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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: UM NOVO DESPERTAR

UMA SEGUNDA CHANCE PARA MEL GIBSON
Sinopse: Walter Black (Mel Gibson) é o presidente de uma indústria de brinquedos. Ele sofre de depressão, o que faz com que se torne cada vez mais distante da esposa Meredith (Jodie Foster) e dos filhos Porter (Anton Yelchin) e Henry (Riley Thomas Stewart). Um dia, ao jogar o lixo fora, ele encontra o castor, um bicho de pelúcia no qual é possível colocar o braço. Logo em seguida Walter tenta o suicídio, mas fracassa. A partir de então, já com o castor, ele assume uma nova identidade e passa a se comunicar através do boneco. O castor permite que Walter volte à vida, no trabalho e junto à família, mas aos poucos ele passa a sofrer um conflito de identidades.
Realmente não tem como em não pensar no próprio Mel Gibson ao assistir essa historia de um homem em busca de redenção. Dirigido por sua amiga de longa data Jodie Foster, Gibson se entrega de corpo e alma num personagem depressivo, amargurado e que encontra sua única forma de se expressar realmente através do fantoche castor, onde ele acaba colocando para fora, seu outro lado no qual ele próprio não conseguia tirar a muito tempo.
Disparado a melhor coisa que Gibson se envolveu nos últimos anos, num papel honesto, mas que ao mesmo tempo, não esconde que seja um retrato de si próprio, mas esse ótimo desempenho muito se deve também a direção de Jodie Foster, que soube contornar e separar em muitos momentos o personagem do ator. Uma pena, que devido a tantas polemicas, o filme não tenha reconhecimento nas próximas premiações como o Oscar, mas quem sabe né. Seria realmente uma virada na carreira de Gibson e muito bem vinda para os nossos olhos.

Curiosidade: Devido aos escândalos de violência doméstica envolvendo Gibson e sua ex-namorada Oksana Grigorieva, o filme teve seu lançamento em 2010 adiado para março de 2011.


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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: FINAL


Pois é gente, chegamos ao final desses posts especiais sobre filmes B que amamos, com relação ao curso que iria acontecer apartir de amanhã. Iria, pois infelizmente o curso não ira acontecer mais por motivos de força maior. Uma pena, pois gostaria de muito ter participado, mas fazer o que né, é a vida. Pelo menos, serviu para destacar aqui no meu blog, filmes nos quais ainda não havia escrito sobre o que eu achava deles, e alguns que fui conhecer somente agora.
Encerro, portanto esse especial com um filme que é com relacionado a esse universo do cinema B e que pessoalmente está entre os meus dez filmes preferidos da minha vida.

ED WOOD

Sinopse:Um retrato da vida de Ed Wood (Johnny Depp) concentrado nos anos 50, quando se envolveu com um bando de atores desajustados, incluindo um Bela Lugosi (Martin Landau) em fim de carreira, e fez filmes de péssima qualidade, que o fizeram passar para a história como o pior diretor de todos os tempos.
Tim Burton faz aqui (ao lado de Peixe Grande) o seu trabalho mais pessoal, sua maior obra prima e um dos melhores filmes da década de 90. Ele apresenta, com carinho e grande respeito, a ascensão de um cineasta que ficou notório por filmes fantásticos vagabundos ou sobre travestidos (Glen or Glenda), uma de suas maiores obsessões e praticas. Em belíssimo preto e branco, o filme é por fim uma homenagem aos loucos que fazem cinema, de ontem e hoje. Para completar, Martin Landau levou o Oscar de melhor ator coadjuvante pela personificação perfeita de Bela Lugosi. O filme também ficou com o Oscar de melhor maquiagem, sendo que a estatueta foi para o maquiador Rick Baker, fã de carteirinha dos filmes de terror clássico da Universal e que, segundo suas próprias palavras, faria até mesmo de graça a maquiagem em Landau que daria vida a Lugosi.
                                                                         (Rick Baker)

Curiosidade: Durante a cena entre Orson Welles e Ed Wood, Welles comentava que estava fazendo um filme com Charlton Heston, que seria rodado no México. Trata-se de uma referência a a Marca da Maldade, de 1958;

Leia também: Filmes B que Amamos: Partes 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.


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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 8

Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.


O Incrível Homem que Encolheu

Sinopse: A história de Scott Carey, que durante um passeio de férias em alto-mar é atingido por uma nuvem radioativa e, meses depois, começa a encolher, literalmente. Assim, as coisas mais simples tornam-se verdadeiros pesadelos e o que antes era inofensivo (como um gato, por exemplo), transforma-se em seu inimigo mortal.
Ganhando prestigio apartir do filme O Monstro da Lagoa Negra, que deu uma breve sobreviva aos filmes de monstros da Universal, o diretor Jack Arnold, em 1957, criou um dos filmes de ficção cientificas mais criativos da historia do cinema. Ao mostrar a jornada e um homem (Grant Williams, ótimo) que esteve no lugar errado e na hora errada, ao passar (mesmo que sem querer) numa nuvem radioativa no mar. Apartir daí, o protagonista começa (gradualmente) a encolher conforme o tempo passa, e é neste ponto que o filme se sobressai, a não cair no obvio num típico filme de ficção leve dos anos 50, mas sim num drama humano sobre o inevitável, sobre o terrível fim que se aproxima.
Fora isso, o diretor Arnold caprichou nos efeitos especiais, criando inúmeras coisas do cotidiano em tamanho maior para acompanhar a diminuição do personagem perto das coisas, assim como também perto das pessoas, e para os padrões da época, mesmo agora, os efeitos não envelheceram muito, se levar em conta a época que foi feito. A meia hora final é fantástica, mostrando o protagonista menor ainda, lutando para tentar sobreviver num mundo miniatura hostil, ao mesmo tempo aceitando sua inevitável condição e o final é pessimista, filosófico e imprevisível. E só por esses motivos, ainda hoje é muito bem lembrado.


VAMPIROS DE ALMAS

Sinopse: A trama é sobre o médico Miles Bennell. Após voltar de um congresso para a sua cidade natal, ele se depara com um fenômeno estranho: diversas pessoas afirmam que seus parentes não são os mesmos, apesar de manterem a aparência física e as lembranças. Incrédulo no início, aos poucos Bennell vai descobrindo que tudo faz parte de uma invasão alienígena, que assume a forma das pessoas para conquistar seu objetivo.
Numa época (anos 50) em que tanto povo americano como o próprio governo viviam com a paranóia de comunistas infiltrados em todos os lugares (e que causou a caça as bruxas dentro do cinema americano), o diretor Don Siegel (Fuga de Alcatraz) cria uma parábola desta época de perseguição, por meio de uma simples, mas eficaz conto de ficção cientifica. O filme se beneficia ainda mais pelo econômico roteiro escrito por David Mainwaring, para tornar a historia agiu e com um clima de paranóia em que os personagens passam durante o processo e fazendo acreditarem que qualquer um pode não ser mais o que dizem que são, e com isso, cria-se uma verdadeira corrida contra o tempo, sem muito uso de efeitos especiais. Aqui, tudo é mais sugestivo e muito bem elaborado em clima de suspense e tensão.
Atenção para a fantástica cena onde o protagonista, o dr. Bennell está correndo como um louco em meio a carros numa avenida. Uma das cenas mais clássicas do cinema de terror e ficção de todos os tempos.


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Cine Dica: Estréias no final de semana (30 09 11)

Chegamos a um final de um mês no qual para mim foi muito especial, já que participei de um maravilhoso curso que foi sobre Jean Luc Godard, que vocês mesmos souberam através dos meus especiais sobre os filmes do diretor. O divertido desses cursos está no fato de reencontrar ou conhecer novamente esses clássicos de cada diretor, e aguardem para novos especiais, pois isso é só o começo. Enquanto isso continue lendo os especiais Filmes B que amamos que alias, o curso começa semana que vem e se estendera até o próximo sábado, portanto vocês já devem ter uma idéia do que eu irei passar nos próximos dias, pura curtição. Nada melhor do que você participar de um curso e já entender tudo que o professor diz antecipadamente kkkkk.

Confiram os filmes que estréiam neste final de semana:


Amizade Colorida
Sinopse: Amizade Colorida acompanha uma caça-talentos e um jovem talentoso que começam a trabalhar juntos e acabam se tornando ótimos amigos. Quando o relacionamento avança e começa a ficar mais íntimo as coisas se complicam. Eles tentam amenizar a situação impondo uma regra: tudo não passa de atração física e qualquer emoção deverá ser deixada de lado. Mas será que funciona impor regras ao coração?



Contra o Tempo
Sinopse: Ling deseja ter a posse de um raro e valioso diamente. Para tê-lo em mãos decide sequestrar a filha de um famoso ladrão de jóias para assim obrigá-lo a roubar o diamante. É quando contra sua vontade o ladrão precisa juntar forças com a inteligência de Taiwan para ter sua filha de volta.




Família Vende Tudo
Sinopse: Uma família com dificuldades financeiras tem uma brilhante ideia: fazer com que a filha Lindinha (Marissol Ribeiro) engravide do famoso cantor Ivan Cláudio (Caco Ciocler) para herdar uma bolada e tirar todos do sufoco. Eles planejam certinho o dia em que a garota deve sair com o astro e passam acompanhar sua agenda de shows. Eles só não contavam com um detalhe: a ciumenta Jennifer (Luana Piovani) mulher de Ivan que não vai deixar esta história barata



O Mineiro e o Queijo
Sinopse: Documentário político e poético O MINEIRO E O QUEIJO conta como a técnica de produção artesanal de queijo chegou a Minas no século XVIII trazida por aventureiros portugueses em busca de ouro. Hoje quase 30 mil famílias vivem da produção do queijo artesanal em todo o estado.brO MINEIRO E O QUEIJO foi filmado nas belas paisagens do Serro da serra da Canastra e do Alto Paranaíba onde o queijo minas continua sendo produzido como há séculos atrás. Feito a partir do leite cru como os melhores queijos da Europa o queijo minas artesanal é um patrimônio ameaçado por leis anacrônicas e pelo lobby dos grandes laticínios. O MINEIRO E O QUEIJO coloca na tela as opiniões de produtores pesquisadores e técnicos sobre o impasse em que está hoje o verdadeiro queijo minas.



Palavra Cantada 3D
Sinopse: Palavra Cantada 3D Show Brincadeiras Musicais é o primeiro show infantil filmado em 3D no Brasil. Sandra Peres Paulo Tatit e os músicos da Palavra Cantada estreiam no cinema 3D num show interativo com brincadeiras e as músicas mais queridas do público como Sopa Fome Come Duelo de Mágicos e Ciranda e algumas inéditas como O Caramujo e a Saúva Bolinha de Sabão e Vem Dançar com a Gente



Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
Sinopse: Impotência: mulher apaixonada descobre no bolso do parceiro uma cartela de estimulante sexual duvidando assim da validade de seu amor. Perversão: casal viveu anos um casamento convencional e por uma circunstância inesperada não pode mais viver sem outros parceiros na cama . Sedução: farmacêutico precisa seduzir a colega sem perder sua amizade. Desejo: casal se conhece na internet e tem encontros tórridos no escuro até que uma geladeira lança luz sobre verdades ocultas. Preferências sexuais: homem descobre mesmo amando e desejando uma mulher a atração por outro homem



Trabalhar Cansa
Sinopse: Helena (Helena Albergaria) é uma dona de casa que resolve abrir um minimercado. Tudo vai bem até Otávio (Marat Descartes) seu marido perder o emprego. A partir de então estranhos acontecimentos tomam conta do local afetando o relacionamento do casal com a empregada doméstica.


 
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Cine Curiosidade: EM BREVE!

QUAIS OS PROXIMOS CURSOS QUE EU IREI PARTICIPAR???


E...


PRECISO DIZER MAIS ALGUMA COISA?? 


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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 7

Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.


O LADO B DE TARANTINO / RODRIGUEZ
O projeto Grindhouse é uma homenagem aos filmes de terror e ação baratos da década de 1970 nos quais podiam se ver até dois filmes por dois dólares ou menos. Os cinemas em si também não eram dos melhores, sendo que os projetores passavam tanto esses filmes que as imagens ficavam arranhadas ou até se perdiam um pedaço da historia. Crescendo neste universo trash da sétima arte, Robert Rodrigues e Quentin Tarantino uniram forças para fazer um grande filmão que reunisse todos esses elementos numa forma de homenagem e nostalgia. O publico atual americano não entendeu a brincadeira, e sendo assim, o filme acabou se transformando em dois filmes e distribuídos separadamente ao redor do mundo, gerando um novela interminável de adiamento aqui no Brasil com relação a parte de Tarantino que foi A Prova da Morte, mas isso é outra historia.


A PROVA DA MORTE

Sinopse: À Prova de Morte' é estrelado por Kurt Russell. Três amigas saem para se divertir e chamam a atenção de todos por onde passam, inclusive a do misterioso Stuntman Mike, um dublê temperamental que se esconde atrás do volante do seu carro indestrutível.

O filme é Tarantino puro, para aqueles que esperam todas as suas características dos seus filmes anteriores, tudo esta lá, desde uma trilha sonora maneira a várias referencias de outros filmes e dos próprios filmes do diretor. A trama em si é simples e funciona em duas partes, ambas tem algo em comum, um grupo de amigas saem juntas para se divertirem em bares e na estrada, quando derrepente acabam se encontrando com Stuntman Miike (Kurt Russell em seu melhor papel depois de muito tempo) e que acabaram tendo que enfrentar a sua loucura em querer matá-las sem motivos aparente. Ambas as historias tem finais diferentes um do outro, em meio a isso todas as marcas registradas do diretor estão lá, muito diálogos (e bota dialogo nisso) trilha sonora maneira e humor negro na medida certa, aliado a uma montagem que se finge ser tosco, afinal o diretor presta homenagem aos antigos filmes baratos que passava adoidado nos cinemas dos anos 70, por isso não estranhe a imagem estar arranhada, falta de cor ou sem nenhuma cor, é tudo proposital, portanto os marinheiros de primeira viajem pode estranhar a primeira vista ou se divertir perante a brincadeira do diretor. O legal é que o cinéfilo atento irá reparar na interligação desse filme com Planeta Terror numa determinada cena do hospital que separa ambas as partes dentro do filme. O curioso é fato de Tarantino que em cada filme que faz cada vez mais mostra a força feminina perante os homens da trama. Se muito curtiram a noiva de Kill Bill se preparem para esse grupo de garotas, principalmente pelo segundo, que deixara o personagem de Kurt Russell em maus lençóis. Atenção pela magistral perseguição de carro no ato final do filme, incrível de boa e que faz uma referencia aos antigos filmes de ação.




PLANETA TERROR
Sinopse: Em PLANETA TERROR, Robert Rodriguez mistura terror extremo e ficção científica, em uma homenagem aos filmes de Zumbi. Um hospital recebe doentes infectados que aos poucos se transformam em monstros. A heroína, que tem sua perna arrancada, ganha uma metralhadora como prótese.
Tosco, é a palavra que define como um todo esse filme de Rodriguez mas nem por isso o filme é ruim, longe disso, é pura diversão de primeira, onde acabamos por relembrar os bons tempos do cine trash que passava antigamente as tardes da Bandeirantes e apresentados pelo Zé do Caixão. No caso desse filme, é uma pura homenagem que o diretor faz aos antigos cines em que passavam dois filmes baratos a preço de um, os “Grindhouse”, a coisa era tão barata que a quem diga que faltavam partes do filme durante a sessão, portanto não estranhem se acontecer algo parecido quando estiverem assistindo a esse filme, uma pequena brincadeira que o diretor criou, fazendo uma referencia daquelas sessões, assim como a imagem toda arranhada e envelhecida, dando a entender que o filme estava guardado em algum lugar a muito tempo.
Com elenco estelar de vários rostos conhecidos como Bruce Willis, todos estão somente se divertindo na trama e não levando nem um pouco a sério com o que estão fazendo, assim como o próprio espectador, encarar um filme tosco de terror como pura diversão.

MACHETE
Sinopse: Depois de enfrentar Torrez um famoso chefe do tráfico o ex-agente federal mexicano Machete Cortez escapa para o Texas procurando esquecer o passado. Mas lá aceita a missão de matar o senador corrupto McLaughlin. Traído pela organização que o contratou Machete percebe que o plano era culpar os imigrantes mexicanos ilegais pela tentativa de assassinato e com isso ganhar apoio público para o senador. Ajudado por Luz uma sensual cozinheira de tacos e pelo padre local Machete parte para a vingança. Adaptado do falso trailer criado para o lançamento de Grindhouse em 2007.
Nascido apartir de um trailer falso antes da exibição do filme Planeta Terror, Machete se tornou clássico já antes de nascer. Talvez nem o próprio Rodriguez imaginasse que esse pequeno trailer faria sucesso, mas o publico via ali um herói de filme de ação como antigamente e que não leva desaforo para casa. Com isso, Rodriguez, com seu pequeno orçamento, reuniu uma penca de astros de todos os tamanhos e criou um filme que mais parece saído de uma sessão de cinema barato dos anos 70. Tudo é muito B, as cenas de mortes são chocantes e hilárias ao mesmo tempo, a critica feros sobre os imigrantes ilegais mortos pelo governo norte americano é de uma coragem só. Rodriguez atira para todos os lados com sua critica, ninguém esta a salvo, sobra para os dois lados em que ambos são retratados de uma forma caricata, mas não menos verdadeira.
Danny Trejo ganha (finalmente) o papel de sua vida. Visto sempre como vilão na maioria de filmes de ação (e dentro da filmografia de Rodriguez) ele sempre aparecia na maioria das vezes como capanga com cara de mau, mas sempre com as mesmas características, como as facas que ele usa desde os tempos da Balada do Pistoleiro e Um Drink no Inferno. Aqui ele finalmente mostra no que sabe fazer melhor, ser ele mesmo, mas dessa vez no lado dos mocinhos, o que não quer dizer menos mortífero, já que o cara mete medo com sua cara e seus facões. Dos demais do elenco, Steven Seagal mais canastrão do que nunca como vilão, Robert DeNiro como um político em versão divertida e caricata da era Bush, Jessica Alba apenas bela, mas segura as pontas, Michelle Rodriguez no seu melhor momento do cinema como uma sex guerrilheira caolha e Lindsay Lohan como ... Lindsay Lohan, o que não seria muito diferente, já que da para entender que o filme aproveitou para tirar sarro da vida problemática da atriz e pelo visto ela gostou da idéia, o que não quer dizer que tenha ajudado a melhorar a imagem dela fora das telas.
Com todos os elementos que fizeram sucesso nos filmes anteriores do diretor e com um ato final que corre morte, tiroteio e sangue para todos os lados, Machete termina dando entender que vem mais por ai. Nada mau para um filme que começou como uma brincadeira, mas as vezes, de uma boa brincadeira surge uma boa idéia, que criança engenhosa esse Rodriguez.



OS TRAILERS DE GRINDHOUSE


Quando o projeto foi lançado como um único filme, vinha junto falsos trailers de possíveis filmes que seriam exibidos um dia, ou seja, mais uma brincadeira dos diretores que estavam deitando e rolando quando estavam filmando esse projeto. Mas da brincadeira surgiu frutos, como no caso de Machete que nasceu desses trailers falsos e ganhou o seu próprio filme. Abaixo, seguem os outros trailers falsos do projeto.


Werewolf Women of the SS

Sinopse: Dirigido por Rob Zombie, é inspirado em filmes com nazistas dos anos 70, mostrando um plano secreto do Dr. Heinrich von Strasser (Bill Moseley) da SS de transformar mulheres em lobisomens. Nicolas Cage aparece como Fu Manchu.

Don't
Sinopse: Dirigido por Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), é homenagem aos filmes italianos dos anos 70, com narração assustadora, mansões assombradas, e história quase sem nexo.


Thanksgiving
Sinopse: Eli Roth (Cabin Fever) dirige esse segmento, um filme de assassinos passado no Dia de Ação de Graças (parodiando outros passados em feriados como Halloween, Natal Sangrento e Dia dos Namorados Macabro).



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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 6

Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.

LUZ E SOMBRAS
Film noir (só a pouco tempo eu soube que se pronuncia-se no-ar) é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens principais num mundo cínico e antipático. O Film noir é derivado dos romances de suspense da época da Grande Depressão (muitos filmes noir foram adaptados de romances policiais do período), e do estilo visual dos filmes de terror da década de 1930. Juntos com os filmes de mafiosos, os primeiros filmes noir começaram a surgir a partir de filmes baratos de pequenos estudios, mas que foram com o tempo ganhando certo destaque, sendo que o genero estourou apartir da década de 1940. Os "Noirs" foram historicamente filmados em preto-e-branco e eram caracterizados pelo alto contraste, com raízes na cinematografia característica do expressionismo alemão.
O termo film noir (do francês, filme preto) foi atribuído pela primeira vez a um filme pelo crítico francês Nino Frank em 1946. O termo era desconhecido dos diretores e atores enquanto eles criavam os films noirs clássicos. A expressão foi definida posteriormente por historiadores do cinema e críticos. Muitos dos criadores de film noir revelaram mais tarde que não sabiam, naquela época, que haviam criado um tipo distinto de filme.
Abaixo, deixo cinco filmes que se sobressaíram dó gênero e se tornaram verdadeiros clássicos da sétima arte. Começando pelo meu favorito da lista:


CREPUSCULO DOS DEUSES

sinopse: No início um crime é cometido e uma voz em off começa a narrar que tudo começou quando Joe Gillis (William Holden), um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar o carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond (Gloria Swanson), era uma estrela do cinema mudo. Quando Norma tem conhecimento que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de Salomé, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom e ele não tinha o que fazer. No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.
Hollywood é alvo direto desse filme, onde se faz uma verdadeira critica a essa indústria do entretenimento, onde deixa a carreira da pessoa no auge, mas depois o mastiga e deixa ao esquecimento. Isso o que acontece com os personagens principais da trama, principalmente para Norma Desmond, interpretada magistralmente pela atriz Gloria Swanson que curiosamente tem algo de muito em comum com a personagem, já que ambas eram da época do cinema mudo e foram esquecidas com o tempo. Sempre quando a atriz surge com o seu personagem ela simplesmente rouba a cena, com jeito de louca excêntrica e ao mesmo tempo esperançosa, acreditando completamente que irá voltar a fazer filmes.
Destaco também a convincente interpretação de William Holden, no modo como ele vai sendo envolvido por Norma é fabuloso. Talvez o único defeito do filme seja um pouco sua previsibilidade, mas o diretor em nenhum momento se mostra interessado em esconder o que vai acontecer, principalmente pelo início do filme, que já cria todo o clima pesado que a história propõe e já prepara o público para algo pior (o filme começa pelo final), que está por vir. O grande trunfo da história está mesmo no seu desenvolvimento perfeito e na denúncia grave do lado podre de Hollywood, que Wilder já enxergava bem à frente de seu tempo.
Fato curioso também é a participação do personagem, o empregado Max, interpretado pelo ator e diretor Erich von Stroheim, ele foi por algum tempo diretor de filmes mudos, mas acabou fracassando na carreira. O diretor Wilder o chamou para ser o mordomo da personagem e curiosamente tanto o passado do personagem como do ator na vida real ambos tem muito em comum.
Claro que todo bom clássico tem suas cenas clássicas, destaco o inicio, onde vemos o personagem de William Holden já morto na piscina e começa a contar a sua historia do porque estar ali. O espectador, é claro, é pego imediatamente pela previsibilidade, sabendo que o protagonista da trama irá morrer no final, mas como ele chega ali? Porque foi morto? Essas perguntas e mais outras são respondidas ao longo da projeção até o seu epilogo final, que é trágico, triunfante e talvez, para mim, uma das imagens mais perturbadoras que eu já vi na historia do cinema. Como prova de que como Wilder era um diretor a frente do seu tempo e corajoso, pois simplesmente estava dando uma mordida na mão que o alimentava com esse filme.
Antes que eu me esqueça, uma curiosidade: Cecil B. DeMille diretor de grandes épicos como Os Dez Mandamentos, fez uma participação especial como ele mesmo, na parte onde ele está filmando em estúdio o filme Sanção e Dalila e acaba recebendo a visita da Norma Desmond, acreditando que ele lhe dara uma nova chance para retornar ao cinema.
Enfim, assim como Cidade dos Sonhos (2001), Wilder criou uma obra máxima que mostra todo esse lado podre de Hollywood, e por mais que alguns quisessem que o filme caísse no esquecimento, o publico e a critica jamais se esqueceu dessa obra máxima que colocou o dedo no nariz e disse: "Você me da tudo e depois tira tudo de mim"... Essa para mim é a melhor frase que o filme diz ao espectador que assisti essa obra  inesquecível, deslumbrante e arrebatador.

Relíquia Macabra

Sinopse:Um detetive particular (Humphrey Bogart) é procurado por uma mulher misteriosa (Mary Astor), que alega estar sendo ameaçada. Mas tanto o seu perseguidor quanto o homem encarregado de protegê-la aparecem mortos e tudo gira em torno de uma estátua de falcão de valor incalculável.
Primeiro filme como diretor do até então roteirista John Huston (O Tesouro de Sierra Madre, 1948), ousando em adaptar o livro O Falcão Maltês, de Dashiel Hammett, que já havia sido filmado em 1931 e 1936. O resultado é um clássico do filme noir, com Bogart provando ser o melhor interprete dos detetives deste tipo de filme. Tanto, que se alguém se lembrar de um filme de detetive, imediatamente se lembrara de Bogart com sua cara fechada de poucos amigos e com um cigarro na boca, mesmo não sabendo exatamente de qual filme. Fotografia em preto e branco primorosa, cheia de sombras e nuanças, se tornou uma verdadeira fonte de referencias para o gênero, onde inúmeros cineastas tentaram fazer outros filmes que talvez superassem ou chegassem perto do resultado final do filme de Huston, mas muitos não conseguiram.


GILDA

Sinopse: Johnny Farrell (Glenn Ford) é promovido a gerente de um famoso clube noturno em Buenos Aires, de propriedade de um amigo seu. Quando Gilda (Rita Hayworth), a mulher de seu amigo, é apresentada a Johnny ele a reconhece, pois tiveram um caso no passado. É quando o antigo amor existente entre os dois é reacendido.
“Nunca houve uma mulher como Gilda”, anunciava o cartaz na época. Realmente, poucas vezes a tela viu explodir tanta beleza como nesta historia ambígua. Muita atenção para o strip-tease (mais sugestivo do que fato) de Rita, ao som de Put The Blame on Mame. A belíssima fotografia em preto e branco de Rodolph Maté, é um dos grandes destaques do filme no qual, tornou as imagens (com Rita principalmente) inesquecíveis.

Pacto de Sangue

Sinopse: Walter Neff (Fred MacMurray), um vendedor de seguros, é seduzido e induzido por Phyllis Dietrickson (Barbara Stanwyck), uma sedutora e manipuladora mulher, a matar seu marido, mas de uma forma que pareça acidente para a polícia e também em condições específicas, que façam o seguro ser pago em dobro (no caso, 100 mil dólares).
Para muitos cinéfilos, um dos melhores filmes da história do cinema. Criado brilhantemente por Billy Wilder, que com certeza foi decisivo para o resultado final dessa obra, e que se tornasse um filme indispensável, se comparado com os outros filmes noir daquele tempo.
O filme faz um verdadeiro giro em inúmeros gêneros dentro da historia, da comédia ao drama, do romance ao noir. Tudo numa forma bem redonda e muito bem dirigida. Mas o grande trunfo está no roteiro, adaptado do romance homônimo de James Cain, e escrito a quatro mãos pelo próprio Wilder e por Raymond Chandler. O curioso, é que é de se espantar o roteiro ter ficado tão bom, já que, por motivos pessoais, Wilder e Chandler, simplesmente se odiavam.
Para a época, a historia de adultério e assassinato, levou anos para sair do papel devido ao código Hays, que ainda era vigente em 1944. Por isso a trama teve que ser moldada várias vezes para passar pela censura. O resultado final, foi um roteiro mais sugestivo em determinadas situações.
A atuação de Barbara Stanwyck, vivendo a fria Phyllis , que usou o tempo todo Walter para conseguir o que queria são magistral. Fred MacMurray, interpreta com desenvoltura Walter Neff. Mas o destaque do elenco é Edward Robinson. Ele se destaca como o analista Barton Keyes e dá o tom ironico dos filmes de Wilder.

A MARCA DA MALDADE
Sinopse: Ao investigar um assassinato, Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos Estados Unidos com o México, entra em choque com Hank Quinlan (Orson Welles), um corrupto detetive americano que utiliza qualquer meio para deter o poder.
Visão crua de um mundo corrupto e racista das cidades fronteiriças, baseada no romance de Whit Masterson. Complexo e instigante, um filme com vários subtemas, sendo que um deles relacionado a uma gangue de narcóticos, cujo o chefe é representado pelo ótimo Akim Tamiroff. Musica notável de Henry Macini e fotografia antológica de Russel Metty. Preste atenção na maravilhosa entrada de Marlene Dietrich e as aparições não creditadas de Joseph Cotten e Mercedes McCambridge. Tendo se tornado apenas um relativo sucesso na época, o filme rapidamente se tornou um Cult ao longo dos anos.



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