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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 1 de março de 2012

Cine Especial: O CINEMA DE QUENTIN TARANTINO: Parte 1

Nos dias 17 e 18 de março, estarei participando do curso “O Cinema de Quentin Tarantino”, realizado no Cinebancários, criado pelo CENA UM e ministrado pelo cineasta e diretor de teatro Mauro Baptista Vedia. E enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse grande diretor criativo, que foi a melhor coisa que surgiu nos anos 90!

CÃES DE ALUGUEL

UM PEQUENO (E GRANDE) ENSAIO, DO MELHOR QUE IRIA SURGIR NO CINEMA DOS ANOS 90!
Sinopse: Joe Cabot (Lawrence Tierney), um experiente criminoso, reuniu seis bandidos para um grande roubo de diamantes, mas estes seis homens não sabem nada um sobre os outros e cada um utiliza uma cor como codinome. Porém durante o assalto algo ao saiu , pois diversos policiais esperavam no local. Mr. White (Harvey Keitel) levou Mr. Orange (Tim Roth), que na fuga levou um tiro na barriga e morrerá se não tiver logo atendimento médico, para o armazém onde tinha sido combinado que todos se encontrassem. Logo depois chegou Mr. Pink (Steve Buscemi), que está certo que um deles é um policial disfarçado e eles precisam descobrir quem os traiu. Em um clima de acusações mútuas a situação fica cada vez mais complicado.
Vigorosa estréia na direção do também ator e roteirista Tarantino, inspirada em uma trama do Rashomon de Akira Kurosawa em que o fato é contado em diversos pontos de vista. Embora lembre o inicio da carreira de Scorsese, a narrativa seca e violenta tem um frescor irresistível e uma segurança invejável. Já no primeiro filme, Tarantino estabeleceria diversas características, que viriam se espalhar em todos os seus filmes, como diálogos espertos e afiados, que referenciam a cultura pop (como cinema, séries e HQ), violência estilizada, trilha sonora (com sucessos de ontem e hoje), a estética que se filmava nos anos 70, piadas inteligentes e personagens um mais carismático do que o outro.
A simples trama de um grupo de assaltantes poderia render um filme dispensável nas mãos de outro diretor, mas com Tarantino, ele faz com alma, e ao mesmo tempo, é uma forma do próprio cineasta se expressar nas palavras dos próprios personagens, seja quando faz uma critica com humor negro sobre as gorjetas, ou quando faz referencias ao mundo pop que ele curtia quando jovem. O elenco liderado por conhecidos como Harvey Keitel (Taxi Drive) ajuda para colocar mais lenha na fogueira, ao começar por Steve Buscemi, no papel de sua vida, onde no inicio do filme (onde todo o elenco principal esta reunido almoçando) levanta uma teoria sobre as gorjetas. Mas o mundo não estava preparado para o desempenho assombroso de Michael Madsen, onde faz o verdadeiro psicopata do grupo, e que não dispensa em se divertir em torturar um pobre policial. É nesta seqüência, que ocorre a tão famosa cena do corte da orelha, que embora Tarantino use seus truques de câmera, a cena ainda continua chocante. É neste momento que o cineasta mostra porque veio, pois além de tornar a cena chocante (mesmo não mostrando explicitamente), surpreende em momentos originais e inesperados, como quando Madsen vai pegar um galão de gasolina na rua. Tarantino com sua câmera acompanha Madsen durante esse percurso, da saída do personagem do local, até a ida no carro para pegar a gasolina, para então retornar ao local dos acontecimentos, e isso tudo, numa seqüência sem cortes. O porquê de ele ter criado dessa forma, nesse momento é o que menos importa, porque num filme convencional, toda a forma de se filmar uma cena similar como essa, seria esquecível, porque outro diretor faria o convencional de sempre naquele tempo (1991).
Com um final chocante e que sela o destino de todos os protagonistas, Cães de Aluguel foi um marco no inicio de carreira de Tarantino, e ao mesmo tempo, uma espécie de ensaio, para a consagração do cinema independente dos anos 90. Mas mal o publico tinha uma vaga idéia do melhor que estaria por vir em 94, mas isso é outra historia a ser contada amanha!

Curiosidade: Cena diferente (e mais chocante) do corte da orelha do policial.   



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Cine Dica: Em DVD: MAMUTE

Sinopse: Serge Pilardosse (Gérard Depardieu) precisa reunir 10 comprovantes de trabalho para que enfim possa se aposentar. Ele decide partir com sua moto dos anos 70 no intuito de encontrar seus antigos empregadores, de forma a obter os papéis que ainda faltam. Nesta viagem ele reencontra mais do que antigos locais de trabalho, mas também velhos amigos, parentes e o fantasma de seu grande amor, que o assombra desde sua morte em um acidente de moto

É sempre bom assistir um filme roadie movie (filme de estrada), porque a viagem pela estrada, na maioria das vezes, é uma mera desculpa, para o protagonista se redescobrir na vida. Essa regra não é diferente de Mamute, ótimo filme Francês de Gustave de Kervern, onde coloca o personagem de Gérad Deppardieu (em mais um ótimo papel) em cima de sua moto, percorrendo inúmeras estradas, para achar comprovantes de seus serviços anteriores, para assim, conseguir se aposentar. Essa missão acaba por se tornar mera desculpa, para o protagonista dar de frente com o seu passado, seja com colegas, chefes e até parentes, tão excêntricos quanto o próprio personagem. Esse encontros alias, faz o protagonista questionar certas situações no qual passou durante a vida, nas quais, tornou ele o que é hoje. Além  de  encarar o seu passado nebuloso, principalmente com relação a sua ex namorada morta, que vive o assombrando (interpretada por Isabelle Adjane).
Kervern faz um cinema quase documental, onde acima de tudo, foca os sentimentos e as expressões dos personagens no que estão sentindo no momento. Além de focar belas paisagens durante a viagem do protagonista, fazendo delas, poéticas, mas jamais pretensiosas.


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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cine Clássico: VIAGEM A LUA

GRAÇAS AO NOVO FILME DE MARTIN SCORSESE, IMAGEM DA LUA COM UM FOGUETE NO OLHO, SE TORNA A MAIS NOVA IMAGEM DA CULTURA POP!
Sinopse: Este curta-metragem de Georges Melies mostra uma das visões fantasiosas que os homens possuíam da Lua nos primeiros anos do século XX. Uma expedição formada por corajosos homens vai para o satélite da Terra, onde encontra seres nada amistosos, são capturados e devem fugir para retornar ao nosso planeta.
Quando eu fui assistir A Invenção de Hugo Cabret, nova super produção de Martin Scorsese, eu já ia preparado com uma vaga idéia do que me esperava, já que com certeza o filme exploraria muito sobre os filmes de Georges Miller, mas nunca pensei que chegaria a tanto. A simples menção já seria satisfatória, mas Scorsese vai além, e ao adaptar o livro para o cinema, ele faz com que a imagem que ficou fixada no imaginário do cinéfilo de antigamente, fosse redescoberta por essa nova geração que ama o cinema e busca por conhecimento. A referencias ao maior clássico de Georges Melies (Viagem a Lua) foi tamanha, que acredito que até mesmo uma criança recém nascia agora, saiba de que filme pertence aquela cena.
Graças a esse filme que faz um resgate aos primórdios do cinema (assim como O Arista) não me surpreenderia agora todo mundo querendo buscar e conhecer os curtas metragens que tanto Melies fez. No youtube, por exemplo, pode ser visto esse clássico curta por completo. Hoje em dia, pode até ser um filme ingênuo, mas jamais perdera sua importância histórica para a sétima arte. Confiram abaixo:


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Cine Dica: Em DVD: Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual

EM PLENA CAPITAL DA ARGENTINA, É CRIADA UMA FABULA CONTEMPORANEA E DELICIOSA!

Sinopse: Martin (Javer Drolas) está sozinho, passa por um momento de depressão e não se conforma com a maneira com a cidade de Buenos Aires cresceu e foi construída. Como trabalha de casa, pouco sai e fica o tempo todo conectado na internet. É através dela que conhece Mariana (Pilar López de Ayala), aficcionada por chats. Eles iniciam um relacionamento virtual, sem saber que mora na mesma quadra.

O cinema Argentino vive uma era de ouro de ótimos filmes que estão sendo lançados, sendo graças a uma nova geração de cineastas muito criativos e cheios de idéias. Justamente em sua estréia em longa metragem, Gustavo Taretto mostra que pertence a essa nova geração, e cria um filme contemporâneo, pop e reflexivo. Taretto começa ousado na sua forma de filmar, ao apresentar a própria Bueno Aires, não aquela que estamos acostumados aos cartões postais, mas sim uma selva de pedra com seus prédios cada vez mais altos e sem sentido, onde cada vez mais e mais pessoas vivem se aglomerando. Dentro desse cenário, Taretto retrata pessoas um tanto que perdidas em suas vidas, sendo que as vezes, sem saber exatamente qual o caminho a seguir.
Isso é muito bem retratado pelo casal central, que embora não se conheçam desde o principio da trama, situações fazem com que suas vidas se cruzem, dando a crer que eles nasceram um para o outro, mesmo com tanta agitação do mundo atual, onde faz com que eles demorem em se darem conta um do outro. Ambos os personagens (Javier Drolas e Pilar Lopes de Ayala, ótimos em cena) são um retrato das pessoas da atualidade, conectadas sempre ao mundo da internet, onde suas únicas janelas para o mundo é justamente no mundo virtual que tanto se alastra atualmente, e que por vezes, se esquecem do verdadeiro toque humano de antigamente, mas nem por isso, não deixam de fazer uma critica contra si próprios com a vida que levam. Em meio a esse lema que os protagonistas vivem, Taretto embala toda a trama, com uma montagem pra lá de criativa, bem ao estilo vídeo clipe, auxiliado com ótima edição de arte, fotografia e trilha sonora caprichada, que tornam por vezes inúmeras cenas bem poéticas. Isso sem contar momentos puramente pop, onde se faz referencias a personagens conhecidos como Astro Boy e até mesmo o personagem clássico da literatura e de desenhos animados, Onde Esta Wally? Sendo que, de uma forma inusitada, Taretto incrementa o personagem na trama de uma forma tão criativa, que torna o filme redondinho e muito satisfatório pela sua criatividade.
Vencedor de dois Kikitos (incluindo melhor filme estrangeiro) no ultimo festival de Gramado, Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual, é o tipo de filme que você assiste e revê inúmeras vez, o que comprova que boa coisa está ali escondida, diferente do personagem Wally perdido na multidão e difícil de se encontrar!

Curiosidade: Atenção para a cena onde Taretto usa o clássico filme de Wood Allen (Manhattan) como referencia ao próprio casal da trama, que mesmo distantes um do outro, estão vendo a clássica cena final do filme na televisão!


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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

NOTA: DIA 1º DE MARÇO NO MEU BLOG.......



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Cine Clássico: Harry e Sally - Feitos um para o Outro

COM O RETORNO DE BILLY CRYSTAL NA CERIMÔNIA DO OSCAR, VAMOS RELEMBRAR O SEU MAIOR SUCESSO DA CARREIRA!
Sinopse: Após se formarem pela Universidade de Chigago, Harry Burns (Billy Crystal) e Sally Albright (Meg Ryan), um casal de estudantes, viajam juntos para Nova York. Com o passar dos anos cada um leva a sua vida, se vêem esporadicamente, mas aos poucos e de forma um pouco assustadora descobrem que estão se apaixonando.
Do elenco irresistível ao roteiro divertidíssimo de Nora Ephron (que escreveu A Difícil Arte de Amar), tudo funciona bem nesta simpática e envolvente comedia romântica. Os diálogos mordazes brincam com a relação entre homens e mulheres e com a imagem que uns fazem dos outros. Em seu melhor trabalho Rob Reiner (Conta Comigo) usa também “depoimentos” de “casais bem sucedidos” no amor e uma trilha sonora com belas canções românticas.
Mas nada disso funcionaria, se o casal central não funcionasse em cena, mas não só funciona como muitas pessoas consideram como o melhor casal romântico desse gênero, que hoje atualmente vive desgastado. Tanto Meg Ryam como Billy Crystal possuem uma ótima sintonia do inicio ao fim, na qual nos faz nos viciar na historia e em momentos hilários, (como a famosa cena do orgasmo). Depois disso, Meg Ryam se tornaria queridinha da America, estrelando comedias românticas (ao lado de Tom Hanks) durante os anos 90. Já Billy Crystal, se por um lado não se criou uma carreira muito solida depois disso, por outro, se tornou um dos melhores apresentadores da festa do Oscar durante vários anos!


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: GIGANTES DE AÇO

TUDO QUE A FRANQUIA TRANSFORMERS NÃO TINHA, TEM AQUI!
Sinopse: Hugh Jackman é Charlie Kenton, um lutador decadente que perdeu sua chance de ganhar um título quando robôs de aço de mais de 900 quilos e mais de dois metros e quarenta de altura entraram no ringue. Charlie, então um mero e insignificante promotor, ganha apenas o suficiente, juntando sucatas de metal de robôs, para passar de uma arena de boxe para outra. Quando Charlie chega ao fundo do poço, ele relutantemente se une a seu filho afastado, Max (Dakota Goyo), para construir e treinar um competidor para disputar o campeonato. Conforme as apostas na brutal arena sem limites aumentam, Charlie e Max, contra todas as probabilidades, têm uma última chance de dar a volta por cima.
A principio, todos imaginavam que esse filme seria um simples caça níquel para pegar carona com a onda de sucesso que a franquia Transformers adquiriu, porém, essa nova produção de Steven Spielberg (também produtor de Transpormers) tem muito mais personalidade e coração do que qualquer filme daquela trilogia desenfreada. Dirigido por Shawn Levy (Uma Noite no Museu), essa produção, irá fazer o cinéfilo mais atento, descobrir certos elementos já usados em outros filmes, que fora o fato de lembrar um pouco Transformers, a trama carrega ao maximo momentos que lembram Falcão: O Campeão dos Campeões e a serie Rocky, ambos estrelados por Silvéster Stallone nos anos oitenta, mas dessa mistura, se criou algo fresco e muito bem vindo.
O acerto da trama foi criar a construção do relacionamento do pai ausente (Hugh Jackman, cada vez mais se afastando de sua imagem como Wolverine) com o seu filho esperto Max (Dakota Goyo, um achado). A principio, ficamos até horrorizado com falta de afeto de o personagem de Jackman tem pelo garoto, mas graças as circunstâncias (e com a ajuda de um certo robô) essa relação vai mudando gradualmente, nunca de uma forma forçada, mas bem redonda e crível, o que torna a dupla central bem humana. É claro, que como um dos pontos centrais da historia é luta livre de robôs, o filme nos brinda com boas lutas desses gigantes robóticos, e diferente do que acontecia na franquia transformers, agente vê muito bem todos os movimentos e o que acontece com eles em cena, e até mesmo sentir os sentimentos desses personagens, coisa que não acontecia naquela franquia de forma alguma.
Embora o filme começa e já tenhamos uma vaga idéia do seu final, Gigantes de Aço foi uma grata surpresa do gênero ficção do ano passado. Não é um filme que irá mudar a vida de ninguém, mas é uma sessão para toda a família e que poderá muito bem se tornar um filme de uma sessão da tarde clássica um dia. Destaco também, a presença da atriz Evangeline Lilly, que se em Guerra ao Terror ela fez somente uma pequena ponta, aqui ela tem a chance de aparecer mais e fazer melhor parte da trama, embora ainda não seja dessa vez que ela tenha desvencilhado de sua imagem como Kate da serie Lost.

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