o lado dos humanos quanto o lado dos alienígenas Battleship apresenta a intensa disputa pelo controle da Terra.


O Exótico Hotel Marigold

Sinopse: Os aposentados Muriel (Maggie Smith) Douglas (Bill Nighy) Evelyn (Judi Dench) Graham (Tom Wilkinson) e mais três amigos decidem curtir a aposentadoria em lugar diferente e o destino é a Índia. Encantados com o exotismo do local e com imagens do recém restaurado Hotel Marigold a trupe parte para lá sem pestanejar e são recebidos pelo jovem sonhador Sonny (Dev Patel). O único detalhe é que nada era muito bem como parecia ser mas as experiências que eles irão viver mudarão para sempre o futuro de todos.



Piratas Pirados 
Sinopse: O Capitão Pirata sai em uma missão para derrotar definitivamente seus rivais: Black Bellamy e Cutlass Liz na disputa pelo prêmio de Pirata do ano. A missão leva o Capitão e a sua tripulação para uma ilha exótica e repleta de perigos. Dos mesmos criadores de Fuga das Galinhas.


Flor da Neve e o Leque Secreto

Sinopse: Na China do século 19, as amigas Flor da Neve e Lírio superam a distância física por meio de uma língua secreta. Paralelamente, a trama segue Nina e Sophia, duas mulheres contemporâneas que tentam compreender a história de suas ancestrais laotong.


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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 2

A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM
Sinopse: Após se formar na faculdade, Benjamin Braddock (Dustin Hoffman) retorna para casa. Indeciso quanto ao seu futuro, ele acaba sendo seduzido por uma amiga de meia-idade (Anne Bancroft) de seus pais. Mas na verdade ele está interessado na filha (Katharine Ross) dela.
Embora seja para os padrões atualmente, um drama romântico bem humorado, na época (1967) foi um verdadeiro escândalo, para um publico conservador que era o americano naquele tempo, mas nem por isso, o filme deixou de fazer um grande sucesso. Mesmo desconhecido, e não tendo a pose de galã que tanto Hollywood vendia naqueles anos, Dustin Hoffman se torna astro da noite pro dia, ao interpretar um jovem cheio de duvidas do que quer da vida, e ao conhecer a Sra. Robson (Anne Bancroft, no melhor momento de sua carreira), entra num labirinto ainda mais complicado.
Embora a dupla central, tenham tido na época, uma diferença de idade pequena (6 anos), eles acabam convencendo em cena, principalmente Hoffman, que embora já tinha na época 30 anos, convenceu muito bem como um jovem de 21. Mas era de se esperar um filme como esse, principalmente sendo dirigido por Nike Nichols, que um ano antes, havia escancarado um o casal imperfeito americano em Quem Tem Medo de Virginia Woolf?. Em A Primeira Noite de Um Homem, talvez a intenção do cineasta tenha sido escancarar os conflitos internos do jovem americano, em que só tinha que ser algo na vida, de acordo com o que os pais queriam. Talvez a melhor cena que simboliza isso, é quando Benjamin se encontra melancólico e sozinho embaixo da piscina, se perguntando por que não radicalizar de uma vez por todas? E é isso que ele faz! Muito embora, o verdadeiro amor que ele encontra, não seja com a Sra. Robson, e sim com sua filha (Katharine Ross, ótima). O relacionamento de ambos os jovens, culmina numa seqüência clássica na igreja, e se encerrando de uma forma imprevisível dentro do ônibus, deixando inúmeras duvidas no ar, sobre o destino de ambos os personagens.
O filme também se tornou super lembrado, graças a sua trilha sonora, Mrs Robinson, The Sound of Silence e outros sucessos de Simon Garfunkel. Vencedor do Oscar de melhor diretor (Nichols) é um clássico imperdível, que foi baseado no romance de Charles Webb.

Curiosidade: A cena de abertura de A Primeira Noite de um Homem, quando Benjamin está na esteira de um aeroporto, serviu de inspiração para o diretor Quentin Tarantino que, 30 anos depois, fez uma cena similar na abertura de Jackie Brown.


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Cine Especial: MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS: Parte 2

Nos dias 19 e 20 de Maio, participarei do curso MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor de cinema Henrique Marcusso. Diferente dos cursos anteriores que eu já participei, Marcusso irá somente fazer uma analise minuciosa sobre a Tetralogia Existencial que Antonioni havia criado nos anos 60. Enquanto a atividade não chega, por aqui, falarei um pouco dos quatro filmes que serão abordados durante o curso.

A NOITE
 O DESESPERO POR UM CONTATO EMOCIONAL 

Sinopse: Giovanni Pontano (Marcello Mastroianni) e Lidia (Jeanne Moreau) estão casados há 10 anos. O relacionamento entre eles está desgastado, especialmente em relação à comunicação. Durante uma festa em uma mansão eles tentam disfarçar suas angústias, ocupando o tempo com os demais convidados.

Segundo filme da tetralogia existencial de Antonioni, onde se  baseia muito  na solidão, iniciada com A Aventura  e terminada com Deserto Vermelho, do mesmo diretor. Urso de ouro no festival de Berlim de 1961, sendo um exemplo típico do estilo do cineasta, sendo um cinema hermégico, preocupado em analisar as dificuldades de comunicação entre as pessoas, sendo por vezes, uma obra pesada, simbólica, estudo profundo de casamento em crise. O casal central (vividos pelos ótimos Marcello Mastroianni e Jeanne Moreau) tenta a todo o momento da projeção, buscar algum sentido em suas vidas, mesmo em coisas das mais banais. A esposa, por exemplo, em um determinado momento do primeiro ato, caminha sem rumo na cidade, em busca talvez de algo interessante, para que possa se animar, o que acaba dando de encontro com momentos imprevisíveis, como numa briga de dois rapazes.
Mas o melhor do filme fica para o segundo e o terceiro ato, aonde ambos vão numa festa burguesa, em que os convidados se divertem de inúmeras formas, que por vezes, parecem banais, mas que tornam algo de bom grado para animá-los. O casal em si passa por testes de fidelidade ao longo do percurso, onde a fotografia criada por Antonioni simboliza o lado perdido que os personagens se sentem, ao adentrarem num universo em que não sabe exatamente o que eles irão encontrar, muito embora tenham a tentação de caírem. Curiosamente, essa seqüência da festa e o lado melancólico dos personagens, me fizeram me lembrar muito de Melancolia, de Lars Von Trier, sendo que não me surpreenderia, se Trier  tivesse se inspirado na obra de Antonioni.  Os momentos finais do epilogo da trama simbolizam o desespero do casal, na comunicação de um pelo outro, embora da entender que a tentativa seja tarde demais.              
Enfim, um filme belo, inquietante e calmo, com uma fotografia belíssima (nas mãos de Moreau, o epílogo do filme), e silêncios estremecedores.


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: DRIVE


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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 1




De 1967 a 1980, o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde era apresentado para o publico, historias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda” (Nouvelle Vague).

A partir de hoje, apresentarei a cada dia deste mês, os principais filmes que nasceram desse importante período. 


BONNIE CLYDE: UMA RAJADA DE BALAS

Sinopse: Durante a Grande Depressão, Bonnie Parker (Faye Dunaway) conhece Clyde Barrow (Warren Beatty), um ex-presidiário que foi solto por bom comportamento, quando este tenta roubar o carro de sua mãe. Atraída pelo rapaz, ela o acompanha. Ambos iniciam uma carreira de crimes, assaltando bancos e roubando automóveis. Conhecem o mecânico C.W. Moss (Michael J. Pollard), que passa a ser o novo companheiro da dupla, mas durante um assalto matam uma pessoa e são caçados daí em diante como assassinos. Ao grupo une-se Buck (Gene Hackman), o irmão de Clyde recém-saído da cadeia, e Blanche (Estelle Parsons), sua mulher. Sucedem-se os assaltos e logo o quinteto ganha fama em todo o sul do país. Uma noite, são cercados por vários policiais e, obrigados a matar para fugir, são perseguidos em vários estados.

Filme clássico que resgata os dias de crime e de aventura desse famoso casal. Um  violento e fiel conto, baseado em fatos verídicos, que deu origem a vários filmes sobre gangues da época, sendo uma analise de costumes e tudo apresentado de uma maneira altamente profissional. Fazendo um retrato crítico, de um dos piores períodos dos EUA, onde em meio a uma crise sem precedentes, surgia criminosos, com um único intuito em sobreviver num país arruinado, mas que precisava enfrentar uma policia tão traiçoeira quanto eles.
O filme também se tornaria o primeiro sucesso da carreira de Gene Hackman, que no filme interpretaria o irmão de Clayde, e seu desempenho foi tão convincente, que o futuro astro ganharia já inicio de carreira, sua primeira indicação ao Oscar como ator coadjuvante. A produção também é muito bem lembrada, pela Trilha sonora eficiente e fotografia requintada. Além de Hachman, ocorreu a estréia do cinema (em seqüência muito engraçada), de Gene Wilder. O filme levaria os Oscar de atriz coadjuvante (Estelle Parsons) e fotografia, mas é muito pouco para um clássico como esse, que inauguraria o período conhecido como “a nova Hollywood,” e por possuir um dos finais mais corajosos e impactantes da historia do cinema. 

Curiosidade: O personagem C.W. Moss é na verdade fictício, sendo uma mescla de dois membros da gangue de Bonnie e Clyde: William Daniel Jones e Henry Methvin.



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